Lendo a opinião de Jonathan Gaut, do portal Lets Run, fiquei pensando o que seria uma grande meta para o queniano Eliud Kipchoge, que acaba de vencer a Maratona de Berlin com o tempo de 2h01min39, com absurda média de 2min53/quilômetro e destruir o Recorde Mundial de 2h02min57.
Qual seria um desafio à altura daquilo que já fez?
Como ganhou a medalha de ouro nos Jogos Rio 2016, é provável que queira ser bicampeão, em Tokyo 2020. É uma grande meta, mas que está bem longe (23 meses) e dentro desse período, ainda pode realizar algo desafiador.
Já venceu Berlim 3 vezes, Londres 2 vezes, maratonas que há anos são as mais competitivas do mundo. Hamburgo e Roterdã venceu uma vez cada, não tendo motivo para correr novamente essas provas.
Poderia pensar em correr uma ou duas das outras 3 majors: Boston, New York ou Tokyo, mas isso não mudaria nada na vida, salvo receba um cachê muito alto.
Mas e buscar a tão falada, há mais de 15 anos, maratona abaixo de 2h?
Em uma prova oficial pela IAAF, baixar esses 1min39 matematicamente e fisiologicamente é algo distante. Esqueçamos o que dizem os emocionados, que não entendem de fisiologia e estatísticas.
Para começar, nem os melhores pacemakers conseguem o acompanhar por mais de meia maratona. Vale lembrar que na passagem dos 30k em Berlim, correndo sozinho desde os 21k ele estabeleceu o novo recorde mundial da distância, com tempo de 1h26min45.
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Se organizarem novamente a maratona especial em Monza, que não é oficial e está fora dos padrões IAAF, com percurso plano, pacers de alto nível se revezando, carro madrinha cortando o vento e clima ideal, onde ano passado obteve o tempo de 2h0025, quem sabe?
E se ele conseguir novamente atingir a mesma forma de sua última maratona em Berlim, acredito que a façanha possa ser realizada. Está aí um grande desafio, que além de render muita mídia a seus patrocinadores, renderá a Kipchoge e equipe um retorno financeiro e histórico sem precedentes.