Competição · 15 mar, 2018
O 23º Revezamento Volta à Ilha se aproxima e com os passar dos dias a ansiedade só aumenta para os quatro mil corredores que participarão da prova. Considerada a maior prova do gênero da América Latina, a corrida requer uma […]
Direto de Porto Moniz (Ilha da Madeira) - Há pouco mais de 500 anos um grupo de portugueses desembarcava em terras brasileiras para uma exploração que deu início à colonização das terras tupiniquins pela coroa do país europeu. Hoje, em pleno século XXI, são os brasileiros que invadem o país irmão, mais especificamente a Ilha da Madeira, para a disputa de uma ultramaratona em trilhas com distâncias de 25, 55 e 100 quilômetros, a Madeira Island Ultra Trail.
Na distância maior estão cinco brazucas, entre eles a blogueira do Webrun, Rosália Camargo
, que vai enfrentar a distância pela primeira vez. A largada será ao nível do mar, na cidade de Machico e progressivamente eles alcançarão o Pico do Areeiro, ponto culminante da Ilha com 1.800 metros de altitude até chegar novamente ao nível do mar no fim da disputa, na cidade de Porto Moniz.
O objetivo é atravessar a Ilha de sudeste a noroeste, passando por paisagens que incluem o ecossistema Laurissilva, considerado Patrimônio Natural da Unesco em 1999. Apesar da prova oferecer hidratação e até alguns pontos de comida, todos os atletas precisam obrigatoriamente levar uma mochila com equipamentos obrigatórios, tais como manta térmica, lanternas, apito, telefone celular, cantil, entre outros itens.
Expectativas - Essa é a principal prova da temporada para Rosália Camargo, que ganhou a inscrição de presente de seu marido, André. Estou animada, resolvi escolher uma prova diferente para minha estreia nos 100 quilômetros e optei pela Madeira. Também é a oportunidade de viajar e conhecer um lugar diferente, relata. Ela diz ainda que se animou em correr porque essa prova vale pontos para a Ultramaratona do Mont Blanc, que ela pretende correr em breve.
Gostei também porque tem uma altimetria `suicida, brinca. Em abril passado ela competiu o XTerra Ilhabela com distância de 80 quilômetros como forma de treino para a Madeira e confessa que aprendeu muito com os problemas que teve. O XTerra foi um ótimo treino. Aprendi o que não fazer por lá, lembra a carioca que exagerou no esforço durante o começo da corrida e passou mal no meio da trilha.
O marido de Rosália, André, também estava inscrito para os 100 quilômetros, mas devido a contratempos teve que mudar para os 55. Tive um problema de saúde em abril e resolvi mudar para poder acompanhar minha esposa e curtir o lugar também. Espero que dê tudo certo.
Também inscrito nos 100 quilômetros está o experiente Manuel Lago, treinador carioca e acostumado a correr longas distâncias em terrenos acidentados. A Madeira foi uma descoberta que fiz em 2011. Já vinha numa paixão pelas ultra trails e o objetivo é pegar o máximo de experiência possível nessas provas ao redor do mundo para poder trabalhar com isso em palestras e treinamento. É um mercado que está crescendo muito.
Assim como Rosália, ele busca pontos para competir no Mont Blanc e resolveu aliar o feriado de Corpus Christi com uma viagem para conhecer a região e participar da Ultramaratona. Coloquei na minha lista de objetivos para este ano, junto com o Cruce de Los Andes e o Mont Blanc 166 km. Como não fui sorteado para a prova francesa, troquei por uma na Inglaterra de 160 quilômetros.
Quem também resolveu correr os 55 quilômetros foi Rodrigo Londres, que é treinado por Manuel. Tenho um treinador que é maluco e que consegue tirar de mim coisas que nem eu achava possível. Essa prova é um desafio, uma superação. Adoro trilha, poder olhar para a natureza. Ele conta que será sua primeira prova de longa distância, já que nem maratonas tradicionais ele fez ainda. O caminho natural seria fazer uma maratona antes, mas acabei pulando e meu objetivo é completar bem.
A disputa principal tem um tempo máximo de conclusão de 26 horas, a intermediária 16 e a menor 12 horas.
Ultra Maratona · 07 jun, 2012
Direto de Porto Moniz (Ilha da Madeira) - Há pouco mais de 500 anos um grupo de portugueses desembarcava em terras brasileiras para uma exploração que deu início à colonização das terras tupiniquins pela coroa do país europeu. Hoje, em pleno século XXI, são os brasileiros que invadem o país irmão, mais especificamente a Ilha da Madeira, para a disputa de uma ultramaratona em trilhas com distâncias de 25, 55 e 100 quilômetros, a Madeira Island Ultra Trail.
Na distância maior estão cinco brazucas, entre eles a blogueira do Webrun, Rosália Camargo
, que vai enfrentar a distância pela primeira vez. A largada será ao nível do mar, na cidade de Machico e progressivamente eles alcançarão o Pico do Areeiro, ponto culminante da Ilha com 1.800 metros de altitude até chegar novamente ao nível do mar no fim da disputa, na cidade de Porto Moniz.
O objetivo é atravessar a Ilha de sudeste a noroeste, passando por paisagens que incluem o ecossistema Laurissilva, considerado Patrimônio Natural da Unesco em 1999. Apesar da prova oferecer hidratação e até alguns pontos de comida, todos os atletas precisam obrigatoriamente levar uma mochila com equipamentos obrigatórios, tais como manta térmica, lanternas, apito, telefone celular, cantil, entre outros itens.
