Saude_Cardilogia_MorteSubita

Saiba os cuidados de saúde para correr uma maratona

Está chegando a Maratona de São Paulo, com a clássica distância de 42 quilômetros e 195 metros. Quantas maratonas você faz por ano? Sabe quais são os riscos?

A frequência cardíaca (FC) durante a corrida se mantém acima de 80-85% da frequência máxima (e inclusive durante o treinamento), por duas a seis horas. Isto leva a um esforço físico muito longo e vigoroso do organismo, o que pode levar alguns a riscos graves.

Alerta para as seguintes situações:

  • Quem tem alguma doença do coração ou uma virose não curada.
  • Queixas de dores no peito, palpitações, tonturas e falta de ar.
  • Facilidade de desidratação.
  • Usuários de esteróides anabolizantes e energéticos não autorizados, e pior, com alerta médico do FDA norte-americano: Jack3D, Lipo 6 Black, Red Line, por conterem as perigosas 1,3-dimethylamylamine e methylhexanamine, de alto risco para o aparelho cardiovascular. São substâncias compradas por dezenas de brasileiros via internet.
  • Risco de doença cardíaca no futuro- Muitas arritmias cardíacas benignas aparecem em atletas de alto rendimento amadores ou profissionais, mas podem ocorrer arritmias graves nos mais sensíveis. É um alerta para quem não faz uma eficiente preparação médica e fisiológica: danos cardíacos tem sido descobertos em muitos desses descuidados.

    O uso de anti-inflamatórios sem prescrição ou indicação médica, usados até para evitar dores, pode provocar efeitos colaterais no coração e vasos, além de danos ortopédicos. Por mascararem a dor –o aviso natural de problemas– eles podem encobrir danos mais graves.

    Prevenir é a solução- Só devem participar de maratonas aqueles que estejam em perfeitas condições de saúde. Os que não se prepararam adequadamente não devem participar desta que é uma longa corrida, tão desgastante.

    Limite em duas as suas maratonas por ano, no máximo. Faça avaliação multiprofissional minuciosa, seis meses antes da maratona, incluindo o teste ergométrico até exaustão, com cardiologista que atue com esporte.

    Tenha orientações nutricionais só com profissional da área. Fuja dos curiosos não habilitados. Se informe sobre isotônicos, carboidratos e suplementos alimentares.

    Enfim, participar com segurança é o objetivo dos que gostam da maratona, um desafio delicioso para a maioria dos atletas e esportistas. Boa prova a todos.


    Saiba os cuidados de saúde para correr uma maratona

    Maratona · 12 jun, 2012

    Está chegando a Maratona de São Paulo, com a clássica distância de 42 quilômetros e 195 metros. Quantas maratonas você faz por ano? Sabe quais são os riscos?

    A frequência cardíaca (FC) durante a corrida se mantém acima de 80-85% da frequência máxima (e inclusive durante o treinamento), por duas a seis horas. Isto leva a um esforço físico muito longo e vigoroso do organismo, o que pode levar alguns a riscos graves.

    Alerta para as seguintes situações:

  • Quem tem alguma doença do coração ou uma virose não curada.
  • Queixas de dores no peito, palpitações, tonturas e falta de ar.
  • Facilidade de desidratação.
  • Usuários de esteróides anabolizantes e energéticos não autorizados, e pior, com alerta médico do FDA norte-americano: Jack3D, Lipo 6 Black, Red Line, por conterem as perigosas 1,3-dimethylamylamine e methylhexanamine, de alto risco para o aparelho cardiovascular. São substâncias compradas por dezenas de brasileiros via internet.
  • Risco de doença cardíaca no futuro- Muitas arritmias cardíacas benignas aparecem em atletas de alto rendimento amadores ou profissionais, mas podem ocorrer arritmias graves nos mais sensíveis. É um alerta para quem não faz uma eficiente preparação médica e fisiológica: danos cardíacos tem sido descobertos em muitos desses descuidados.

    O uso de anti-inflamatórios sem prescrição ou indicação médica, usados até para evitar dores, pode provocar efeitos colaterais no coração e vasos, além de danos ortopédicos. Por mascararem a dor –o aviso natural de problemas– eles podem encobrir danos mais graves.

    Prevenir é a solução- Só devem participar de maratonas aqueles que estejam em perfeitas condições de saúde. Os que não se prepararam adequadamente não devem participar desta que é uma longa corrida, tão desgastante.

    Limite em duas as suas maratonas por ano, no máximo. Faça avaliação multiprofissional minuciosa, seis meses antes da maratona, incluindo o teste ergométrico até exaustão, com cardiologista que atue com esporte.

    Tenha orientações nutricionais só com profissional da área. Fuja dos curiosos não habilitados. Se informe sobre isotônicos, carboidratos e suplementos alimentares.

    Enfim, participar com segurança é o objetivo dos que gostam da maratona, um desafio delicioso para a maioria dos atletas e esportistas. Boa prova a todos.

    Como evitar a morte súbita no esporte?

    Com a morte de um atleta no hospital após sentir-se mal durante a Maratona do Rio, o tema das mortes súbitas volta ser discutido. Relembre um artigo do Dr. Nabil Ghorayeb escrito em 2008, referente à morte de um brasileiro na Maratona de Nova York.

