Atletismo · 22 jul, 2008
Na noite da última segunda-feira o ultramaratonista Valmir Nunes e o médico e comentarista esportivo Dr. Osmar de Oliveira conversaram com os leitores do Webrun no Encontro Espetacular, Personalidades da Corrida, no espaço Velocità, em São Paulo. O atleta patrocinado pela marca esportiva Brooks e o ortopedista contaram alguns casos que vivenciaram durante os anos.
Valmir iniciou a conversa dizendo que se interessou pelas corridas durante a época do colégio e com o tempo começou a se enveredar para as disputas de longas distâncias. Eu comecei a correr vendo o José João da Silva na TV, ressalta o atleta. Durante a adolescência ele teve uma grave doença intestinal e os médicos chegaram a dizer que ele tinha poucos dias de vida.
Nunca desisti, estou sempre olhando para frente e seguindo meu sonho, comenta Valmir que ostenta inúmeros títulos ao redor do mundo, incluindo o da Badwater, no deserto do Vale da Morte, nos Estados Unidos. Até 1990 ele treinava com um técnico, mas depois resolveu estudar por conta própria e montar seu calendário de provas e seu ritmo de treinamentos.
Dr. Osmar - No momento em que o Dr. Osmar começou a falar, disse que tem orgulho de citar os feitos de Valmir. Apesar de todas as características físicas que propiciam a ele correr dessa forma, Deus escolhe algumas pessoas e ele é um escolhido, ressalta o médico.
Ele também contou alguns casos de atletas famosos que nem pensavam em praticar determinado esporte e se tornaram grandes ídolos nacionais, como a Hortência no basquetebol e João do Pulo no atletismo. O Brasil tem tudo para ser uma grande potência olímpica.
Dr. Osmar também falou sobre como começou a carreira de médico, estudando numa faculdade do interior de São Paulo e tendo que jogar sinuca a dinheiro para poder pagar os estudos. Estou aqui porque sou teimoso, coloquei na minha cabeça que queria ser médico ortopedista e no Corinthians, afirma.
O público presente também pôde interagir com os palestrantes, fazendo perguntas sobre os mais variados assuntos. Para o Valmir, houve questionamentos sobre formas de treinamento, casos curiosos de competições, nutrição e sobre a cirurgia recente no calcanhar.
Já para o Dr. Osmar uma pergunta interessante foi sobre a importância ou não da musculação para corredores. Vou responder o que está na minha cabeça, não o que está no livro. Eu não acho necessário, pois o indivíduo vai ganhar massa e terá que agüentar um fardo desnecessário durante as provas e treinamentos.
Após 1h30 de conversa o bate-papo foi encerrado com um sorteio de vale presentes da Velocità e todos puderam tirar fotos e pegar autógrafos dos palestrantes. O evento Encontro Espetacular, Personalidades da Corrida reuniu 70 pessoas no Espaço Velocità e em breve no Webrun haverá inscrições para palestras de outros convidados.
Ultra Maratona · 11 jan, 2008
O ultramaratonista Valmir Nunes terá mais um desafio em sua carreira, mas não será em nenhuma competição mundo afora. O brasileiro vai assumir a diretoria de ultramaratonas da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), após aceitar convite da entidade que pretende alavancar a modalidade no país.
Aos 44 anos de idade, ele á bicampeão mundial nos 100 km (1991 e 1995), com uma das cinco melhores marcas do mundo, 6h18min09, além de ter no currículo a melhor performance das Américas em corridas de 24 horas, com 273,8 quilômetros percorridos. Ele usará sua experiência como competidor para atuar como intermediário entre a CBAt e a Associação Internacional de Ultracorredores (IAU), órgão filiado à Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo).
Fiquei muito feliz com o convite e o meu objetivo e o da Confederação é fazer a modalidade crescer no Brasil. Lá fora, as corridas são bem fortes e temos muitos brasileiros, muitos maratonistas experientes, que podem seguir esse caminho, afirma Valmir. Ele diz ainda que pretende mudar a concepção estereotipada no Brasil, que os ultramaratonistas são corredores de idade mais avançada e que nunca vingaram em outras modalidades.
Um exemplo clássico é do japonês Shinichi Watanabe, 31 anos, campeão mundial de 2007, na Holanda, com 6h23min21s. Em 2004, ele fez 2h09min32 na Maratona de Berlim, no ano seguinte 2h13min27 em Chicago e, aos 31 anos já foi destaque nas melhores maratonas do Mundo e é campeão mundial dos 100 km. Assim como ele há vários maratonistas no Brasil com chances de evoluir.
