Corridas de Rua · 29 dez, 2011
A 87ª Corrida de São Silvestre apresenta um pelotão de elite feminina de peso para a disputa da prova no sábado (31/12). O currículo das corredoras nacionais é de respeito, mas as estrangeiras contam com africanas velozes e uma atleta já classificada para os Jogos Olímpicos de Londres 2012.
Entre as brasileiras, está a atual recordista pan-americana Adriana da Silva; a veterana vencedora da prova em 2001, Maria Zeferina Baldaia; Cruz Nonata, medalhista de prata nos 5.000m e 10.000m do Pan; Marily dos Santos, única brasileira a disputar a Maratona nos Jogos Olímpicos de Pequim; Sueli Pereira, brasileira mais rápida em solo nacional em 2011; Lucélia Peres, última atleta do País a vencer a prova; e Conceição Oliveira, campeã do Ranking Caixa/CBAt de Corredores de Rua.
Marily brinca com as alterações no percurso implementadas para 2011. Agradeço as pessoas que fizeram essa mudança. Meu nome é Marily dos Santos e a gente sabe que todo santo ajuda na descida, diz, referindo-se aos trechos da Rua Major Natanael, no início da prova, e da parte de descida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio no sentido do Ibirapuera.
Maria Zeferina Baldaia aposta em competição nas subidas. Acredito que a estratégia vai ser subir forte [a Brigadeiro] para ganhar tempo, porque na descida tem que ter cuidado. Marily é mais incisiva. Quem quer prova tranquila faz a SP Classic ou corre em pista [de atletismo]. Eu acho muito bom esse sobe e desce.
Adriana, Baldaia, Marily, Sueli e Cruz confirmam a intenção de obter o índice olímpico em 2012. Vou tentar na Maratona de Londres (22/4). Se não conseguir, vou buscar a vaga nos 5.000m e nos 10.000m, afirma Cruz Nonata.
Estrangeiras- Entre as competidoras de outros países há um vasto número de quenianas e etíopes. Quem foge à regra é a marroquina naturalizada italiana Nadia Ejjafini, já classificada para a Maratona dos Jogos Olímpicos e a também marroquina Samira Raif, atual campeã e recordista da Maratona de São Paulo.
Do Quênia vem Bornes Kitur, Eunice Kirwa, Priscah Jeptoo e Nancy Jepkosgei Kiprop. Entre as representante etíopes estão Bekele Tariku, Wude Ayalew e Yeshi Esayias. A favorita entre elas talvez seja Priscah, atual vencedora da Maratona de Paris e vice-campeã mundial na Maratona.
Vai ser bom para mensurar como está meu desempenho contra atletas fortes, define a africana, que também está em fase de treinamento para a Maratona de Londres, onde buscará o índice olímpico. A largada da elite feminina será dada às 17h10, em frente ao MASP, na Avenida Paulista.
A cadência das passadas, capaz de fazer uma ponte ruir, não afetou a estrutura da Ponte Rio-Niterói, que continua firme o bastante para manter milhares de corredores sobre um dos cartões postais do Rio de Janeiro. Na manhã ensolarada do domingo (17/04), a partir das 8h, as mulheres foram a primeiras a pisar no local, com o objetivo de finalizar um trajeto de 21,4 quilômetros.
Direto do Rio de Janeiro - Desde o século XIX são construídas pontes suspensas pelo mundo, mas somente em 1974 houve a inauguração da Ponte Rio-Niterói. Desde então, a estrutura de concreto foi liberada aos corredores apenas quatro vezes, mas em todas as ocasiões, a construção resistiu às batidas repetidas dos pés das atletas.
Neste final de semana, nem mesmo as pisadas fortes da fundista Marily dos Santos conseguiram derrubar a ponte, mas os passos da corredora baiana estremeceram o resultado das africanas Jackline Sakilu e Ednah Muicwana, que perderam o lugar mais alto do pódio.
Marily manteve o ritmo acelerado desde o início do trajeto e foi campeã em 1h19min04. Não foi uma prova fácil, pois logo no começo tinha um aclive e o sol castigou bastante. Além disso, as adversárias estavam na cola, tentando pegar meu calcanhar. Em alguns momentos tive que andar em zigue-zague para sair da mira delas, diz a vencedora, que garante ter ficado em vigília durante a prova toda. Eu me foquei muito na chegada e acabei até não contemplando a bela paisagem, afirma.
