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Atletas de alto nível devem ser testados por seus treinadores

As grandes performances dos atletas de hoje são resultados de uma complexa mistura de diversos fatores. Talvez o fator mais determinante para o sucesso no atletismo é o genético, que exclui não somente as suas características antropométricas, cardiovasculares, proporção de tipos de fibras musculares como também a capacidade de melhora com o próprio treinamento (treinabilidade).

Outro fator conhecido, que tem um profundo impacto no resultado final do atleta, é o volume e a intensidade de treinamento que precede uma competição. Finalmente, o resultado do atleta pode também ser influenciado pela saúde e pelo nível nutricional dele.

Embora os cientistas do esporte, como nós treinadores, não podem fazer muita coisa para alterar o que já vem determinado pela hereditariedade, podemos sugerir estratégias de treinamento para maximiza-la. Para isso, nós podemos utilizar testes para monitorar o progresso que está sendo alcançado e os resultados podem ser obtidos através de um programa selecionado e administrado em testes de laboratório ou em testes de campo.

Por isso devemos considerar o porquê, o que, quando, onde e como testar esses atletas. Vou explicar cada um desses tópicos abaixo:

Por que testar?

Para monitorar a saúde do atleta - Um teste corretamente ministrado pode e deve fornecer importantes informações sobre a saúde do atleta (controle médico). Sabemos que o treinamento de alto nível sempre acarreta um estresse fisiológico, pois estamos sempre tentando ultrapassar o nosso limite, entretanto, devemos nos assegurar que o atleta está livre de doenças que podem interferir no resultado que queremos alcançar.

Para identificar os pontos fortes e fracos desse atleta - Esse tópico permite ao treinador planejar de forma otimizada as planilhas de treino, priorizando os pontos fortes e trabalhando os pontos fracos, para que não interfiram no resultado final desejado.

Para a identificação de talentos - É importante fazer o teste nas diferentes idades, tanto cronológica como biológica, para que possamos detectar o desenvolvimento, ou especialização precoce, como também se temos um atleta em potencial para o futuro.

Para selecionar corretamente o evento ou prova alvo - Devemos utilizar testes apropriados para as diversas provas ou modalidades, não esquecendo de comparar o resultado com outros atletas da mesma idade.

Para planejar o treinamento - o planejamento deve ser realizado sempre no início de uma fase ou mesociclo de treino.

Evolução do treinamento - No final de um período de treino também deve ser realizados testes para acompanhar a evolução do atleta.

Motivação / Desenvolvimento do espírito competitivo - Determinar objetivos a ser alcançados ou melhorados. Isso muitas vezes contribui para melhorar o espírito competitivo e a garra de nossos atletas.

O que testar?

Teste antropométrico: como altura, peso, composição corporal, entre outros;

Teste psicológico: ver, por exemplo, personalidade e níveis de disposição ao treinamento diário;

Teste médico dentista, patologista, sangue, urina, fezes ginecologista, etc;

Teste físico: como o de força, flexibilidade, velocidade, resistência, etc;

Teste técnico: técnico geral, técnico específico e tático, por exemplo;

Teste para prognóstico de parâmetros: normas de performance e treinamento.

Quando Testar?

  • Antes de iniciar a temporada para determinar pontos fortes e fracos do atleta;

  • Durante o período de preparação, para checar a eficácia do treinamento e apropriada modificação, se necessário;

  • Durante o período pré-competição para permitir algumas predições de resultado do treinador para o atleta e para ajudar a desenvolver a motivação e a confiança do atleta;

  • Durante o período de competição. Normalmente a própria competição serve como teste de avaliação.
  • Onde testar? No laboratório, na pista e na competição.

    Como testar?

  • As variáveis a ser testadas devem ser relevantes ao evento e a fase de treinamento;

  • Os testes selecionados devem ser validos e confiáveis. Ex: Realizados anteriormente e com tabelas de comparação;

  • Os protocolos devem ser específicos para a prova do atleta. Ex: Teste de reação no bloco de partida – 100m/200m/110m com barreiras etc...

  • O controle (monitoramento) do teste deve ser rígido Ex: Realizado se possível sob as mesmas condições – temperatura, pista sintética, plana, etc...

  • Devem ser repetidos em intervalos regulares Ex: A cada uma, duas, três semanas, dependendo do mesociclo do atleta;

  • Resultados devem ser discutidos entre o treinador e o atleta;

  • Testar apenas uma habilidade de cada vez. Ex: Velocidade - 50 metros;

  • O atleta deve entender o teste que está realizando, o que está sendo avaliado e o porquê.
  • Para tudo isso dar certo, o monitoramento do treinamento é um ingrediente importante no planejamento do treinador moderno. Assim ele pode avaliar as necessidades de cada grupo de provas e o nível do atleta relativo a estas necessidades. Além disso, o treinador deve lembrar que o programa de treinamento específico e progressivo é individual e deve ser construído de maneira diferente para cada atleta.

