Adriano Bastos precisou ser atendido (foto: Alexandre Koda/ Webrun)
A Maratona Internacional de São Paulo, que aconteceu ontem (4), teve vitória queniana no masculino e no feminino, com Rotich Solomon e Margaret Karie. Os brasileiros não foram tão bem, mas conquistaram algumas vagas no pódio.
Marizete Rezende liderou durante uma boa parte da prova, mas devido à uma bolha no pé, acabou diminuindo o ritmo e caiu para a segunda colocação.
Eu comecei a sentir no quilômetro 15. Aí começou a doer muito os meus dedos, porque a bolha me apertou o calo e comecei a sentir que eu ia ficar. Cada passada que eu dava doía tudo, aí foi na raça mesmo que eu cheguei. Depois que você fica com bolha no pé é difícil ter força psicológica para continuar, porque a dor é intensa. Mas está bom. Não posso dizer que estou contente com o resultado, mas fazer o que né. Pelo menos estou um pouquinho feliz.
Élson Alex Gracioli foi o melhor brasileiro na prova, conquistando a terceira colocação. Feliz com o resultado, ele fala sobre a prova.
Eu estou muito feliz pelo meu terceiro lugar, não tem explicação para o que eu consegui, está muito bom. Eu pretendo, para o início do ano, trabalhar bem e correr uma maratona lá fora, tentar correr abaixo dos 2h10, que é meu objetivo. Correr abaixo dos 2h10 certamente terá uma vaga garantida para o Pan do Rio.
Sobre a preparação, ele comenta: Fiz a preparação em casa esses últimos dois meses, a gente procurou fazer trabalhos mais específicos para maratona, aí graças a Deus deu certo. Faltou um pouco de ritmo de competição, mas isso aí acontece. Uma coisa que a gente não espera, fazer um excelente tempo, mas deu para correr bem.
Adriano Bastos, tricampeão da Maratona da Disney, chegou na quarta posição da prova, mas precisou forçar um pouco para conquistar o pódio.
A partir do quilômetro 39 senti que começou a fadigar muito, o ritmo começou a cair e a única maneira de segurar o pódio entre os cinco primeiros foi começar a caminhar em alguns momentos e administrar minha diferença para o queniano. A partir do momento que eu vi que o quinto colocado começou a ficar para trás, eu achei melhor dar essas caminhadas para agüentar fechar a prova. Se eu mantivesse correndo até o final possivelmente eu teria quebrado de vez e não teria nem completado a prova.
No dia 28 de maio Adriano participou de uma prova da Corpore, a Bowerman 10k, onde veio mantendo um ritmo competitivo até a metade, mas terminou caminhando para se poupar para a Maratona.
Eu vinha de uma seqüência de quatro finais de semana seguidos competindo e comecei a sentir bastante a prova lá e começou a cansar muito. Achei melhor parar, completar caminhando e me poupar para hoje. Acho que eu fiz certo, pois seu eu tivesse ido com tudo semana passada, que pra mim era uma prova que não valia nada, teria jogado fora um pódio desses, que representa muito mais.
Sobre a diferença entre a Maratona da Disney e a Internacional de São Paulo, ele comenta:
São todas. Primeiro que lá é plano e frio, bem favorável para fazer tempo bom. Segundo que é uma prova que não tem um nível tão forte, então é uma prova que eu já vou consciente para ganhar. De certa forma, psicologicamente, você faz a prova mais tranqüilo.
Aqui você pega um trecho com muita subida, hoje um dia quente, uma prova muito difícil, além do nível muito forte. Eu já tinha esperança de chegar entre os 10 primeiros, mas fechar entre os cinco, pra mim foi uma surpresa muito grande, para o público também, me ver chegando em quarto. Foi um pódio muito representativo, muito bom.
Este texto foi escrito por: Alexandre Koda