Corridas de Rua · 03 jan, 2012
Quando a organização da Corrida Internacional de São Silvestre anunciou as mudanças no percurso para a 87ª edição, a comunidade corredora protestou contra o fim da tradicional chegada na Avenida Paulista. Para os cadeirantes, no entanto, houve receio por outro motivo.
Por ser um trajeto novo, o fato de não conhecerem as descidas que iriam enfrentar trouxe apreensão aos competidores das cadeiras de rodas. Se tiver muita curva complica, temos que maneirar na velocidade senão a cadeira capota e podemos nos machucar, alerta Heitor Mariano dos Santos.
Carlos Neves, o Carlão, também revelou preocupação quando questionado. Estão me deixando assustado. Eu já conhecia o percurso, agora vou pegar descidas que não conheço. Não sei até quanto vou poder soltar, então vou fazer a prova sem pensar tanto em tempo, revela.
As novas descidas, no entanto, foram tranquilas: apesar de íngreme, a Major Natanael tem apenas uma curva, bem aberta, e a Brigadeiro Luís Antônio é reta. Com descida reta, sem curvas, é até vantagem para nós. Dá para soltar legal e até dar uma descansada, explica Heitor.
Segundo Carlão, o fato de a subida na Brigadeiro ser agora no meio da prova e não no final é outro ponto positivo para eles. Facilita, entramos um pouco mais descansados na subida e vamos para a descida, afirma.
Medo de chuva - Para os cadeirantes, o maior obstáculo é a chuva. A previsão para a São Silvestre deixou todos em alerta. A gente usa uma luva com borracha especial para girar a roda. Quando chove passamos uma cola, mas no decorrer da prova, ela vai descolando com a água e escorregando, ilustra Heitor. Com a luva molhada, há menos aderência para fazer a roda girar. Chuva junto com subida complica, nosso esforço é em dobro, esclarece.
Carlão concorda. Chuva atrapalha demais. Chega no quinto, sexto quilômetro e não tem mais cola. Para a felicidade dos paraatletas, a tempestade que assolou a São Silvestre só começou a cair no final da prova da elite feminina, quando a corrida dos cadeirantes já tinha terminado.
Confira o resultado dos cadeirantes na 87ª São Silvestre:
Categoria Feminina
1ª Angelina Nascimento da Silva 1h35min26
Categoria Masculina
1º Jaciel Antônio Paulino 47min08
2º Carlos Neves 49min36
3º Heitor Mariano dos Santos 53min17
Corridas de Rua · 03 jan, 2012
Quando a organização da Corrida Internacional de São Silvestre anunciou as mudanças no percurso para a 87ª edição, a comunidade corredora protestou contra o fim da tradicional chegada na Avenida Paulista. Para os cadeirantes, no entanto, houve receio por outro motivo.
Por ser um trajeto novo, o fato de não conhecerem as descidas que iriam enfrentar trouxe apreensão aos competidores das cadeiras de rodas. Se tiver muita curva complica, temos que maneirar na velocidade senão a cadeira capota e podemos nos machucar, alerta Heitor Mariano dos Santos.
Carlos Neves, o Carlão, também revelou preocupação quando questionado. Estão me deixando assustado. Eu já conhecia o percurso, agora vou pegar descidas que não conheço. Não sei até quanto vou poder soltar, então vou fazer a prova sem pensar tanto em tempo, revela.
As novas descidas, no entanto, foram tranquilas: apesar de íngreme, a Major Natanael tem apenas uma curva, bem aberta, e a Brigadeiro Luís Antônio é reta. Com descida reta, sem curvas, é até vantagem para nós. Dá para soltar legal e até dar uma descansada, explica Heitor.
Segundo Carlão, o fato de a subida na Brigadeiro ser agora no meio da prova e não no final é outro ponto positivo para eles. Facilita, entramos um pouco mais descansados na subida e vamos para a descida, afirma.
Medo de chuva - Para os cadeirantes, o maior obstáculo é a chuva. A previsão para a São Silvestre deixou todos em alerta. A gente usa uma luva com borracha especial para girar a roda. Quando chove passamos uma cola, mas no decorrer da prova, ela vai descolando com a água e escorregando, ilustra Heitor. Com a luva molhada, há menos aderência para fazer a roda girar. Chuva junto com subida complica, nosso esforço é em dobro, esclarece.
Carlão concorda. Chuva atrapalha demais. Chega no quinto, sexto quilômetro e não tem mais cola. Para a felicidade dos paraatletas, a tempestade que assolou a São Silvestre só começou a cair no final da prova da elite feminina, quando a corrida dos cadeirantes já tinha terminado.
Confira o resultado dos cadeirantes na 87ª São Silvestre:
Categoria Feminina
1ª Angelina Nascimento da Silva 1h35min26
Categoria Masculina
1º Jaciel Antônio Paulino 47min08
2º Carlos Neves 49min36
3º Heitor Mariano dos Santos 53min17
Corridas de Rua · 09 ago, 2011
A 22ª edição da Dez Milhas Garoto, que ocorreu no domingo, dia sete de agosto, teve como campeões da categoria cadeirantes Fernando Aranha e Gevelyn Cássia Almeida de Quadros. A competição, que teve largada na cidade de Vitória (ES) e chegada em frente a fábrica da Garoto, em Vila Velha (ES), teve 16,09 quilômetros de percurso.
