Marílson é bi em Nova York (foto: Divulgação/ Cbat)
Depois de conquistar o bicampeonato da Maratona de Nova York, nesse último domingo (2) nos Estados Unidos, Marílson Gomes dos Santos curte a fama na terra do Tio Sam. Um dia após a vitória, ele seguiu nessa segunda-feira (3) um cronograma cheio de eventos em Nova York, que incluiu a abertura da bolsa de valores da cidade, uma sessão de fotos num dos principais pontos turísticos de lá, o Empire State Bulding, entre outros.
Aos 31 anos, o brasileiro se tornou o primeiro sul-americano a vencer Nova York por duas vezes. E dessa vez a vitória teve um gostinho especial. Ao repetir o feito de 2006, ele mostrou seu profissionalismo e espantou o mau desempenho da maratona olímpica de Pequim. Estou muito feliz pela minha segunda vitória. Se em 2006 foi bom, dessa vez foi melhor ainda, conta.
Esse ano foi um ano complicado. Eu objetivei Pequim e não deu certo. Mas tive a oportunidade de voltar para Nova York e com essa vitória o meu ano não vai terminar ruim, acrescenta. Mas sua ida para Nova York não foi uma decisão fácil, de acordo com o atleta, quem o incentivou foi o técnico Adauto Domingues. Nós analisamos bastante se seria bom ou não correr Nova York. Mas o Adauto fez a minha cabeça e acabou dando certo.
A prova – Diferente de sua primeira Maratona de Nova York, em 2006, ocasião que liderou com tranqüilidade a prova, esse ano Marílson encontrou dificuldades. A primeira metade da prova foi mais lenta que a segunda e contou com mais frio, entre 5ºC e 7ºC, além de vento forte. Como a primeira parte da maratona estava difícil, nenhum atleta queria puxar o pelotão, conta.
Só depois do quilômetro 21, alguns atletas aumentaram o ritmo e tomaram a ponta. Faltando um pouco mais de cinco quilômetros para o final, apenas Marílson e o marroquino Abderrahim Goumri brigavam pelo primeiro lugar.
Quando o marroquino abriu sete segundos de vantagem, achei que poderia perder a prova. Mas consegui recuperar, conta o atleta que garantiu o primeiro lugar no último quilômetro da maratona depois de ultrapassar Goumri.
Futuro – Agora Marílson não tem planos para os próximos meses, tudo dependerá da recuperação da maratona. De acordo com o atleta, se o seu corpo se recuperar sem nenhuma lesão, ele poderá disputar novamente a São Silvestre, prova que ele é bicampeão.
Preciso estar bem fisicamente e psicologicamente para correr a São Silvestre. A gente não recupera de um dia para o outro. Vou avaliar minha recuperação para definir as próximas competições.
Marílson volta para o Brasil no dia 10 de novembro. Antes ele e sua esposa Juliana, que é velocista, vão descansar e comemorar a vitória em Orlando, nos parques do complexo Walt Disney World.
Este texto foi escrito por: Donata Lustosa