Corredores se amontoam para retirar a medalha (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)
Foram 15 quilômetros de corrida na tradicional São Silvestre, o que inclui a famosa e complicada subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio. Após comemorar a chegada, os atletas iniciaram um novo desafio: retirar a medalha e chegar até o metrô.
São Paulo – De longe era possível ouvir os staffs da prova gritando chip na mão; palavras que os corredores brasileiros já estão acostumados a ouvir e que sinaliza que eles devem retirar o chip do tênis e entrega-lo para a organização para receber a medalha de participação.
Assim, a cena mais comum a alguns metros da chegada era de muitas pessoas agachadas em meio à Avenida Paulista, cena que não ocorreria em uma prova internacional, onde os voluntários fazem esse favor aos participantes. Chip na mão, era hora de enfrentar o matadaouro, ou melhor, a fila para receber a medalha, no funil que mais parecia um matadouro para bois.
O ano passado estava um pouco mais organizado, esse ano deveria ter uma baia maior para todos passarem, pois no afunilamento houve um empurra empurra, muita confusão e gritaria, comenta Marcos Leme.
Deslocamento – Após se acotovelar em meio aos outros participantes e pegar a tão sonhada medalha e uma sacola com frutas, (mais uma vez, se fosse uma prova internacional, um staff a colocaria no peito de cada um) chegava a hora de enfrentar o transporte público paulistano.
Por conta do Reveillon na Paulista, as estações do metrô Trianon-Masp e Consolação foram fechadas às 19h. Porém, quando os digitais da avenida marcavam 18h55, os portões já haviam sido cerrados.
Após encontrar a estação Trianon-Masp fechada, a reportagem do Webrun seguiu com vários atletas para a parada mais próxima, a Consolação. Porém, antes de chegar à referida estação, encontramos um bloqueio policial, que indicava a necessidade de descer uma das transversais da Paulista e entrar a próxima à esquerda, para chegar ao metrô.
Após um trecho de caminhada que envolveu uma subida para acessar a Rua São Carlos do Pinhal, retornamos à Paulista e encontramos a Estação Consolação também fechada. Essa volta é enorme, o pessoal fecha o acesso para a Paulista e complica tudo. É um absurdo, reclama Marcos.
Após quase 30 minutos de caminhada, conseguimos acessar a estação Clínicas, na Avenida Doutor Arnaldo e retornar para nossos destinos. Porém, ao invés de apenas reclamar, o ideal é se inspirar em Pollyanna, personagem do livro escrito por Heleanor H. Porter e fazer o jogo do contente, ou seja, ver o lado bom das coisas.
A estação estava vazia e pudemos nos sentar confortavelmente antes que a grande massa de corredores entrasse no vagão pela estação Brigadeiro, esta sim aberta ao público normalmente.
Este texto foi escrito por: Alexandre Koda