“Os pequenos detalhes são sempre os mais importantes.” Sherlock Holmes. Isso se aplica (e muito) ao trail run.
Como você se prepara para uma prova longa?
O quanto você planeja em uma grande jornada?
O quão detalhista você é?
Esta frase do célebre detetive deveria ser tônica de uma prova longa.
No mundo da corrida Trail os detalhes fazem toda diferença, pois a grande maioria das provas exige um material obrigatório, um kit de primeiros socorros e uma série de equipamentos que são recomendados pela organização.
Obviamente, esta é uma organização “macro” da corrida. Você vai ler o regulamento, observar todos os pontos, visualizar os pontos de apoio (caso haja), os pontos de corte etc.
Mas quando você vai para prova, quais os detalhes você se apega?
Gráfico altimétrico? Pontos de corte? Maiores subidas? Maiores descidas? Terreno dos trechos?
Enfim, cada atleta tem sua estratégia, mas o que quero chamar a atenção é: quanto mais detalhes você obtiver de informação, maior é a probabilidade de realizar uma boa prova.
Sempre falo que o estudo da prova deve ser o mais detalhado possível, a estratégia deve ser estabelecida antes com planos A B e C. No dia da prova, é só cumprir o que planejou.
Sempre indico para os meus atletas que a estratégia deve sempre ser mantida, até um determinado ponto (previamente combinado), pois em uma prova longa, existe muita distância (e tempo) para as coisas darem errado.
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Uma alimentação mal feita pode gerar problemas estomacais, um ritmo exacerbado pode gerar câimbras, um tênis mal escolhido ou mal treinado pode gerar bolhas e perda de unhas, um equipamento mal escolhido pode fazer você ter uma hipotermia ou uma hipertermia…
Sinceramente, corrida trail é um grande jogo de xadrez. É preciso inteligência para correr.
Observando os melhores do mundo na UTMB (Ultra Trail Du Mont Blanc), uma das maiores provas do mundo, vemos nos dias e meses anteriores nas redes sociais dos atletas, o final de sua preparação física e como estudam as provas.
Eles viajam, correm no terreno, fazem workshops com seus times, tem palestras sobre as provas e fazem um estudo milimétrico de cada passo que vão dar.
Se os melhores do mundo planejam e agem assim, nós “reles mortais” que só pensamos em sobreviver aos desafios precisamos ainda mais. Isso ainda é novo no Brasil, mas já há alguns grupos realizando workshops e palestras sobre provas específicas no Brasil. Sempre que essa oportunidade aparecer, vale a pena tentar participar. Afinal, os detalhes fazem toda diferença.
E você, qual seu planejamento anterior a realização de sua prova alvo?
Compartilhe nos comentários para podermos ter mais trocas de experiências.