Fernando Aranha, que também foi campeão da Maratona de São Paulo, que aconteceu em junho, venceu a competição de domingo com 46min09. A corrida para mim foi fantástica. Tentei colocar um ritmo bom do começo ao fim. Tenho treinado bastante para provas mais longas, principalmente porque estou fazendo triathlon paraolímpico. Tive tempo até para olhar o visual, que é maravilhoso, fala o campeão.
O segundo colocado foi Jaciel Antonio Paulino, com 52min02, e Carlos Neves de Souza ficou com a terceira colocação, com 55min41. Sabia que os outros dois atletas correm muito bem em equipe, então a minha ideia era forçar o ritmo para tentar separar os dois. O resto foi manter um ritmo bom na subida e aproveitar a descida para espaçar dos outros competidores, comenta Aranha sobre seus adversários.
Já no feminino, Gevelyn Cássia Almeida venceu ao marcar o tempo de 1h21min26. Angelina Nascimento da Silva ficou em segundo lugar, com 1h30min17, e Erinelda Rodrigues da Silva ficou em terceiro, com 2h04min39. Esta prova é boa porque valoriza os cadeirantes, comenta a vice Angelina, que também foi campeã da Maratona de São Paulo 2011.
A premiação da categoria cadeirante é feita em dinheiro para os três primeiros colocados do masculino e feminino. O primeiro lugar recebe três mil reais, o segundo recebe dois mil reais e o terceiro ganha mil reais.
Corridas de Rua · 09 ago, 2011
A 22ª edição da Dez Milhas Garoto, que ocorreu no domingo, dia sete de agosto, teve como campeões da categoria cadeirantes Fernando Aranha e Gevelyn Cássia Almeida de Quadros. A competição, que teve largada na cidade de Vitória (ES) e chegada em frente a fábrica da Garoto, em Vila Velha (ES), teve 16,09 quilômetros de percurso.
Fernando Aranha, que também foi campeão da Maratona de São Paulo, que aconteceu em junho, venceu a competição de domingo com 46min09. A corrida para mim foi fantástica. Tentei colocar um ritmo bom do começo ao fim. Tenho treinado bastante para provas mais longas, principalmente porque estou fazendo triathlon paraolímpico. Tive tempo até para olhar o visual, que é maravilhoso, fala o campeão.
O segundo colocado foi Jaciel Antonio Paulino, com 52min02, e Carlos Neves de Souza ficou com a terceira colocação, com 55min41. Sabia que os outros dois atletas correm muito bem em equipe, então a minha ideia era forçar o ritmo para tentar separar os dois. O resto foi manter um ritmo bom na subida e aproveitar a descida para espaçar dos outros competidores, comenta Aranha sobre seus adversários.
Já no feminino, Gevelyn Cássia Almeida venceu ao marcar o tempo de 1h21min26. Angelina Nascimento da Silva ficou em segundo lugar, com 1h30min17, e Erinelda Rodrigues da Silva ficou em terceiro, com 2h04min39. Esta prova é boa porque valoriza os cadeirantes, comenta a vice Angelina, que também foi campeã da Maratona de São Paulo 2011.
A premiação da categoria cadeirante é feita em dinheiro para os três primeiros colocados do masculino e feminino. O primeiro lugar recebe três mil reais, o segundo recebe dois mil reais e o terceiro ganha mil reais.
Esporte Adaptado · 22 set, 2010
Neste ano de 2010 o Brasil estará presente com 11 atletas adaptados na Maratona de Nova York, sendo os cadeirantes Fred carvalho, Fernando Aranha, Eduardo Camara, Ezequias Prado, Franklin Cunha, Humberto Henriques e Marco Aurélio Silva.
Além deles participarão os atletas Edson Dantas, amputado de membro inferior, Antonio Maciel, bi amputado, Fernandes Silva, deficiente visual, e Edmar Souza, atleta que possuí paralisia cerebral. Em 2010, o número de cadeirantes a participar desta prova é maior que nos anos anteriores. Dois atletas adaptados, Fernando Aranha e Ezequias Prado, participarão também da Maratona Marine Corps, em Washington, marcada para uma semana antes da maratona Nova York.
Apenas em 2008 conseguimos reunir 14 atletas no evento. Naquela época a nossa delegação, a Achilles Brasil, foi a maior entre as demais instituições de 70 países que estavam presente, diz o professor Mário Mello, orientador dos atletas participantes da maratona de Nova York. Todos os anos diversos atletas do Brasil, saem de casa para representar o local em que vivem, alguns deles de Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo, acrescenta Mello.
A maratona de Nova York será no dia sete de novembro de 2010, com largada em Staten Island e chegada no Central Park.
