Corridas de Rua · 14 nov, 2007
A Corrida Internacional de São Silveira, competição que este ano chega à sua 32ª edição em Barueri (Grande São Paulo) vai na contramão dos grandes eventos de corrida de rua do Brasil e ainda oferece premiação menor para as mulheres. Confira a explicação dos organizadores, bem como a opinião de profissionais do meio.
São Paulo - O campeão da categoria masculina da São Silveira desse ano levará para casa o montante de R$ 5.000; o segundo R$ 3.000 e o terceiro R$ 2.000, enquanto as mulheres serão contempladas com R$ 1.500 para o primeiro lugar; R$ 800 para o segundo e R$ 700 para o terceiro. Além disso, os homens contarão com categorias Geral; Principal; Veterano e Infantil e as mulheres terão apenas a categoria geral e a feminina Barueri, que premiará a primeira atleta da cidade a completar.
De acordo com Roberto Silva, um dos responsáveis pela organização da corrida, todos os anos a prova conta com uma elite masculina mais competitiva do que a feminina, motivo pelo qual oferecem uma premiação diferenciada. A Elite feminina pouco prestigia a prova e, por mais que tenhamos várias formas de divulgação para trazer mais mulheres, não tem surtido efeito.
Já sobre o fato de as mulheres não terem premiação nas categorias, ele explica que da mesma forma que não vem muita elite feminina, também vem poucas atletas veteranas e adolescentes. Ele completa dizendo que em alguns anos abriram para categorias e mesmo assim o número de mulheres continuou baixo.
Contrapartida - Na elite feminina do ano passado estavam Pamela Bundotich, que ficou em quarto lugar na São Silvestre; Marily dos Santos, atual bicampeã do Circuito Caixa de Corridas de Rua; Fabiana Cristine; Nadir Sabino (ambas entre as 15 melhores do ranking CBAt nos 10 km), entre outras atletas de ponta. Para Gilmário Mendes, treinador de Marily, a diferença de premiação é um absurdo.
Segundo ele, no Nordeste algumas provas costumavam ter essa prática, pois os organizadores diziam que o número de inscritos entre as mulheres não era muito grande. Nós dissemos a eles que todos os custos, com passagem, hotel e inscrição eram os mesmos, não havia desconto para as mulheres e no ano seguinte eles igualaram os prêmios, fato que não aconteceu com a São Silveira.
Sobre a explicação do organizador, ao dizer que a prova não atraía competidoras fortes, Gilmário acredita que é uma forma estranha de se justificar. Ano passado a elite feminina estava mais forte do que a masculina, mas sempre haverá menos mulheres, porque a quantidade de praticantes do sexo feminino em corridas é menor mesmo.
Em março, época do Dia Internacional da Mulher, o Webrun entrevistou alguns organizadores de prova sobre o assunto e todos foram contrários à pratica de premiar as mulheres com valores separados. Apesar do número de mulheres em provas ser menor do que o de homens, sempre premiamos igual. Eu acho justo, não dá para fazer essa diferenciação, ressalta Oswaldo Felipe Júnior, da TH5 Eventos. Nós seguimos a norma de igualdade para todos, que é aplicada em nível mundial, que a IAAF utiliza. Ou premiamos igual ou não damos nada, enfatiza José João da Silva, da JJS Eventos.
A Corrida de São Silveira acontecerá no dia 15 de dezembro nas ruas de Barueri e servirá como seletiva para a São Silvestre. Quem quiser participar do evento, pode se inscrever através do site www.wmeventosesportivos.com.br.
Corridas de Rua · 07 nov, 2007
Já estão abertas as inscrições para a terceira edição da 8 KM AT Revista Guarujá, competição exclusiva para mulheres, que acontecerá no dia nove de dezembro na Praia da Enseada. O evento reunirá grandes nomes do atletismo nacional, como a recém vencedora da Maratona de Buenos Aires, Sirlene Pinho, além de milhares de amadoras que farão uma grande festa.
O percurso será de oito quilômetros para a corrida ou seis para a caminhada, com largada e chegada na Praça Horácio Lafer e com participação permitida para atletas maiores de 16 anos de idade. Na primeira edição, a vitória ficou com a pernambucana Fabiana Cristine e ano passado com a colombiana Bertha Sanches e em ambas as provas o vice ficou com Sirlene.
