Se há um costume que muitos praticantes de atividade física têm é o de achar que enquanto estiverem treinando tudo pode! Posso comer chocolates quando e quanto quiser, um pacote inteiro de bolacha, fast food todo dia, metade do espeto no churrasco, uma pizza inteira… mentira! Falso!
Isso ou é um exercício de auto-enganação ou desconhecimento. O atleta precisa saber que a atividade física lhe traz inúmeros benefícios e vantagens, dentre elas a de poder, sim, comer mais das ditas porcarias. Mas não dá pra ir desenhando o S de Super-Homem no peito.
E um dos maiores vilões escolhidos para isso é o doce. Por vários motivos. Primeiro porque é bom demais! E também por serem baratos, práticos, acessíveis e prazerosos.
Há uma associação equivocada de que doce é uma fonte dos carboidratos (CHO) tão recomendados. É um erro por duas causas principais. O carboidrato do doce é o CHO simples, açúcar branco, não o CHO que os nutricionistas tanto prescrevem (massas e pães possuem CHO de cadeia mais complexa). E segundo porque muitos dos doces possuem altíssimo teor de gordura. O fato de ter o gosto doce não faz dele um alimento de puro CHO. É o mesmo que chamar aquela pizza quatro queijos como uma fonte de CHO. Ela é fonte de tudo! Seja de bom ou ruim.
Hoje o tema os efeitos do açúcar simples na saúde em longo prazo é muito estudado. Os doces parecem mesmo ter um papel de grande risco. Hoje se recomenda o consumo de açúcar simples em valores mínimos, algo como 10% da quantidade calórica diária, reduzindo sua ingestão a duas porções de doces semanais!
Consumo ideal – Parece pouco? Sem dúvida! Mas essa é uma recomendação conservadora e atual. E teríamos como driblar isso? Não creio, mas acho que há momentos que o doce poderia ter um papel menos prejudicial.
Logo depois de um treino mais forte o corpo atinge seu estado mais catabólico. Esse estágio é o momento ideal para repor alguns nutrientes e assim acelerar sua recuperação reduzindo este estado que é prejudicial. Este seria provavelmente um momento bom para consumo, obviamente não apelando para o doce como único combustível dessa ocasião. Seria assim uma tática de menores danos.
Aqueles que buscam hábito mais saudável não têm como fugir. Terão que evitá-los. Limite-se a consumir doces como sobremesas em dias contados na semana. É impraticável consumi-los em todas as refeições. Imponha regras a você mesmo!
Outro hábito a adotar é de não tornar fácil adquiri-lo em seu ambiente. A menos que você seja uma pessoa determinada e metódica, ter chocolate e doces sempre por perto (no trabalho, em casa ou no carro) ou à vista fará de você um grande consumidor.
O ponto aqui não é tornar a vida mais chata ou sem graça, mas assim como tantas outras coisas na vida, o doce é bom, mas deve ser consumido moderadamente.
Este texto foi escrito por: Danilo Balu