Esporte Adaptado · 22 set, 2010
Neste ano de 2010 o Brasil estará presente com 11 atletas adaptados na Maratona de Nova York, sendo os cadeirantes Fred carvalho, Fernando Aranha, Eduardo Camara, Ezequias Prado, Franklin Cunha, Humberto Henriques e Marco Aurélio Silva.
Além deles participarão os atletas Edson Dantas, amputado de membro inferior, Antonio Maciel, bi amputado, Fernandes Silva, deficiente visual, e Edmar Souza, atleta que possuí paralisia cerebral. Em 2010, o número de cadeirantes a participar desta prova é maior que nos anos anteriores. Dois atletas adaptados, Fernando Aranha e Ezequias Prado, participarão também da Maratona Marine Corps, em Washington, marcada para uma semana antes da maratona Nova York.
Apenas em 2008 conseguimos reunir 14 atletas no evento. Naquela época a nossa delegação, a Achilles Brasil, foi a maior entre as demais instituições de 70 países que estavam presente, diz o professor Mário Mello, orientador dos atletas participantes da maratona de Nova York. Todos os anos diversos atletas do Brasil, saem de casa para representar o local em que vivem, alguns deles de Paraíba, Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo, acrescenta Mello.
A maratona de Nova York será no dia sete de novembro de 2010, com largada em Staten Island e chegada no Central Park.
Corridas de Rua · 24 mar, 2010
Como o objetivo das corridas de rua é a integração, cadeirantes e praticantes de handcycle não ficaram de fora da abertura do Circuito Corpore, no domingo (21/03). As duas categorias apesar de diferentes largaram juntas na USP, pouco antes da largada geral dos atletas.
Ao todo, foram seis participantes. Três correram nos 10 quilômetros e os outros, por serem iniciantes disputaram a distância menor, os cinco. Diego Madera foi o campeão na categoria dos 10 quilômetros, mesmo depois de um dos pneus da cadeira ter furado no quilômetro sete. A prova foi boa e eu garanti a vitória com uma vantagem que abri no começo. No final, cheguei praticamente em zigue-zague por causa do pneu furado, conta.
Ele correu com a ajuda de outro esportista, Fernando Aranha. O amigo é praticante de handcycle, e na prova da Corpore não veio para competir, mas para auxiliar Madera no percurso, como um guia. Somos de categorias diferentes, por isso não é que eu fiquei em segundo lugar. Como o handcycle, que é o que eu pratico, ainda não está oficializado no país, a gente coloca todo mundo junto para estimular o esporte, explica.
Aranha diz que se surpreendeu com o desempenho de Madera. Teve uns picos de velocidade ali bem interessante, porque eu sei que faz tempo que ele não pratica, revela. Madera vem se recuperando de uma lesão no ombro no ano passado e aos poucos retorna as competições.
Corridas de Rua · 24 mar, 2010
Como o objetivo das corridas de rua é a integração, cadeirantes e praticantes de handcycle não ficaram de fora da abertura do Circuito Corpore, no domingo (21/03). As duas categorias apesar de diferentes largaram juntas na USP, pouco antes da largada geral dos atletas.
Ao todo, foram seis participantes. Três correram nos 10 quilômetros e os outros, por serem iniciantes disputaram a distância menor, os cinco. Diego Madera foi o campeão na categoria dos 10 quilômetros, mesmo depois de um dos pneus da cadeira ter furado no quilômetro sete. A prova foi boa e eu garanti a vitória com uma vantagem que abri no começo. No final, cheguei praticamente em zigue-zague por causa do pneu furado, conta.
Ele correu com a ajuda de outro esportista, Fernando Aranha. O amigo é praticante de handcycle, e na prova da Corpore não veio para competir, mas para auxiliar Madera no percurso, como um guia. Somos de categorias diferentes, por isso não é que eu fiquei em segundo lugar. Como o handcycle, que é o que eu pratico, ainda não está oficializado no país, a gente coloca todo mundo junto para estimular o esporte, explica.
Aranha diz que se surpreendeu com o desempenho de Madera. Teve uns picos de velocidade ali bem interessante, porque eu sei que faz tempo que ele não pratica, revela. Madera vem se recuperando de uma lesão no ombro no ano passado e aos poucos retorna as competições.
Esporte Adaptado · 19 jun, 2009
Todos nós sabemos da importância dos equipamentos de segurança para os ciclistas. Uma queda a 30, 40, 50 ou mais km/h pode ser fatal. Por este motivo o uso de capacetes, vestimentas com pontos refletores, luzes auxiliares e qualquer outro equipamento que auxilie a segurança se tornam básicos para um ciclista sério e consciencioso.
Mas e os atletas cadeirantes? Geralmente eles competem e treinam com suas cadeiras competitivas. E os handcycles, será que eles tem essa preocupação? Eu, particularmente, tenho presenciado muitos atletas que treinam a noite sem luzes de segurança e vestimentas adequadas para o treino noturno.
E esses atletas (cadeirantes e handcycles) precisam ter atenção redobrada no item segurança. Isso porque, eles estão em um nível de visão de maior dificuldade de visualização pelos motoristas que dirigem um automóvel, por exemplo. E isso pode causar sérios acidentes e muitas vezes sem culpa do motorista.