A premiação total será de R$ 20,1 mil, dividida entre as 10 melhores colocadas, sendo que a campeã levará R$ 4,5 mil, a vice R$ 3,5 mil e a terceira colocada, R$ 2,6 mil. Todas as que concluírem o percurso receberão medalhas alusivas ao evento e as cinco melhores por faixa etária receberão troféus.
As inscrições custam R$ 35, com direito a uma camiseta alusiva ao evento. As atletas podem garantir vaga de segunda a sexta-feira, em três pontos: em Santos, à Rua Itororó, 27, no Centro, das 12 às 18h; em Guarujá, à Av. Leomil, 675, das 14 às 18h; e na capital, à Rua da Consolação, 331, 10º andar, das 9 às 12h e das 14 às 17h. Há, também, a opção on line, no site www.triesportes.com.br.
A paranaense Elisete Pereira encara no próximo dia 23 mais uma ultramaratona em sua carreira. Ela vai correr os 50 km do Desafrio Urubici, prova disputada na cidade de Urubici (SC) a 980 metros de altitude e com baixas temperaturas. Com a experiência de três edições na bagagem, ela conta um pouco sobre a primeira participação, além da expectativa para esse ano, que poderá ter neve no percurso.
Em 2004 a curitibana tomou conhecimento desta ultramaratona através de uma amiga e resolveu se inscrever, pois adora encarar desafios e competições diferentes. Além de correr atrás da inscrição, ela precisou providenciar diversos itens obrigatórios pelo regulamento, como manta térmica, apito, mochila, entre outras coisas. Eu nem sabia o que era esta tal manta e na véspera da corrida sai no comércio de Curitiba à procura, conta. É cômico, mas eu imaginava uma manta/cobertor de solteiro, simples, do tipo pega-pulga e que coubesse numa mochila.
Resolvido o problema do equipamento ela pegou a estrada rumo à cidade de Urubici e já começou a sentir o frio antes mesmo de chegar ao destino final. A cidade é praticamente representada por uma longa rua principal. O comércio é típico do interior e há uma central de informações turísticas e um Banco do Brasil lembra. A largada aconteceu às 7h30 e todos estavam animados, pois na semana anterior havia nevado na região e seria uma ótima oportunidade de se deparar com esse tipo de clima em terras tupiniquins. Mesmo frustrados por não a encontrarem, todos deram o máximo de si e Elisete se colocou no pelotão de trás junto com duas colegas para que uma ajudasse a outra.
Turista - Empolgada com a beleza do percurso ela levou uma máquina fotográfica para registrar os melhores momentos e não via a hora de chegar ao Morro da Igreja (altitude de 1.814m). Eu dizia que quando chegasse lá em cima iria à igreja fazer um agradecimento a Deus, ressalta. Porém, ao atingir o tão esperado morro, ela se frustrou por não ver nenhuma igreja. Vi somente uma instalação e alguns servidores encapotados do Cindacta, pois a área é utilizada para fazer o controle do tráfego aéreo. Segundo ela, depois explicaram que o morro tem este nome, porque lá de cima é possível avistar uma pedra com furos, com formato de portas de uma igreja.
Após passar pelos 24 quilômetros de subida até o morro, a prova continua por mais 26 quilômetros de descida até o pórtico de chegada, trecho em que Elisete quase saiu rolando, segundo ela mesma conta. Em alguns lugares temos a impressão que se sentarmos vamos rolando morro abaixo, ou sendo atropelados. Teve uma corredora que contou que deu um tapinha no traseiro de uma vaca para poder passar.
Na parte final ela se deparou com lama, fezes de animais pelo chão, porteiras de fazendas para abrir e fechar, além de trechos que pareciam infinitos. Na chegada da rua principal a gente corre e corre e não chega nunca, mas a uns 500 metros do fim, já podemos avistar o pórtico de chegada.
Para esse ano ela se diz bem preparada para correr o Desafrio Urubici, vai mais uma vez sem pressão por resultados e correrá com mais foco na prova, motivo pelo qual não levará máquina fotográfica. Aqui em Curitiba o clima é bastante frio, creio que já estou a meio caminho andado na aclimatação, comenta. Esse ano ela já participou de uma competição nos Andes, além de uma prova de 24 horas na qual correu 128 quilômetros.