    Para isso é necessário conhecer os constantes processos de avaliação, através do monitoramento do atleta e através dos testes realizados durante todo o processo de treinamento da temporada.


    Atletas de alto nível devem ser testados por seus treinadores

    Atletismo · 09 jun, 2009

    As grandes performances dos atletas de hoje são resultados de uma complexa mistura de diversos fatores. Talvez o fator mais determinante para o sucesso no atletismo é o genético, que exclui não somente as suas características antropométricas, cardiovasculares, proporção de tipos de fibras musculares como também a capacidade de melhora com o próprio treinamento (treinabilidade).

    Outro fator conhecido, que tem um profundo impacto no resultado final do atleta, é o volume e a intensidade de treinamento que precede uma competição. Finalmente, o resultado do atleta pode também ser influenciado pela saúde e pelo nível nutricional dele.

    Embora os cientistas do esporte, como nós treinadores, não podem fazer muita coisa para alterar o que já vem determinado pela hereditariedade, podemos sugerir estratégias de treinamento para maximiza-la. Para isso, nós podemos utilizar testes para monitorar o progresso que está sendo alcançado e os resultados podem ser obtidos através de um programa selecionado e administrado em testes de laboratório ou em testes de campo.

    Por isso devemos considerar o porquê, o que, quando, onde e como testar esses atletas. Vou explicar cada um desses tópicos abaixo:

    Por que testar?

    Para monitorar a saúde do atleta - Um teste corretamente ministrado pode e deve fornecer importantes informações sobre a saúde do atleta (controle médico). Sabemos que o treinamento de alto nível sempre acarreta um estresse fisiológico, pois estamos sempre tentando ultrapassar o nosso limite, entretanto, devemos nos assegurar que o atleta está livre de doenças que podem interferir no resultado que queremos alcançar.

    Para identificar os pontos fortes e fracos desse atleta - Esse tópico permite ao treinador planejar de forma otimizada as planilhas de treino, priorizando os pontos fortes e trabalhando os pontos fracos, para que não interfiram no resultado final desejado.

    Para a identificação de talentos - É importante fazer o teste nas diferentes idades, tanto cronológica como biológica, para que possamos detectar o desenvolvimento, ou especialização precoce, como também se temos um atleta em potencial para o futuro.

    Para selecionar corretamente o evento ou prova alvo - Devemos utilizar testes apropriados para as diversas provas ou modalidades, não esquecendo de comparar o resultado com outros atletas da mesma idade.

    Para planejar o treinamento - o planejamento deve ser realizado sempre no início de uma fase ou mesociclo de treino.

    Evolução do treinamento - No final de um período de treino também deve ser realizados testes para acompanhar a evolução do atleta.

    Motivação / Desenvolvimento do espírito competitivo - Determinar objetivos a ser alcançados ou melhorados. Isso muitas vezes contribui para melhorar o espírito competitivo e a garra de nossos atletas.

    O que testar?

    Teste antropométrico: como altura, peso, composição corporal, entre outros;

    Teste psicológico: ver, por exemplo, personalidade e níveis de disposição ao treinamento diário;

    Teste médico dentista, patologista, sangue, urina, fezes ginecologista, etc;

    Teste físico: como o de força, flexibilidade, velocidade, resistência, etc;

    Teste técnico: técnico geral, técnico específico e tático, por exemplo;

    Teste para prognóstico de parâmetros: normas de performance e treinamento.

    Quando Testar?

  • Antes de iniciar a temporada para determinar pontos fortes e fracos do atleta;

  • Durante o período de preparação, para checar a eficácia do treinamento e apropriada modificação, se necessário;

  • Durante o período pré-competição para permitir algumas predições de resultado do treinador para o atleta e para ajudar a desenvolver a motivação e a confiança do atleta;

  • Durante o período de competição. Normalmente a própria competição serve como teste de avaliação.
  • Onde testar? No laboratório, na pista e na competição.

    Como testar?

  • As variáveis a ser testadas devem ser relevantes ao evento e a fase de treinamento;

  • Os testes selecionados devem ser validos e confiáveis. Ex: Realizados anteriormente e com tabelas de comparação;

  • Os protocolos devem ser específicos para a prova do atleta. Ex: Teste de reação no bloco de partida – 100m/200m/110m com barreiras etc...

  • O controle (monitoramento) do teste deve ser rígido Ex: Realizado se possível sob as mesmas condições – temperatura, pista sintética, plana, etc...