Com tanta concentração, a corredora, dona de outros títulos importantes (vitoriosa na Maratona Internacional de Recife e medalhista de bronze na São Silvestre) conseguiu liderar o percurso inteiro. Além disso, quando estava no quilômetro 20, chegou a registrar uma vantagem de dois minutos sobre as africanas. Acho que tive a sorte em treinar na Bahia, um lugar tão quente quanto o Rio, diz Marily.
Ao contrário da campeã brasileira, Jackeline (Tânzania) e Ednah (Quênia) sofreram bastante com a temperatura alta, sobretudo com a umidade. É minha primeira vez no Rio de Janeiro e sei que não estou adaptada a competir aqui, mas fiquei feliz em ser vice-campeã, declara a tanzâniana (1h21min25), nascida em 1986, ano em que foi realizada a penúltima edição da Corrida da Ponte.
Já a corredora Ednah, esteve no local em outras oportunidades, para participar de outras provas, e não se surpreendeu tanto com o clima. Eu sabia que ia enfrentar o calor. Achei até que teria vento, mas pelo menos isso não aconteceu, o que foi positivo, revela a queniana, terceira colocada em 1h21min25, que deverá ficar no Brasil até o mês junho. Acho muito bonito o Rio, mas agora sigo para São Paulo, onde vou participar de uma prova de oito quilômetros no próximo final de semana, acrescenta.
A largada da Corrida da Ponte aconteceu em Niterói e a chegada no Aterro do Flamengo, no Rio. O evento, que também teve vitória brasileira na categoria masculina, reuniu atletas de vários estados do Brasil e emocionou diversos corredores veteranos, participantes da primeira edição, em 1981.
Corridas de Rua · 17 abr, 2011
A cadência das passadas, capaz de fazer uma ponte ruir, não afetou a estrutura da Ponte Rio-Niterói, que continua firme o bastante para manter milhares de corredores sobre um dos cartões postais do Rio de Janeiro. Na manhã ensolarada do domingo (17/04), a partir das 8h, as mulheres foram a primeiras a pisar no local, com o objetivo de finalizar um trajeto de 21,4 quilômetros.
Direto do Rio de Janeiro - Desde o século XIX são construídas pontes suspensas pelo mundo, mas somente em 1974 houve a inauguração da Ponte Rio-Niterói. Desde então, a estrutura de concreto foi liberada aos corredores apenas quatro vezes, mas em todas as ocasiões, a construção resistiu às batidas repetidas dos pés das atletas.
Neste final de semana, nem mesmo as pisadas fortes da fundista Marily dos Santos conseguiram derrubar a ponte, mas os passos da corredora baiana estremeceram o resultado das africanas Jackline Sakilu e Ednah Muicwana, que perderam o lugar mais alto do pódio.
Marily manteve o ritmo acelerado desde o início do trajeto e foi campeã em 1h19min04. Não foi uma prova fácil, pois logo no começo tinha um aclive e o sol castigou bastante. Além disso, as adversárias estavam na cola, tentando pegar meu calcanhar. Em alguns momentos tive que andar em zigue-zague para sair da mira delas, diz a vencedora, que garante ter ficado em vigília durante a prova toda. Eu me foquei muito na chegada e acabei até não contemplando a bela paisagem, afirma.
Com tanta concentração, a corredora, dona de outros títulos importantes (vitoriosa na Maratona Internacional de Recife e medalhista de bronze na São Silvestre) conseguiu liderar o percurso inteiro. Além disso, quando estava no quilômetro 20, chegou a registrar uma vantagem de dois minutos sobre as africanas. Acho que tive a sorte em treinar na Bahia, um lugar tão quente quanto o Rio, diz Marily.
Ao contrário da campeã brasileira, Jackeline (Tânzania) e Ednah (Quênia) sofreram bastante com a temperatura alta, sobretudo com a umidade. É minha primeira vez no Rio de Janeiro e sei que não estou adaptada a competir aqui, mas fiquei feliz em ser vice-campeã, declara a tanzâniana (1h21min25), nascida em 1986, ano em que foi realizada a penúltima edição da Corrida da Ponte.
Já a corredora Ednah, esteve no local em outras oportunidades, para participar de outras provas, e não se surpreendeu tanto com o clima. Eu sabia que ia enfrentar o calor. Achei até que teria vento, mas pelo menos isso não aconteceu, o que foi positivo, revela a queniana, terceira colocada em 1h21min25, que deverá ficar no Brasil até o mês junho. Acho muito bonito o Rio, mas agora sigo para São Paulo, onde vou participar de uma prova de oito quilômetros no próximo final de semana, acrescenta.