A competição é organizada pela Ecofloripa, mesma empresa responsável pela Volta à Ilha em Florianópolis e todo o trajeto será sinalizado com setas pintadas e com staffs indicando o caminho correto. A cada cinco quilômetros haverá placas indicando a distância percorrida.
Confira como será o abastecimento fornecido pela direção de prova.
As inscrições se encerram nessa quarta-feira (13) e podem ser feitas no site oficial da prova, o www.ecofloripa.com/urubici sob o valor de R$ 120 para a categoria individual e R$ 190 para a categoria duplas. Haverá desconto de R$ 8 para pagamentos efetuados pessoalmente em dinheiro na Eco Floripa (Rua Carlos Alberto Campos, 205, Florianópolis SC).
Mulheres · 12 jun, 2007
A paranaense Elisete Pereira encara no próximo dia 23 mais uma ultramaratona em sua carreira. Ela vai correr os 50 km do Desafrio Urubici, prova disputada na cidade de Urubici (SC) a 980 metros de altitude e com baixas temperaturas. Com a experiência de três edições na bagagem, ela conta um pouco sobre a primeira participação, além da expectativa para esse ano, que poderá ter neve no percurso.
Em 2004 a curitibana tomou conhecimento desta ultramaratona através de uma amiga e resolveu se inscrever, pois adora encarar desafios e competições diferentes. Além de correr atrás da inscrição, ela precisou providenciar diversos itens obrigatórios pelo regulamento, como manta térmica, apito, mochila, entre outras coisas. Eu nem sabia o que era esta tal manta e na véspera da corrida sai no comércio de Curitiba à procura, conta. É cômico, mas eu imaginava uma manta/cobertor de solteiro, simples, do tipo pega-pulga e que coubesse numa mochila.
Resolvido o problema do equipamento ela pegou a estrada rumo à cidade de Urubici e já começou a sentir o frio antes mesmo de chegar ao destino final. A cidade é praticamente representada por uma longa rua principal. O comércio é típico do interior e há uma central de informações turísticas e um Banco do Brasil lembra. A largada aconteceu às 7h30 e todos estavam animados, pois na semana anterior havia nevado na região e seria uma ótima oportunidade de se deparar com esse tipo de clima em terras tupiniquins. Mesmo frustrados por não a encontrarem, todos deram o máximo de si e Elisete se colocou no pelotão de trás junto com duas colegas para que uma ajudasse a outra.
Turista - Empolgada com a beleza do percurso ela levou uma máquina fotográfica para registrar os melhores momentos e não via a hora de chegar ao Morro da Igreja (altitude de 1.814m). Eu dizia que quando chegasse lá em cima iria à igreja fazer um agradecimento a Deus, ressalta. Porém, ao atingir o tão esperado morro, ela se frustrou por não ver nenhuma igreja. Vi somente uma instalação e alguns servidores encapotados do Cindacta, pois a área é utilizada para fazer o controle do tráfego aéreo. Segundo ela, depois explicaram que o morro tem este nome, porque lá de cima é possível avistar uma pedra com furos, com formato de portas de uma igreja.
Após passar pelos 24 quilômetros de subida até o morro, a prova continua por mais 26 quilômetros de descida até o pórtico de chegada, trecho em que Elisete quase saiu rolando, segundo ela mesma conta. Em alguns lugares temos a impressão que se sentarmos vamos rolando morro abaixo, ou sendo atropelados. Teve uma corredora que contou que deu um tapinha no traseiro de uma vaca para poder passar.
Na parte final ela se deparou com lama, fezes de animais pelo chão, porteiras de fazendas para abrir e fechar, além de trechos que pareciam infinitos. Na chegada da rua principal a gente corre e corre e não chega nunca, mas a uns 500 metros do fim, já podemos avistar o pórtico de chegada.
Para esse ano ela se diz bem preparada para correr o Desafrio Urubici, vai mais uma vez sem pressão por resultados e correrá com mais foco na prova, motivo pelo qual não levará máquina fotográfica. Aqui em Curitiba o clima é bastante frio, creio que já estou a meio caminho andado na aclimatação, comenta. Esse ano ela já participou de uma competição nos Andes, além de uma prova de 24 horas na qual correu 128 quilômetros.
A competição é organizada pela Ecofloripa, mesma empresa responsável pela Volta à Ilha em Florianópolis e todo o trajeto será sinalizado com setas pintadas e com staffs indicando o caminho correto. A cada cinco quilômetros haverá placas indicando a distância percorrida.
