Saiba como é feita a aferição de um percurso

Redação Webrun | Corridas de Rua · 21 set, 2007

Equipe da Federação Paulista de Atletismo (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)
Equipe da Federação Paulista de Atletismo (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)

Conheça a história do atual medidor de percursos

Todas as competições, para serem reconhecidas oficialmente pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) devem passar por um sistema rigoroso de aprovações pelos oficiais, o que inclui a medição e aferição do percurso. A análise é feita utilizando-se um aparelho chamado Jones Counter.

Depois que a empresa organizadora obtém a liberação do percurso pelas entidades de trânsito locais, inicia-se o processo de medição. Inicialmente deve ser montado um mapa preliminar do trajeto com detalhes de interesse, como áreas de concentração, largada e chegada, pontos de retorno, balizamentos, bloqueios, entre outros detalhes.

A medição da distância com um odômetro de carro ou motocicleta gera uma margem de erro de aproximadamente 10% na quilometragem, de acordo com informações da CBAt, mas serve como informação preliminar para o medidor. É importante ressaltar que as corridas nacionais devem ser aferidas por um medidor nível A ou B do sistema de classificação da CBAt, da Federação internacional (Iaaf) ou da Associação Internacional de Maratonas (Aims).

Procedimentos – Após negociação de remuneração do medidor indicado por tabela da CBAt, além dos gastos com viagem e hospedagem, o profissional inicia a aferição através do aparelho Jones Counter fixado na roda dianteira de uma bicicleta Caloi 10. Com base nas informações preliminares ele decide a melhor maneira de se medir o percurso e, durante todo o trabalho, ele deverá ter escolta policial de trânsito.

A medição inclui os seguintes procedimentos, oficializados pela CBAt em conformidade com as normas da Iaaf e da Aims:

  • Vistoria e avaliação preliminar do percurso estabelecido pela organização da prova;

  • Escolha de um local de aproximadamente 300 metros medido com trena de aço para a calibragem dos aparelhos em local pouco movimentado;

  • Efetivação da medição e cálculos posteriores, com marcação dos quilômetros com tinta acrílica de piso e locação da largada e chegada com pinos de aço;

  • Elaboração de um mapa esquemático que contenha a identificação de todos os pontos relevantes do percurso, como os pontos de retorno, listagem e descrição dos quilômetros, detalhes da largada, chegada, entre outros detalhes importantes;

  • Confecção de um relatório que descreva o percurso de acordo com a classificação da Iaaf/ Aims, como sendo de loop, ponto a ponto, ida e volta, etc; cálculo do desnível e separação entre a largada e a chegada;

  • Estabelecimento de um perfil altimétrico do percurso com a altitude em metros referida a cada quilômetro, além dos pontos de largada e chegada.

    O medidor durante o trabalho irá confirmar as distâncias intermediárias e a marcação de quilômetros estabelecidos previamente e realizará pequenos ajustes. Caso necessário, ele indicará extensões ou áreas externas para o ajuste da distância total.

    A medição será feita de forma a se pedalar sempre pelo caminho mais curto para a obtenção da distância final, tangenciando as curvas, ou seja, tomar as trajetórias em linha reta entre as curvas. A hora ideal para o trabalho deverá ser pela manhã, ocasião em que há iluminação suficiente e pouco trânsito e a velocidade média da bicicleta deve ser de 16 quilômetros por hora.

    Este texto foi escrito por: Alexandre Koda

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