Para evitar acidentes e até uma fatalidade, sugiro que os seguintes equipamentos de segurança para os atletas deficientes quando estão treinando:
Em qualquer circunstância
Em treinos noturnos deve-se acrescentar ainda:
Todo este aparato mais a escolha de um local de treino seguro, com menos carros e escolha adequada do melhor horário para o treino é muito importante para a segurança nos treinos dos atletas cadeirantes. Se você é um destes atletas e não tem algum destes equipamentos pode adquirir em qualquer boa loja de ciclismo. Bons treinos e até a próxima!
Esporte Adaptado · 19 jun, 2009
Todos nós sabemos da importância dos equipamentos de segurança para os ciclistas. Uma queda a 30, 40, 50 ou mais km/h pode ser fatal. Por este motivo o uso de capacetes, vestimentas com pontos refletores, luzes auxiliares e qualquer outro equipamento que auxilie a segurança se tornam básicos para um ciclista sério e consciencioso.
Mas e os atletas cadeirantes? Geralmente eles competem e treinam com suas cadeiras competitivas. E os handcycles, será que eles tem essa preocupação? Eu, particularmente, tenho presenciado muitos atletas que treinam a noite sem luzes de segurança e vestimentas adequadas para o treino noturno.
E esses atletas (cadeirantes e handcycles) precisam ter atenção redobrada no item segurança. Isso porque, eles estão em um nível de visão de maior dificuldade de visualização pelos motoristas que dirigem um automóvel, por exemplo. E isso pode causar sérios acidentes e muitas vezes sem culpa do motorista.
Para evitar acidentes e até uma fatalidade, sugiro que os seguintes equipamentos de segurança para os atletas deficientes quando estão treinando:
Em qualquer circunstância
Em treinos noturnos deve-se acrescentar ainda:
Todo este aparato mais a escolha de um local de treino seguro, com menos carros e escolha adequada do melhor horário para o treino é muito importante para a segurança nos treinos dos atletas cadeirantes. Se você é um destes atletas e não tem algum destes equipamentos pode adquirir em qualquer boa loja de ciclismo. Bons treinos e até a próxima!
Esporte Adaptado · 21 out, 2008
Neste mês de outubro acontecerão dois grandes eventos internacionais, que envolvem atletas com deficiência. O primeiro será dia 26 de outubro em La Jolia, San Diego, e chama San Diego Triathlon Challenge (http://www.challengedathletes.org/compete/SDTC_Intro.htm), um meio ironman em benefício à CAF - Chalenge Athletes Foundation, entidade que apóia atletas com deficiência na Califórnia e em todo mundo.
No ano passado o evento rendeu quase três milhões de dólares em ações beneficentes, mas o curioso é que o triathlon nem sequer aconteceu. Por causa das queimadas na região, a poluição do ar impediu a prática de esportes e o evento teve que ser cancelado. Mas vale lembrar que esta prova é antes de tudo uma festa em favor dos atletas com deficiência.
Jim Carey, Robbin Willians entre outros artistas famosos de Hollywood prestigiam o evento, pedalam, nadam e correm em revezamento com os demais atletas. O Brasil também estará lá.
A equipe brasileira foi convidada pelo Fábio Maia, um brasileiro residente na cidade de Loma Linda que trabalha com atividades estudantis na Universidade da cidade. Ele é um fervoroso incentivador dos atletas deficientes, além de consultor da ADD (Associação Desportiva para Deficientes). Vamos viajar no dia 23 de outubro com os atletas cadeirantes Fernando Aranha e Diego Madeira, os amputados Paulo de Almeida e Ezequiel Costa para participar deste evento.
Já em novembro, estaremos na Maratona de Nova York no dia dois de novembro, com a maior delegação de atletas deficientes brasileiros de todos os tempos. No total são 11 atletas brasileiros deficientes na maratona.
A convite da Achilles Track Club de Nova York, da qual sou representante no Brasil, recebemos oito inscrições e oito hospedagens para cinco noites. As demais despesas são por conta das entidades que os atletas são filiados no Brasil. Nesta estada, participaremos de um jantar com os representantes internacionais e seus atletas, um evento único onde os deficientes se tornam as estrelas da festa.
Os atletas que estarão na Maratona de Nova York são: Wendel Soares (Brasília) Jaciel Paulino e Carlos Neves (Santos), João Correa (Canoas), Rogério Silva (São Paulo), Antonio Maciel (Rio) e o atleta amputado Edson Dantas de São Paulo.
No próximo artigo contarei como foi a participação e o resultado nestes eventos. Para projetos como esses necessitamos sempre de apoio e patrocínios. Os interessados podem entrar em contato com Denise Mello por e-mail: [email protected]
Esporte Adaptado · 21 out, 2008
Neste mês de outubro acontecerão dois grandes eventos internacionais, que envolvem atletas com deficiência. O primeiro será dia 26 de outubro em La Jolia, San Diego, e chama San Diego Triathlon Challenge (http://www.challengedathletes.org/compete/SDTC_Intro.htm), um meio ironman em benefício à CAF - Chalenge Athletes Foundation, entidade que apóia atletas com deficiência na Califórnia e em todo mundo.