A largada da Corrida da Ponte aconteceu em Niterói e a chegada no Aterro do Flamengo, no Rio. O evento, que também teve vitória brasileira na categoria masculina, reuniu atletas de vários estados do Brasil e emocionou diversos corredores veteranos, participantes da primeira edição, em 1981.
Corridas de Rua · 27 dez, 2010
A expctativa é não ter expctativas, essas são as palavras Gilmário Mendes, técnico da corredora Marily dos Santos, melhor brasileira da São Silvestre do ano passado, que estará presente mais uma vez na corrida no próximo dia 31. Acho que tudo vai depender do clima no dia da prova. A Marily está acostumada com o calor, mas em São Paulo há quatro estações em único dia, explica Gilmário, que torce por um dia de sol.
Ainda de acordo com o treinador, a corredora tem condições de conquistar um tempo de 52min10. A gente treinou bastante subidas, pois o percurso, muito irregular, é outro adversário, conta. Apesar de também considerar difícil o trajeto, a experiência de outras edições, na opinião de Marily, ajudará muito. Já competi mais de dez vezes a São Silvestre e a cada ano tenho evoluído mais. Na primeira prova fui nona colocada. Já em 2009 fui terceira, relembra.
Antes abria a prova em disparado. Hoje estudo bem as adversárias e costumo manter o ritmo daquela corredora mais forte, que não é necessariamente aquela que larga na frente, conta a alagoana, vencedora da Maratona Internacional de Recife, em novembro. Eu estava correndo de manhã e de tarde. Mas desde anteontem comecei a priorizar o treino vespertino para me adaptar ao horário da disputa.
A fundista disputou os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, na China, e terminou na 51ª colocação. Atualmente considera as africanas Eunice Kirwa e Bornes Kitur algumas das corredoras mais fortes para a prova do último dia do ano. Eu sei que o nível será bem alto. As duas fizeram uma temporada muito boa aqui no Brasil e venceram provas importantes. Mas eu também já treinei tudo o que deveria e me sinto preparada, garante Marily, que desembarca em São Paulo nesta terça-feira.
Meia Maratona · 14 maio, 2010
Foz do Iguaçu - Neste domingo (16) acontece em Foz do Iguaçu (PR) a edição 2010 da Meia Maratona das Cataratas do Iguaçu, prova que oferece 12 mil reais de prêmio para os campeões. Entre as atletas de elite, duas já chegaram à cidade para se ambientar com o clima da região: Marily dos Santos e Sirlene Pinho.
Marily se diz recuperada física e psicologicamente da Maratona de São Paulo, ocasião em que ela liderou durante todo o percurso, mas sofreu com a fadiga faltando dois quilômetros para o final. Estou bem, então vou dar o meu melhor para esta prova, relata a fundista que já conhece o percurso, por ter corrido ano passado. Tem muitas subidas e descidas, do jeito que eu gosto, completa Marily que prefere não falar em resultados.
O trecho final da prova passa por um local de onde é possível observar as Cataratas do Iguaçu, mas Marily não pretende perder muito tempo observando as quedas. Depois da corrida, se restar algo de mim com certeza eu vou lá para admirar, finaliza a alagoana sempre muito bem humorada.
Já Sirlene Pinho, que faz uma temporada de preparação para a Maratona do Rio de Janeiro, em 18 de julho, nunca correu em Foz e tenta controlar a ansiedade para a prova de domingo. Eu não gosto de conhecer o percurso antes, se não fico pensando nos momentos difíceis da prova, afirma.
Segundo ela, a Meia das Cataratas se encaixa como um ótimo treino para a Maratona do Rio, outra prova na qual ela vai estrear. Tenho uma rotina de treinos intensa em Águas de Lindóia, mas fui obrigada a interromper duas semanas, conta a atleta que esteve na cidade maravilhosa a serviço do Exército.
Ela foi convocada a participar dos Jogos Mundiais Militares ano que vem, e precisou passar por um treinamento nas forças armadas. Nós acordávamos às 5h, tomamos chuva, aprendemos a mexer nas armas, entre outros desafios, comenta a recém condecorada Sargento Sirlene Pinho.
A largada da prova acontece às 8h em frente ao Hotel Mabu Thermas e Ressort, enquanto a chegada será em Porto Canoas, dentro do Parque Nacional do Iguaçu.
