Triathlon · 12 nov, 2007
A final da 15ª edição do SP Open de Biathlon foi comemorada com um beijo, já que o título do circuito ficou com o casal de namorados Marcus Vinícius Fernandes e Thays dos Santos, após a realização da última etapa, neste sábado (10) em Santos. A vitória da etapa ficou com Antonio Manssur, que compete no evento desde a sua criação, e Fernanda Garcia, heptacampeã do circuito.
Na prova masculina Marquinhos largou na frente, manteve um bom ritmo nos 500 metros de natação no mar e parecia que se manteria à frente até o final, mas na metade dos três quilômetros de corrida foi superado por Manssur, que fez uma ótima prova de recuperação. Eu acabei de voltar de férias, mas estava bem. Nadei forte e corri na frente até o retorno, onde o Manssur me alcançou, explica Marcos que aguardou ansiosamente a namorada completar.
Ela está bem. Foi sensacional a gente garantir essa dobradinha. Ele comenta ainda que pretende seguir o mesmo exemplo de grandes triathletas, como Paulo Miyasiro, Fred Monteiro e Bruno Matheus, que já foram campeões do SP Open e depois despontaram como profissionais. É muito valioso para o meu currículo e em 2008 quero garantir o bicampeonato.
Veterano - Já o paulista Manssur, de 37 anos, não compete mais profissionalmente e se dedica ao cargo de juiz de direito, motivo pelo qual não tem muito tempo para treinar. Mesmo assim, ele demonstrou estar em ótima forma, ao sair do sexto lugar na natação, ganhar algumas posições na transição e ainda chegar em primeiro com boa vantagem para o segundo colocado.
Vou completar 20 anos de triathlon. Todo ano participo de uma ou duas etapas do SP Open, para relembrar. Quando eu comecei a largar ele (Marcus Vinícius) não era nem nascido ou usava fraldas, brinca o atleta, que este ano foi vice-campeão mundial de aquathlon, na categoria elite. Estou treinando para competir com os meus filhos. O mais velho iria estrear nesta etapa, mas pegou catapora e eu, inclusive, fiquei a noite toda acordada. Coisa de pai. Mas daqui uns oito anos, competirei ao lado deles, explica.
Entre as mulheres, Fernandinha não teve problemas para faturar mais uma prova em sua carreira, já que chegou bem à frente de Thays e Michelle Seigner. Quis nadar forte para não ter problemas na corrida e deu tudo certo. Essa prova foi um ótimo treino na minha preparação para o Troféu Brasil, onde posso terminar como vice-campeã, afirmou a vencedora, elogiando a nova campeã. Ela é nova, está crescendo e pode dar trabalho no triathlon.
Sinceramente, no início do circuito eu não esperava ganhar este título. O Marquinhos me ajudou muito, principalmente nos treinos de corrida, que era o meu fraco. Esse título é dele, comenta Thays. Aos 19 anos, ela se dedicou ao máximo nesta etapa decisiva e chegou à frente de Michelle, que era a única que poderia batê-la.
Núbio de Oliveira, organizador do evento, se diz satisfeito com o sucesso de mais uma temporada. Foi fantástico, muito positivo. Cada ano atingimos mais os nosso objetivos de inserir crianças e adolescentes no esporte. Segundo ele, o objetivo é formar cidadãos antes de formar atletas.
Este ano tivemos um crescimento de 300% entre atletas dos oito aos 11 anos. Estamos revelando novos valores como o Marquinhos e a Thays e temos história com Paulo Miyasiro, que já chegou à olimpíada, Fred Monteiro, Mauro Miyasiro, Fernanda Garcia e tantos outros. A 16ª edição do SP Open já está confirmada e a etapa inicial será no dia 12 de abril.
Maratona · 05 nov, 2007
O atleta do Rio Grande do Norte José Pereira da Silva faturou no último domingo a Maratona de Santa Catarina, disputada sob um forte sol e unidade em Florianópolis. Ele efetuou a inscrição de última hora, mas vai levar para casa um prêmio de R$ 7,5 mil. Entre as mulheres, a vitória ficou com a queniana Margaret Kiplagat, que teve que ser atendida pelos médicos após a chegada.
Após marcar 2h22min22 José chegou exausto, mas feliz com o resultado. "Foi uma prova muito difícil por causa do calor, mas estou bem feliz. A prova é excelente, está muito bem organizada e dou meus parabéns ao Paulo, comenta em referência ao organizador da maratona Paulo Silva. Durante boa parte do percurso ele correu ao lado do mineiro André Ferreira, mas passou à frente no quilômetro 24 para se sagrar campeão.
