Corredores novatos e experientes dividem espaço no Mountain Do Lagoa

Redação Webrun | Corrida de Montanha · 18 out, 2011

As largadas aconteceram no Lagoa Iate Clube (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)
As largadas aconteceram no Lagoa Iate Clube (foto: Alexandre Koda/ www.webrun.com.br)

Direto de Florianópolis (SC) – Acordar cedo para encarar uma prova de revezamento na Ilha da Magia é algo rotineiro para muitos atletas que participaram da edição 2011 do Mountain Do Lagoa da Conceição no último sábado (15/10). Mas, para outra parcela dos inscritos tudo era uma grande novidade, principalmente correr em percursos fora do asfalto.

A primeira largada aconteceu às 8h para as equipes iniciantes, enquanto às 9h15 saíram as mais experientes, num trecho que englobou calçamento, asfalto e areia da praia, além de um trecho de mangue. O primeiro contato com a natureza aconteceu no Beco da Lua, uma passagem pelo mangue sobre tábuas até chegar à Praia da Joaquina.

Para chegar à “Joaca”, como é conhecida entre os manezinhos da ilha uma das mais famosas praias de Floripa, foi necessário encarar um trecho de dunas, com muita areia fofa, subidas e descidas íngremes. A prova seguiu seu curso e a cada posto de troca a empolgação das equipes contagiava cada atleta que chegava ou saía para correr.

Após chegar ao posto do Projeto Tamar, na Cidade da Barra (Barra da Lagoa), Eduardo Moreira explicou a estratégia para correr bem na categoria dupla. “Eu faço esse trecho desde que comecei a correr o Mountain Do e acho que é o mais difícil de todos. Então me poupei em alguns momentos para agüentar os outros ”. Ainda segundo o representante da equipe Subway Runner`s Team, o objetivo da equipe era chegar pelo menos em terceiro na categoria, feito alcançado ao fim da disputa.

Sem perder a pose – O Mountain Do é uma prova de resistência em meio à natureza, na qual os participantes encaram lama, mato, água, mas algumas meninas parecem não se incomodar com isso. É o caso de Denise Ventura, da New Pace, que antes de sair para seu trecho retocava a maquiagem e arrumava o cabelo para literalmente sair bonita na foto enquanto corria. “A adrenalina vai a mil, o cabelo chega detonado no fim, mas não tem problema, o que vale é ser feliz”, comenta a corredora que disputa o revezamento pela segunda vez.

As adversidades são atenuadas pelo visual que a Ilha proporciona, fato que Natasha Limoli comprovou no morro das aranhas, que liga a Praia da Galheta à Lagoa da Conceição. “Pensei que fosse conseguir correr o percurso inteiro, mas tem muita pedra e é bem fácil de machucar. Mas a paisagem vale a pena”, relata a representante da Educative Runners, que disputou o Mountain Do pela primeira vez. “Apesar de gostar da natureza, foi minha primeira experiência numa competição”, explica a corredora de Balneário Camboriu (SC).

Após saírem do Projeto Tamar, os competidores foram até o Hotel Engenho Eco Park, no Rio Vermelho, num percurso praticamente plano, com uma inclinação final de 500 metros de extensão e 100 metros de altitude. “Foi um trecho muito legal pela variação de paisagem. Enfrentei praia, trilha e estrada de chão”, conta Lilian de Oliveira, representante da Master Adventure 4.

Força Psicológica – Se os corredores que já fizeram seus respectivos trechos precisam demonstrar força e resistência para entregar o bastão para seus colegas, aqueles que ficam aguardando a chegada do companheiro precisam de muita concentração. É o caso de Sabrina Scoss, da Educative Runners, que se concentrava escutando música. “É minha primeira participação em prova e já comecei no Mountain Do. É muito legal a expectativa de aguardar sua colega chegar para poder disparar e completar o trecho”. No repertório do mp3 player emprestado de uma amiga, diversos ritmos ajudavam na motivação. “Tem Muse, Black Eye Peas e até axé, que eu não gosto muito, mas está valendo”.

Depois de passar pelos 73 quilômetros da disputa e enfrentar diversos obstáculos naturais, cruzar a linha de chegada junto com a equipe era o objetivo de todos os atletas. Saltos, gritos, choros e até cambalhotas faziam parte do repertório de comemorações.

A equipe de militares da equipe Zimba Team foi uma das que fez uma grande festa após a cruzar a linha final. “Eu geralmente faço o último percurso, mas dessa vez corri nas trilhas e senti um pouco de dificuldade nas subidas. Mas a equipe está acostumada a se superar e não foi um grande problema”. Sobre o nome da equipe, ele explica que o grupo foi apelidado de “Os imbatíveis” e eles resolveram brincar com o jargão e criaram o “Zimba Team”.

Enquanto algumas equipes brigavam pelos primeiros lugares do pódio, outras buscavam apenas completar, como no caso do octeto feminino Floripa Runners 2, última a cruzar a linha de chegada. “Foi um superação incrível, pois foi um dos piores trechos que já fiz. Corri 9,8 quilômetros, não faço toda essa distância na rua, então foi bem complicado. Mas valeu a pena”, relata a estreante Tatiane Matei.

O Mountain Do Lagoa da Conceição chegou à sua oitava edição e está totalmente consolidado no mercado de corridas, segundo Euclides S Neto, o Kiko, responsável pela organização. “Sempre podemos melhorar, mas acho que já atingimos um nível de excelência muito bom”.

Este texto foi escrito por: Alexandre Koda

Redação Webrun

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