Cobertura_SãoSilvestre_2011

São Silvestre bate metade do número limite de inscrições

Corridas de Rua · 26 out, 2011

A 87ª Corrida Internacional de São Silvestre atingiu mais da metade do número limite de inscritos para a tradicional prova paulistana, disputada no dia 31 de dezembro. De acordo com a organização, foram disponibilizadas 25 mil inscrições e mais de 50% desse número já está confirmado.

A inscrição dá direito ao kit que contém número de peito, chip de cronometragem descartável, camiseta, squeeze e outros brindes. Os kits serão entregues durante três dias, que serão divulgados posteriormente.

A São Silvestre tem sofrido críticas de corredores por ter alterado o clássico local da chegada, na Avenida Paulista, para o Obelisco do Parque do Ibirapuera.No entanto, as medalhas serão entregues novamente após a prova, depois da polêmica ação de entregá-las antes da corrida, na São Silvestre de 2010.

A distância do percurso, de 15 quilômetros, foi mantida e contará com nove pontos de hidratação. O valor das inscrições subirá a partir de 1º de novembro.

Inscrições - As inscrições podem ser feitas no site www.saosilvestre.com.br e seguem abertas até que seja atingido o limite de 25 mil inscritos ou até 30 de novembro.

São Silvestre chega a mais de seis mil inscritos, segundo organização

A Yescom, empresa responsável pela organização da São Silvestre, divulgou nesta terça-feira (11/10) que a prova já atingiu um quarto do número de inscritos estipulado como limite para a edição 2011. Segundo o informativo, foram colocadas 25 mil vagas à disposição, o que resulta em 6.500 inscritos desde a abertura do processo, no dia 21 de setembro.

O investimento inicial para a prova era de R$ 90, mas a partir desta terça-feira subirá para R$ 95, valor que será mantido até o dia primeiro de novembro. O terceiro lote terá vendido por R$ 100 entre dois e 30 de novembro, mas vale lembrar que nos anos anteriores o limite de vagas foi atingido antes do término do prazo oficial.

Essa será a 87ª edição da tradicional corrida, que permanecerá com 15 quilômetros de extensão, mas sofrerá mudanças no trajeto, a principal delas na chegada, que será no Obelisco do Parque do Ibirapuera e não mais na Avenida Paulista, local da largada. A inscrição dá direito à participação no evento e ao kit contendo número de peito, chip de cronometragem descartável, manual eletrônico e brindes dos patrocinadores.

Durante o trajeto haverá nove postos de água, isotônico, estrutura de apoio médico, orientação com staffs, além de guarda-volumes móvel. Diferente do ano passado, desta vez a medalha de participação volta a ser entregue após o término da corrida.

Para garantir uma vaga na São Silvestre 2011 basta acessar o site www.saosilvestre.com.br.

Largadas - As largadas seguirão a seguinte programação:

  • 15h - Cadeirantes
  • 15h10 - Atletas com deficiência
  • 17h10 - Elite Feminina A e B
  • 17h30min - Elite Masculina e demais corredores

  • São Silvestre chega a mais de seis mil inscritos, segundo organização

    Corridas de Rua · 11 out, 2011

    A Yescom, empresa responsável pela organização da São Silvestre, divulgou nesta terça-feira (11/10) que a prova já atingiu um quarto do número de inscritos estipulado como limite para a edição 2011. Segundo o informativo, foram colocadas 25 mil vagas à disposição, o que resulta em 6.500 inscritos desde a abertura do processo, no dia 21 de setembro.

    O investimento inicial para a prova era de R$ 90, mas a partir desta terça-feira subirá para R$ 95, valor que será mantido até o dia primeiro de novembro. O terceiro lote terá vendido por R$ 100 entre dois e 30 de novembro, mas vale lembrar que nos anos anteriores o limite de vagas foi atingido antes do término do prazo oficial.

    Essa será a 87ª edição da tradicional corrida, que permanecerá com 15 quilômetros de extensão, mas sofrerá mudanças no trajeto, a principal delas na chegada, que será no Obelisco do Parque do Ibirapuera e não mais na Avenida Paulista, local da largada. A inscrição dá direito à participação no evento e ao kit contendo número de peito, chip de cronometragem descartável, manual eletrônico e brindes dos patrocinadores.

    Durante o trajeto haverá nove postos de água, isotônico, estrutura de apoio médico, orientação com staffs, além de guarda-volumes móvel. Diferente do ano passado, desta vez a medalha de participação volta a ser entregue após o término da corrida.

    Para garantir uma vaga na São Silvestre 2011 basta acessar o site www.saosilvestre.com.br.

    Largadas - As largadas seguirão a seguinte programação:

  • 15h - Cadeirantes
  • 15h10 - Atletas com deficiência
  • 17h10 - Elite Feminina A e B
  • 17h30min - Elite Masculina e demais corredores
  • São Silvestre na Paulista: é possível

    Realizada há 87 anos na cidade de São Paulo, a Corrida de São Silvestre, pode passar por uma significativa mudança em seu percurso neste ano, tendo sua chegada transferida da Avenida Paulista para a região do Parque do Ibirapuera, obrigando os atletas a seguir pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em trecho de descida. A alegação das entidades envolvidas na organização da prova é a suposta falta de estrutura da avenida para a dispersão dos atletas, ao final da corrida. A dificuldade estaria na realização, poucas horas depois, do evento de Réveillon, que tem ocorrido na mesma Avenida Paulista em anos recentes, alguns quarteirões adiante do ponto de chegada.

    A decisão de mudar o percurso, alterando uma das maiores tradições do evento, foi anunciada no início de setembro, como uma espécie de continuação de outra polêmica, ocorrida na edição de 2010 da São Silvestre. Na ocasião, a organização da prova entregou as medalhas de participação no kit do atleta, que habitualmente continha apenas o número de peito, o chip e a camiseta da prova. A razão para esta distribuição inusitada de medalhas antes da competição estava justamente na dispersão, pretendendo maior agilidade no escoamento de atletas, para não conflitar com o público do Réveillon.

    Embora nem a empresa que organiza a prova, nem a Fundação Cásper Líbero (criadora do evento), nem a emissora que detém os direitos de transmissão para TV, nem a Prefeitura de São Paulo tenham se manifestado publicamente sobre a polêmica gerada com a mudança do trajeto, especialistas de vários segmentos contestam a alegação de que é impossível fazer a dispersão de 25 mil atletas sem comprometer o evento que acontece horas depois.

