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Meu raio-x não deu nada, mas continuo com dor

Nome: Sérgio
Idade: 41 anos
Dúvida: Caros, primeiramente gostaria de parabenizá-los pelos artigos. Sou corredor já há algum tempo e deveria ter participado da Maratona de Porto Alegre. Infelizmente dez dias antes da prova comecei a sentir algumas dores na canela. Para resumir: no raio-X não deu nada, mas a ressonância apontou o seguinte:

- Espessamento periosteal da tíbia sugerindo reação por estresse;
- Discreto edema no ventre muscular do tibial anterior;

Meu médico disse que não chegou a ser uma fratura e que em três semanas posso voltar aos treinos. Entendi que foi uma lesão entre a canelite e a fratura por estresse. Estou correto? O que vocês acham? É isso mesmo? O retorno é rápido assim?

Resposta: Olá Sérgio, pelo que você informa, você pode estar correto sim. A lesão conhecida por "canelite" é a síndrome do estresse tibial medial. É graduada de I a IV, sendo o grau IV a própria fratura por estresse. É normal que as radiografias não revelem nada nos estágios I, II e III e nos primeiros 15 dias de uma fratura por estresse. A ressonância magnética é o exame ideal, neste caso, porque complementa a insuficiência diagnóstica das radiografias. Sobre o tempo de retorno ao esporte, o mais conveniente é você seguir as orientações do seu médico e conversar com ele a respeito. Boa sorte.

Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br


Meu raio-x não deu nada, mas continuo com dor

Maratona · 04 jul, 2008

Nome: Sérgio
Idade: 41 anos
Dúvida: Caros, primeiramente gostaria de parabenizá-los pelos artigos. Sou corredor já há algum tempo e deveria ter participado da Maratona de Porto Alegre. Infelizmente dez dias antes da prova comecei a sentir algumas dores na canela. Para resumir: no raio-X não deu nada, mas a ressonância apontou o seguinte:

- Espessamento periosteal da tíbia sugerindo reação por estresse;
- Discreto edema no ventre muscular do tibial anterior;

Meu médico disse que não chegou a ser uma fratura e que em três semanas posso voltar aos treinos. Entendi que foi uma lesão entre a canelite e a fratura por estresse. Estou correto? O que vocês acham? É isso mesmo? O retorno é rápido assim?

Resposta: Olá Sérgio, pelo que você informa, você pode estar correto sim. A lesão conhecida por "canelite" é a síndrome do estresse tibial medial. É graduada de I a IV, sendo o grau IV a própria fratura por estresse. É normal que as radiografias não revelem nada nos estágios I, II e III e nos primeiros 15 dias de uma fratura por estresse. A ressonância magnética é o exame ideal, neste caso, porque complementa a insuficiência diagnóstica das radiografias. Sobre o tempo de retorno ao esporte, o mais conveniente é você seguir as orientações do seu médico e conversar com ele a respeito. Boa sorte.

Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br

Tenho dúvida na ressonância magnética

Caminhada · 29 jun, 2008

Nome: Andreia
Idade: 25 anos
Dúvida: Eu fiz uma ressonância magnética e deu uma expansiva formação cística localizada junto ao aspecto posterior do côndilo femoral medial e corno posterior do menisco medial, devendo-se considerar as possibilidades de cisto gangiônico ou de volumoso cisto parameniscal. Gostaria de saber o que é isso? Qual o tratamento? Tem que fazer cirurgia?

Resposta:> Olá Andréia, cisto gangliônico é uma formação benigna constituída por uma membrana exterior e líquido no interior. Pode ou não ter significado clínico. Se for um cisto parameniscal, cuja imagem pode ser bastante difícil de diferenciar do cisto gangliônico, geralmente está associado a uma lesão do menisco. Sobre o tipo de tratamento, o mais conveniente é você conversar com o seu médico. Boa sorte.

Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br

Exames podem diagnosticar a dor no calcanhar

Lesões no calcanhar em corredores e atletas em geral podem ter várias origens, porque nesta região há diferentes estruturas (ossos, cartilagem, tendões, ligamentos, músculos). Portanto, vários diagnósticos são possíveis para sintomas parecidos. Nem sempre a história clínica do atleta, seus sintomas e seu exame físico são suficientes para se obter o diagnóstico definitivo. Obviamente, algumas lesões têm características muito peculiares e, nestes casos, os ortopedistas não têm dificuldade alguma em determinar seus diagnósticos.

Ocorre, entretanto, que, devido à proximidade das estruturas anatômicas na região do calcanhar, algumas lesões podem ter sintomas semelhantes e confundir mesmo o ortopedista mais experiente.

Tanto nos casos mais simples, como nos casos mais difíceis, os métodos de Diagnóstico por Imagem participam no processo de avaliação destas lesões. Todos os exames podem ser úteis de alguma forma nesta avaliação: radiografias, ultra-sonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Em se tratando de lesões no calcanhar, as radiografias podem diagnosticar fraturas ou outras alterações não traumáticas que podem explicar a dor do atleta, como por exemplo, fratura por estresse, osteoartrose, esporões no calcâneo, deformidades congênitas ósseas ou articulares. Mesmo não sendo o método mais indicado para avaliar estruturas de partes moles como, por exemplo, tendões, as radiografias podem diagnosticar calcificações na região dos tendões e assim permitir eventualmente o diagnóstico de tendinopatias crônicas ("tendinites").

Freqüentemente a ultra-sonografia é indicada quando se suspeita de lesões agudas ou crônicas em tendões na região do calcanhar. A ultra-sonografia pode revelar alterações nos tendões flexores do pé e tornozelo, como, por exemplo, o tendão calcâneo (Aquiles), que pode apresentar sinais de tendinopatia crônica, comum em corredores.

Tomografia computadorizada - É um método excelente quando é necessária uma avaliação detalhada dos ossos e articulações. Isso ocorre em determinados casos de fraturas que comprometem a superfície articular, nos casos de lesão osteocondral, coalizão tarsal e deformidades.

Ressonância magnética - É um método do Diagnóstico por Imagem que pode fazer a diferença na avaliação da dor no calcanhar em atletas. Devido à sua excelente definição de imagem, e pela possibilidade de demonstrar detalhes de várias estruturas anatômicas de uma vez só, a ressonância magnética é o exame preferido por muitos especialistas em pé e tornozelo. Como estuda ao mesmo tempo ossos, cartilagens, tendões, ligamentos e músculos, a ressonância é capaz de fazer o diagnóstico diferencial das possíveis lesões do atleta. Como dito anteriormente, não é raro diagnosticarmos alterações bem diferentes daquelas suspeitas pelo ortopedista. Principalmente nos casos duvidosos.

A ressonância magnética tem se revelado o exame mais completo dentro da Radiologia e é muito bem indicada nos casos de suspeita de fratura por estresse, fraturas agudas ocultas às radiografias, lesões condrais (da cartilagem articular) e osteocondrais, roturas ligamentares agudas ou crônicas (devido a entorses), tenossinovites e tendinopatias, roturas tendinosas parciais ou completas, fasceíte plantar, bursite retrocalcaneana, entre outras menos comuns.

Assim, ortopedistas e médicos do esporte têm várias opções de métodos de Diagnóstico por Imagem que podem ser indicados isoladamente ou em conjunto para se obter o diagnóstico preciso e definitivo de uma lesão no calcanhar de atletas.