Funções - Entre os atributos de Valmir está a regulamentação das corridas de 100 km e 24 horas e a organização de equipes para as competições mundiais. Tenho bons contatos lá fora, por toda essa vivência em mundiais e provas por vários lugares. O esporte é bom porque fazemos amigos e, graças a Deus, conquistei isso, além de vitórias. Com certeza, vai ajudar muito, destaca.
O início das funções como diretor coincide com o tempo em que ele precisará se ausentar dos treinamentos devido à uma cirurgia realizada em dezembro, para extrair um pedaço do osso do calcanhar e uma bolsa atrás do tendão esquerdo, visando a melhora em suas atuações. Sofria com essas dores há oito anos. Sei que posso melhorar e, além do mais, deu para tirar o stress. Corri muitas provas na raça, lembra.
Se você gosta de ultramaratona e quiser conhecer as estratégias do maior ultramaratonista brasileiro de todos os tempos você pode participar da mesa redonda Bastidores dos campeões, dos 10 km ao 217km", no Brooks Day, na loja Velocitá, que fica em Moema, na cidade de São Paulo. O evento acontece no próximo dia 20 de outubro.
Nela o ultramaratonista, Valmir Nunes, vai contar qual foi sua estratégia para quebrar o recorde mundial da Badwater, a ultramaratona mais difícil do mundo. Mas o evento não vai ficar só nisso. Os participantes poderão fazer um Teste Run Brooks acompanhado de um fisioterapeuta para definir o melhor modelo para seu tipo de passada, o que é fundamental para uma boa performance, seja de uma simples caminhada ou uma ultramaratona.
Como você vê dois passos já foram dados. Saber o tipo de tênis e conhecer algumas estratégias de ultramaratonista. Já o terceiro passo, encarar uma ultramaratona, só depende de você.
E você pretende correr uma ultramaratona? Deixe seu comentário aqui. Mas lembre-se, somente encare a ultramaratona depois que seu médico o liberar para o desafio!
Confira a programação do evento:
11 às 15h - Teste de pisada no Footscan com fisioterapeuta.
11 às 15h - Teste Run em esteira.
15 às 16h30 - Mesa redonda com atletas Brooks.
Onde:
Velocità Sports - Moema
Rua Pavão, 342 - São Paulo - SP
Corridas de Rua · 17 out, 2007
Se você gosta de ultramaratona e quiser conhecer as estratégias do maior ultramaratonista brasileiro de todos os tempos você pode participar da mesa redonda Bastidores dos campeões, dos 10 km ao 217km", no Brooks Day, na loja Velocitá, que fica em Moema, na cidade de São Paulo. O evento acontece no próximo dia 20 de outubro.
Nela o ultramaratonista, Valmir Nunes, vai contar qual foi sua estratégia para quebrar o recorde mundial da Badwater, a ultramaratona mais difícil do mundo. Mas o evento não vai ficar só nisso. Os participantes poderão fazer um Teste Run Brooks acompanhado de um fisioterapeuta para definir o melhor modelo para seu tipo de passada, o que é fundamental para uma boa performance, seja de uma simples caminhada ou uma ultramaratona.
Como você vê dois passos já foram dados. Saber o tipo de tênis e conhecer algumas estratégias de ultramaratonista. Já o terceiro passo, encarar uma ultramaratona, só depende de você.
E você pretende correr uma ultramaratona? Deixe seu comentário aqui. Mas lembre-se, somente encare a ultramaratona depois que seu médico o liberar para o desafio!
Confira a programação do evento:
11 às 15h - Teste de pisada no Footscan com fisioterapeuta.
11 às 15h - Teste Run em esteira.
15 às 16h30 - Mesa redonda com atletas Brooks.
Onde:
Velocità Sports - Moema
Rua Pavão, 342 - São Paulo - SP
Ultra Maratona · 01 out, 2007
O brasileiro Valmir Nunes conquistou no último sábado (29) o terceiro lugar da Spartathlon, corrida entre Atenas e Sparta, na Grécia, com nada menos que com 245,3 km, o equivalente a quase seis maratonas ininterruptas. Vencedor dos anos de 2001 e 2003, ele cruzou com o tempo de 25h37min40 e agora terá que se submeter a uma cirurgia no tendão para se recuperar das dores que sente enquanto corre.
Aos 43 anos, ele sofre com o problema há oito e diz que não agüenta mais correr no sacrifício. Em outubro vou operar, sei que posso melhorar bem depois que raspar o osso do calcanho esquerdo. E, além disso, vou descansar, tirar o stress. Corri muitas provas na raça, ressalta o ultramaratonista.
