Morungaba

Montanholi: após a prova ocorre uma grande festa

Mesmo após a chegada dos líderes, os atletas comuns, aqueles que vieram para completar ou para estabelecer um tempo melhor do que em anos anteriores, continuavam a sofrer com as “pirambeiras”, termo utilizado por muitos para descrever as dificuldades encontradas. Um dos últimos trechos de ladeira foi apelidado de “descida do rapel”, tamanha a inclinação e em algumas subidas até o carro madrinha enfrentava problemas.

Todos os atletas da Meia, ao cruzarem a linha, receberam uma medalha de participação, assim como uma mortadela Marba, brinde especial oferecido por Romanholi, que é um dos diretores do frigorífico. Já os competidores das provas de nove e quatorze receberam apenas a mortadela como prêmio por completar.

Após a chegada de todos, a piscina do sítio ficou à disposição para quem quisesse arriscar um mergulho na água gelada, ou apenas se bronzear sob o sol antes de saborear um churrasco oferecido para repor as energias. Executivos, jornalistas, atletas menos favorecidos financeiramente, treinadores e outros entusiastas do esporte comentavam exaltados sobre suas performances e comparavam resultados entre si, numa verdadeira demonstração de que a corrida é um esporte que nivela as pessoas.

Relato - O jornalista Vicent Sobrinho participa de provas desde 1979, já correu mais de 400 e detém uma marca importante na competição: é o único que correu todas as edições, juntamente com o organizador. “Ano passado descobri na prova que estava com asma, no quilômetro cinco e no 10 me deu câimbras, mas como eu havia corrido todas, tinha um compromisso comigo de ir até o fim. Quando ainda faltavam sete quilômetros, pensei em desistir, mas resolvi continuar”, ressalta.

Vicent diz ainda que o grande problema é não existirem trechos planos, mas apenas subidas e descidas. “Nesses seis anos a prova evoluiu no quesito participação, para reunir os amigos do Romanholi, que dá um grande presente aos atletas com essa estrutura. Quem corre Montanholi está preparado para uma Maratona”, enfatiza.

José Carlos Romanholi treina com o técnico Wanderlei de Oliveira e há alguns anos atrás decidiu juntar um grupo para se preparar para as maratonas internacionais tendo como cenário as imediações de seu sítio. Passados alguns finais de semana veio a idéia de se criar uma competição participativa, que em 2002 se tornou a primeira edição do Circuito Montanholi.

O nome da competição é a junção do sobrenome da família detentora do sítio junto com a característica montanhosa da região onde a prova acontece. Anualmente cerca de 100 corredores convidados se reúnem e fazem uma grande festa na única meia de cross-country brasileira em que se utiliza chip de cronometragem.

Uma grande estrutura foi montada, com diversos postos de abastecimento de água, duas ambulâncias, cronometragem por chip, medalha de participação e apoio policial. Esse ano, o calor forte e o exagero por parte de alguns atletas ocasionaram dois atendimentos mais graves pelos médicos. “Os casos mais comuns foram dores musculares, mas um atleta sofreu hipoglicemia e outro desidratação”, ressalta o Dr. Rogério Mecelis.

Sucesso - “O sucesso do Montanholi representa o bem-estar, além do trabalho de uma equipe muito grande, desde as autoridades de Morungaba, até o pessoal do marketing da Marba e os fornecedores de produtos, que colaboram cobrando menos”, comenta José Carlos. Ao ser perguntado se a prova continuará a ser apenas para convidados, ele é enfático na resposta. “Vai continuar com a base de atletas da Run for Life, mas com a inclusão de outras equipes como já vem sendo feito. O evento vai continuar fechado, pois o sítio é nossa casa e permite receber um número limitado de pessoas”.

Quando começou a correr, Romanholi tinha o intuito de participar das principais maratonas do mundo, fato alcançado após completar 14 provas. “Eu me sinto realizado. Comecei com Atenas, que é a precursora, fiz Boston, a mais antiga do mundo, Nova York, Chicago, Paris, Rotterdam, etc e talvez faça mais alguma, mas de uma forma mais tranqüila”.

Mesmo antes de ouvir seus conselheiros sobre as melhorias a serem feitas para o ano que vem, o empresário já tem algumas idéias que podem tornar a competição ainda mais atrativa. “Estamos pensando em oferecer massagistas para os corredores”, conta.