    É fácil reverter o nó da dispersão - Armando Santos, diretor executivo da Corpore (Corredores Paulistas Reunidos, entidade que organiza em torno de 25 corridas de rua por ano) questiona a alegação da organização. "É uma equação extremamente simples: área de dispersão e gente. Se, na chegada, não há largura suficiente para essa dispersão, não há problema. Basta fazer um corredor vertical com grades até um lugar mais largo. A Avenida Paulista permite isso, mas também é possível encaminhar a dispersão para as Alamedas Campinas e São Carlos do Pinhal, que já ficam interditadas, por conta do bloqueio da Avenida Brigadeiro Luís Antônio”, comenta.

    Ele acrescenta que a maior agilidade na dispersão pode ser obtida com o aumento do número de pessoas recebendo os atletas, entregando água, isotônico e a medalha. Esta medida, certamente, aumenta o custo do evento. “Talvez esteja aí o problema”, aponta Armando, trazendo exemplos de provas com número maior de participantes que lidam de forma eficiente com o nó da dispersão. “Na Maratona de Nova York, há quase um quilômetro de dispersão, com voluntários impedindo que atletas parem nesse trecho. A Maratona de Berlim, que reúne 40 mil pessoas, não conta com uma área de dispersão gigante, mas tem muita gente atendendo e agilizando a chegada.” O fato de que estas provas são maratonas (42 km) e não uma corrida de 15 km não pode servir de justificativa para inviabilizar a chegada na Paulista. A própria Corpore organizou provas como a Nike 10K, com 25 mil atletas, e um percurso menor que o da São Silvestre, sem registrar qualquer problema na chegada. “Porque controlamos a dispersão. Espaço x gente, eis a equação. Na Paulista, o espaço não é crítico e, mesmo que fosse, bastariam corredores verticais de grades para escoar a chegada", acrescenta Armando. "Uma prova como a São Silvestre precisa de uma área de dispersão de uns 100 metros, que me parece fácil de ter, com cerca de quinze passagens para entrega de medalha e lanche, água etc. Depois da premiação, que acontece logo, poderia ser usada a outra pista da Paulista para a dispersão também. De um modo geral, não faz nenhum sentido dizer que não dá para compatibilizar São Silvestre e Réveillon."

    Pior para o ar de São Paulo - Realizar largada e chegada de uma prova em locais distintos é tarefa que requer uma logística diferenciada. João Traven, da Spiridon Eventos, comenta alguns detalhes técnicos utilizados na Maratona do Rio de Janeiro e na Corrida das Pontes, também no Rio, que seguem este modelo.

    Em eventos como estes, o guarda-volumes é montado no interior de ônibus, que se deslocam da largada para a chegada antes do início da corrida. “Geralmente, usamos um percurso alternativo ao da prova para evitar mais transtornos”, comenta o dirigente. “A ideia é que os ônibus estejam na chegada antes dos primeiros colocados, mas na Corrida das Pontes tivemos alguns problemas e eles chegaram depois”, completa.

    João conta ainda que se calcula um ônibus para 800 atletas, o que implicaria em 31 veículos disponibilizados para a São Silvestre, já que esse ano os organizadores abriram 25 mil inscrições. Dr. Paulo Saldiva, médico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, pesquisador da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, especialista em poluição atmosférica, critica o novo modelo. “Para levar todos os concluintes da São Silvestre morro acima (do Ibirapuera de volta à Paulista), nós vamos dar uma mensagem equivocada ao espírito do que é a mobilidade ativa”, comenta Dr. Paulo, que utiliza a bicicleta em deslocamentos urbanos e é corredor.

    “Quando incentivamos caminhada, corrida e ciclismo como uma forma mais saudável e mais sustentável de movimentação, é contraditório, depois de uma festa que é um marco do esporte e da saúde, colocar um monte de ônibus para levar toda essa gente de volta. Eu corro a São Silvestre, corri no ano passado e é uma pena você acabar a festa e ter que sair de um lugar, onde você poderia sair de metrô, e ter que ir de ônibus”, analisa o médico.

    Se o deslocamento da chegada para a região do Ibirapuera representa um dano ao ar de São Paulo, um risco praticamente igual ronda os atletas que se aventurarem a descer a Brigadeiro. Dr. Henrique Cabrita, médico ortopedista, diretor do Instituto Vita e maratonista, analisa o potencial aumentado de lesões graças ao novo percurso. “A descida da Brigadeiro, em termos de inclinação, é mais íngreme do que a subida.
    Estudei relatos de lesões esportivas e qualquer tipo de prova que seja em descida representa uma sobrecarga muito grande do aparelho extensor do joelho, ou seja, na parte da frente, da rótula, da patela, do tendão patelar. E uma carga muito maior na região dos calcanhares, também. Tenho levantado artigos sobre lesões em corridas de longa distância e a incidência de lesões em corridas tipo ‘downhill’ (declive) é, em média, 50% maior do que em provas sem desníveis ou com final em ‘uphill’ (aclive).”, informa o ortopedista.

    “E, se pensarmos que estamos no final de uma prova de 15 km, em que boa parte dos esportistas está completando uma corrida pela primeira vez, é muito provável que vários desses atletas sintam-se encorajados a acelrar o ritmo na descida, aumentando o potencial para lesões ortopédicas no joelho e no calcanhar.”

    Como corredor experiente, que já participou de várias edições da São Silvestre, Dr. Henrique testemunha que “a maior emoção é quando a gente chega, faz toda aquela subida da Brigadeiro e vira à direita, na Paulista, tendo aquela visão da chegada, o pessoal incentivando a fazer os últimos metros depois daquela grande subida. Como maratonista, como corredor, sem esta emoção final é uma grande perda. Chegar no Parque do Ibirapuera, como já chegam tantas outras provas, é banalizar a São Silvestre.”

