A manhã de quinta-feira (26) foi agitada entre jornalistas e treinadores de corrida. A Yescom, organizadora de alguns dos maiores eventos do Brasil como Volta da Pampulha, São Silvestre, Maratona de São Paulo e Meia Maratona do Rio, abriu um espaço para a discussão dos tão conhecidos “pipocas” do mundo running.
Durante uma prova os “pipocas” são atletas que correm sem ter pago inscrição, muitas vezes até falsificando chips e números de peito. Com um aumento excessivo da presença desse perfil, a Yescom decidiu começar uma campanha contra os mesmos, que atrapalham a logística e até o desempenho dos corredores inscritos que pagaram pela estrutura do evento.
Campanha foi iniciativa da Yescom e irá em busca de novos colaboradores Foto: Christina Volpe
E o que tem de mal em ser pipoca?
Pode parecer uma questão simples, mas a participação de um número muitas vezes maior que a metade dos inscritos, para determinada prova, faz com que diversos fatores sejam prejudicados.
Enquanto os corredores que pagam pelo evento apoiarem a presença dos “pipocas”, a situação se torna ainda mais difícil de ser evitada. Atualmente a Yescom busca formas de mostrar aos simpatizantes que essa prática é prejudicial a todos. Afinal, quando você paga por uma prova e no meio dela falta água, ou existem diversas pessoas caminhando a frente sem número e atrapalhando a performance, a reclamação vai diretamente para o organizador.
Uma das maiores queixas do público inclui também os valores da inscrição, com isso os organizadores buscam formas de justificar os custos, tendo assim uma transparência maior nessa questão. A intenção da ação é fazer com que os corredores valorizem o evento e entendam que a inscrição para uma prova vai muito além do kit e cavaletes nas ruas.
Atitudes Yescom
Thadeus Kassabian, proprietário da Yescom diz que a São Silvestre foi a gota d’água, com cerca de 7 mil atletas na pipoca. “Está na hora de falar sobre isso e não podemos deixar passar o assunto, já chegamos no patamar de números de peito falsificados. Quem garante que em uma prova acidentes aconteçam por um número alto de pipocas?”.
A Yescom apresentará na semana que vem sua campanha contra pipocas e próximos passos para mobilizar o máximo de organizadores, imprensa e entidades públicas.