A dor foi um agravante durante a competição grega, principalmente nos últimos 86 quilômetros, em que o problema do calcanhar sobrecarregou os tornozelos e os joelhos. Doía o ciático, os dois joelhos, as laterais da coxa, tudo reflexo porque eu estava pisando errado, pela dor. Consegui acompanhar o Scott (Jurek) até a Subida das Cabras, que é um terreno muito irregular. Quando desci, o Scott tinha sumido, lembra.
Superação - O terceiro lugar veio como uma vitória para Valmir, que agradece a sua equipe de apoio pela ajuda, sem a qual não teria conseguido terminar. A Spartathlon é fantástica. Quando terminei, até chorei. E no pódio tocou o hino do Brasil. Ele não pensa em parar de competir, pelo menos não tão cedo, pois os resultados conquistados são sempre uma injeção de ânimo para continuar. Eu pensava em parar aos 40 e já estou com 43. Enquanto eu tiver patrocínio e as pessoas me convidarem para correr, eu vou indo. Quando não tiver patrocinador e não estiver mais fazendo bons resultados, daí será a hora de parar.
Após a cirurgia ele espera voltar com força total, inclusive correr novamente a Spartathlon, prova que ele considera como uma das melhores na modalidade. Tenho vários planos, como a Comrades Marathon, na África do Sul. É uma corrida que já fui várias vezes, mas nunca estava 100%. Quero ir para lá confiante e podem esperar muita vontade de mim. Ainda vou batalhar por vitórias, enfatiza.
Paralelamente à carreira de ultramaratonista, ele continua a treinar a atleta Sirlene Pinho, que recentemente conquistou o terceiro lugar na Maratona dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro. Ele também tem um projeto com meninos e meninas de 15 a 18 anos, no qual procura novos talentos. A gente vê no olho de quem quer ser atleta mesmo. Porque para ser um campeão tem de ter foco, correr todo mundo quer, mas ser campeão é difícil.
Ultra Maratona · 20 set, 2007
O ultramaratonista Valmir Nunes participa no dia 28 de setembro da famosa competição Spartathlon. A prova acontece na Grécia com largada na cidade de Atenas e chegada em Esparta. Ao todo o percurso tem 246 quilômetros, ou seja, quase seis maratonas ininterruptas.
A competição é uma ultramaratona tradicional já que o trajeto é o mesmo percorrido pelo mensageiro e soldado grego, Pheidippides, para buscar reforços, durante a Guerra entre gregos e persas, em 490 AC. Segundo a história grega, após esse evento deu-se origem à maratona.
Essa será a oitava vez que Valmir Nunes participa de uma prova na Grécia. Em uma delas, na Spartathlon de 2001, ele garantiu o campeonato da competição com 23horas18min05. Agora, de acordo com o atleta, ele quer o bicampeonato.
Desta vez terei uma equipe de apoio. Isso faz a diferença. Terei três pessoas me ajudando o tempo todo, o Adriano, a Taiana e a minha mulher, Kelly. Assim, posso correr mais tranqüilo, como foi na Badwater, onde tive uma ótima estrutura, comandada pelo Ely Behar, da Brooks, conta Valmir que venceu a competição Badwater, nos Estados Unidos, considerada umas das provas mais difíceis do mundo.
Segundo Valmir, ele terá um grande rival na prova, o norte-americano e também campeão da Spartahlon, Scott Jurek. Ele me desafiou, depois que eu bati o recorde dele na Badwater este ano. E como ele superou a minha marca na Spartathlon, com 22h52min11s, será uma espécie de desafio particular, mas com muita amizade. Nós nos respeitamos e admiramos muito. Será um estímulo a mais, comenta.
Ultra Maratona · 24 jul, 2007
O ultramaratonista brasileiro Valmir Nunes conseguiu nessa terça-feira (24) mais um grande feito em sua vitoriosa carreira ao vencer e bater o recorde da Badwater, ultramaratona com 217 km. Esta aconteceu no deserto do Vale da Morte, nos Estados Unidos.
O atleta depois de enfrentar frio e calor com temperaturas próxima aos 55ºC completou o percurso em 22h51min29, tempo que pulveriza em quase duas horas a melhor marca da prova. O recorde anterior era de 24h36min08 de Scott Jurek.
A largada da prova foi realizada no ponto mais baixo da América do Norte, a 85 metros abaixo do nível do mar e a chegada feita no Monte Whitney, a 2.533 metros. Nunes que correu na condição de rookie (novato) disparou depois da marca dos 150Km, para não mais perder a liderança. A prova é muito dura, tanto que os últimos 17 km eu fui andando. Não tinha condições, porque tive problemas de fígado e estômago, disse Valmir, por telefone através de sua assessoria.