Exames podem diagnosticar a dor no calcanhar

Atletismo · 13 jun, 2008

Lesões no calcanhar em corredores e atletas em geral podem ter várias origens, porque nesta região há diferentes estruturas (ossos, cartilagem, tendões, ligamentos, músculos). Portanto, vários diagnósticos são possíveis para sintomas parecidos. Nem sempre a história clínica do atleta, seus sintomas e seu exame físico são suficientes para se obter o diagnóstico definitivo. Obviamente, algumas lesões têm características muito peculiares e, nestes casos, os ortopedistas não têm dificuldade alguma em determinar seus diagnósticos.

Ocorre, entretanto, que, devido à proximidade das estruturas anatômicas na região do calcanhar, algumas lesões podem ter sintomas semelhantes e confundir mesmo o ortopedista mais experiente.

Tanto nos casos mais simples, como nos casos mais difíceis, os métodos de Diagnóstico por Imagem participam no processo de avaliação destas lesões. Todos os exames podem ser úteis de alguma forma nesta avaliação: radiografias, ultra-sonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Em se tratando de lesões no calcanhar, as radiografias podem diagnosticar fraturas ou outras alterações não traumáticas que podem explicar a dor do atleta, como por exemplo, fratura por estresse, osteoartrose, esporões no calcâneo, deformidades congênitas ósseas ou articulares. Mesmo não sendo o método mais indicado para avaliar estruturas de partes moles como, por exemplo, tendões, as radiografias podem diagnosticar calcificações na região dos tendões e assim permitir eventualmente o diagnóstico de tendinopatias crônicas ("tendinites").

Freqüentemente a ultra-sonografia é indicada quando se suspeita de lesões agudas ou crônicas em tendões na região do calcanhar. A ultra-sonografia pode revelar alterações nos tendões flexores do pé e tornozelo, como, por exemplo, o tendão calcâneo (Aquiles), que pode apresentar sinais de tendinopatia crônica, comum em corredores.

Tomografia computadorizada - É um método excelente quando é necessária uma avaliação detalhada dos ossos e articulações. Isso ocorre em determinados casos de fraturas que comprometem a superfície articular, nos casos de lesão osteocondral, coalizão tarsal e deformidades.

Ressonância magnética - É um método do Diagnóstico por Imagem que pode fazer a diferença na avaliação da dor no calcanhar em atletas. Devido à sua excelente definição de imagem, e pela possibilidade de demonstrar detalhes de várias estruturas anatômicas de uma vez só, a ressonância magnética é o exame preferido por muitos especialistas em pé e tornozelo. Como estuda ao mesmo tempo ossos, cartilagens, tendões, ligamentos e músculos, a ressonância é capaz de fazer o diagnóstico diferencial das possíveis lesões do atleta. Como dito anteriormente, não é raro diagnosticarmos alterações bem diferentes daquelas suspeitas pelo ortopedista. Principalmente nos casos duvidosos.

A ressonância magnética tem se revelado o exame mais completo dentro da Radiologia e é muito bem indicada nos casos de suspeita de fratura por estresse, fraturas agudas ocultas às radiografias, lesões condrais (da cartilagem articular) e osteocondrais, roturas ligamentares agudas ou crônicas (devido a entorses), tenossinovites e tendinopatias, roturas tendinosas parciais ou completas, fasceíte plantar, bursite retrocalcaneana, entre outras menos comuns.

Assim, ortopedistas e médicos do esporte têm várias opções de métodos de Diagnóstico por Imagem que podem ser indicados isoladamente ou em conjunto para se obter o diagnóstico preciso e definitivo de uma lesão no calcanhar de atletas.

O que é cisto gangliônico?

Atletismo · 22 maio, 2008

Nome: Romualdo Frias
Idade: 45 anos
Dúvida: Fiz um artroscopia para correções do menisco medial do joelho esquerdo a mais ou menos dois anos. Voltei a sentir dores no início deste ano e uma ressonância magnetica constatou um cisto gangliônico do LCA e osteartrose mais evidente no compartimento medial femoro-tibial. Pergunto: o que é cisto gangliônico?