Montanholi: após a prova ocorre uma grande festa

Corrida de Montanha · 16 jun, 2007

Mesmo após a chegada dos líderes, os atletas comuns, aqueles que vieram para completar ou para estabelecer um tempo melhor do que em anos anteriores, continuavam a sofrer com as “pirambeiras”, termo utilizado por muitos para descrever as dificuldades encontradas. Um dos últimos trechos de ladeira foi apelidado de “descida do rapel”, tamanha a inclinação e em algumas subidas até o carro madrinha enfrentava problemas.

Todos os atletas da Meia, ao cruzarem a linha, receberam uma medalha de participação, assim como uma mortadela Marba, brinde especial oferecido por Romanholi, que é um dos diretores do frigorífico. Já os competidores das provas de nove e quatorze receberam apenas a mortadela como prêmio por completar.

Após a chegada de todos, a piscina do sítio ficou à disposição para quem quisesse arriscar um mergulho na água gelada, ou apenas se bronzear sob o sol antes de saborear um churrasco oferecido para repor as energias. Executivos, jornalistas, atletas menos favorecidos financeiramente, treinadores e outros entusiastas do esporte comentavam exaltados sobre suas performances e comparavam resultados entre si, numa verdadeira demonstração de que a corrida é um esporte que nivela as pessoas.

Relato - O jornalista Vicent Sobrinho participa de provas desde 1979, já correu mais de 400 e detém uma marca importante na competição: é o único que correu todas as edições, juntamente com o organizador. “Ano passado descobri na prova que estava com asma, no quilômetro cinco e no 10 me deu câimbras, mas como eu havia corrido todas, tinha um compromisso comigo de ir até o fim. Quando ainda faltavam sete quilômetros, pensei em desistir, mas resolvi continuar”, ressalta.

Vicent diz ainda que o grande problema é não existirem trechos planos, mas apenas subidas e descidas. “Nesses seis anos a prova evoluiu no quesito participação, para reunir os amigos do Romanholi, que dá um grande presente aos atletas com essa estrutura. Quem corre Montanholi está preparado para uma Maratona”, enfatiza.

José Carlos Romanholi treina com o técnico Wanderlei de Oliveira e há alguns anos atrás decidiu juntar um grupo para se preparar para as maratonas internacionais tendo como cenário as imediações de seu sítio. Passados alguns finais de semana veio a idéia de se criar uma competição participativa, que em 2002 se tornou a primeira edição do Circuito Montanholi.

O nome da competição é a junção do sobrenome da família detentora do sítio junto com a característica montanhosa da região onde a prova acontece. Anualmente cerca de 100 corredores convidados se reúnem e fazem uma grande festa na única meia de cross-country brasileira em que se utiliza chip de cronometragem.

Uma grande estrutura foi montada, com diversos postos de abastecimento de água, duas ambulâncias, cronometragem por chip, medalha de participação e apoio policial. Esse ano, o calor forte e o exagero por parte de alguns atletas ocasionaram dois atendimentos mais graves pelos médicos. “Os casos mais comuns foram dores musculares, mas um atleta sofreu hipoglicemia e outro desidratação”, ressalta o Dr. Rogério Mecelis.

Sucesso - “O sucesso do Montanholi representa o bem-estar, além do trabalho de uma equipe muito grande, desde as autoridades de Morungaba, até o pessoal do marketing da Marba e os fornecedores de produtos, que colaboram cobrando menos”, comenta José Carlos. Ao ser perguntado se a prova continuará a ser apenas para convidados, ele é enfático na resposta. “Vai continuar com a base de atletas da Run for Life, mas com a inclusão de outras equipes como já vem sendo feito. O evento vai continuar fechado, pois o sítio é nossa casa e permite receber um número limitado de pessoas”.

Quando começou a correr, Romanholi tinha o intuito de participar das principais maratonas do mundo, fato alcançado após completar 14 provas. “Eu me sinto realizado. Comecei com Atenas, que é a precursora, fiz Boston, a mais antiga do mundo, Nova York, Chicago, Paris, Rotterdam, etc e talvez faça mais alguma, mas de uma forma mais tranqüila”.

Mesmo antes de ouvir seus conselheiros sobre as melhorias a serem feitas para o ano que vem, o empresário já tem algumas idéias que podem tornar a competição ainda mais atrativa. “Estamos pensando em oferecer massagistas para os corredores”, conta.

Circuito Montanholi reúne convidados em Morungaba

Na manhã desse sábado (16) cerca de 100 atletas convidados se reuniram em Morungaba, interior de São Paulo, para a disputa da sexta edição do Circuito Montanholi, prova de meia maratona cross-country com um percurso que exige muito preparo físico. Também aconteceram simultaneamente uma corrida de 14 quilômetros e uma caminhada de nove.