    No ano passado, após a polêmica da entrega de medalhas antes da prova – o que foi considerado uma desvalorização do esforço de quem, de fato, completou a São Silvestre – a organização aventou a possibilidade de solicitar nova localização para o palco do Réveillon. O diretor geral da prova e superintendente do portal Gazeta Esportiva.net, Júlio Deodoro, comentou, depois da 86ª edição, que uma alternativa seria deslocar o palco do Réveillon para duas quadras adiante. “Melhoraria para o Réveillon e para a São Silvestre. Poderíamos usar as duas pistas da Paulista na largada e na dispersão, depois da chegada. Nessas condições, seria possível entregar as medalhas no final da prova”, declarou Júlio em dezembro de 2010.

    Esta alternativa, no entanto, parece ter sido descartada pela organização, que preferiu impor a mudança do percurso, sem considerar a tradição do evento, o prejuízo ao ar de São Paulo, a conveniência e a integridade física dos atletas e nem do público, que passa a ter de escolher entre assistir à largada ou à chegada da São Silvestre.

    Este conteúdo foi produzido em conjunto pelo grupo São Silvestre na Paulista, formado porprofissionais de várias áreas, todos corredores de rua, empenhados em buscar o diálogo com as entidades organizadoras da Corrida de São Silvestre. Apesar de reiteradas tentativas, nem a organização da prova, nem a Fundação Cásper Líbero, nem a Prefeitura de São Paulo concordaram em dialogar com o grupo sobre o tema. A intenção de buscar a melhor solução para o problema, da nossa parte, continua presente.

  • Alessandra Alves - Jornalista
  • Alexandre Koda - Jornalista
  • Ana Paula Alfano - Jornalista
  • Bruno Vicari - Jornalista
  • Cássio Politi - Jornalista
  • Erich Beting - Jornalistam
  • Fernanda Paradizo - Jornalista
  • Harry Thomas Jr. - Jornalista
  • Henrique Cabrita - Médico
  • Iberê Castro Dias - Maratonista
  • Luíza Alcantâra - Jornalista
  • Martha Dallari - Vice-presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo (ATC)
  • Nelson Evêncio - Presidente da ATC
  • Ricardo Capriotti – Jornalista
  • Roberta Palma - jornalista
  • Sérgio Xavier - Jornalista
  • Simone Manocchio - Jornalista
  • Vicent Sobrinho - Jornalista
  • Wagner Araújo - Jornalista

  • São Silvestre na Paulista: é possível

    Corridas de Rua · 04 out, 2011

    Realizada há 87 anos na cidade de São Paulo, a Corrida de São Silvestre, pode passar por uma significativa mudança em seu percurso neste ano, tendo sua chegada transferida da Avenida Paulista para a região do Parque do Ibirapuera, obrigando os atletas a seguir pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em trecho de descida. A alegação das entidades envolvidas na organização da prova é a suposta falta de estrutura da avenida para a dispersão dos atletas, ao final da corrida. A dificuldade estaria na realização, poucas horas depois, do evento de Réveillon, que tem ocorrido na mesma Avenida Paulista em anos recentes, alguns quarteirões adiante do ponto de chegada.

    A decisão de mudar o percurso, alterando uma das maiores tradições do evento, foi anunciada no início de setembro, como uma espécie de continuação de outra polêmica, ocorrida na edição de 2010 da São Silvestre. Na ocasião, a organização da prova entregou as medalhas de participação no kit do atleta, que habitualmente continha apenas o número de peito, o chip e a camiseta da prova. A razão para esta distribuição inusitada de medalhas antes da competição estava justamente na dispersão, pretendendo maior agilidade no escoamento de atletas, para não conflitar com o público do Réveillon.

    Embora nem a empresa que organiza a prova, nem a Fundação Cásper Líbero (criadora do evento), nem a emissora que detém os direitos de transmissão para TV, nem a Prefeitura de São Paulo tenham se manifestado publicamente sobre a polêmica gerada com a mudança do trajeto, especialistas de vários segmentos contestam a alegação de que é impossível fazer a dispersão de 25 mil atletas sem comprometer o evento que acontece horas depois.

    É fácil reverter o nó da dispersão - Armando Santos, diretor executivo da Corpore (Corredores Paulistas Reunidos, entidade que organiza em torno de 25 corridas de rua por ano) questiona a alegação da organização. "É uma equação extremamente simples: área de dispersão e gente. Se, na chegada, não há largura suficiente para essa dispersão, não há problema. Basta fazer um corredor vertical com grades até um lugar mais largo. A Avenida Paulista permite isso, mas também é possível encaminhar a dispersão para as Alamedas Campinas e São Carlos do Pinhal, que já ficam interditadas, por conta do bloqueio da Avenida Brigadeiro Luís Antônio”, comenta.

    Ele acrescenta que a maior agilidade na dispersão pode ser obtida com o aumento do número de pessoas recebendo os atletas, entregando água, isotônico e a medalha. Esta medida, certamente, aumenta o custo do evento. “Talvez esteja aí o problema”, aponta Armando, trazendo exemplos de provas com número maior de participantes que lidam de forma eficiente com o nó da dispersão. “Na Maratona de Nova York, há quase um quilômetro de dispersão, com voluntários impedindo que atletas parem nesse trecho. A Maratona de Berlim, que reúne 40 mil pessoas, não conta com uma área de dispersão gigante, mas tem muita gente atendendo e agilizando a chegada.” O fato de que estas provas são maratonas (42 km) e não uma corrida de 15 km não pode servir de justificativa para inviabilizar a chegada na Paulista. A própria Corpore organizou provas como a Nike 10K, com 25 mil atletas, e um percurso menor que o da São Silvestre, sem registrar qualquer problema na chegada. “Porque controlamos a dispersão. Espaço x gente, eis a equação. Na Paulista, o espaço não é crítico e, mesmo que fosse, bastariam corredores verticais de grades para escoar a chegada", acrescenta Armando. "Uma prova como a São Silvestre precisa de uma área de dispersão de uns 100 metros, que me parece fácil de ter, com cerca de quinze passagens para entrega de medalha e lanche, água etc. Depois da premiação, que acontece logo, poderia ser usada a outra pista da Paulista para a dispersão também. De um modo geral, não faz nenhum sentido dizer que não dá para compatibilizar São Silvestre e Réveillon."

    Pior para o ar de São Paulo - Realizar largada e chegada de uma prova em locais distintos é tarefa que requer uma logística diferenciada. João Traven, da Spiridon Eventos, comenta alguns detalhes técnicos utilizados na Maratona do Rio de Janeiro e na Corrida das Pontes, também no Rio, que seguem este modelo.