No ano passado o evento rendeu quase três milhões de dólares em ações beneficentes, mas o curioso é que o triathlon nem sequer aconteceu. Por causa das queimadas na região, a poluição do ar impediu a prática de esportes e o evento teve que ser cancelado. Mas vale lembrar que esta prova é antes de tudo uma festa em favor dos atletas com deficiência.
Jim Carey, Robbin Willians entre outros artistas famosos de Hollywood prestigiam o evento, pedalam, nadam e correm em revezamento com os demais atletas. O Brasil também estará lá.
A equipe brasileira foi convidada pelo Fábio Maia, um brasileiro residente na cidade de Loma Linda que trabalha com atividades estudantis na Universidade da cidade. Ele é um fervoroso incentivador dos atletas deficientes, além de consultor da ADD (Associação Desportiva para Deficientes). Vamos viajar no dia 23 de outubro com os atletas cadeirantes Fernando Aranha e Diego Madeira, os amputados Paulo de Almeida e Ezequiel Costa para participar deste evento.
Já em novembro, estaremos na Maratona de Nova York no dia dois de novembro, com a maior delegação de atletas deficientes brasileiros de todos os tempos. No total são 11 atletas brasileiros deficientes na maratona.
A convite da Achilles Track Club de Nova York, da qual sou representante no Brasil, recebemos oito inscrições e oito hospedagens para cinco noites. As demais despesas são por conta das entidades que os atletas são filiados no Brasil. Nesta estada, participaremos de um jantar com os representantes internacionais e seus atletas, um evento único onde os deficientes se tornam as estrelas da festa.
Os atletas que estarão na Maratona de Nova York são: Wendel Soares (Brasília) Jaciel Paulino e Carlos Neves (Santos), João Correa (Canoas), Rogério Silva (São Paulo), Antonio Maciel (Rio) e o atleta amputado Edson Dantas de São Paulo.
No próximo artigo contarei como foi a participação e o resultado nestes eventos. Para projetos como esses necessitamos sempre de apoio e patrocínios. Os interessados podem entrar em contato com Denise Mello por e-mail: [email protected]
Triathlon · 13 mar, 2008
Alguns atletas da ADD (Associação Desportiva para Deficientes) vão disputar a etapa de abertura do Troféu Brasil de Triathlon, competição que será realizada neste domingo na cidade de Santos. Paulo de Almeida, Fernando Aranha e Diego Madeira ganharam isenção do valor da inscrição e serão os representantes da entidade na prova.
O treinamento está intenso e os atletas são novos na modalidade, mas estão adquirindo experiência com o treinamento intensivo, ressalta o representante técnico dos atletas, Mário Mello. Segundo ele, é a primeira vez que a ADD entra no Troféu com um número expressivo de participantes.
Tenho treinado com nossa assessoria todas as terças, quintas e sábados na USP e nos outros dias treino sozinho, estou desenvolvendo uma boa forma física e este ano vou atrás de resultados, acredita Fernando Aranha. Ele costumava jogar basquete em cadeira de rodas e, após migrar para o atletismo já faturou três vezes a São Silvestre.
Triathlon · 13 mar, 2008
Alguns atletas da ADD (Associação Desportiva para Deficientes) vão disputar a etapa de abertura do Troféu Brasil de Triathlon, competição que será realizada neste domingo na cidade de Santos. Paulo de Almeida, Fernando Aranha e Diego Madeira ganharam isenção do valor da inscrição e serão os representantes da entidade na prova.
O treinamento está intenso e os atletas são novos na modalidade, mas estão adquirindo experiência com o treinamento intensivo, ressalta o representante técnico dos atletas, Mário Mello. Segundo ele, é a primeira vez que a ADD entra no Troféu com um número expressivo de participantes.
Tenho treinado com nossa assessoria todas as terças, quintas e sábados na USP e nos outros dias treino sozinho, estou desenvolvendo uma boa forma física e este ano vou atrás de resultados, acredita Fernando Aranha. Ele costumava jogar basquete em cadeira de rodas e, após migrar para o atletismo já faturou três vezes a São Silvestre.
Corridas de Rua · 21 dez, 2007
No próximo dia 31 a equipe da Associação Desportiva para Deficientes (ADD) participará da Corrida de São Silvestre de olho no quinto título da competição paulista. Estão inscritos Fernando Aranha, na categoria cadeirantes, e o maratonista Ronilson Bispo dos Santos, o caçula do grupo.
De acordo com o treinador da ADD, Mário Mello, o trio está mais do que pronto para o último desafio do ano. Todos eles estão com um ótimo preparo físico e com certeza vão estar na disputa pelo primeiro lugar. A entidade participa da competição desde 1999, ocasião em que Aranha, então jogador de basquete em cadeira de rodas, resolveu encarar os 15 quilômetros e faturou o primeiro posto. A partir daí ele não parou mais e venceu em 2002; 2003 e 2006.