Morungaba - A prova é considerada pelos atletas que já participaram como uma das mais difíceis meia maratonas do Brasil, devido ao percurso acidentado, em terra batida e com aclives e declives íngremes. O empresário José Carlos Romanholi é o anfitrião do evento, que acontece nas imediações do Sítio Santa Clara, de sua propriedade.

Desde as primeiras horas da manhã a movimentação já era intensa no sítio, devido à presença dos atletas na retirada de chips e número de peito, ao mesmo tempo em que um café da manhã era servido. O tempo seco e o predomínio de sol já indicavam que seriam um empecilho a mais na corrida.

Às 9h10 teve início o alongamento e aquecimento, ocasião em que Romanholi aproveitou para passar algumas dicas. Segundo ele, era preciso tomar cuidado com o cascalho do percurso, assim como ingerir bastante água para evitar problemas de desidratação.

Largada - Quando os ponteiros indicaram 9h30 foi dado o tiro de largada e, logo no primeiro trecho, os atletas se depararam com uma subida forte, fato que impossibilitou a formação de pelotões. Ana Luiza Garcez, a Animal, esteve presente no evento apenas para incentivar os colegas e a todo o momento procurava animar os mais cansados ou passar alguma orientação.

Na caçamba do safety car, veículo que acompanhou o percurso, Ana exclamava “solta mais os braços”, ou “vamos lá, você está indo bem, mantenha o ritmo”. A bela paisagem de morros e pastos era muitas vezes confrontada com o odor de esterco de vaca ou ainda de carniça.

Na passagem do quilômetro quatro os líderes feminino e masculino já davam uma prévia de como seria o resultado final. Vanderlei Alves, Lindomar de Oliveira e Joaquin de Oliveira entre os homens e Elisabeth Esteves, Conceição Oliveira e Cristina Carvalho entre as mulheres permaneceram nessas posições até cruzarem a linha de chegada.

Vanderlei fechou os 21 quilômetros em 1h15min27, enquanto Lindomar chegou quatro minutos depois e estabeleceu 1h19min05 e Joaquim 1h19min25. Já no feminino a briga não foi tão acirrada no final, já que Elisabeth cruzou em 1h32min08, Conceição em 1h39min59 e Cristina em 1h47min54.

Após se recuperar do esforço, o campeão explicou o motivo pelo qual venceu com uma boa vantagem em relação aos adversários. “Eu moro em Morungaba e treino numa área próxima ao percurso da prova. A minha estratégia foi sair num ritmo forte para pegar a liderança e tentar mantê-la”. Já sobre o pior trecho, ele lembra que entre os quilômetros 14 e 16 as ladeiras deram muito trabalho.

Lindomar, mais conhecido como Pantanal, fala que confundiu os competidores de outras provas, imaginando que eram adversários a serem batidos. “Eles não têm número nas costas e eu acompanhei forte até a hora que eles pararam. Nessa hora o Vanderlei me passou e meu psicológico foi lá embaixo”.

Já Joaquim, elogia a organização e comenta o motivo de voltar todos os anos mesmo sabendo que o percurso desgasta muito o corpo. “Eu saí num ritmo forte para tentar fazer 1h14 e foi um risco, mas mesmo assim garanti o pódio. O sentido da prova é a festa e a recepção que o organizador faz”.

Mulheres - Entre as garotas Elisabeth quase desistiu no quilômetro 13, mas conseguiu arranjar uma força extra para ser campeã. “Foi difícil, mas eu sabia que estava em primeiro e a segunda estava bem distante. Depois do quilômetro 17 deu vontade de andar, mas eu fui igual a uma patinha choca, mas não andei”. Ela comenta ainda que resolveu tomar a liderança logo de cara, pois sabia da dificuldade das adversárias em alcançá-la.

Conceição teve câimbras em meio à prova, motivo pelo qual segurou um pouco o ritmo, já que correrá a Maratona do Rio de Janeiro no próximo domingo (24). “Vim prestigiar a prova como sempre e, ao mesmo tempo, para saber como está o meu ritmo para o Rio”, conta a atleta que esteve na Maratona de São Paulo no último dia três.

Cristina Carvalho, treinadora e fundadora da Núcleo Aventura, equipe especializada em provas de aventura, diz que não passou muito bem durante a semana e correu no sacrifício. Segundo ela, saber que estava na terceira colocação e distante da quarta colocada foi um incentivo para que não abandonasse.


Circuito Montanholi reúne convidados em Morungaba

Corrida de Montanha · 16 jun, 2007

Na manhã desse sábado (16) cerca de 100 atletas convidados se reuniram em Morungaba, interior de São Paulo, para a disputa da sexta edição do Circuito Montanholi, prova de meia maratona cross-country com um percurso que exige muito preparo físico. Também aconteceram simultaneamente uma corrida de 14 quilômetros e uma caminhada de nove.