Confira como será o abastecimento fornecido pela direção de prova.
As inscrições se encerram nessa quarta-feira (13) e podem ser feitas no site oficial da prova, o www.ecofloripa.com/urubici sob o valor de R$ 120 para a categoria individual e R$ 190 para a categoria duplas. Haverá desconto de R$ 8 para pagamentos efetuados pessoalmente em dinheiro na Eco Floripa (Rua Carlos Alberto Campos, 205, Florianópolis SC).
Maratona · 15 maio, 2007
A maratonista americana Deena Kastor divulgou em seu site nesta semana que está com câncer de pele. Aos 34 anos, a dona do recorde americano em maratona, 2h19min36, conquistado em Londres no ano passado, afirma que foram identificados em seu corpo 25 pontos com carcinoma da célula basal e melanoma, este último um dos mais graves tipos de câncer.
De acordo com atleta, além dos pontos externos a doença se espalhou internamente. Agora eu vou tentar me distrair treinando para a próxima temporada. Enquanto isso, eu vou esperar o resultado da biopsia confirmando que todo câncer foi removido, escreve em seu site. Esta não é a primeira vez que Deena enfrenta os dermatologistas e oncologistas. Há seis anos ela passou por um problema semelhante com sua pele.
Deena afirmou que divulgou esse seu problema para os corredores prestarem atenção e tomarem cuidado com o sol durante os treinamentos. Segundo a atleta, ela sempre saiu de casa com protetor solar, além de correr de boné. Se você é corredor ou amante de esporte outdoor vá ao dermatologista pelo menos uma vez por ano, aconselha. Você cuida do seu coração correndo, mas a pele é o seu maior órgão. Tome cuidado, lembra.
A próxima competição de Deena Kastor será o USATF Nationals em Indianápolis, EUA, entre os dias 20 e 24 de junho.
Maratona · 11 mar, 2007
O que ninguém pode negar é que Ana Luiza dos Anjos Garcez, ou simplesmente Animal, seja um exemplo de superação.
Depois de sair da marginalidade das ruas e das drogas através da corrida, é preciso coragem e determinação para seguir em frente, como frisou seu técnico e mentor Wanderlei de Oliveira, para se estabelecer perante a sociedade.
Depois de ser entrevistada por Serginho Groissman, Goulart de Andrade entre outros, hoje será atração do progroma do apresentador Gugu Liberato, o Gugu.
Animal, será tema de reportagem especial do programa Domingo Legal, no SBT.
Atletismo · 10 mar, 2007
Foi ratificado nessa semana pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), o recorde mundial dos 3000 metros indoor feminino. A marca de 8min23seg72 foi obtida no último dia 03 de fevereiro na cidade alemã de Stuttgart, pela etíope Meseret Defar.
O recorde anterior (8min27seg86) pertencia à russa Liliya Shobukova, sendo conquistado no mês de fevereiro de 2006.
Mulheres · 08 mar, 2007
Em pleno século XXI, com o grande número de mulheres que se inseriram no mercado de trabalho, que até então era exclusivo para homens, ainda existem certas diferenças. Algumas competições insistem em oferecer valores menores para o tal sexo frágil; confira o depoimento de atletas e organizadores de prova sobre esse assunto.
São Paulo - Ainda hoje existe essa discriminação entre homens e mulheres, não é em todo lugar, mas em alguns lugares da Bahia, por exemplo, ainda há, comenta a atleta Marily dos Santos. Porém, em São Paulo esse problema também acontece como na São Silveira de Barueri, uma das seletivas para a tradicional São Silvestre.
Corri uma vez essa prova, que teve premiação de R$ 5.000 para os homens e R$ 1.500 para as mulheres, lamenta Marily. Nós tivemos o mesmo esforço que os homens e merecíamos a mesma coisa, completa a atleta, que diz não participar mais de eventos que tem essa prática.
Oswaldo Felippe Júnior, da TH5 eventos, se diz totalmente contra essa discriminação. Apesar do número de mulheres em provas ser menor do que o de homens, sempre premiamos igual. Eu acho justo, não dá para fazer essa diferenciação, diz o responsável pelo Circuito das Praias, Maratona de Revezamento do Guarujá, circuito Biathlon Series, entre outros.
