Um dos produtos mais vendidos em supermercados, adegas e estabelecimentos comerciais com certeza é a cerveja. No universo da corrida, onde os treinos para as provas são prioridade, não é diferente. Muitos corredores finalizam o longão do final de semana com uma “gelada”, considerada por muitos ideal para se refrescar depois da atividade.
Apesar de ajudar na recuperação muscular após o exercício, devido aos nutrientes vindos do lúpulo, a cerveja também tem seu lado ruim. “Pensar na cerveja como pós treino, ela teria o aporte para repor o carboidrato, algumas vitaminas do complexo B, sódio, potássio, cálcio, fósforo e magnésio, que são essenciais para recuperação muscular, mas deixaria a desejar na proteína”. É o que explica a nutricionista da estima nutrição, Edvânia Soares.
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Vale ressaltar que o álcool presente na bebida aumenta a desidratação, o que prejudica o rendimento na corrida e em outras atividades. Para evitar a perda de água causada pela cerveja, é aconselhado a combinação com algum suplemento de eletrólitos, ou alternar entre um gole da bebida com um gole de água (ou água de coco). Para algumas pessoas, vale também considerar a opção sem álcool da bebida, já que mantém as propriedades nutricionais e não causam nenhum malefício.
Quando evitar o consumo de cerveja
O endocrinologista Renato Zilli explica que a cerveja não deve ser consumida antes de um treino, apenas depois. “Além da demanda da atividade física, o álcool pode aumentar esse risco de dor no peito e piorar a insuficiência cardíaca congestiva. Dependendo da quantidade de bebida ingerida, também pode aumentar a pressão arterial,” comenta.
A longo prazo, a ingestão do álcool pode aumentar os triglicérides no sangue (um tipo de colesterol), além de levar a insônia, doenças hepáticas, pancreatite e úlceras no estômago. Além disso, quando consumida antes do treino, a bebida pode afetar diretamente a mecânica da corrida, com pisadas e movimentos realizados da maneira incorreta.
Um dos efeitos no corpo é também prejudicar a regulação da temperatura corporal. Edvânia explica que isso acontece porque um corpo desidratado não tem a sudorese necessária para a troca de temperatura, assim, compromete a performance dos corredores.
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“Por outro lado, pós corrida ou qualquer exercício de alta intensidade, o metabolismo está acelerado e esta é a melhor hora de beber uma cervejinha com moderação”, finaliza a nutricionista.
*Fontes: Dr. Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês (CRM 110.130).
Edvânia Soares (CRN3 – 18435), nutricionista da estima nutrição.