Simone Alves da Silva, recordista sul-americana dos 5 mil metros, é pega no doping pela 3ª vez

Carolina Abrantes | Atletismo · 19 out, 2017

Foto: Alexandre Koda

Foto: Alexandre Koda

Na última segunda-feira (16) a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) publicou em seu site, sem muito alarde, uma atualização da lista de atletas pegos no exame antidoping neste ano. Ao todo são 47 nomes de várias modalidades, entre eles o da fundista Simone Alves da Silva.

O que mais chama a atenção é o fato de a atleta de 33 anos ser flagrada no doping pela terceira vez em sua carreira. O primeiro caso foi em 2009, por oxilofrina, o que a tirou das pistas por 90 dias. Já em 2011 – ano em que conquistou os recordes sul-americanos dos 5.000 e dos 10.000 metros – Simone foi novamente pega no antidoping e cortada dos Jogos Panamericanos e do Mundial de atletismo, além de não ter podido competir no Rio 2016.

Assim como em 2011, a atleta testou positivo para Eritropoietina, substância conhecida como EPO que tem a função de aumentar a produção dos glóbulos vermelhos no sangue e potencializar a capacidade de transporte de oxigênio. O medicamento costuma ser receitado em casos de anemia por insuficiência renal crônica, anemia associada ao câncer e à quimioterapia e anemia de pacientes portadores de HIV.

Lista disponível no site da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD)

Lista disponível no site da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD)

Na prática a Eritropoietina proporciona um aumento da produção de energia aeróbica, o que, consequentemente, ajuda a melhorar o desempenho em provas de corrida, ciclismo e de outras modalidades que desafiam a resistência do corpo humano.

A fundista que já competiu  pelos Clubes São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano e BM&FBOVESPA, estava suspensa de competições até outubro do ano passado, desde sua última condenação. Em 2017, Simone, que está sem equipe, não participou de mais do que três provas, mesmo treinando com o objetivo de participar da maratona dos próximos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio.

A ABCD, Secretaria Nacional do Ministério do Esporte, responsável pela luta contra a dopagem no esporte brasileiro, vem de uns tempos para cá prezando pela discrição ao fazer publicações assim para não expor atletas que ainda serão julgados, por isso a data do exame em que Simone testou positivo não foi divulgada pela entidade. Ainda assim, sua suspensão é provisória até que a atleta reincidente seja julgada.

 

Carolina Abrantes

Ver todos os posts

Estudante de jornalismo, já metida a repórter. Encantada pelo mundo dos esportes e pela forma como eles podem mudar a vida das pessoas.