    Em eventos como estes, o guarda-volumes é montado no interior de ônibus, que se deslocam da largada para a chegada antes do início da corrida. “Geralmente, usamos um percurso alternativo ao da prova para evitar mais transtornos”, comenta o dirigente. “A ideia é que os ônibus estejam na chegada antes dos primeiros colocados, mas na Corrida das Pontes tivemos alguns problemas e eles chegaram depois”, completa.

    João conta ainda que se calcula um ônibus para 800 atletas, o que implicaria em 31 veículos disponibilizados para a São Silvestre, já que esse ano os organizadores abriram 25 mil inscrições. Dr. Paulo Saldiva, médico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, pesquisador da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, especialista em poluição atmosférica, critica o novo modelo. “Para levar todos os concluintes da São Silvestre morro acima (do Ibirapuera de volta à Paulista), nós vamos dar uma mensagem equivocada ao espírito do que é a mobilidade ativa”, comenta Dr. Paulo, que utiliza a bicicleta em deslocamentos urbanos e é corredor.

    “Quando incentivamos caminhada, corrida e ciclismo como uma forma mais saudável e mais sustentável de movimentação, é contraditório, depois de uma festa que é um marco do esporte e da saúde, colocar um monte de ônibus para levar toda essa gente de volta. Eu corro a São Silvestre, corri no ano passado e é uma pena você acabar a festa e ter que sair de um lugar, onde você poderia sair de metrô, e ter que ir de ônibus”, analisa o médico.

    Se o deslocamento da chegada para a região do Ibirapuera representa um dano ao ar de São Paulo, um risco praticamente igual ronda os atletas que se aventurarem a descer a Brigadeiro. Dr. Henrique Cabrita, médico ortopedista, diretor do Instituto Vita e maratonista, analisa o potencial aumentado de lesões graças ao novo percurso. “A descida da Brigadeiro, em termos de inclinação, é mais íngreme do que a subida.
    Estudei relatos de lesões esportivas e qualquer tipo de prova que seja em descida representa uma sobrecarga muito grande do aparelho extensor do joelho, ou seja, na parte da frente, da rótula, da patela, do tendão patelar. E uma carga muito maior na região dos calcanhares, também. Tenho levantado artigos sobre lesões em corridas de longa distância e a incidência de lesões em corridas tipo ‘downhill’ (declive) é, em média, 50% maior do que em provas sem desníveis ou com final em ‘uphill’ (aclive).”, informa o ortopedista.

    “E, se pensarmos que estamos no final de uma prova de 15 km, em que boa parte dos esportistas está completando uma corrida pela primeira vez, é muito provável que vários desses atletas sintam-se encorajados a acelrar o ritmo na descida, aumentando o potencial para lesões ortopédicas no joelho e no calcanhar.”

    Como corredor experiente, que já participou de várias edições da São Silvestre, Dr. Henrique testemunha que “a maior emoção é quando a gente chega, faz toda aquela subida da Brigadeiro e vira à direita, na Paulista, tendo aquela visão da chegada, o pessoal incentivando a fazer os últimos metros depois daquela grande subida. Como maratonista, como corredor, sem esta emoção final é uma grande perda. Chegar no Parque do Ibirapuera, como já chegam tantas outras provas, é banalizar a São Silvestre.”

    No ano passado, após a polêmica da entrega de medalhas antes da prova – o que foi considerado uma desvalorização do esforço de quem, de fato, completou a São Silvestre – a organização aventou a possibilidade de solicitar nova localização para o palco do Réveillon. O diretor geral da prova e superintendente do portal Gazeta Esportiva.net, Júlio Deodoro, comentou, depois da 86ª edição, que uma alternativa seria deslocar o palco do Réveillon para duas quadras adiante. “Melhoraria para o Réveillon e para a São Silvestre. Poderíamos usar as duas pistas da Paulista na largada e na dispersão, depois da chegada. Nessas condições, seria possível entregar as medalhas no final da prova”, declarou Júlio em dezembro de 2010.

    Esta alternativa, no entanto, parece ter sido descartada pela organização, que preferiu impor a mudança do percurso, sem considerar a tradição do evento, o prejuízo ao ar de São Paulo, a conveniência e a integridade física dos atletas e nem do público, que passa a ter de escolher entre assistir à largada ou à chegada da São Silvestre.

    Este conteúdo foi produzido em conjunto pelo grupo São Silvestre na Paulista, formado porprofissionais de várias áreas, todos corredores de rua, empenhados em buscar o diálogo com as entidades organizadoras da Corrida de São Silvestre. Apesar de reiteradas tentativas, nem a organização da prova, nem a Fundação Cásper Líbero, nem a Prefeitura de São Paulo concordaram em dialogar com o grupo sobre o tema. A intenção de buscar a melhor solução para o problema, da nossa parte, continua presente.

  • Alessandra Alves - Jornalista
  • Alexandre Koda - Jornalista
  • Ana Paula Alfano - Jornalista
  • Bruno Vicari - Jornalista
  • Cássio Politi - Jornalista
  • Erich Beting - Jornalistam
  • Fernanda Paradizo - Jornalista
  • Harry Thomas Jr. - Jornalista
  • Henrique Cabrita - Médico
  • Iberê Castro Dias - Maratonista
  • Luíza Alcantâra - Jornalista
  • Martha Dallari - Vice-presidente da Associação dos Treinadores de Corrida de São Paulo (ATC)
  • Nelson Evêncio - Presidente da ATC
  • Ricardo Capriotti – Jornalista
  • Roberta Palma - jornalista
  • Sérgio Xavier - Jornalista
  • Simone Manocchio - Jornalista
  • Vicent Sobrinho - Jornalista
  • Wagner Araújo - Jornalista
  • São Silvestre abre período de inscrições

    Estão abertas, desde quarta-feira (21/09), as inscrições para a 87ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, tradicional prova disputada em São Paulo no dia 31 de dezembro. A novidade desta edição fica por conta do percurso, que aboliu a chegada na Avenida Paulista após a subida da Avenida Brigadeiro, presente em 43 das últimas 44 edições.