Maratona · 28 ago, 2008
Depois de estar nos Jogos Olímpicos de Pequim como única brasileira na maratona, Marily dos Santos conta como foi a sua participação no evento e revela alguns problemas do Comitê Olímpico Brasileiro. Confira!
São Paulo - Estar entre as 70 melhores atletas do mundo representando uma nação na maratona olímpica não é para qualquer um. Mas aos 30 anos, a alagoana Marily dos Santos teve essa oportunidade. Única mulher brasileira que conquistou o índice A para a maratona olímpica, com 2h36min21, Marily correu e completou a prova de Pequim.
A maratonista ficou na 52ª posição, resultado que para ela poderia ser bem melhor, mas isso não aconteceu porque a brasileira passou por algumas dificuldades antes da maratona. Uma delas com sua roupa de competição.
Como é de conhecimento de muitos, todo atleta precisa de equipamentos básicos para praticar uma modalidade. O corredor, por exemplo, deve usar um bom par de tênis e roupas confortáveis, coisa que Marily foi privada.
De acordo com a atleta, o Comitê Olímpico Brasileiro iria entregar o uniforme de competição em Pequim, porém, eles não cumpriram com o prometido. A primeira coisa que um corredor coloca na mala é a roupa de competição e o tênis. Eu sai do Brasil com várias roupas de passeio fornecidas pelo Comitê. E quando eu cheguei lá, o Comitê Olímpico Brasileiro falou que havia esquecido o meu uniforme, revela.
Sem uniformes, Marily precisou correr com a camiseta do maratonista Franck Caldeira, bem maior que o seu número. A camiseta grande atrapalhou um bocado. Logo no início da prova não senti muito incômodo, mas depois de colocar água na cabeça e suar, a camiseta começou a ficar pesada. Além disso, a costura da camiseta ficou raspando na minha coxa e o local ficou ardendo.
Por causa desse imprevisto, Marily não conseguiu atingir seu objetivo principal na maratona. Ela queria chegar entre as 40 primeiras e fechar a prova em 2h33min. Dei o melhor de mim dentro das condições que tinha lá, conta. Algumas chateações deixam a gente meio travada. Isso não é uma desculpa pelo meu desempenho, mas é apenas um desabafo para não acontecer de novo com outra pessoa, acrescenta.
O treinador - Além do episódio da camiseta, Marily não contou com o apoio do seu treinador, Gilmário Mendes, que ficou no Brasil. De acordo com a atleta, o Comitê Olímpico Brasileiro chegou a pedir o passaporte e visto de Gilmário, mas de última hora negaram a ida dele.
Ele queria ir para Pequim colocando dinheiro do bolso dele, mesmo assim não deixaram. E não foi falta de comunicação entre nós o Comitê e Confederação (de Atletismo) porque ficamos tentando isso desde quando eu alcancei o índice.
Ainda segundo Marily, o momento em que mais pensou no seu treinador foi na chegada da maratona dentro do Estádio Ninho de Pássaro. Quando cheguei no estádio pensei na falta do meu treinador. Queria uma pessoa para me ajudar antes, para comprar um remédio para cólica, por exemplo, para gritar e me dar apoio na chegada, conta. Eu vi atleta lá em Pequim com dois técnicos. Eu sei que era alguém que merece muito, que já tem medalha, mas é muito para alguns e pouco para outros.
Sem o acompanhamento de seu técnico, no dia da prova Marily teve o acompanhamento de outros treinadores. Eles foram responsáveis por levar e buscar a atleta na prova. Mas nem isso aconteceu. Fiquei sabendo que no meio da prova essas pessoas foram fazer compras. Eu terminei a prova e fiquei sem saber o que fazer.
Com isso, logo depois que concluiu a maratona, Marily se juntou com as atletas de Portugal para voltar à Vila Olímpica. Logo depois, ela encontrou o Chefe da Delegação do Atletismo Brasileiro, Martinho Santos, que segundo ela, foi a pessoa que mais a ajudou em Pequim.
Ao deixar de lado alguns inconvenientes que marcaram sua jornada na China, Marily revelou que participar de um evento como a Olimpíada é algo sem descrição. O que eu senti foi uma emoção muito grande por ser minha primeira Olimpíada. Foi uma emoção que eu não achei que fosse sentir na minha vida.
Futuro - Agora Marily particpa de provas mais curtas e em setembro deve tirar férias. "Apenas sete dias", enfatiza. Depois ela se prepara para a Volta da Pampulha, em Belo Horizonte, e para a São Silvestre.
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