O final é muito duro, com uma subidona. Minha expectativa era completar a prova e fiquei muito feliz com esse resultado, contou o o atleta da Memorial/Brooks, que também é técnico de Sirlene Souza de Pinho, bronze no Pan Rio, na maratona.
O húngaro Akos Konya, 32 anos, foi o vice do ano passado e repetiu sua performance com a marca de 23h47min47s, seguido do fuzileiro naval norte-americano, David Goggins, com 25h49min40s.
Ultra Maratona · 10 jul, 2007
O ultramaratonista Valmir Nunes encara no próximo dia 23 a Badwater Ultramarathon, ultramaratona nos Estados Unidos com distância de 271 quilômetros pelo Vale da Morte, na Califórnia. Por estar na competição americana ele não poderá acompanhar sua pupila Sirlene Pinho durante os Jogos Pan-americanos, pois ela disputará a maratona um dia antes.
Valmir é um dos maiores corredores de longa distância do Brasil e do mundo e já possui diversas conquistas em sua carreira em provas clássicas, como a Spartathlon, na Grécia, e a Pico Subida de Veleta, na Espanha. Ele também é bicampeão dos 100 quilômetros e recordista das Américas em provas de 24 horas com 273,8 quilômetros percorridos. Todas as marcas são reconhecidas Federação Internacional de Atletismo.
A competição terá temperaturas de até 55 graus e a ascensão total nas montanhas será de 3.962 metros. A distância não é problema, mas sim o calor. Vou chegar lá 10 dias antes para tentar me acostumar. Só fico triste, porque não estarei perto da Sirlene no Pan, mas estou vendo para a Kelly (sua esposa) estar lá, comenta.
Ávido por desafios, cinco dias após a prova californiana ele partirá para o Mundial de 24 horas em Quebec (Canadá). É loucura, eu sei, mas fazer o quê, diz bem humorado. Estou acostumado a superar os limites, completa. Aos 43 anos de idade, esse ano ele já conquistou o bicampeonato nas 24 Horas da Grécia, correndo 222 quilômetros, e a Brazil 135 Ultramaratona, com a mesma distância da Badwater
O desafio de Valmir não se limitará a Badwater. Menos de cinco dias depois, ele já estará na ativa novamente, disputando o título mundial de 24 horas, em Quebec, no Canadá. É loucura, eu sei, mas fazer o que, disse rindo. Estou acostumado a superar os limites, acrescentou o super corredor de 43 anos de idade, que este ano já garantiu o bicampeonato nas 24 Horas da Grécia, correndo 222 km, e a Brazil 135 Ultramaratona, com a mesma distância da Badwater.
Ultra Maratona · 09 abr, 2007
Valmir Nunes confirmou o favoritismo e faturou o bicampeonato do Festival de Ultramaratona Internacional Helênico, em Loutraki, na Grécia, na última sexta-feira (6), após percorrer 222 quilômetros em 24 horas. O Brasil também esteve representado por Adeluci Moraes, que completou 174,394 quilômetros e obteve a vitória na categoria feminina e foi a oitava na geral.
Durante o percurso, ele correu junto com o suíço Eusébio Bochons (vice na edição do ano passado) até a marca de oito horas, ocasião em que resolveu abrir vantagem. Após 12 horas correndo ele já tinha ultrapassado os gregos Dimitrios Koulakiotis e Konstantinos Geogipoulos e apenas administrou a liderança.
Apesar da vitória, ele conta que não usou todas as forças, pois se poupou para uma outra competição que vai participar em julho. Foi um percurso difícil e as 12 primeiras horas passei forte, com 139 km, por causa do suíço. Depois, administrei, segurei, porque não tinha expectativa de bater o meu recorde e optei por me poupar para o meu grande objetivo deste ano, a Badwater.
Valmir, que também treina Adeluci, ficou sastifeito com o resultado de sua atleta. Ela provou que tem potencial para crescer muito. Fez uma prova muito boa, mostrou determinação. A atleta de Londrina (Paraná) chegou a abrir 14 quilômetros de vantagem no meio da disputa, mas a diferença caiu com o tempo e ela chegou com pouco mais de 3,5 quilômetros à frente de Maria Tachavuori, da Finlândia.