    A chegada, a partir de agora, será em frente ao Obelisco do Parque do Ibirapuera. Segundo comunicado divulgado pela organização da prova em seu site oficial, a medida proporcionará o recorde no número de corredores – o limite neste ano é de 25 mil inscrições.

    Mesmo com trajeto diferente, a distância de 15 quilômetros será mantida. Outra alteração será a entrega das medalhas, que no ano passado ocorreu antes da corrida. Em 2011, as medalhas voltarão a ser entregues ao término da São Silvestre.

    Inscrições - As inscrições podem ser feitas no site www.saosilvestre.com.br e estarão abertas até 30 de novembro ou até o limite de participantes ser alcançado.


    São Silvestre abre período de inscrições

    Corridas de Rua · 22 set, 2011

    Estão abertas, desde quarta-feira (21/09), as inscrições para a 87ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, tradicional prova disputada em São Paulo no dia 31 de dezembro. A novidade desta edição fica por conta do percurso, que aboliu a chegada na Avenida Paulista após a subida da Avenida Brigadeiro, presente em 43 das últimas 44 edições.

    A chegada, a partir de agora, será em frente ao Obelisco do Parque do Ibirapuera. Segundo comunicado divulgado pela organização da prova em seu site oficial, a medida proporcionará o recorde no número de corredores – o limite neste ano é de 25 mil inscrições.

    Mesmo com trajeto diferente, a distância de 15 quilômetros será mantida. Outra alteração será a entrega das medalhas, que no ano passado ocorreu antes da corrida. Em 2011, as medalhas voltarão a ser entregues ao término da São Silvestre.

    Inscrições - As inscrições podem ser feitas no site www.saosilvestre.com.br e estarão abertas até 30 de novembro ou até o limite de participantes ser alcançado.

    Atletas da Maratona Pão de Açúcar falam das mudanças na São Silvestre

    A modificação no trajeto da São Silvestre continua repercutindo entre os corredores de rua. Durante a Maratona de Revezamento Pão de Açúcar, disputada em São Paulo no domingo (18/09), atletas de elite falaram sobre o assunto.

    O ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima dá a sua opinião sobre o fim da tradicional chegada na Avenida Paulista. “A prova perde um pouco de suas características, as pessoas talvez não assimilem essa mudança de imediato”. No entanto, o medalhista olímpico compreende a alteração. “Com o crescimento da prova e da cidade é preciso buscar alternativas”, conta.

    Opiniões contrárias - Alguns atletas deram depoimentos mais severos. Clayton Elias Gomes, da Corre Corinthians/M Calçados foi um deles. “Acabou com a tradição da prova. Acho que fizeram isso pra ter mais gente correndo. Não aprovei não”, disse, visivelmente contrariado.

    Gilson Rodrigues de Miranda, corredor do Palmeiras, também demonstrou indignação com o assunto. “É horrível [a mudança]. Não podem tirar a tradição da São Silvestre”, comenta Gilson, que ficou em segundo no revezamento por duplas. “Acho péssimo. Todo mundo já está acostumado a sair da Paulista e chegar na Paulista”, acrescenta o fundista, que já foi 15º colocado na prova de 31 de dezembro. “Provavelmente não vou correr neste ano”, dispara Gilson.

    Outros corredores, no entanto, veem a mudança como positiva. “Achei bacana porque gosto de finalizar em descida, dar o sprint”, diz Marcos Roberto Silva Teixeira, terceiro na disputa entre equipes de oito participantes da Maratona Pão de Açúcar.

    A descida na parte final, no entanto, pode ter efeito contrário, como argumenta Vilma da Silva, campeã nas duplas. “Muita gente pode se machucar”, aponta ela. José Rodrigues da Fonseca, vencedor nos quartetos, entende a alteração como melhoria. “Se for pra ajudar os corredores é válido. Infelizmente vai perder a chegada tradicional, mas faz parte da organização”, explica. “Se é pra melhorar, tem que correr de qualquer jeito, não tem outra solução”, afirma o fundista.

    Amadores defendem tradição - Entre os amadores, cresce o apoio pelo antigo trajeto. Antônio Colucci organizou um treino na véspera da prova do Pão de Açúcar, batizado de São Silvestre Anos 80, com trajeto e horário utilizados na década de 80, quando a distância ainda era de 8,9 quilômetros e a prova era realizada próxima à meia-noite.

    “Foi um sucesso”, comemora Colucci. “Tivemos a presença de umas 100 pessoas e hoje mais um monte veio falar comigo durante a prova para dizer que queriam ir mas tinham que acordar cedo para estar aqui”, explica. José João da Silva, bicampeão da São Silvestre na década de 80, correu o percurso inteiro e foi homenageado pelos participantes.

    “Fizemos uma festa legal, foi bom porque pela alta adesão deu pra ver que tem muita gente contra a mudança”, avalia Colucci, acrescentando que todos os membros de sua equipe na Maratona Pão de Açúcar correram também no treino de sábado à noite.

    Mesmo com tantas opiniões diferentes, Hudson de Souza sugere que o evento deve manter sua força. “São Silvestre é São Silvestre”, conclui o atual campeão dos 1.500 metros nos Jogos Pan-americanos.


    Atletas da Maratona Pão de Açúcar falam das mudanças na São Silvestre

    Corridas de Rua · 20 set, 2011

    A modificação no trajeto da São Silvestre continua repercutindo entre os corredores de rua. Durante a Maratona de Revezamento Pão de Açúcar, disputada em São Paulo no domingo (18/09), atletas de elite falaram sobre o assunto.

    O ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima dá a sua opinião sobre o fim da tradicional chegada na Avenida Paulista. “A prova perde um pouco de suas características, as pessoas talvez não assimilem essa mudança de imediato”. No entanto, o medalhista olímpico compreende a alteração. “Com o crescimento da prova e da cidade é preciso buscar alternativas”, conta.

    Opiniões contrárias - Alguns atletas deram depoimentos mais severos. Clayton Elias Gomes, da Corre Corinthians/M Calçados foi um deles. “Acabou com a tradição da prova. Acho que fizeram isso pra ter mais gente correndo. Não aprovei não”, disse, visivelmente contrariado.