Expectativas - Essa é a principal prova da temporada para Rosália Camargo, que ganhou a inscrição de presente de seu marido, André. Estou animada, resolvi escolher uma prova diferente para minha estreia nos 100 quilômetros e optei pela Madeira. Também é a oportunidade de viajar e conhecer um lugar diferente, relata. Ela diz ainda que se animou em correr porque essa prova vale pontos para a Ultramaratona do Mont Blanc, que ela pretende correr em breve.
Gostei também porque tem uma altimetria `suicida, brinca. Em abril passado ela competiu o XTerra Ilhabela com distância de 80 quilômetros como forma de treino para a Madeira e confessa que aprendeu muito com os problemas que teve. O XTerra foi um ótimo treino. Aprendi o que não fazer por lá, lembra a carioca que exagerou no esforço durante o começo da corrida e passou mal no meio da trilha.
O marido de Rosália, André, também estava inscrito para os 100 quilômetros, mas devido a contratempos teve que mudar para os 55. Tive um problema de saúde em abril e resolvi mudar para poder acompanhar minha esposa e curtir o lugar também. Espero que dê tudo certo.
Também inscrito nos 100 quilômetros está o experiente Manuel Lago, treinador carioca e acostumado a correr longas distâncias em terrenos acidentados. A Madeira foi uma descoberta que fiz em 2011. Já vinha numa paixão pelas ultra trails e o objetivo é pegar o máximo de experiência possível nessas provas ao redor do mundo para poder trabalhar com isso em palestras e treinamento. É um mercado que está crescendo muito.
Assim como Rosália, ele busca pontos para competir no Mont Blanc e resolveu aliar o feriado de Corpus Christi com uma viagem para conhecer a região e participar da Ultramaratona. Coloquei na minha lista de objetivos para este ano, junto com o Cruce de Los Andes e o Mont Blanc 166 km. Como não fui sorteado para a prova francesa, troquei por uma na Inglaterra de 160 quilômetros.
Quem também resolveu correr os 55 quilômetros foi Rodrigo Londres, que é treinado por Manuel. Tenho um treinador que é maluco e que consegue tirar de mim coisas que nem eu achava possível. Essa prova é um desafio, uma superação. Adoro trilha, poder olhar para a natureza. Ele conta que será sua primeira prova de longa distância, já que nem maratonas tradicionais ele fez ainda. O caminho natural seria fazer uma maratona antes, mas acabei pulando e meu objetivo é completar bem.
A disputa principal tem um tempo máximo de conclusão de 26 horas, a intermediária 16 e a menor 12 horas.
Ultra Maratona · 29 set, 2011
Se a disputa feminina foi acirrada na prova The North Face XTerra Endurance em Ilhabela, no último sábado (24/09), entre os homens a história não foi diferente durante os 50 quilômetros. Iazaldir Feitosa venceu as condições climáticas adversas e também seu futuro parceiro de prova numa corrida a ser disputada na Argentina ano que vem (Cruce de Los Andres).
Após abandonar a primeira etapa, em agosto em Mangaratiba, por conta de uma torção no tornozelo, dessa vez ele estava mais motivado e aproveitou para estudar os adversários que teria pela frente. Logo de cara se deparou com José Virginio de Morais, tricampeão de corridas de montanha e seu futuro parceiro na Argentina. Falávamos mais sobre nossa parceria no Cruce do que a prova que estávamos a poucos minutos de duelar pelo lugar mais alto do pódio, lembra.
O tiro de saída aconteceu às 16h na Praia do Perequê com uma grande expectativa por parte do público presente, que compareceu em peso para incentivar os ultramaratonistas. Nos primeiros quilômetros, ainda no asfalto, Evaldo Souza e Virginio e abriram distância de Iazaldir e os demais participantes.
O Evaldo estava muito forte, num ritmo de 3min45 por quilômetro, lembra Virginio que se dedicou a acompanhar o adversário, até ultrapassá-lo na subida do quilômetro nove. Ele então passou a correr forte e abrir uma distância cada vez maior, aproveitando-se enquanto a noite ainda não chegava.
Drama - Ele chegou até a Praia de Castelhanos no quilômetro 30 com a noite já caindo, mas relutou em ascender sua lanterna de cabeça por achar desnecessário. A partir do 32 entramos na mata e tive que ligar a headlamp. O problema é que a luz refletia em meio à névoa e eu não conseguia ver o caminho.
A partir deste momento, o que parecia uma prova tranqüila para Virginio, se tornou um drama, pois ele passou a caminhar na tentativa de se manter no traçado original e não se perder na mata. No quilômetro 37 o Iazaldir passou correndo forte e vi que ele tinha uma lanterna na cabeça e outra na mão, que iluminavam muito bem.
Deste momento em diante a prova foi toda a favor de Iazaldir, que cruzou a linha de chegada com 4h08min07, seguido por Virginio com 4h16min57 e Francisco Santos com 04h22min15. Chegando ao quilômetro 40 o batedor disse que o segundo colocado estava muito para traz, mas eu falava comigo mesmo que não ia diminuir e desci a ladeira desenfreado, relata o campeão. Foi uma alegria muito grande e um momento muito especial, finaliza.
Já o segundo colocado elogia o campeão, mas acredita que se tivesse dado mais importância à lanterna, o resultado poderia ter sido outro. A neblina não me deixava correr. Ano que vem eu voltarei muito mais equipado para faturar o título, comenta Virginio. De qualquer forma o evento foi perfeito. Outra coisa é legal é que muita gente vai acompanhada da família e amigos, numa grande confraternização.
Com o sucesso das duas etapas do The North Face XTerra Endurance, os representantes da marca esportiva no Brasil já pensam em trazer a corrida de 80 quilômetros para 2012.
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