Corridas de Rua · 17 dez, 2008
Anoé dos Santos Dias foi o brasileiro melhor colocado na Corrida Internacional de São Silvestre do ano passado, ao obter a terceira colocação atrás apenas dos quenianos Robert Cheruiyot e Patrick Ivuti. Surpresa para o público, ele diz que conseguiu encaixar bem os treinamentos durante a temporada para ter um bom desempenho.
Anoé é atleta profissional há três anos e nesse tempo já tem importantes dicas e macetes para a prova. Este ano, assim como em 2007, a organização do evento colocou à disposição 20 mil vagas, um número suficiente para a realização da prova e também para causar algum tumulto na hora da largada.
Para chegar bem na São Silvestre a pessoa tem que ter treinado pelo menos três meses antes, ressalta o competidor que é natural de Munhoz de Melo, no norte do Paraná. Segundo ele, os primeiros quilômetros devem ter uma atenção especial. Ele faz um alerta para a hora da largada, momento em que é necessária muita atenção para evitar acidentes. Os corredores devem sair reto, não queiram trocar de faixa logo de cara.
Depois de largar na Avenida Paulista os corredores iniciam um trecho de declive rumo à Rua da Consolação, trecho onde muitas pessoas se empolgam e acabam quebrando alguns quilômetros à frente. Não pode se empolgar nas descidas, é preciso sair num ritmo moderado porque a dificuldade virá mais para frente, enfatiza Anoé.
Os atletas de elite costumam pegar água em vários postos de hidratação, mas não necessariamente bebem toda a água, já que jogam parte do líquido na cabeça para baixar a temperatura do corpo. Se estiver calor, pegue água em todos os postos, mas não beba tudo, para não ficar com a barriga pesada, finaliza Anoé que já foi trabalhador rural.
Corridas de Rua · 12 dez, 2008
Anoé dos Santos Dias, o brasileiro mais bem colocado na Corrida Internacional de São Silvestre do ano passado, com a terceira posição do pódio, disputará mais uma vez a prova desse ano e admite estar preparado para encarar uma certa pressão na edição do próximo dia 31. Morando e treinando em Jardinópolis, região da Grande Ribeirão Preto, ele comenta as estratégias e as formas de preparação para a prova de encerramento do ano.
Aos 27 anos de idade, sendo seis dedicados à corrida (três como profissional), desde agosto ele se prepara para chegar bem na São Silvestre. Faço trabalho de base, com reforço muscular, academia e trabalho de rampa, comenta Anoé. Também faço treinos longos e de variação de ritmo, completa.
Ele não se considera um atleta veloz, mas sim resistente, motivo pelo qual ele sofre um pouco nos primeiros quilômetros da tradicional competição paulistana. Tem muitas subidas no começo, mas a partir da metade da prova começo a pegar os adversários um por um, ressalta o atleta que vai torcer por um clima quente e sem chuva, como em 2007.
Para isso, ele realiza treinos duas vezes por dia, numa média de 30 quilômetros, além de tiros curtos e longos, que variam de 400 a dois mil metros de distância. Esse ano ele subiu no pódio em diversas etapas do Circuito de Corridas da Caixa, venceu a Meia Maratona do Recife, ficou em segundo na Meia Maratona de São Paulo e acredita que pode obter mais uma vez um bom resultado na São Silvestre. Não quero chegar como favorito, mas sei que vou ter mais cobrança por parte das pessoas, comenta o competidor natural de Munhoz de Melo, norte do Paraná.
Ano passado eu sabia que tinha condições de chegar bem e agora vou correr para chegar no pódio, uma vitória é conseqüência, relata o atleta animado. Para cruzar a linha de chegada numa boa colocação, Anoé terá que encarar além de outros brasileiros fortes, um pelotão de quenianos, que certamente dará trabalho.
Eles sentem um pouco o clima quente, pois costumam treinar no frio, então se as condições forem parecidas com as do ano passado, pretendo manter uma distância de uns 100 metros e tentar pegá-los na segunda parte da prova, relata o atleta que já foi trabalhador rural. Já se estiver chovendo, vou sair forte e ver até onde consigo acompanhar, completa.
Para os 15 quilômetros da São Silvestre, Anoé competiu algumas provas em São Carlos, onde o clima quente se assemelha à provável condição no dia da prova em São Paulo, além da Volta da Pampulha no último domingo, em Belo Horizonte (MG). A Pampulha é uma prova plana, que não é muito o meu estilo, relata o paranaense que foi o nono colocado e sétimo brasileiro na prova.
Segundo Anoé, conforme a data do evento se aproxima, a intensidade dos treinos é reduzida e ele só pára definitivamente no dia 31. Na véspera faço um trote leve para soltar a musculatura e no dia aproveito para descansar o físico e o psicológico. Com pressão, ou sem pressão, certamente o corredor sentirá o carinho do público de forma muito mais intensa este ano, resta a ele esperar para ver.
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