A novidade deste ano é a participação de Ronílson, conhecido como índio pelos amigos, que debutará na tradicional prova usando um uhandcycle, triciclo onde o atleta deficiente utiliza as mãos para se locomover. O equipamento foi trazido dos Estados Unidos pela ADD em parceria com a Merrill Lynch e foi utilizado pela primeira vez na Prova Sargento Gonzaguinha, no último domingo (16).
"Será uma grande emoção. Para me preparar ainda mais, vou correr a 10k Rio 2007, nesse domingo, dia 23 de dezembro", conta o atleta que sofreu uma amputação em um dos membros superiores. A largada dos cadeirantes acontecerá às 15h15.
Corridas de Rua · 21 dez, 2007
No próximo dia 31 a equipe da Associação Desportiva para Deficientes (ADD) participará da Corrida de São Silvestre de olho no quinto título da competição paulista. Estão inscritos Fernando Aranha, na categoria cadeirantes, e o maratonista Ronilson Bispo dos Santos, o caçula do grupo.
De acordo com o treinador da ADD, Mário Mello, o trio está mais do que pronto para o último desafio do ano. Todos eles estão com um ótimo preparo físico e com certeza vão estar na disputa pelo primeiro lugar. A entidade participa da competição desde 1999, ocasião em que Aranha, então jogador de basquete em cadeira de rodas, resolveu encarar os 15 quilômetros e faturou o primeiro posto. A partir daí ele não parou mais e venceu em 2002; 2003 e 2006.
A novidade deste ano é a participação de Ronílson, conhecido como índio pelos amigos, que debutará na tradicional prova usando um uhandcycle, triciclo onde o atleta deficiente utiliza as mãos para se locomover. O equipamento foi trazido dos Estados Unidos pela ADD em parceria com a Merrill Lynch e foi utilizado pela primeira vez na Prova Sargento Gonzaguinha, no último domingo (16).
"Será uma grande emoção. Para me preparar ainda mais, vou correr a 10k Rio 2007, nesse domingo, dia 23 de dezembro", conta o atleta que sofreu uma amputação em um dos membros superiores. A largada dos cadeirantes acontecerá às 15h15.
Esporte Adaptado · 19 set, 2007
O Brasil encerrou na última segunda-feira a participação no Jogos Mundiais a Federação Internacional de Esportes para Cadeirantes e Amputados (Iwas), que foi realizado em Taipe, capital de Taiwan. Com uma equipe jovem, o país faturou diversas medalhas de ouro e prata.
A equipe era muito jovem, com atletas na média de 15 anos, e quase todos subiram ao pódio, comenta Edílson Rocha, diretor técnico do Comitê Paraolímpico Brasileiro e chefe da delegação brasileira em Taipei. O mais importante foi a experiência que eles adquiriram , completa Rocha.
Essa competição foi uma boa forma dos brasileiros se prepararem para os Campeonatos Mundiais de 2010, além das Paraolimpíadas de 2012, em Londres. A competição reuniu 826 atletas de 43 países em oito modalidades.
Confira a seguir as medalhas conquistadas no atletismo:
Esporte Adaptado · 19 set, 2007
O Brasil encerrou na última segunda-feira a participação no Jogos Mundiais a Federação Internacional de Esportes para Cadeirantes e Amputados (Iwas), que foi realizado em Taipe, capital de Taiwan. Com uma equipe jovem, o país faturou diversas medalhas de ouro e prata.
A equipe era muito jovem, com atletas na média de 15 anos, e quase todos subiram ao pódio, comenta Edílson Rocha, diretor técnico do Comitê Paraolímpico Brasileiro e chefe da delegação brasileira em Taipei. O mais importante foi a experiência que eles adquiriram , completa Rocha.
Essa competição foi uma boa forma dos brasileiros se prepararem para os Campeonatos Mundiais de 2010, além das Paraolimpíadas de 2012, em Londres. A competição reuniu 826 atletas de 43 países em oito modalidades.
Confira a seguir as medalhas conquistadas no atletismo:
Esporte Adaptado · 20 jul, 2007
O atleta paraolímpico Diego Lucas Madeira, natural de Criciúma (SC), será um dos representantes brasileiros do Parapan-americano do Rio de Janeiro. Na categoria T53, corrida com cadeira de rodas, o jovem de 20 anos mostra que as adversidades da vida não são empecilhos para a busca de sonhos.
Portador de mielomeningocele, má formação congênita, que Diego gosta de chamar de erro de fábrica, ele apreendeu a conviver com sua deficiência. Os esportes o tornaram mais ativo e até chegar no atletismo, sua atual modalidade, ele já passou por futebol, basquete e jiu-jitsu.
Hoje Diego é atleta da Associação Desportiva para Deficientes (ADD) e mora longe da família em São Paulo. No último mês, ele participou da etapa Porto Alegre do Circuito Caixa de Atletismo e surpreendeu a todos com seu jeito irreverente de ser, inclusive o meu. Confira a entrevista com Diego e entenda o porquê:
Webrun - Como sua família lidou quando descobriu que você era portador de uma doença congênita?