Já Margaret, ex-professora que abandonou as salas de aula, pois o governo não pagava seu salário, ficou um bom tempo no ambulatório da prova e só se levantou para ir ao pódio, com auxílio externo. Aos 34 anos, essa foi a sexta prova que correu este ano no Brasil, sendo campeã da prova rústica dos Servidores Públicos e de uma meia-maratona em Porto Alegre.
O evento contou também com uma prova de cinco quilômetros, que teve como vencedor o queniano Pius Mnangar Wepogue com 16min45seg de prova. O representante do Rio de Janeiro, Marco Antônio Quintanilha chegou em segundo e Alexandre Severino de Oliveira, de Minas Gerais terminou em terceiro. Entre as mulheres, Janivan Lima da Silva foi a primeira com 21min32, seguida por Maria de Lourdes do Nascimento e Tais Passini, uma gaúcha de 13 anos de idade.
10 km e cadeirantes - Também houve uma disputa de 10 quilômetros, com predomínio dos mineiros, já que eles subiram ao pódio em três das cinco posições. O primeiro foi Raimundo da Silva, com 31min10seg, seguido Hugo França, pelo queniano William Chemno e mais um mineiro, Rogério Teixeira.
Entre as mulheres uma representante catarinense honrou o Estado com sua vitória. Foi a blumenauense Cleide de Souza Kühl, que corre pela equipe dos Correios. A atleta estava muito contente com a vitória e disse que isso servia de incentivo para o próximo desafio que teria, a partir de quarta-feira. "Eu vou disputar os Jogos Abertos por Blumenau nas provas de 800 e 1.500 metros. Acho que esse resultado na rústica me dá mais ânimo para brigar por medalha".
Entre os cadeirantes mais uma vez Carlos Oliveira, o Carlão, marcou presença e chegou em primeiro lugar com fôlego de sobra e bem à frente dos seus adversários para faturar o bicampeonato. "Estou usando esta prova como treino para a Maratona de Miami que vou correr em breve", ressalta.
"Estou usando esta prova como treino para a Maratona de Miami que vou correr em breve", disse o atleta gaúcho que já tem vários títulos nesta categoria. Já foi campeão da Maratona de Nova York em 2001 e a Maratona do Rio em 2003, entre outras.
"Eu gosto de correr e uso o esporte como para mostrar às pessoas que nós não somos coitadinhos. Se tivermos oportunidade, eu, ou qualquer outro portador de deficiência pode trabalhar, fazer esporte e viver uma vida normal", completa. Entre as mulheres apenas uma cadeirante participou Gevelyn Cássia de Almeida de Balneário Camboriú que completou o percurso em 3h19min29.
Meia Maratona · 17 set, 2007
A Meia de Portugal, competição que reuniu mais de três mil pessoas em Lisboa, teve vitória de Emmanuel Mutai, um queniano de 29 anos que desbancou grandes nomes como o líder do ranking de maratonas, seu compatriota Robert Cheruyiot e o campeão olímpico Stefano Baldini. Entre as mulheres a vencedora foi a etíope Bizunesh Bekele.
Mutai fechou com o tempo de 1h01min54, após uma disputa acirrada com Cheruiyot, que cruzou com 1h02min01 na segunda colocação, à frente do marroquino Jaouad Gharib, que marcou 1h02min05. A temperatura estava na casa dos 25ºC e a umidade relativa do ar em 66%, o que deixou os corredores bem cautelosos.
Após os primeiros três quilômetros, o pelotão da frente estava restrito a 20 corredores com todos os quenianos e Gharib, junto com Baldini, o outro italiano Daniele Caimmi e alguns portugueses. Alguns quilômetros à frente, apenas a metade dos competidores resistiu à frente, com o marroquino e os quenianos.
Nos últimos dois quilômetros Gharib, campeão mundial de maratonas em 2003 e 2005 junto com Cheruyiot, se envolveram numa disputa pessoal e parecia que não seriam mais alcançados. Porém, Mutai contra atacou e usou suas reservas de força para surgir de trás e cruzar a linha numa vitória totalmente inesperada pelo público e pelos especialistas. Baldini foi o nono com 1h03min55 e os melhores portugueses foram José Rocha em 10º (1h04min09), à frente de Luis Jesus (1h04min51).
Mulheres - Entre as mulheres, Bekele, que havia surpreendido na segunda colocação ano passado, tomou a liderança desde o início da prova e não foi mais alcançada até cruzar com o tempo de 1h10min20. Bekele terminou com o quarto melhor tempo da história, interrompendo uma vitória de quenianas nos últimos três anos.
A segunda colocada foi a queniana Salina Kosgei, que chegou a apenas 48 segundos à frente de Bekele, ao marcar 1h11min08. A terceira colocada foi a também queniana Mary Ptikany, com o tempo de 1h11min37 e a melhor portuguesa foi Fernanda Ribeiro, com 1h14min15.