  • Devem ser repetidos em intervalos regulares Ex: A cada uma, duas, três semanas, dependendo do mesociclo do atleta;

  • Resultados devem ser discutidos entre o treinador e o atleta;

  • Testar apenas uma habilidade de cada vez. Ex: Velocidade - 50 metros;

  • O atleta deve entender o teste que está realizando, o que está sendo avaliado e o porquê.
  • Para tudo isso dar certo, o monitoramento do treinamento é um ingrediente importante no planejamento do treinador moderno. Assim ele pode avaliar as necessidades de cada grupo de provas e o nível do atleta relativo a estas necessidades. Além disso, o treinador deve lembrar que o programa de treinamento específico e progressivo é individual e deve ser construído de maneira diferente para cada atleta.

    Para isso é necessário conhecer os constantes processos de avaliação, através do monitoramento do atleta e através dos testes realizados durante todo o processo de treinamento da temporada.

    Você já pensou em correr dentro da piscina?

    O “aquajogger”, também conhecido como “deep running”, nada mais é do que a corrida na água. Porém, o que muitos não sabem é que essa prática esportiva pode ser usada como meio de recuperação para atletas.

    Esse método foi utilizado pela a primeira vez em 1984. A maratonista americana, Joan Benoit Samuelson, utilizou o ”aquajogger” logo após uma cirurgia no joelho, realizada durante sua preparação para as Olimpíadas de Los Angeles. Depois de sua recuperação, ela venceu e ganhou a medalha de ouro dos jogos.

    Pessoalmente, tive a felicidade de ver, durante os Campeonatos Mundiais de Roma (1987), a atleta norueguesa, Ingrid Kristianssen, realizar o mesmo trabalho na piscina do hotel junto ao seu treinador. Na ocasião, ela realizou dentro da piscina todo o treinamento que deveria ser feito nas ruas. E isso me chamou a atenção. Vi a atleta realizar um forte trabalho contínuo de corrida, fartleks, intervalado intensivo e extensivo por duas semanas na piscina!

    A partir desse momento comecei a utilizar o treinamento na piscina como parte integrante no planejamento de treinamento dos meus atletas, principalmente para a recuperação e regeneração depois de uma carga pesada de treinos.

    Com funciona - No “aquajogger” usamos o próprio corpo como instrumento de trabalho, só que dentro da água. Com isso diminuímos o peso corporal e conseqüentemente o estresse e o trauma causado principalmente nas pernas por causa do impacto.

    Por isso o método é utilizado como forma de programa alternativo quando o atleta está lesionado, ou quando se recupera de uma lesão. É uma boa alternativa para o atleta continuar com atividade física sem perder a forma.

    Essa atividade também melhora o nível de força e a flexibilidade do atleta, porque é realizado na água contra uma resistência constante e promove ao mesmo tempo o desenvolvimento da capacidade cardio-pulmonar.

    Similaridades da corrida na rua e da corrida na piscina:

  • tem a mesma ação de corrida;
  • mesmo tipo de trabalho;
  • similares efeitos fisiológicos no treinamento;
  • mesma possibilidade de intensidade de movimentos.
  • Peculiaridades da corrida na piscina:

  • é realizado em um ambiente diferente com temperatura estável;
  • requer uma grande aplicação de força de forma constante pelo atleta;
  • permite freqüência de passadas lenta ou rápida, como também amplitude de passadas, curta ou longa, de acordo com o trabalho realizado;
  • o atleta não tem fase de recuperação na passada da corrida;
  • devemos realizar sempre intervalos de recuperação curtos entre as repetições e séries;
  • erros técnicos podem ser mais visualizados e conseqüentemente mais fáceis de serem corrigidos.
  • Como realizar a corrida na piscina - A corrida em piscina, geralmente é feita com um colete e deve seguir algumas regras, como:

  • o trabalho é realizado em piscina e o pé do atleta não pode tocar o fundo da piscina;
  • o atleta deve manter o corpo fora da água na altura de seu pescoço;
  • a boca do atleta deve permanecer fora da água facilitando a sua respiração;
  • mantenha o ângulo de visão sempre para frente e não para baixo;
  • o corpo deve permanecer na posição vertical com a coluna ereta e ligeiramente inclinada para frente. Uma inclinação demasiada deve ser evitada;
  • o movimento de braços na piscina é similar ao utilizado na corrida na rua com ação inicial nos ombros e depois aos braços.
  • Conclusão - O “aquajogger” é mais uma forma de treinamento para o atleta que pode ser utilizado na fase de recuperação de lesão, pois elimina o impacto nas articulações, músculos e tendões. É um efetivo treinamento durante a fase de reabilitação do atleta.

