Após a São Silvestre corredores sofrem para pegar o metrô

Redação Webrun | Corridas de Rua · 02 jan, 2007

Corredores se amontoam para retirar a medalha (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)
Corredores se amontoam para retirar a medalha (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)

Foram 15 quilômetros de corrida na tradicional São Silvestre, o que inclui a famosa e complicada subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio. Após comemorar a chegada, os atletas iniciaram um novo desafio: retirar a medalha e chegar até o metrô.

São Paulo – De longe era possível ouvir os staffs da prova gritando “chip na mão”; palavras que os corredores brasileiros já estão acostumados a ouvir e que sinaliza que eles devem retirar o chip do tênis e entrega-lo para a organização para receber a medalha de participação.

Assim, a cena mais comum a alguns metros da chegada era de muitas pessoas agachadas em meio à Avenida Paulista, cena que não ocorreria em uma prova internacional, onde os voluntários fazem esse favor aos participantes. Chip na mão, era hora de enfrentar o matadaouro, ou melhor, a fila para receber a medalha, no funil que mais parecia um matadouro para bois.

“O ano passado estava um pouco mais organizado, esse ano deveria ter uma baia maior para todos passarem, pois no afunilamento houve um empurra empurra, muita confusão e gritaria”, comenta Marcos Leme.

Deslocamento – Após se acotovelar em meio aos outros participantes e pegar a tão sonhada medalha e uma sacola com frutas, (mais uma vez, se fosse uma prova internacional, um staff a colocaria no peito de cada um) chegava a hora de enfrentar o transporte público paulistano.

Por conta do “Reveillon na Paulista”, as estações do metrô Trianon-Masp e Consolação foram fechadas às 19h. Porém, quando os digitais da avenida marcavam 18h55, os portões já haviam sido cerrados.

Após encontrar a estação Trianon-Masp fechada, a reportagem do Webrun seguiu com vários atletas para a parada mais próxima, a Consolação. Porém, antes de chegar à referida estação, encontramos um bloqueio policial, que indicava a necessidade de descer uma das transversais da Paulista e entrar a próxima à esquerda, para chegar ao metrô.

Após um trecho de caminhada que envolveu uma subida para acessar a Rua São Carlos do Pinhal, retornamos à Paulista e encontramos a Estação Consolação também fechada. “Essa volta é enorme, o pessoal fecha o acesso para a Paulista e complica tudo. É um absurdo”, reclama Marcos.

Após quase 30 minutos de caminhada, conseguimos acessar a estação Clínicas, na Avenida Doutor Arnaldo e retornar para nossos destinos. Porém, ao invés de apenas reclamar, o ideal é se inspirar em Pollyanna, personagem do livro escrito por Heleanor H. Porter e fazer o “jogo do contente”, ou seja, ver o lado bom das coisas.

A estação estava vazia e pudemos nos sentar confortavelmente antes que a grande massa de corredores entrasse no vagão pela estação Brigadeiro, esta sim aberta ao público normalmente.

Este texto foi escrito por: Alexandre Koda

Redação Webrun

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