Deficientes visuais, intelectuais e cadeirantes participam da Meia Maratona Internacional de Florianópolis

Carolina Abrantes | Inclusão no Esporte · 14 nov, 2017

Foto: Divulgação

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Entre os 5 mil atletas confirmados na Meia Maratona Internacional de Florianópolis (SC), que acontece no próximo domingo (19), 48 terão uma experiência ainda mais fora do convencional. Os 11 deficientes visuais integrantes do Projeto Sexto Sentido vão realizar o trajeto com corredores-guia: voluntários que se dedicam a acompanhar aqueles que não conseguem ver. Já o Instituto Paulo Escobar vai levar 37 cadeirantes e deficientes intelectuais para o evento, junto com atletas que empurrarão os seus meios de locomoção.

Os dois projetos são apoiados pela Corre Brasil, organizadora do evento. A prova é patrocinada pela Uninter e terá percursos de 21k, 10k e 5k.

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As inscrições antecipadas já foram encerradas e quem quiser participar pode tentar uma das 100 últimas vagas na sexta-feira (17), das 14h às 20h, e sábado (18), das 10h às 18h, durante a entrega de kits, que acontece na Praça Sesquicentenário da Polícia Militar (Av. Jornalista Rubens de Arruda Ramos, s/nr. Centro). Na mesma data, os inscritos anteriormente devem levar 1kg de alimento não perecível, que será doado a entidades locais.

O coordenador do Projeto Sexto Sentido, Eduardo Santos, diz que o programa tem como objetivo integrar os paratletas e formar novos atletas guias. “Através do apoio de organizadores como a Corre Brasil, conseguimos aproximar os deficientes visuais do esporte e mostrar que eles podem quebrar barreiras e realizar sonhos”, comenta.

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Integração também é a palavra-chave para Paulo Escobar, que preside o Instituto homônimo. Ele conta que ouve depoimentos das famílias sobre os paratletas dormirem abraçados com as medalhas e emocionados com a troca de energia com os outros participantes. “Há um ano tínhamos quatro paratletas. Hoje são 37. As pessoas estão vendo que é possível integrar essas pessoas e proporcionar experiências únicas através do esporte”, diz. Além da corrida, a entidade trabalha também com stand-up paddle, surf e skate para práticas adaptadas. “É um sonho se realizando”, define Paulo.

O diretor da Corre Brasil, Ricardo Ziehlsdorff, diz que o apoio a estes projetos e a outros existentes em Santa Catarina, está alinhado com os valores da empresa. “Nós acreditamos na corrida como um esporte democrático, que pode proporcionar momentos únicos para qualquer pessoa. Através destes voluntários, ampliamos este conceito ainda mais e isso nos enche de orgulho”, comenta.

 

Carolina Abrantes

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Estudante de jornalismo, já metida a repórter. Encantada pelo mundo dos esportes e pela forma como eles podem mudar a vida das pessoas.