Mesma visão - Já José João da Silva, bicampeão da São Silvestre e responsável pela JJS Eventos, partilha da mesma opinião. Nós seguimos a norma de igualdade para todos, que é aplicada em nível mundial, que a IAAF utiliza. Ou premiamos igual ou não damos nada, ressalta. Infelizmente ainda existem algumas corridas que fazem essa diferenciação, não as de expressão mundial, mas as menores.
Apesar de a participação feminina não ser tão grande quanto a masculina, cada mulher representa mais de três homens, pois ela, num certo momento da vida, leva uma criança. Elas deveriam até receber mais, brinca Zé João.
Entre as triathletas, Carla Moreno afirma que não chegou a pegar a época em que havia premiação diferenciada. Hoje as competições pagam a mesma coisa, pelo menos para o primeiro lugar, mas o que acontece às vezes, como no Long Distance, é ter premiação para três mulheres e cinco homens. Isso acontece, segundo ela, pois o número de mulheres é muito menor, às vezes são 50 concorrentes do sexo masculino contra 10 do sexo feminino.
O número de mulheres ainda é pequeno, mas vem crescendo e acredito que isso reflete nas academias, por exemplo. Antigamente academia era coisa para homens e hoje em dia tem muito mais mulheres treinando.
Uma das atletas que durante muito tempo brigou com os organizadores para que houvesse premiações iguais para ambos os sexos foi Fernanda Keller. Ela compete em provas de Ironman há 20 anos e conta que quando chegava num evento onde a premiação era diferente, ela arrumava as malas e ia embora.
Eu me espelhei em atletas de fora do Brasil, que faziam a mesma coisa e sempre levantavam o esporte. Não tem porque ser diferente, não há menos brilhantismo no esporte para mulher, pelo contrário, ela dá um charme ao esporte, comenta a triathleta.
Fernanda conta que uma vez foi participar de uma prova no Espírito Santo e, ao chegar, os organizadores já avisaram que a premiação seria menor, pois havia menos mulheres do que homens inscritos. Eu disse para eles ficarem com os homens, que eu ia embora. Naquele momento nenhuma mulher ficou do meu lado, pois como eu era favorita, queriam que eu desistisse. Depois, quando eu mudei a premiação, todas me agradeceram.
Apesar de brigar por valores iguais na hora de receber um prêmio, Fernanda diz não gostar quando a mulher tenta competir de igual para igual com os homens, tanto na forma de pensar, como na hora de competir. A mulher nunca vai ser igual, ela não tem que competir. Ela perde a razão, porque tem um jeito de pensar feminino que nunca vai ser igual ao do homem, além de ter uma fisiologia diferente.
Diferença ainda continua - Já faz alguns anos que as premiações foram igualadas nas competições oficiais, mas algumas pessoas ainda insistem em organizar eventos com premiações diferenciadas. Nesse caso, Keller diz que as atletas precisam se mobilizar e promover um boicote para tentar mudar essa questão.
Não tem porque ser diferente, a gente pedala, nada e corre o mesmo percurso e ainda por cima tem premiação menor, não é justo. Ainda por cima nós é que carregamos os homens na barriga, temos que trabalhar, ser atleta, sou fã das meninas. Não que sejamos melhores, mas sou fã da força da mulher, deixa o aviso.
Mulheres · 27 fev, 2007
Paula Radcliffe, recordista mundial de maratona, planeja retornar às competições em junho, com o intuito de se preparar para o Campeonato Mundial de Osaka (Japão), em agosto. Após dar a luz à filha Isla, em Janeiro, ela já começou a fazer alguns exercícios.
Se as coisas caminharem bem, espero correr em junho e uma corrida de rua seria a melhor forma de se começar, declarou a britânica à imprensa local. Eu vou competir assim que estiver pronta, mas não quero apressar nada.
Radcliffe está treinando desde a segunda semana após o nascimento de sua filha, está a dois quilos de seu peso normal e, de acordo com exames recentes, está próxima de sua forma física.
Eu senti como se não estivesse tão longe de recomeçar a correr, mas apesar de estar cautelosa, estarei definitivamente pronta para a disputa em Osaka, afirmou a atleta de 33 anos.
Corridas de Rua · 14 fev, 2007
A atleta britânica Paula Radcliffe retomou os treinamentos de corrida menos de duas semanas após o nascimento de sua filha Isla. Aos 32 anos de idade, ela se mostrou em ótima forma e pretende competir no Campeonato Mundial em agosto.