    Mais um atleta morreu depois de completar uma maratona. Dessa vez foi um brasileiro de 58 anos que correu a Maratona de Nova York no último domingo (2). Para saber a causa da morte do atleta será importante averiguar como esse brasileiro foi avaliado antes da maratona. Segundo o laudo médico, ele morreu por causa de uma parada cardíaca, mas de acordo com a empresa que ele trabalhava, todos os seus exames clínicos pré-prova estavam OK.

    Vale lembrar que a possibilidade de uma não detecção de doenças cardíacas de risco em exames feitos com um cardiologista experiente em esporte é de 2%. Já o não especialista acaba tendo mais dificuldades. Esse fato pode ocorrer quando:

  • O médico não cardiologista não possui conhecimento em detectar alterações, mesmo discretas, nos exames de pré-participação;

  • O atleta não presta atenção no próprio corpo. Um significativo percentual de atletas, que tiveram morte súbita, apresentaram sintomas premonitórios não valorizados até 10 dias antes da prova (estudo da American Heart Association de 2000) . O brasileiro que faleceu, sentiu-se mal durante a maratona, avisou um colega, mas continuou a correr e aí teve a parada cardíaca. Sempre avisamos que qualquer mal estar no esforço, deve ser valorizado e comunicado ao médico;

  • O atleta com mais de 40 anos deve saber que Correr Maratona não é como passear no Shopping. Ele precisa de preparação física e técnica orientada, avaliação médica especializada em cardiologia do esporte, ao menos seis a nove meses antes;

  • Na verdade é impossível falar que existe o risco zero ao praticar algum esporte. Sendo assim qualquer evento médico deveria ser esmiuçado aos mínimos detalhes, para que possamos prevenir o atleta ao máximo, com as limitações razoáveis do ser humano.

    Por causa desses itens relatados aqui, não devemos tapar o sol com a peneira, vamos ter mais problemas sem dúvida. Os exageros e falsas garantias de sucesso são parte do dia a dia do modismo das corridas (muitas sem responsabilidade pelo Brasil afora). Boas empresas de consultoria física nós temos, os clientes chegam aos montes, então o que fazer?

  • Não podemos facilitar os pré-requisitos de avaliações pré-participação que devem ser sempre completas;

  • Não desvalorizar pequenas alterações que encontramos, e nesse caso não deixar de solicitar segunda opinião ou junta médica, com humildade e responsabilidade visando o bem estar do nosso cliente.

    Afinal ninguém sabe de tudo e nem é anjo!


  • Como evitar a morte súbita no esporte?

    Maratona · 04 nov, 2008

    Com a morte de um atleta no hospital após sentir-se mal durante a Maratona do Rio, o tema das mortes súbitas volta ser discutido. Relembre um artigo do Dr. Nabil Ghorayeb escrito em 2008, referente à morte de um brasileiro na Maratona de Nova York.

    Mais um atleta morreu depois de completar uma maratona. Dessa vez foi um brasileiro de 58 anos que correu a Maratona de Nova York no último domingo (2). Para saber a causa da morte do atleta será importante averiguar como esse brasileiro foi avaliado antes da maratona. Segundo o laudo médico, ele morreu por causa de uma parada cardíaca, mas de acordo com a empresa que ele trabalhava, todos os seus exames clínicos pré-prova estavam OK.

    Vale lembrar que a possibilidade de uma não detecção de doenças cardíacas de risco em exames feitos com um cardiologista experiente em esporte é de 2%. Já o não especialista acaba tendo mais dificuldades. Esse fato pode ocorrer quando:

  • O médico não cardiologista não possui conhecimento em detectar alterações, mesmo discretas, nos exames de pré-participação;

  • O atleta não presta atenção no próprio corpo. Um significativo percentual de atletas, que tiveram morte súbita, apresentaram sintomas premonitórios não valorizados até 10 dias antes da prova (estudo da American Heart Association de 2000) . O brasileiro que faleceu, sentiu-se mal durante a maratona, avisou um colega, mas continuou a correr e aí teve a parada cardíaca. Sempre avisamos que qualquer mal estar no esforço, deve ser valorizado e comunicado ao médico;

  • O atleta com mais de 40 anos deve saber que Correr Maratona não é como passear no Shopping. Ele precisa de preparação física e técnica orientada, avaliação médica especializada em cardiologia do esporte, ao menos seis a nove meses antes;

  • Na verdade é impossível falar que existe o risco zero ao praticar algum esporte. Sendo assim qualquer evento médico deveria ser esmiuçado aos mínimos detalhes, para que possamos prevenir o atleta ao máximo, com as limitações razoáveis do ser humano.

    Por causa desses itens relatados aqui, não devemos tapar o sol com a peneira, vamos ter mais problemas sem dúvida. Os exageros e falsas garantias de sucesso são parte do dia a dia do modismo das corridas (muitas sem responsabilidade pelo Brasil afora). Boas empresas de consultoria física nós temos, os clientes chegam aos montes, então o que fazer?

  • Não podemos facilitar os pré-requisitos de avaliações pré-participação que devem ser sempre completas;

  • Não desvalorizar pequenas alterações que encontramos, e nesse caso não deixar de solicitar segunda opinião ou junta médica, com humildade e responsabilidade visando o bem estar do nosso cliente.

    Afinal ninguém sabe de tudo e nem é anjo!