Caminhada · 06 mar, 2009
Nome: Adriana Reis
Idade: 36 anos
Dúvida: O resultado da ressonância magnética do joelho foi no direito (lesão osteocondral na superfície patelar - condropia grau II) em no esquerdo (discreta alteração de sianal intra-substância da cartilagem hialina de revestimento patelar relacionado a condropatia grau I).Gostaria de saber mais sobre essas lesões e qual o tratamento?
Resposta:Adriana, a cartilagem da patela (antiga rótula) pode sofrer um processo de afilamento e alteração textural. Em adolescentes e adultos jovens isso é chamado de condromalácia, enquanto que em pessoas mais velhas, pode ser decorrente de osteoartrose.
A condromalácia patelar é classificada em quatro graus e a ressonância magnética é o melhor método de diagnóstico por imagem para avaliar as lesões da cartilagem patelar. Pelo que você escreve, no seu joelho há apenas alteração da textura da cartilagem patelar (grau I), enquanto que no joelho já há algum afilamento da espessura da cartilagem (grau II).
Estes dados devem ser correlacionados pelo seu médico com a sua história clínica e seu exame físico para serem valorizados. Sobre o tratamento, sugiro que converse melhor com seu ortopedista. Boa sorte. Um abraço.
Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br
Caminhada · 12 fev, 2009
Nome: Tânia Furtado
Idade: 47 anos
Dúvida: O que é protrusão discal em l4-l5?
Resposta:Tânia, protrusão discal é uma saliência do disco inter-vertebral, a estrutura que fica entre dois corpos vertebrais. No seu caso, entre a quarta e a quinta vértebras lombares.
Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br
Atletismo · 28 jan, 2009
Nome:Gabriela Ribeiro
Idade: 19 anos
Dúvida: Qual é a diferença entre interpretação radiológica e diagnóstico radiológico?
Resposta:Gabriela, interpretação radiológica é a "leitura" que o médico radiologista faz de um determinado exame de Diagnóstico por Imagem, por exemplo, uma ressonância magnética. Diagnóstico radiológico é o diagnóstico obtido com estes exames de imagem, ou seja, o paciente terá um diagnóstico radiológico que servirá para definir o diagnóstico clínico final de uma determinada lesão ou doença.
Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br
Caminhada · 31 out, 2008
Nome: Janiana Pereira
Idade: 19 anos
Dúvida: O que é exatamente tendinopatia?
Resposta: Janiana, tendinopatia é uma lesão crônica em tendões. Ocorre um processo degenerativo no tendão, que é lento e gradativo, que pode ou não causar a sua ruptura (último estágio da doença). Quando exames de diagnóstico são necessários, as melhores escolhas são ressonância magnética e ultra-sonografia. Boa sorte.
Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br
Caminhada · 24 out, 2008
Nome: Valdecir Aparecido Pereira
Idade: 50 anos
Dúvida: Tenho problemas de coluna, passarei o resultado de minha Ressonância Magnética:
-Espondilodiscopatia degenerativa.
-Hérnia protusa centro-lateral esquerda do disco intervertebral L5-S1, determinando compressão anterior sobre o saco dural e redução no diâmetro do forame de conjunção ipsilateral.
-Abaulamento difuso do disco intervertebral L4-L5, determinando compressão anterior sobre o saco dural.
Além disso, apareceu esclerose óssea subcondral nos dois ombros. Sinto muitas dores na perna direita, quase não posso andar, dores nos braços, estou muito preocupado, pois não tenho respostas do meu médico sobre isso. Faço tratamento pelo SUS. Ele me pediu um exame chamado neuromiografia em abril/2008, mas não tenho previsão para fazer, nem dinheiro, pois sei que custa caro, estou sem trabalho e não consigo afastamento pelo INSS. Se for possível explique o que significam estes resultados?
Resposta: Valdecir, apenas pelo que o exame mostra, há alterações degenerativas ósseas e dos discos intervertebrais que podem acontecer com a idade. E você tem também um disco intervertebral causando alguma compressão sobre estruturas nervosas. Mas o importante é que esses dados só têm algum valor quando correlacionados pelo seu médico, e comparados com a sua história clínica e seu exame físico. Ou seja, recomendo que converse melhor com seu médico, porque ele é a pessoa mais indicada para esclarecer as suas dúvidas. Siga as suas orientações. Boa sorte.
Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br
Atletismo · 18 set, 2008
Freqüentemente vemos na imprensa notícias sobre atletas que dependem de um resultado de exame de imagem para saber se participarão ou não de uma competição.
Naturalmente, surge uma expectativa muito grande por parte do atleta antes de realizar um exame de imagem, como, por exemplo uma ressonância magnética, porque esse exame geralmente é mesmo decisivo. Há um medo de ser "cortado" de uma escalação ou de ser vetado para uma prova. E isso acontece seja ele atleta profissional, amador ou recreativo. Em muitas situações não participar de uma determinada prova, jogo ou competição pode ser realmente muito frustrante.
Porém, o esportista com dor, aguda ou crônica, precisa passar em consulta com um médico especialista em busca de tratamento. Entre fugir do diagnóstico de uma possível lesão e enfrentar de frente esse problema, este último é o mais recomendado. O esportista deve entender que essa é a oportunidade dele saber se ele tem ou não uma lesão.
Se os exames de imagem não mostrarem lesão alguma, o atleta ficará aliviado imediatamente e, depois de receber a orientação médica e algum tratamento, poderá retomar as suas atividades esportivas. No caso de um exame detectar a lesão, o atleta deve ver isso de uma forma otimista, pois com o diagnóstico preciso nas mãos, o seu médico poderá no ato programar o melhor tratamento: conservador (clínico) ou cirúrgico.
Exames como a ressonância magnética do sistema músculo-esquelético definem o tipo de uma lesão, seu grau ou gravidade e sua extensão. As informações obtidas pela ressonância são valiosíssimas para o médico do atleta, especialmente quando o exame diagnosticar uma lesão num estágio inicial, ou leve. Isso porque, com o tratamento que virá em seguida, o atleta terá a chance de evitar que essa lesão se agrave e, provavelmente, o retorno ao esporte será mais breve.
O esportista deve saber que lesões crônicas (de longa duração) são muito mais difíceis de serem tratadas pelos médicos do que lesões em estágios iniciais. O tratamento de uma lesão crônica poderá ser conseqüentemente mais longo e o retorno às atividades esportivas será ainda mais retardado.
Dois exemplos de lesões em que a ressonância magnética define sua gravidade e extensão:
1) Condromalácia Patelar: é uma alteração na cartilagem articular da patela (antiga rótula). Pessoas normais têm essa cartilagem de uma determinada espessura, sem nenhuma alteração de sua textura. Classificamos a condromalácia patelar em quatro estágios. Para simplificar, são estágios em que a cartilagem patelar vai progressivamente se afilando, portanto perdendo a sua função, até o estágio final, em que há perda total da espessura da cartilagem com exposição óssea (grau IV);
2) Síndrome do Estresse Tibial Medial ("canelite"): também é classificada em quatro graus, com sintomas às vezes parecidos. Se não for adequadamente diagnosticada e tratada, pode evoluir para os estágios seguintes até o grau IV, que é a fratura por estresse.
Se nem sempre é possível prever ou prevenir uma lesão no esporte, pelo menos podemos diagnosticar com bastante eficiência as lesões já existentes. Os exames de diagnóstico por imagem são úteis e muitas vezes essenciais para o diagnóstico precoce destas lesões e devem ser realizados quando solicitados pelos médicos.
Atletismo · 04 set, 2008
Nome: Narcizo
Idade: 26 anos
Dúvida: Qual é o exame que realmente detecta o estiramento? Estou a dois meses com uma dor forte na perna direita, fiz alguns exames como eletroneuromiografia e não foi detectado nada e a dor persiste. Se eu tiver esta informação poderei pedir ao médico o exame correto para ter certeza se tenho ou não este problema.
Resposta: Narcizo, o melhor exame de imagem para diagnosticar estiramento muscular é a ressonância magnética. Com certeza, seu médico saberá indicar bem um exame de imagem para você. Converse melhor com ele. Boa sorte.
Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br
Atletismo · 11 ago, 2008
Saiba o porquê importantes lesões podem não ser diagnosticadas pelo método da ultra-sonografia.
