Após uma prova intensa, muitos atletas se perguntam o que fazer para retomar a rotina sem comprometer o corpo. Uma das estratégias mais recomendadas por especialistas é a recuperação ativa, prática que envolve a realização de atividades físicas leves para ajudar o organismo a se recuperar de forma mais eficiente.
Segundo o Dr. Clayton Luiz Dornelles Macedo, endocrinologista, médico do esporte e integrante das equipes do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto Cohen, a recuperação ativa “é uma estratégia para se recuperar após exercício e a ideia é que ela vai envolver atividades físicas leves em vez de fazer um repouso absoluto”. Ele explica que esse tipo de recuperação “acelera a limpeza do organismo, remove os metabólitos acumulados durante o exercício intenso, melhora o fluxo sanguíneo, reduz dores musculares e propicia uma recuperação mais eficiente”.
Nos dias seguintes à prova, o ideal é reduzir a intensidade do exercício e investir em práticas que estimulem a circulação sem sobrecarregar os músculos. “O foco deve ser exatamente isso: estimular a circulação para eliminar os resíduos do metabolismo, manter a mobilidade articular, evitar a rigidez muscular e preparar o corpo para um retorno progressivo depois”, orienta o médico.
Além disso, ele reforça a importância de manter a hidratação, cuidar da alimentação e incluir alongamentos suaves ou, se necessário, técnicas como massoterapia e crioterapia.
As opções de atividades são muitas. Caminhadas leves de 20 a 45 minutos, pedaladas em ritmo regenerativo, natação recreativa, yoga, alongamentos dinâmicos, mobilidade articular e até caminhadas dentro da água são exemplos eficazes. “Ele precisaria manter uma intensidade que fosse menor de exercício, normalmente a gente calcula de 30 a 50% da frequência cardíaca máxima”, recomenda o Dr. Clayton.
A recuperação ativa é indicada para a maioria dos atletas. No entanto, o especialista alerta que é preciso considerar o nível de fadiga, o tipo de prova e a condição clínica do atleta. “Se ele fez uma exaustão extrema ou uma lesão, talvez inicialmente precise de um repouso passivo. E atletas menos condicionados às vezes também precisam de um descanso maior”, finaliza.
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Portanto, a recuperação ativa é uma ferramenta valiosa, desde que adaptada às necessidades individuais de cada atleta e respeitando seus limites e oferecendo ao corpo o suporte necessário para se recuperar bem e continuar evoluindo.