Resposta:Caro Romualdo, Ganglion cístico é uma lesão benigna, cística, contendo líquido sinovial, relativamente comum, que pode se localizar adjacente aos ligamentos cruzados do joelho, como no seu caso. Pode ou não ter significado clínico.

Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.milton.com.br/esporte

Quando é necessário raio-x?

Atletismo · 26 abr, 2008

<Nome: Luciana
Idade: 36 anos
Dúvida: Estou sentindo muitas dores na minha perna esquerda, entre panturrilha e canela. Seria prudente um raio-x?

Resposta: Olá Luciana. Depende. Como há várias causas de dor na perna em corredores, há também várias formas de se fazer o diagnóstico por exames de imagem. Por exemplo, a radiografia (RX) poderá detectar alguma lesão óssea, enquanto a ultra-sonografia poderá mostrar lesões em tendões ou músculos, já a ressonância magnética, por ser um exame mais abrangente, poderá fazer o diagnóstico de lesões ósseas não vistas ao RX e também de alterações em tendões e músculos.

Quando você passar pelo médico, ele poderá lhe solicitar um ou mais destes exames para fazer o seu diagnóstico. Menos freqüentemente, os ortopedistas já podem definir alguns diagnósticos apenas pelos sintomas e quadro clínico do paciente, portanto dispensando exames de imagem. Boa sorte!

Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.milton.com.br/esporte

O que é cisto de baker no joelho?

Atletismo · 19 abr, 2008

Nome: Zivaldo
Idade: 45 anos
Dúvida: Fiz uma ressonância e foi identificado um Cisto de Baker no joelho direito. Gostaria de saber: o que é o Cisto de Baker? O que causa? Qual o tratamento? Preciso parar de correr?

Resposta: Cisto de Baker é um acúmulo anormal de líquido na bursa gastrocnêmio-semimembranosa, que fica na região posterior do joelho. Ele se forma devido a passagem de líquido da cavidade articular do joelho para a bursa, através de uma comunicação. É freqüente, pode ter tamanhos variados e geralmente não produz sintomas. Sobre tratamento e orientação quanto à corrida, sugiro que converse melhor com seu médico especialista. Boa sorte!

Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.milton.com.br/esporte

O que é um entesófito?

Atletismo · 13 abr, 2008

Nome: Edson Luiz Martins
Idade: 43 anos
Dúvida: Por favor, tenho dores no lado interno do joelho há mais de um ano, até que no último dia 17 de março fiz uma ressonância magnética e o único problema apontado foi este: "nota-se um entesófito na inserção do tendão do quadríceps". O que é isso, como curar? Pois realmente dói muito. Obrigado.

Resposta: Caro Edson, Entesófito é uma saliência óssea na origem ou inserção de um tendão. No seu caso, no pólo superior da patela, que é o local de inserção do tendão quadríceps. Na maioria dos casos esta alteração não produz sintomas. O seu médico poderá relacionar este achado de imagem com seus sintomas e seu exame clínico para determinar se essa é a sua causa de dor, ou se você tem alguma outra lesão.

Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.milton.com.br/esporte

O que é infiltração do trato ílio-tibial?

Atletismo · 26 mar, 2008

Nome: Jane
Idade: 38 anos
Dúvida: Fiz uma ressonância e o diagnóstico foi "infiltração líquida nas partes moles do trato ílio-tibial". O médico disse que não é nada demais e não demanda tratamento, busquei aprofundar a discussão, mas ele não tava nem aí. Mas afinal, com um nome desses, dá medo. O que é isso?

Olá Jane, o trato ílio-tibial, ou banda ílio-tibial, é uma continuação da fáscia lata. É uma estrutura semelhante a um tendão, que segue ao longo de toda a lateral da coxa até o joelho. Tem esse nome porque se origina no ilíaco e se insere na tíbia.