    Gilson Rodrigues de Miranda, corredor do Palmeiras, também demonstrou indignação com o assunto. “É horrível [a mudança]. Não podem tirar a tradição da São Silvestre”, comenta Gilson, que ficou em segundo no revezamento por duplas. “Acho péssimo. Todo mundo já está acostumado a sair da Paulista e chegar na Paulista”, acrescenta o fundista, que já foi 15º colocado na prova de 31 de dezembro. “Provavelmente não vou correr neste ano”, dispara Gilson.

    Outros corredores, no entanto, veem a mudança como positiva. “Achei bacana porque gosto de finalizar em descida, dar o sprint”, diz Marcos Roberto Silva Teixeira, terceiro na disputa entre equipes de oito participantes da Maratona Pão de Açúcar.

    A descida na parte final, no entanto, pode ter efeito contrário, como argumenta Vilma da Silva, campeã nas duplas. “Muita gente pode se machucar”, aponta ela. José Rodrigues da Fonseca, vencedor nos quartetos, entende a alteração como melhoria. “Se for pra ajudar os corredores é válido. Infelizmente vai perder a chegada tradicional, mas faz parte da organização”, explica. “Se é pra melhorar, tem que correr de qualquer jeito, não tem outra solução”, afirma o fundista.

    Amadores defendem tradição - Entre os amadores, cresce o apoio pelo antigo trajeto. Antônio Colucci organizou um treino na véspera da prova do Pão de Açúcar, batizado de São Silvestre Anos 80, com trajeto e horário utilizados na década de 80, quando a distância ainda era de 8,9 quilômetros e a prova era realizada próxima à meia-noite.

    “Foi um sucesso”, comemora Colucci. “Tivemos a presença de umas 100 pessoas e hoje mais um monte veio falar comigo durante a prova para dizer que queriam ir mas tinham que acordar cedo para estar aqui”, explica. José João da Silva, bicampeão da São Silvestre na década de 80, correu o percurso inteiro e foi homenageado pelos participantes.

    “Fizemos uma festa legal, foi bom porque pela alta adesão deu pra ver que tem muita gente contra a mudança”, avalia Colucci, acrescentando que todos os membros de sua equipe na Maratona Pão de Açúcar correram também no treino de sábado à noite.

    Mesmo com tantas opiniões diferentes, Hudson de Souza sugere que o evento deve manter sua força. “São Silvestre é São Silvestre”, conclui o atual campeão dos 1.500 metros nos Jogos Pan-americanos.

    Tricampeão da São Silvestre, Marílson Gomes fala da mudança no trajeto

    Marílson Gomes do Santos, tricampeão da Corrida Internacional de São Silvestre, ficou sabendo da mudança do trajeto, que agora terá chegada no Obelisco do Ibirapuera e não mais na Avenida Paulista. O brasiliense radicado em São Caetano do Sul (SP) acredita que a alteração pode ser boa para o evento, apesar de concordar que a tradição pode se perder.

    “Já houve outras mudanças anteriormente. As pessoas vão demorar a se acostumar, mas tudo o que for feito para deixar o evento melhor é válido”, ressalta Marílson. “É um pouco chato trocar a chegada, porque o percurso era o mesmo há muitos anos e um pouco da tradição vai ser perdida”, completa.

    Em relação à parte técnica do percurso, Gomes concorda com os treinadores ouvidos pelo Webrun sobre o maior desgaste das articulações. “A descida íngreme após a subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio pode ser prejudicial tanto para os amadores, quanto para a elite. Esse é o lado negativo da mudança”.

    Com as alterações, a subida do Viaduto Orlando Murgel foi retirada do traçado e os corredores seguirão pela Barão de Limeira até atingir a Rua Conselheiro Crispiniano, fato que não deve deixar a prova mais rápida na opinião do tricampeão. “Acho que essa subida não era tão complicada para a maioria das pessoas, como a da Brigadeiro. Essa sim é a mais temida e continua lá”.

    Marílson diz ainda que a falta desse aclive pode favorecer os atletas, já que eles poderão controlar melhor o ritmo. “Talvez eles até cheguem mais inteiros na chegada, afinal, para descer todo santo ajuda”, brinca o atleta que ostenta no currículo os títulos de 2003, 2005 e 2010.

    Outro atleta de elite, Adriano Bastos, confessou o temor de que a prova tenha menos pessoas para incentivar os corredores, já que grande parte do público ia para a avenida com o intuito de participar do Réveillon na Paulista e aproveitava para assistir a prova. Marílson tem a mesma opinião. “O brilho dessa prova é o público presente em massa. Espero que eles compareçam para nos aplaudir”, finaliza o competidor que agora se prepara para correr a Maratona de Chicago, em outubro.

    Até o momento nenhum responsável pela organização da prova se manifestou para comentar as alterações. Vale lembrar que ano passado a São Silvestre foi alvo de críticas e muita polêmica envolvendo a entrega antecipada das medalhas e, também, um início de conversa sobre a troca de percurso.


    Tricampeão da São Silvestre, Marílson Gomes fala da mudança no trajeto

    Corridas de Rua · 05 set, 2011

    Marílson Gomes do Santos, tricampeão da Corrida Internacional de São Silvestre, ficou sabendo da mudança do trajeto, que agora terá chegada no Obelisco do Ibirapuera e não mais na Avenida Paulista. O brasiliense radicado em São Caetano do Sul (SP) acredita que a alteração pode ser boa para o evento, apesar de concordar que a tradição pode se perder.

    “Já houve outras mudanças anteriormente. As pessoas vão demorar a se acostumar, mas tudo o que for feito para deixar o evento melhor é válido”, ressalta Marílson. “É um pouco chato trocar a chegada, porque o percurso era o mesmo há muitos anos e um pouco da tradição vai ser perdida”, completa.

    Em relação à parte técnica do percurso, Gomes concorda com os treinadores ouvidos pelo Webrun sobre o maior desgaste das articulações. “A descida íngreme após a subida da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio pode ser prejudicial tanto para os amadores, quanto para a elite. Esse é o lado negativo da mudança”.

    Com as alterações, a subida do Viaduto Orlando Murgel foi retirada do traçado e os corredores seguirão pela Barão de Limeira até atingir a Rua Conselheiro Crispiniano, fato que não deve deixar a prova mais rápida na opinião do tricampeão. “Acho que essa subida não era tão complicada para a maioria das pessoas, como a da Brigadeiro. Essa sim é a mais temida e continua lá”.