Diego Madeira - Minha família, assim como quase todas as pessoas que eu conheço não foram preparadas para ter uma pessoa portadora de deficiência em casa. Na verdade acho que ninguém está. Como primeiro neto de uma família de cinco filhos, eu ficava no centro de uma pequena disputa de um lado, a superproteção e "mimos" de outro a tentativa (frustrada) de fazer minha perna esquerda desenvolver.
Webrun - Como foi sua infância?
Diego Madeira - Eu nunca consegui ficar parado. Eu fiz tudo que uma criança faz. Brinquei de pega-pega, esconde-esconde e jogava futebol, como goleiro no time dos meus primos. Acho que minha infância foi mais do que mais normal, dentro das possibilidades.
WR - E na escola?
DM - Eu tive a honra de estar a maior parte da minha vida estudantil na Escola de Ensino Básico Engenheiro Sebastião Toledo dos Santos. A escola carregava o título de única instituição de ensino preparada para receber alunos com deficiência e isso de fato não deixava de ser verdade. A escola tem ótimos, talvez os melhores, professores para cegos, surdos e mudos. Mas para deficientes físicos a escola não estava preparada.
Eu estudei no segundo andar, com piso que não era anti-derrapante, as quedas eram iminentes. As escadas nunca foram barreiras tão grandes, mas mesmo assim me deixaram marcas, ainda tenho um galo gigante na cabeça e um dente quebrado. Tive ótimos professores lá e tenho boas recordações dos tempos de colégio.
WR - Como se virou na época de adolescente? Sofreu preconceito?
DM - Assim como a minha infância, a adolescência não teve maiores problemas. Eu tive a sorte de ter grandes amigos que me ajudaram a passar por cima dessas barreiras. Como todo e qualquer adolescente eu também tive a minha banda de rock a Dyskagem Dyretta, eu namorei, fiz várias cagadas (risos).
WR - Como descobriu o esporte?
DM - Na verdade o esporte me descobriu. Aos nove anos eu estava jogando futebol com os amigos no meio da rua e um vizinho me viu no meio dos garotos com muletas. Ele me chamou para jogar futebol com uma galera, que assim como eu, era deficiente. Comecei no futebol de salão (les otres).
WR - E porque decidiu pelo atletismo, corrida?
DM - Na época além de futsal, jogava ou tentava o basquete e ainda o atletismo, que foi onde eu me identifiquei mais. Tinha alguma coisa na pista que me acalmava. Em 1999 vi uma cadeira de rodas, daquelas hiper antigas, originalmente era uma de quatro rodas, adaptada para três rodas. Estava parada, cheia de teia de aranhas. Conversei a técnica da JUDECRI (entidade de portadores de deficiência física de Criciúma), Marina Nakagaki, sobre a possibilidade de usá-la. Fizemos algumas alterações e adaptações (a cadeira não tinha as minhas medidas, como uma cadeira de rodas de atletismo deve ter) e comecei a treinar atletismo.
WR - Quando foi a sua primeira competição?
DM - Em 1994 eu fui assistir uma competição de basquete em Joinville/SC, três meses depois ainda correndo em cadeiras de basquete participei da minha primeira corrida de cadeira de rodas. Fiquei em último.
WR - Qual prova você sonhe em competir?
DM - Acho que todo corredor cadeirante gostaria de correr a Maratona Internacional de OITA no Japão, o Mundial e a própria Paraolimpíadas, que será em Pequim na China em 2008.
WR - Como você vê a atual situação do paradesporto no Brasil?
DM - Estamos tendo progressos, está melhor que há um tempo atrás, mas não é o ideal ainda. Na minha opinião é gasto muito dinheiro com algumas coisas que talvez nem sejam tão importantes, e com outras essenciais, é economizado. Por exemplo, um tempo atrás eu tinha a impressão que os dirigentes das competições literalmente COMPRAVAM a gente hospedando-nos nos melhores hotéis do Brasil (onde gastam a maior parte do dinheiro) e os locais de competição, (onde eles economizam) eram completamente despreparados para receber uma competição paraolímpica. Instalações, acessos etc., isso melhorou um pouco, mas ainda pode ficar melhor.
WR - Se você pudesse, por passe de mágica, realizar alguma coisa o que seria?
DM - Mandar um caminhão de TOP END´s versão 2008 para o Brasil. (A Top End é uma marca norte-americana de cadeiras de competição. Essa cadeira de atletismo é uma das mais utilizadas pelos grandes atletas do mundo, além de ser considerada a fórmula 1 das cadeiras de rodas).
Esporte Adaptado · 20 jul, 2007
O atleta paraolímpico Diego Lucas Madeira, natural de Criciúma (SC), será um dos representantes brasileiros do Parapan-americano do Rio de Janeiro. Na categoria T53, corrida com cadeira de rodas, o jovem de 20 anos mostra que as adversidades da vida não são empecilhos para a busca de sonhos.
Portador de mielomeningocele, má formação congênita, que Diego gosta de chamar de erro de fábrica, ele apreendeu a conviver com sua deficiência. Os esportes o tornaram mais ativo e até chegar no atletismo, sua atual modalidade, ele já passou por futebol, basquete e jiu-jitsu.