Ocorre que, ao passar pela região do fêmur, o trato pode sofrer atrito anormal com o epicôndilo lateral deste (uma saliência óssea que todos temos) quando o joelho estende por completo, e causar uma inflamação, que foi detectada pela ressonância magnética que você fez. Essa lesão é causa comum de dor lateral do joelho em corredores e ciclistas, e, portanto em triathletas também.

Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em Radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.milton.com.br/esporte.

Entenda sobre meniscos e diagnóstico por imagem

Meniscos são fibrocartilagens da articulação do joelho. Temos os meniscos medial e lateral. Eles desempenham algumas funções, principalmente amortecimento e estabilidade. Para que estas funções ocorram satisfatoriamente, é necessário que os meniscos estejam intactos ou preservados. Lesões meniscais podem ocorrer em atletas e não-atletas. Basicamente, dividimos as lesões em degenerativas e traumáticas.

As lesões degenerativas ocorrem de forma lenta e progressiva e podem surgir em pacientes com 30 anos ou mais. Estas lesões podem ser assintomáticas. Roturas meniscais geralmente são traumáticas e agudas. Podem também ocorrer sobre um menisco já com alterações degenerativas prévias. As roturas meniscais ocorrem em uma variedade de situações, como por exemplo, depois de uma entorse do joelho. As roturas são geralmente sintomáticas e levam o paciente a buscar auxílio médico.

Na grande maioria das vezes, a história do atleta e o exame físico realizado pelo médico são suficientes para se fazer o diagnóstico de uma lesão meniscal. Porém mesmo assim, exames de imagem são necessários para fornecer mais informações ao médico.

Radiografias não mostram diretamente os meniscos, mas ajudam ao mostrar se os espaços articulares estão normais ou reduzidos, ou se já há alterações osteoarticulares crônicas que acompanham lesões meniscais.

O melhor exame de imagem para a avaliação dos meniscos é a ressonância magnética (RM). A RM é indicada para diagnosticar o tipo exato da lesão (ex.: alterações degenerativas, roturas radiais, longitudinais, horizontais, complexas, ou tipo "alça de balde") e em que porção do menisco ela ocorreu (corno anterior, corpo ou corno posterior). Dessa forma, não apenas a RM pode diagnosticar detalhes sobre o tipo e a localização da lesão, como também seu tamanho e a sua extensão. Veja vários exemplos de lesões meniscais num corredor, visitando a página http://www.milton.com.br/esporte/casos/caso_66.htm

As informações obtidas pelo exame de RM serão essenciais para que o médico do atleta possa decidir pelo tipo de tratamento (conservador ou cirúrgico). Se optar pelo tratamento cirúrgico, a RM terá revelado informações fundamentais para que o médico escolha a melhor tática operatória para aquela situação específica, como, por exemplo, sutura ou meniscectomia (retirada parcial ou total de um menisco).

Além de revelar diretamente o estado dos meniscos, a RM é importante também para avaliar as demais estruturas do joelho, que podem ou não apresentar alterações associadas às lesões meniscais, como, por exemplo, lesões em cartilagem e osteoartrose, derrame articular, lesões ligamentares ou tendinosas, cistos peri-meniscais, etc. Outro papel da RM é fazer avaliação pós-operatória dos meniscos. Quando a RM convencional não é suficiente para isso, o médico pode indicar a realização de uma artro-RM, que é um exame de RM com contraste intra-articular.

Hoje em dia os exames de RM de joelho estão ficando cada vez mais acessíveis aos atletas e rápidos na sua execução e suas informações têm tido um papel fundamental para a decisão do médico sobre o tratamento a ser adotado.


Entenda sobre meniscos e diagnóstico por imagem

Atletismo · 26 mar, 2008

Meniscos são fibrocartilagens da articulação do joelho. Temos os meniscos medial e lateral. Eles desempenham algumas funções, principalmente amortecimento e estabilidade. Para que estas funções ocorram satisfatoriamente, é necessário que os meniscos estejam intactos ou preservados. Lesões meniscais podem ocorrer em atletas e não-atletas. Basicamente, dividimos as lesões em degenerativas e traumáticas.