Resultado geral masculino
1º - Valmir Nunes (Brasil) 222 quilômetros
2º - Dimitrios Koulakiotis (Grécia) 209,05 quilômetros
3º - Konstantinos Georgiopoulos (Grécia) 201 quilômetros
4º - Ari Mustala (Finlândia) 193,97 quilômetros
5º - Nikos Adam (Alemanha) 181 quilômetros
Resultado Geral feminino
1º - Adeluci Moraes (Brasil) - 174,394 quilômetros
2º - Maria Tachavuori (Finlândia) - 170,886 quilômetros
3º - Claudia Iletschko (Áustria) - 140,044 quilômetros
4º - Dagmar Nicklaus (Alemanha) 131 quilômetros
5º - Rosie Pallaruelo (França) - 111,032 quilômetros
Ultra Maratona · 03 abr, 2007
Valmir Nunes, um dos principais nomes em ultramaratona no Brasil busca na próxima quinta-feira (5) o bicampeonato na corrida de 24 horas do Festival de Ultramaratona Internacional Helênico, em Loutraki, na Grécia. Vence a competição quem percorrer a maior distância possível.
Ano passado o corredor de 43 anos completou 212 quilômetros, contra 205 do suíço Eusébio Bochons e 201 do estoniano Peeter Vennikas. Essa será a sexta competição de Valmir na Grécia, país em que ele já venceu a Spartathlon, uma das principais ultramaratonas do Mundo, com 246 km de percurso montanhoso entre Atenas e Sparta. Essa prova refaz o caminho do soldado Pheidippides, para buscar reforços durante a Guerra entre gregos e persas, em 490 AC.
Valmir pretende brigar pela vitória, mas não acredita que vá bater seu recorde pessoal (e das Américas) de 273,8 quilômetros, obtido em 2003 em Taiwan. Estou em ritmo de treinamento para uma prova em julho e não vou forçar muito. Espero superar o que corri no ano passado, mas não acredito que possa bater o meu recorde. Na verdade, vou correr contra mim mesmo, buscando melhorar, comenta.
Em julho ele disputará a Badwater, prova de 217 quilômetros ininterruptos no Vale da Morte, na Califórnia, Estados Unidos, onde enfrentará temperaturas de até 55 graus Celsius. Esta prova será realmente difícil, mas gosto de desafios, de superar limites, ressalta. Ele conquistou o direito de participar dessa prova após vencer a Brazil 135 Ultramaratona, competição de 217 quilômetros pela Serra da Mantiqueira.
Histórico - Em 17 anos de dedicação às competições de longa distância o competidor já acumula mais de 30 títulos. Entre eles verdadeiros desafios ao limite de um ser humano, como a Prova Pico Subida de Veleta, em Granada, na Espanha, com 50 quilômetros de subida íngreme, largada a 656 metros de altitude e a chegada a 3.470 metros acima do nível do mar.
Ele também ostenta no currículo dois títulos mundiais nos 100 quilômetros em 1991, na Itália e em 1995 na Holanda, além do recorde de 6h18min37. Além de correr ele faz a função de técnico de alguns atletas de ponta, como Sirlene Pinho, pré-convocada para a maratona nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro.
Ultra Maratona · 27 set, 2006
Os brasileiros Valmir Nunes e Luciano Prado irão representar o país na ultramaratona grega Spartathlon. A competição tem algumas peculiaridades, por acontecer em terreno montanhoso, além da largada ser na cidade de Esparta e a chegada em Atenas.
Ao todo são 246 quilômetros de competição, o equivalente a quase seis maratonas. Segundo a história grega, o percurso da prova será o mesmo que o mensageiro e soldado, Pheidippides, correu para buscar reforços durante a Guerra entre gregos e persas, em 490 AC. Foi essa corrida que deu origem à maratona e ao atletismo.
Essa é a quinta vez do ultramaratonista Valmir Nunes na prova. No ano de 2001 ele venceu a competição e está confiante novamente. Sinceramente, vou para ganhar. Não quero parar. Isso é muito triste para um atleta. A pior coisa é quando o competidor perde para ele mesmo. É horrível, conta.
Com um patrocinador para custear a passagem aérea, Luciano Prado vai para a competição pela segunda vez consecutiva. No ano passado ele ficou com o quinto lugar e nesse ano pretende conseguir uma colocação melhor.
Nunes, que também treina a maratonista Sirlene Pinho, disse que após a ultramaratona irá ver sua pupila na Maratona da Holanda. Eu fico na Grécia até o dia 12 e embarco para a Holanda para acompanhá-la. Não será fácil, mas ela está bem. Será a sua primeira viagem à Europa e vou dar apoio, conta.
A largada do Spartathlon será dada nessa sexta-feira, 30 de setembro, e os primeiros participantes devem finalizar a prova depois de 20 horas de corrida ininterrupta.
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