São Paulo - A versatilidade do trabalho do radiologista envolvido com lesões nos esportes é a possibilidade de dispor de vários métodos de exames de imagem para se obter um diagnóstico definitivo. Dependendo do tipo de lesão suspeita, faremos naquele atleta uma radiografia, ultra-sonografia (US), tomografia computadorizada ou ressonância magnética (RM).
É muito comum realizarmos algum outro exame após as chamadas "radiografias iniciais". A seleção de um ou outro método de diagnóstico por imagem depende da região do corpo a ser estudada e em qual estrutura anatômica há suspeita de lesão. Poderemos usar um exame apenas ou uma combinação de um ou mais deles.
A US é um método que se difundiu enormemente no Brasil, principalmente com a melhoria de seus equipamentos, no final dos anos 80. Enquanto a RM não chegava ao Brasil, a US, por utilizar um equipamento bem mais acessível, e de fácil operação, foi ganhando seu espaço no diagnóstico de várias doenças e também de lesões ortopédicas, traumáticas e do esporte.
Quando a RM chegou, trouxe melhorias inegáveis para o diagnóstico das lesões em articulações, especialmente as que ocorrem com atletas. A grande vantagem que a RM apresentava sobre todos os demais métodos de diagnóstico por imagem é que, basicamente, demonstrava com definição e alta sensibilidade detalhes de estruturas anatômicas intra-articulares (meniscos, cartilagem, ligamentos), além de, naturalmente, também analisar as estruturas estudadas pela US (músculos, tendões).
Ainda hoje a US é um excelente método para algumas avaliações em esportistas: controle de lesão muscular, análise de tendões (tenossinovite, tendinopatia), derrame articular, etc.
Contra-indicações - Porém, a US tem limitações próprias do método, da sua tecnologia: como a US utiliza ondas ultra-sônicas, estas têm um alcance que depende da resistência física das estruturas do corpo. Explicando melhor: tecidos moles deixam o feixe acústico do ultra-som "passar", enquanto que estruturas rígidas, como o osso, "barram" esse feixe.
Aceitando-se as limitações físicas da US, compreende-se que este método seja utilizado para regiões do corpo acessíveis e para o diagnóstico de estruturas superficiais.
Haverá situações em que a US não conseguirá produzir imagens: estruturas intra-articulares (cartilagem, meniscos, alguns ligamentos), ossos (o osso reflete fortemente a onda ultra-sônica e não permite ver seu restante), etc.
Dessa forma, sabe-se que apesar do ótimo poder de diagnóstico da US para alguns tipos de lesão no esporte, este método é insuficiente para se "fechar o diagnóstico" de importantes tipos de lesões, como por exemplo: lesões meniscais e de outras fibrocartilagens (triangular, lábio glenoidal no ombro e do acetábulo no quadril), lesões de cartilagem articular, como condromalácia patelar no joelho e lesões osteocondrais, osteoartrose, lesão dos ligamentos cruzados do joelho e de alguns do tornozelo, instabilidade no ombro, fraturas, etc.
Assim, um resultado de US "normal" é normal para as estruturas que este método é capaz de diagnosticar. Se naquela região examinada, por exemplo, joelho, houver áreas inacessíveis ao feixe do ultra-som, deve-se ter em mente que várias outras lesões podem estar fora da capacidade de diagnóstico da US. Nos casos onde houver dúvida sobre o resultado de uma US, ou que a lesão é de estrutura de características especiais ou de localização difícil, o exame de RM é o mais indicado para complementar o diagnóstico.
Um exame de RM abrange toda a articulação e sua definição de imagem permite a identificação e o diagnóstico de praticamente todas as estruturas intra-articulares. Se ainda assim houver casos de dúvida, consulte sempre o seu médico.
Corridas de Rua · 22 jul, 2008
Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br
Atletismo · 08 jul, 2008
Resposta concedida pelo médico radiologista Milton Miszputen. Graduado em radiologia pela UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, também é membro do setor de músculo-esquelético do departamento de diagnóstico por imagem e do CETE, ambos da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. Contato: www.radiologiadoesporte.com.br
Lesão · 17 jan, 2025
Corrida · 14 jan, 2025