Morungaba - A prova é considerada pelos atletas que já participaram como uma das mais difíceis meia maratonas do Brasil, devido ao percurso acidentado, em terra batida e com aclives e declives íngremes. O empresário José Carlos Romanholi é o anfitrião do evento, que acontece nas imediações do Sítio Santa Clara, de sua propriedade.

Desde as primeiras horas da manhã a movimentação já era intensa no sítio, devido à presença dos atletas na retirada de chips e número de peito, ao mesmo tempo em que um café da manhã era servido. O tempo seco e o predomínio de sol já indicavam que seriam um empecilho a mais na corrida.

Às 9h10 teve início o alongamento e aquecimento, ocasião em que Romanholi aproveitou para passar algumas dicas. Segundo ele, era preciso tomar cuidado com o cascalho do percurso, assim como ingerir bastante água para evitar problemas de desidratação.

Largada - Quando os ponteiros indicaram 9h30 foi dado o tiro de largada e, logo no primeiro trecho, os atletas se depararam com uma subida forte, fato que impossibilitou a formação de pelotões. Ana Luiza Garcez, a Animal, esteve presente no evento apenas para incentivar os colegas e a todo o momento procurava animar os mais cansados ou passar alguma orientação.

Na caçamba do safety car, veículo que acompanhou o percurso, Ana exclamava “solta mais os braços”, ou “vamos lá, você está indo bem, mantenha o ritmo”. A bela paisagem de morros e pastos era muitas vezes confrontada com o odor de esterco de vaca ou ainda de carniça.

Na passagem do quilômetro quatro os líderes feminino e masculino já davam uma prévia de como seria o resultado final. Vanderlei Alves, Lindomar de Oliveira e Joaquin de Oliveira entre os homens e Elisabeth Esteves, Conceição Oliveira e Cristina Carvalho entre as mulheres permaneceram nessas posições até cruzarem a linha de chegada.

Vanderlei fechou os 21 quilômetros em 1h15min27, enquanto Lindomar chegou quatro minutos depois e estabeleceu 1h19min05 e Joaquim 1h19min25. Já no feminino a briga não foi tão acirrada no final, já que Elisabeth cruzou em 1h32min08, Conceição em 1h39min59 e Cristina em 1h47min54.

Após se recuperar do esforço, o campeão explicou o motivo pelo qual venceu com uma boa vantagem em relação aos adversários. “Eu moro em Morungaba e treino numa área próxima ao percurso da prova. A minha estratégia foi sair num ritmo forte para pegar a liderança e tentar mantê-la”. Já sobre o pior trecho, ele lembra que entre os quilômetros 14 e 16 as ladeiras deram muito trabalho.

Lindomar, mais conhecido como Pantanal, fala que confundiu os competidores de outras provas, imaginando que eram adversários a serem batidos. “Eles não têm número nas costas e eu acompanhei forte até a hora que eles pararam. Nessa hora o Vanderlei me passou e meu psicológico foi lá embaixo”.

Já Joaquim, elogia a organização e comenta o motivo de voltar todos os anos mesmo sabendo que o percurso desgasta muito o corpo. “Eu saí num ritmo forte para tentar fazer 1h14 e foi um risco, mas mesmo assim garanti o pódio. O sentido da prova é a festa e a recepção que o organizador faz”.

Mulheres - Entre as garotas Elisabeth quase desistiu no quilômetro 13, mas conseguiu arranjar uma força extra para ser campeã. “Foi difícil, mas eu sabia que estava em primeiro e a segunda estava bem distante. Depois do quilômetro 17 deu vontade de andar, mas eu fui igual a uma patinha choca, mas não andei”. Ela comenta ainda que resolveu tomar a liderança logo de cara, pois sabia da dificuldade das adversárias em alcançá-la.

Conceição teve câimbras em meio à prova, motivo pelo qual segurou um pouco o ritmo, já que correrá a Maratona do Rio de Janeiro no próximo domingo (24). “Vim prestigiar a prova como sempre e, ao mesmo tempo, para saber como está o meu ritmo para o Rio”, conta a atleta que esteve na Maratona de São Paulo no último dia três.

Cristina Carvalho, treinadora e fundadora da Núcleo Aventura, equipe especializada em provas de aventura, diz que não passou muito bem durante a semana e correu no sacrifício. Segundo ela, saber que estava na terceira colocação e distante da quarta colocada foi um incentivo para que não abandonasse.