    Marílson diz ainda que a falta desse aclive pode favorecer os atletas, já que eles poderão controlar melhor o ritmo. “Talvez eles até cheguem mais inteiros na chegada, afinal, para descer todo santo ajuda”, brinca o atleta que ostenta no currículo os títulos de 2003, 2005 e 2010.

    Outro atleta de elite, Adriano Bastos, confessou o temor de que a prova tenha menos pessoas para incentivar os corredores, já que grande parte do público ia para a avenida com o intuito de participar do Réveillon na Paulista e aproveitava para assistir a prova. Marílson tem a mesma opinião. “O brilho dessa prova é o público presente em massa. Espero que eles compareçam para nos aplaudir”, finaliza o competidor que agora se prepara para correr a Maratona de Chicago, em outubro.

    Até o momento nenhum responsável pela organização da prova se manifestou para comentar as alterações. Vale lembrar que ano passado a São Silvestre foi alvo de críticas e muita polêmica envolvendo a entrega antecipada das medalhas e, também, um início de conversa sobre a troca de percurso.

    Técnicos e atletas comentam as mudanças no percurso da São Silvestre

    Atualizada em 05/09 às 12h40

    A São Silvestre, corrida tradicional de São Paulo (SP) que chega a sua 87ª edição, que sempre teve largada e chegada na Avenida Paulista terá algumas alterações no percurso e a chegada será no Obelisco do Parque Ibirapuera. A justificativa da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET) é para que não haja conflito entre os corredores e os participantes da festa do ano novo.

    Após as polêmicas geradas na edição de 2010 do evento, quando a organização entregou a medalha junto com o kit de participação, a prova continua a gerar comentários. Alguns técnicos e atletas deram sua opinião ao Webrun sobre as mudanças feitas na prova, que atrai cerca de 20 mil corredores todos os anos, para correr no dia 31 de dezembro, às 16h30.

    No percurso anterior, o final da corrida passava pela temida subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio e acabava na Avenida Paulista. As mudanças fazem com que os corredores enfrentem a subida da Brigadeiro, cruzem a Paulista e continuem por sua descida íngreme, sentido Parque do Ibirapuera.

    “Tecnicamente a mudança é ruim por causa da descida, principalmente para os amadores. Esta descida pode causar problemas articulares e musculares”, comenta Nelson Evêncio, Presidente da Associação dos Treinadores de Corridade Rua de São Paulo (ATC).

    Já Adriano Bastos, heptacampeão da Maratona da Disney, acredita que será uma prova mais agressiva. “A prova vai ser mais agressiva. Depois de você encarar uma subida grande e desgastante como a da Brigadeiro, a musculatura vai estar saturada e os corredores vão ter que descer a Brigadeiro, o que vai machucar bastante. Muitos atletas correm o risco de se lesionarem e a São Silvestre acabou se tornando uma prova perigosa.”

    Em relação a alteração do percurso, André Ricardo da BR Move Assessoria Esportiva não gostou das mudanças. “O ano todo, as pessoas correm no Parque do Ibirapuera, na USP, no Jockey, e a oportunidade que você tem no ano de correr pelas ruas do Centro, com um percurso que passa pela Consolação e sobe a Brigadeiro, acabou. Isso tira a característica da prova, que é tão tradicional.”

    Muitos participantes vêm reclamando e há certa possibilidade que o número de inscritos diminua. “Desde que me tornei atleta, sempre conheci a São Silvestre com aquela chegada linda e maravilhosa. Acredito que a prova vai perder o encanto e o número de participantes pode diminuir”, fala Edson Dantas, paraatleta que é pentacampeão da São Silvestre.

    Edson também acredita que os organizadores poderiam mudar o horário da prova, para que não houvesse conflito com a festa da virada. Já Adriano Bastos, afirma que isso descaracteriza a competição. “A prova fica descaracterizada, porque o fato da corrida acabar na Paulista tem a expectativa de muitas pessoas que vão para a festa de fim de ano esperarem os primeiros colocados”, comenta o atleta.

    Já para Wanderlei de Oliveira, da Run For Life, as mudanças são válidas e necessárias, já que o número de participantes é alto e a Avenida Paulista é estreita. “Acho que será bom para o corredor e para a organização, mas a logística deverá ser boa, já que a prova começa em um lugar e termina em outro. Para as pessoas que correm a São Silvestre a bastante tempo e tem como objetivo melhorar seu tempo naquele percurso, agora será diferente, é uma outra prova, não é a mesma São Silvestre de sempre”, finaliza Wanderlei.

    Veja o mapa não oficial do novo percurso, no site Webrun


    Técnicos e atletas comentam as mudanças no percurso da São Silvestre

    Corridas de Rua · 02 set, 2011

    Atualizada em 05/09 às 12h40

    A São Silvestre, corrida tradicional de São Paulo (SP) que chega a sua 87ª edição, que sempre teve largada e chegada na Avenida Paulista terá algumas alterações no percurso e a chegada será no Obelisco do Parque Ibirapuera. A justificativa da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET) é para que não haja conflito entre os corredores e os participantes da festa do ano novo.

    Após as polêmicas geradas na edição de 2010 do evento, quando a organização entregou a medalha junto com o kit de participação, a prova continua a gerar comentários. Alguns técnicos e atletas deram sua opinião ao Webrun sobre as mudanças feitas na prova, que atrai cerca de 20 mil corredores todos os anos, para correr no dia 31 de dezembro, às 16h30.

    No percurso anterior, o final da corrida passava pela temida subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio e acabava na Avenida Paulista. As mudanças fazem com que os corredores enfrentem a subida da Brigadeiro, cruzem a Paulista e continuem por sua descida íngreme, sentido Parque do Ibirapuera.

    “Tecnicamente a mudança é ruim por causa da descida, principalmente para os amadores. Esta descida pode causar problemas articulares e musculares”, comenta Nelson Evêncio, Presidente da Associação dos Treinadores de Corridade Rua de São Paulo (ATC).

    Já Adriano Bastos, heptacampeão da Maratona da Disney, acredita que será uma prova mais agressiva. “A prova vai ser mais agressiva. Depois de você encarar uma subida grande e desgastante como a da Brigadeiro, a musculatura vai estar saturada e os corredores vão ter que descer a Brigadeiro, o que vai machucar bastante. Muitos atletas correm o risco de se lesionarem e a São Silvestre acabou se tornando uma prova perigosa.”

