O futebol é um esporte coletivo, de muito contato físico com outros jogadores. Se os profissionais já sofrem com os choques e lances mais incisivos, imagine os amadores. Algumas lesões, como fraturas, distensões musculares e até rupturas de tendão, por exemplo, às vezes podem ser invitáveis, por mais que se tome cuidado.
A modalidade disputada dentro das quatro linhas exige corridas intensas, aceleração e desaceleração com períodos de recuperação ativa ou passiva, variações de deslocamentos, que podem ajudar a fortalecer as articulações e desenvolver a coordenação motora. Para o treinador Eduardo Barbosa, da Quark Sports, a base dos dois esportes é a mesma, no entanto no primeiro, esse trabalho é feito de uma forma mais contínua do que na modalidade coletiva.
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“Apesar da base de ambos ser a mesma, a corrida mais intensa é um trabalho de fortalecimento de membros inferiores diferentes do que o futebol proporciona, já que é um trabalho intermitente, você corre, para, corre, para, dá pequenos piques e assim por diante”, explica.
Agora pensar nos dois esportes juntos, para Eduardo é um assunto polêmico. “Eu digo a todo mundo: se você busca desempenho, tem que escolher um. Se o objetivo de um corredor, por exemplo, é uma maratona, o futebol vai prejudicar a corrida, os treinos e todo o rendimento esportivo, sem falar no risco de lesões”, afirma o treinador.
Agora, se a pessoa não almeja superar grandes desafios nem em uma modalidade, nem na outra, não há problemas em praticar ambas já que isso vai ser levado de forma “recreativa”. Só não se pode exagerar e ficar atento com o corpo para evitar lesões. “Eu tinha um aluno corredor que também jogava bola, ele teve várias lesões e era difícil que admitisse que o motivo era o futebol. Enquanto isso, outro aluno meu que também pratica os dois optou por correr e deixar o futebol para as férias, o que foi ótimo para ele, a corrida com frequência deixou ele bem mais condicionado fisicamente e quando ia para o futebol, jogava melhor”, conta.