Equipe da Federação Paulista de Atletismo (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)
Conheça a história do atual medidor de percursos
Todas as competições, para serem reconhecidas oficialmente pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) devem passar por um sistema rigoroso de aprovações pelos oficiais, o que inclui a medição e aferição do percurso. A análise é feita utilizando-se um aparelho chamado Jones Counter.
Depois que a empresa organizadora obtém a liberação do percurso pelas entidades de trânsito locais, inicia-se o processo de medição. Inicialmente deve ser montado um mapa preliminar do trajeto com detalhes de interesse, como áreas de concentração, largada e chegada, pontos de retorno, balizamentos, bloqueios, entre outros detalhes.
A medição da distância com um odômetro de carro ou motocicleta gera uma margem de erro de aproximadamente 10% na quilometragem, de acordo com informações da CBAt, mas serve como informação preliminar para o medidor. É importante ressaltar que as corridas nacionais devem ser aferidas por um medidor nível A ou B do sistema de classificação da CBAt, da Federação internacional (Iaaf) ou da Associação Internacional de Maratonas (Aims).
Procedimentos – Após negociação de remuneração do medidor indicado por tabela da CBAt, além dos gastos com viagem e hospedagem, o profissional inicia a aferição através do aparelho Jones Counter fixado na roda dianteira de uma bicicleta Caloi 10. Com base nas informações preliminares ele decide a melhor maneira de se medir o percurso e, durante todo o trabalho, ele deverá ter escolta policial de trânsito.
A medição inclui os seguintes procedimentos, oficializados pela CBAt em conformidade com as normas da Iaaf e da Aims:
O medidor durante o trabalho irá confirmar as distâncias intermediárias e a marcação de quilômetros estabelecidos previamente e realizará pequenos ajustes. Caso necessário, ele indicará extensões ou áreas externas para o ajuste da distância total.
A medição será feita de forma a se pedalar sempre pelo caminho mais curto para a obtenção da distância final, tangenciando as curvas, ou seja, tomar as trajetórias em linha reta entre as curvas. A hora ideal para o trabalho deverá ser pela manhã, ocasião em que há iluminação suficiente e pouco trânsito e a velocidade média da bicicleta deve ser de 16 quilômetros por hora.
Este texto foi escrito por: Alexandre Koda