    Em relação a alteração do percurso, André Ricardo da BR Move Assessoria Esportiva não gostou das mudanças. “O ano todo, as pessoas correm no Parque do Ibirapuera, na USP, no Jockey, e a oportunidade que você tem no ano de correr pelas ruas do Centro, com um percurso que passa pela Consolação e sobe a Brigadeiro, acabou. Isso tira a característica da prova, que é tão tradicional.”

    Muitos participantes vêm reclamando e há certa possibilidade que o número de inscritos diminua. “Desde que me tornei atleta, sempre conheci a São Silvestre com aquela chegada linda e maravilhosa. Acredito que a prova vai perder o encanto e o número de participantes pode diminuir”, fala Edson Dantas, paraatleta que é pentacampeão da São Silvestre.

    Edson também acredita que os organizadores poderiam mudar o horário da prova, para que não houvesse conflito com a festa da virada. Já Adriano Bastos, afirma que isso descaracteriza a competição. “A prova fica descaracterizada, porque o fato da corrida acabar na Paulista tem a expectativa de muitas pessoas que vão para a festa de fim de ano esperarem os primeiros colocados”, comenta o atleta.

    Já para Wanderlei de Oliveira, da Run For Life, as mudanças são válidas e necessárias, já que o número de participantes é alto e a Avenida Paulista é estreita. “Acho que será bom para o corredor e para a organização, mas a logística deverá ser boa, já que a prova começa em um lugar e termina em outro. Para as pessoas que correm a São Silvestre a bastante tempo e tem como objetivo melhorar seu tempo naquele percurso, agora será diferente, é uma outra prova, não é a mesma São Silvestre de sempre”, finaliza Wanderlei.

    Veja o mapa não oficial do novo percurso, no site Webrun

    Show da Virada obriga São Silvestre a mudar chegada para o Obelisco

    Após as polêmicas envolvendo a entrega de medalhas antecipada na São Silvestre 2010, esse ano a 87ª edição da tradicional prova volta a levantar polêmicas com a mudança do percurso. Isso porque a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET) anunciou nessa quinta-feira (01/09) a mudança da chegada para o Obelisco do Parque Ibirapuera em vez da Avenida Paulista, como acontece anualmente.

    Segundo o órgão, a mudança foi discutida e aprovada junto aos responsáveis pela organização da prova e a principal justificativa é evitar o conflito dos participantes com as pessoas que vão assistir ao Show da Virada, tradicional festa de Réveillon que acontece na Av. Paulista. “A Virada do Ano tem ficado cada vez maior e atraído multidões à Avenida antes mesmo da chegada de todos os atletas”, explica o comunicado da CET.

    Ainda segundo o comunicado, a mudança vai proporcionar “mais segurança e conforto a ambos os públicos” e não haverá alteração na distância, que permanecerá com 15 quilômetros. Vale lembrar que nos anos 80 a competição teve uma edição com chegada no Pacaembu, medida que não agradou aos corredores na época.

    Traçado - largada na Avenida Paulista em frente ao Masp, Rua da Consolação, Rua Rego Freitas, avenidas Duque de Caxias e São João, Viaduto Elevado Arthur da Costa e Silva (Minhocão), Praça Padre Péricles e Rua Marta. Rua Margarida, Al. Olga, baixos do Viaduto Pacaembu, Rua Barra Funda, Rua Dr. Carvalho de Mendonça, Al. Nothman, Alameda Barão de Limeira, Av. São João e Largo do Paissandu.

    Rua Conselheiro Crispiniano, Praça Ramos de Azevedo, Viaduto do Chá, Rua Líbero Badaró, Largo São Francisco, Viaduto Brig. Luís Antônio, Av. Brig. Luís Antônio e Av. Mal Estênio de Albuquerque Lima. Rua Manoel da Nóbrega, Rua Nabia A. Chohfi e Av. Pedro Álvares Cabral, chegando à Praça Túlio Fontoura em frente ao Obelisco.


    Show da Virada obriga São Silvestre a mudar chegada para o Obelisco

    Corridas de Rua · 01 set, 2011

    Após as polêmicas envolvendo a entrega de medalhas antecipada na São Silvestre 2010, esse ano a 87ª edição da tradicional prova volta a levantar polêmicas com a mudança do percurso. Isso porque a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET) anunciou nessa quinta-feira (01/09) a mudança da chegada para o Obelisco do Parque Ibirapuera em vez da Avenida Paulista, como acontece anualmente.

    Segundo o órgão, a mudança foi discutida e aprovada junto aos responsáveis pela organização da prova e a principal justificativa é evitar o conflito dos participantes com as pessoas que vão assistir ao Show da Virada, tradicional festa de Réveillon que acontece na Av. Paulista. “A Virada do Ano tem ficado cada vez maior e atraído multidões à Avenida antes mesmo da chegada de todos os atletas”, explica o comunicado da CET.

    Ainda segundo o comunicado, a mudança vai proporcionar “mais segurança e conforto a ambos os públicos” e não haverá alteração na distância, que permanecerá com 15 quilômetros. Vale lembrar que nos anos 80 a competição teve uma edição com chegada no Pacaembu, medida que não agradou aos corredores na época.

    Traçado - largada na Avenida Paulista em frente ao Masp, Rua da Consolação, Rua Rego Freitas, avenidas Duque de Caxias e São João, Viaduto Elevado Arthur da Costa e Silva (Minhocão), Praça Padre Péricles e Rua Marta. Rua Margarida, Al. Olga, baixos do Viaduto Pacaembu, Rua Barra Funda, Rua Dr. Carvalho de Mendonça, Al. Nothman, Alameda Barão de Limeira, Av. São João e Largo do Paissandu.

    Rua Conselheiro Crispiniano, Praça Ramos de Azevedo, Viaduto do Chá, Rua Líbero Badaró, Largo São Francisco, Viaduto Brig. Luís Antônio, Av. Brig. Luís Antônio e Av. Mal Estênio de Albuquerque Lima. Rua Manoel da Nóbrega, Rua Nabia A. Chohfi e Av. Pedro Álvares Cabral, chegando à Praça Túlio Fontoura em frente ao Obelisco.