Hoje Diego é atleta da Associação Desportiva para Deficientes (ADD) e mora longe da família em São Paulo. No último mês, ele participou da etapa Porto Alegre do Circuito Caixa de Atletismo e surpreendeu a todos com seu jeito irreverente de ser, inclusive o meu. Confira a entrevista com Diego e entenda o porquê:
Webrun - Como sua família lidou quando descobriu que você era portador de uma doença congênita?
Diego Madeira - Minha família, assim como quase todas as pessoas que eu conheço não foram preparadas para ter uma pessoa portadora de deficiência em casa. Na verdade acho que ninguém está. Como primeiro neto de uma família de cinco filhos, eu ficava no centro de uma pequena disputa de um lado, a superproteção e "mimos" de outro a tentativa (frustrada) de fazer minha perna esquerda desenvolver.
Webrun - Como foi sua infância?
Diego Madeira - Eu nunca consegui ficar parado. Eu fiz tudo que uma criança faz. Brinquei de pega-pega, esconde-esconde e jogava futebol, como goleiro no time dos meus primos. Acho que minha infância foi mais do que mais normal, dentro das possibilidades.
WR - E na escola?
DM - Eu tive a honra de estar a maior parte da minha vida estudantil na Escola de Ensino Básico Engenheiro Sebastião Toledo dos Santos. A escola carregava o título de única instituição de ensino preparada para receber alunos com deficiência e isso de fato não deixava de ser verdade. A escola tem ótimos, talvez os melhores, professores para cegos, surdos e mudos. Mas para deficientes físicos a escola não estava preparada.
Eu estudei no segundo andar, com piso que não era anti-derrapante, as quedas eram iminentes. As escadas nunca foram barreiras tão grandes, mas mesmo assim me deixaram marcas, ainda tenho um galo gigante na cabeça e um dente quebrado. Tive ótimos professores lá e tenho boas recordações dos tempos de colégio.
WR - Como se virou na época de adolescente? Sofreu preconceito?
DM - Assim como a minha infância, a adolescência não teve maiores problemas. Eu tive a sorte de ter grandes amigos que me ajudaram a passar por cima dessas barreiras. Como todo e qualquer adolescente eu também tive a minha banda de rock a Dyskagem Dyretta, eu namorei, fiz várias cagadas (risos).
WR - Como descobriu o esporte?
DM - Na verdade o esporte me descobriu. Aos nove anos eu estava jogando futebol com os amigos no meio da rua e um vizinho me viu no meio dos garotos com muletas. Ele me chamou para jogar futebol com uma galera, que assim como eu, era deficiente. Comecei no futebol de salão (les otres).
WR - E porque decidiu pelo atletismo, corrida?
DM - Na época além de futsal, jogava ou tentava o basquete e ainda o atletismo, que foi onde eu me identifiquei mais. Tinha alguma coisa na pista que me acalmava. Em 1999 vi uma cadeira de rodas, daquelas hiper antigas, originalmente era uma de quatro rodas, adaptada para três rodas. Estava parada, cheia de teia de aranhas. Conversei a técnica da JUDECRI (entidade de portadores de deficiência física de Criciúma), Marina Nakagaki, sobre a possibilidade de usá-la. Fizemos algumas alterações e adaptações (a cadeira não tinha as minhas medidas, como uma cadeira de rodas de atletismo deve ter) e comecei a treinar atletismo.
WR - Quando foi a sua primeira competição?
DM - Em 1994 eu fui assistir uma competição de basquete em Joinville/SC, três meses depois ainda correndo em cadeiras de basquete participei da minha primeira corrida de cadeira de rodas. Fiquei em último.
WR - Qual prova você sonhe em competir?
DM - Acho que todo corredor cadeirante gostaria de correr a Maratona Internacional de OITA no Japão, o Mundial e a própria Paraolimpíadas, que será em Pequim na China em 2008.
WR - Como você vê a atual situação do paradesporto no Brasil?
DM - Estamos tendo progressos, está melhor que há um tempo atrás, mas não é o ideal ainda. Na minha opinião é gasto muito dinheiro com algumas coisas que talvez nem sejam tão importantes, e com outras essenciais, é economizado. Por exemplo, um tempo atrás eu tinha a impressão que os dirigentes das competições literalmente COMPRAVAM a gente hospedando-nos nos melhores hotéis do Brasil (onde gastam a maior parte do dinheiro) e os locais de competição, (onde eles economizam) eram completamente despreparados para receber uma competição paraolímpica. Instalações, acessos etc., isso melhorou um pouco, mas ainda pode ficar melhor.
WR - Se você pudesse, por passe de mágica, realizar alguma coisa o que seria?
DM - Mandar um caminhão de TOP END´s versão 2008 para o Brasil. (A Top End é uma marca norte-americana de cadeiras de competição. Essa cadeira de atletismo é uma das mais utilizadas pelos grandes atletas do mundo, além de ser considerada a fórmula 1 das cadeiras de rodas).