Aos 57 anos, campeã da 1ª edição da Corrida da Ponte compete novamente

Redação Webrun | Corridas de Rua · 19 abr, 2011

Vanessa correu a prova com o número de peito 1 (foto: Monique Barleben/ www.webrun.com.br)
Vanessa correu a prova com o número de peito 1 (foto: Monique Barleben/ www.webrun.com.br)

“Quando falaram que a prova ia voltar pensei que era mentira. Aí telefonei para organização e disse ‘tô dentro’, quero de novo!”. Foi assim que a corredora Vanessa de Figueiredo, 57, campeã da primeira edição da Corrida da Ponte, na década de 80, competiu mais uma vez a prova no domingo (17/04). “Pedi logo para fazerem minha inscrição, pois eu treino para maratona e sabia que não seria tão difícil”, declara.

Vanessa disputou a corrida com o número de peito “1” e afirma que o momento se tornou um dos melhores de sua vida. “Eu senti de novo a emoção de passar em cima da ponte. Senti o vento batendo no meu rosto, além do reconhecimento de quem correu naquela época ou leu reportagens minhas e me parabenizou no meio do percurso”.

Com mais experiência, a atleta também diz que o tempo passou rápido e que muitas coisas mudaram atualmente. “Eu continuo tão competitiva quanto era, mas agora o movimento da corrida no país e o número de corredores aumentaram. Antes não tinha tanta gente correndo como tem hoje”. Ainda de acordo com ela, a prática esportiva melhora bastante a qualidade de vida.

“Quando a gente corre, nos alimentamos melhor, dormimos melhor e adquirimos hábitos mais saudáveis. Outro ponto positivo é que corrida não pede um horário, você faz o seu momento. Você compra um tênis e corre a hora que pode, sem depender de ninguém”, garante a campeã de 25 anos atrás, que terminou o trajeto no domingo em 1h47min36.

Viagem ao passado – A primeira prova realizada na ponte Rio-Niterói atraiu três mil corredores, entre eles estava Claudionor de Mattos, que em 2011 não perdeu a chance de voltar aos velhos tempos mais uma vez. “Quando eu corri era uma maratona, a gente saía de Niterói, ia até o Leblon, fazia a volta e terminava no Leme”, explica o saudosista, aos 76 anos de idade.

Já para Cassio Saraiva, 50, a organização do evento evoluiu bastante. “Hoje está bem melhor do que era, pois os números dos participantes, por exemplo, eram pintados em um pedaço de pano”, diz Saraiva, que considera um sonho repetir a experiência. “Já corri no mundo inteiro, mas correr no Rio, na casa da gente, é indescritível”.

O amigo de Cássio, José Guedes, tinha 19 anos e ainda servia o exército quando participou da edição de estreia. “Dizem que o Rio é bonito visto de Niterói, mas da ponte é ainda melhor”, brinca. A largada da Corrida da Ponte aconteceu em Niterói e a chegada no Aterro do Flamengo, no Rio. O evento teve vitória brasileira nas categorias masculina e feminina.

Este texto foi escrito por: Monique Barleben

Redação Webrun

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