    Também beneficia a recuperação do atleta, pois ajuda a retirar o ácido lático após um trabalho forte na pista ou na rua. Muitas vezes é uma combinação de recuperação ativa e massagem, dependendo da forma que for utilizado.

    Deve ser incorporado ao treinamento regular do atleta, pois é uma forma de trabalho de baixo estresse e uma forma adicional de desenvolvimento de capacidade e potencia aeróbica.


    Você já pensou em correr dentro da piscina?

    Atletismo · 21 maio, 2009

    O “aquajogger”, também conhecido como “deep running”, nada mais é do que a corrida na água. Porém, o que muitos não sabem é que essa prática esportiva pode ser usada como meio de recuperação para atletas.

    Esse método foi utilizado pela a primeira vez em 1984. A maratonista americana, Joan Benoit Samuelson, utilizou o ”aquajogger” logo após uma cirurgia no joelho, realizada durante sua preparação para as Olimpíadas de Los Angeles. Depois de sua recuperação, ela venceu e ganhou a medalha de ouro dos jogos.

    Pessoalmente, tive a felicidade de ver, durante os Campeonatos Mundiais de Roma (1987), a atleta norueguesa, Ingrid Kristianssen, realizar o mesmo trabalho na piscina do hotel junto ao seu treinador. Na ocasião, ela realizou dentro da piscina todo o treinamento que deveria ser feito nas ruas. E isso me chamou a atenção. Vi a atleta realizar um forte trabalho contínuo de corrida, fartleks, intervalado intensivo e extensivo por duas semanas na piscina!

    A partir desse momento comecei a utilizar o treinamento na piscina como parte integrante no planejamento de treinamento dos meus atletas, principalmente para a recuperação e regeneração depois de uma carga pesada de treinos.

    Com funciona - No “aquajogger” usamos o próprio corpo como instrumento de trabalho, só que dentro da água. Com isso diminuímos o peso corporal e conseqüentemente o estresse e o trauma causado principalmente nas pernas por causa do impacto.

    Por isso o método é utilizado como forma de programa alternativo quando o atleta está lesionado, ou quando se recupera de uma lesão. É uma boa alternativa para o atleta continuar com atividade física sem perder a forma.

    Essa atividade também melhora o nível de força e a flexibilidade do atleta, porque é realizado na água contra uma resistência constante e promove ao mesmo tempo o desenvolvimento da capacidade cardio-pulmonar.

    Similaridades da corrida na rua e da corrida na piscina:

  • tem a mesma ação de corrida;
  • mesmo tipo de trabalho;
  • similares efeitos fisiológicos no treinamento;
  • mesma possibilidade de intensidade de movimentos.
  • Peculiaridades da corrida na piscina:

  • é realizado em um ambiente diferente com temperatura estável;
  • requer uma grande aplicação de força de forma constante pelo atleta;
  • permite freqüência de passadas lenta ou rápida, como também amplitude de passadas, curta ou longa, de acordo com o trabalho realizado;
  • o atleta não tem fase de recuperação na passada da corrida;
  • devemos realizar sempre intervalos de recuperação curtos entre as repetições e séries;
  • erros técnicos podem ser mais visualizados e conseqüentemente mais fáceis de serem corrigidos.
  • Como realizar a corrida na piscina - A corrida em piscina, geralmente é feita com um colete e deve seguir algumas regras, como:

  • o trabalho é realizado em piscina e o pé do atleta não pode tocar o fundo da piscina;
  • o atleta deve manter o corpo fora da água na altura de seu pescoço;
  • a boca do atleta deve permanecer fora da água facilitando a sua respiração;
  • mantenha o ângulo de visão sempre para frente e não para baixo;
  • o corpo deve permanecer na posição vertical com a coluna ereta e ligeiramente inclinada para frente. Uma inclinação demasiada deve ser evitada;
  • o movimento de braços na piscina é similar ao utilizado na corrida na rua com ação inicial nos ombros e depois aos braços.
  • Conclusão - O “aquajogger” é mais uma forma de treinamento para o atleta que pode ser utilizado na fase de recuperação de lesão, pois elimina o impacto nas articulações, músculos e tendões. É um efetivo treinamento durante a fase de reabilitação do atleta.

    Também beneficia a recuperação do atleta, pois ajuda a retirar o ácido lático após um trabalho forte na pista ou na rua. Muitas vezes é uma combinação de recuperação ativa e massagem, dependendo da forma que for utilizado.

    Deve ser incorporado ao treinamento regular do atleta, pois é uma forma de trabalho de baixo estresse e uma forma adicional de desenvolvimento de capacidade e potencia aeróbica.