As lesões degenerativas ocorrem de forma lenta e progressiva e podem surgir em pacientes com 30 anos ou mais. Estas lesões podem ser assintomáticas. Roturas meniscais geralmente são traumáticas e agudas. Podem também ocorrer sobre um menisco já com alterações degenerativas prévias. As roturas meniscais ocorrem em uma variedade de situações, como por exemplo, depois de uma entorse do joelho. As roturas são geralmente sintomáticas e levam o paciente a buscar auxílio médico.

Na grande maioria das vezes, a história do atleta e o exame físico realizado pelo médico são suficientes para se fazer o diagnóstico de uma lesão meniscal. Porém mesmo assim, exames de imagem são necessários para fornecer mais informações ao médico.

Radiografias não mostram diretamente os meniscos, mas ajudam ao mostrar se os espaços articulares estão normais ou reduzidos, ou se já há alterações osteoarticulares crônicas que acompanham lesões meniscais.

O melhor exame de imagem para a avaliação dos meniscos é a ressonância magnética (RM). A RM é indicada para diagnosticar o tipo exato da lesão (ex.: alterações degenerativas, roturas radiais, longitudinais, horizontais, complexas, ou tipo "alça de balde") e em que porção do menisco ela ocorreu (corno anterior, corpo ou corno posterior). Dessa forma, não apenas a RM pode diagnosticar detalhes sobre o tipo e a localização da lesão, como também seu tamanho e a sua extensão. Veja vários exemplos de lesões meniscais num corredor, visitando a página http://www.milton.com.br/esporte/casos/caso_66.htm

As informações obtidas pelo exame de RM serão essenciais para que o médico do atleta possa decidir pelo tipo de tratamento (conservador ou cirúrgico). Se optar pelo tratamento cirúrgico, a RM terá revelado informações fundamentais para que o médico escolha a melhor tática operatória para aquela situação específica, como, por exemplo, sutura ou meniscectomia (retirada parcial ou total de um menisco).

Além de revelar diretamente o estado dos meniscos, a RM é importante também para avaliar as demais estruturas do joelho, que podem ou não apresentar alterações associadas às lesões meniscais, como, por exemplo, lesões em cartilagem e osteoartrose, derrame articular, lesões ligamentares ou tendinosas, cistos peri-meniscais, etc. Outro papel da RM é fazer avaliação pós-operatória dos meniscos. Quando a RM convencional não é suficiente para isso, o médico pode indicar a realização de uma artro-RM, que é um exame de RM com contraste intra-articular.

Hoje em dia os exames de RM de joelho estão ficando cada vez mais acessíveis aos atletas e rápidos na sua execução e suas informações têm tido um papel fundamental para a decisão do médico sobre o tratamento a ser adotado.

Especialistas: ressonância magnética é mesmo necessária?

Atletismo · 21 mar, 2008

Nome: Carlos Almeida
Idade: 38 anos
Dúvida: Sinto dores no meu joelho direito logo após a corrida. Já consultei o médico e ele pediu uma ressonância. É mesmo necessário fazer uma ressonância?

Resposta: Sim Carlos, você deve fazer a ressonância magnética. Há várias indicações para a realização deste exame e você pode se enquadrar em duas:

1 - Seu médico já tem o diagnóstico clínico de uma determinada lesão, mas precisa saber o local exato dela e sua extensão;

2- Após o exame clínico, seu médico pode estar ainda em dúvida sobre que tipo de lesão você tem, e, portanto, o exame de ressonância magnética poderá diagnosticar se a lesão é de tendão, cartilagem, ligamento, menisco, e assim por diante. Com a ressonância magnética ele terá informações essenciais que o ajudarão a escolher o tipo de tratamento a ser adotado para você.

Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em Radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.milton.com.br/esporte