Em entrevista à imprensa inglesa, ela disse: Nos primeiros cinco dias eu empurrei bastante o carrinho e fiz meu primeiro trote com 12 dias. Agora tenho corrido dias alternados. Ao final do mês ela tem planos de se mudar para Colorado com a família, para se preparar em sua casa de campo para a temporada outdoor.
Pretendo esperar pelo menos um mês até voltar à minha rotina habitual, comenta. Após uma maratona descansa-se esse período, agora estou fazendo o inverso, completa. Porém, ela terá que se acostumar a treinar e dormir menos, já que tem que cuidar do bebê.
Ela ainda não decidiu se vai correr a maratona ou a prova dos 10 mil metros no Campeonato Mundial do Japão.
Triathlon · 04 fev, 2007
Na manhã desse domingo aconteceu no Balneário Camboriú, Santa Catarina, a sétima edição do Fast Triathlon Feminino. Ao todo cinco equipes (Brasil, Espanha, Portugal, Colômbia e Argentina), com três integrantes cada, participaram das três baterias da prova com duração média de 17 minutos.
O Fast Triathlon, como o próprio nome diz, é uma competição mais rápida. O percurso teve 250m de natação, quatro quilômetros de bike e 1.400m de corrida. Mas este foi feito três vezes com um pequeno intervalo entre cada bateria.
O Brasil confirmou o favoritismo e venceu a competição. Este foi o quinto título canarinho do Fast Triathlon, que esse ano não contou com a participação de Carla Moreno. A triathleta, integrante oficial do time brasileiro junto com Sandra Soldan e Mariana Ohata, foi operada com urgência por causa de apendicite e, portanto, substituída por Boccanera, reserva oficial da equipe.
Primeira bateria - A primeira atleta que saiu da água foi a brasileira Mariana Ohata, seguida por suas companheiras Ana Boccanera e Sandra Soldan. Porém, durante a etapa de bike, Ana Boccanera escorregou numa curva e ficou para trás, enquanto Sandra e Mariana continuaram na liderança.
Após quatro quilômetros de bike e 1.400m de corrida, Mariana Ohata foi a primeira colocada da etapa com 17min09s. Logo após foi a vez de Sandra Soldan garantir o segundo lugar, seguida pela espanhola Maria Pujol.
Como não há classificação individual, nessa bateria o Brasil ficou com 39 pontos, Espanha com 37 e Argentina 28.
Segunda bateria Depois de descansarem por alguns minutos na piscina com gelo, para amenizar o calor, as triathletas partiram para a segunda bateria. Novamente as brasileiras saíram da natação em primeiro e seguraram a liderança na bike.
Como na etapa inicial, Mariana Ohata foi a primeira no tempo de 17min01s. A segunda posição foi para Sandra Soldan e a espanhola Maria Pujol ficou em terceiro.
A torcida ajuda a gente bastante. Não dá para conservar o ritmo. Eu e Sandra estamos em sintonia para fazer bonito e queremos repetir isso no Pan, avisa Mariana. Na pontuação final o Brasil ficou com 83 pontos, Espanha 70 e Argentina 57.
Às 11h25 foi dada a largada da terceira e última bateria. Sem uma integrante espanhola, que caiu na etapa de bicicleta da segunda bateria, o time europeu ficou desfalcado e o Brasil teve mais chances para vencer com folga.
As três brasileiras saíram da água em primeiro como nas duas outras baterias. Com vantagem das demais competidoras, a prova de bike foi mais conservadora e o sprint final ficou na corrida.
Sem dificuldades, Mariana Ohata foi a primeira colocada da última bateria seguida por Sandra Soldan. Essas posições foram suficientes para garantir pontos para o pentacampeonato brasileiro do Fast Triathlon Feminino.
O importante foi o trabalho em equipe. Estávamos sem a Carla (Moreno), nossa companheira de Pan, mas a Ana representou bem o Brasil e conseguimos um bom resultado, conta Mariana Ohata. Agora as brasileiras continuam os treinos para os Jogos Pan-americanos do Rio que acontecem no mês de julho na capital carioca.
Bem Estar · 16 abr, 2025
Atletismo · 14 abr, 2025
Saúde · 11 abr, 2025