Foi apenas nos metros finais da Maratona Internacional da Califórnia, em dezembro, quando ela ouviu seu marido, Michael, gritando de uma esquina – Você vai fazer isso! – que Molly Friel acreditou plenamente que estava prestes a se qualificar para a Maratona dos Jogos Olímpicos de 2020.
Não foi fácil alcançar o objetivo. Além de seus 50 anos – idade considerada avançada para os desafios de ser uma maratonista, Molly enfrentou durante o período de treinos muitas dores isquiotibiais, que a fizeram reduzir o ritmo de exercícios.
Com sua corrida, a atleta que vive em Fresno, Califórnia, tornou-se a segunda mulher mais velha a qualificar para uma maratona olímpica (a mais velha foi Irma Marion Irvine, tinha 54 anos, mas naquela época o padrão de qualificação era seis minutos mais lento do que as 2h45 de hoje).
Algumas estatísticas mostram que ela terminou em 2h43min57, bem abaixo do tempo que precisava. Ela teve uma média de 6min15 de ritmo.
“Ela é casca grossa”, diz Ian Torrence, treinador de Molly nos últimos cinco anos. “Ela sabe como superar a dor”.
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Veja algumas curiosidades da vida de Molly
– Seu treinamento é baseado em alta quilometragem, que varia semanalmente entre 140 km e 160 km. Ela afirma que ama treinar, “gosto mais do processo de preparação do que dos resultados finais”.
– Nos dias em que a atleta sentia mais dor, seu treinador Torrence, passava sessões de treino mais fáceis, para mantê-la ativa como corredora e não prejudicar sua flexibilidade.
– Sua nutrição é suspeita. Se o marido não estiver por perto, ela come muitas “porcarias”. “Eu gosto de junk food, doces e biscoitos.”
– Molly tem parceiros de treinamento, tanto corredores, quanto cães. Um de seus três cachorros, Flynn, faz até 22 km por corrida. Outro, Buster, é bom para cerca de 5 km. O terceiro, Pogi, costuma ficar em casa mesmo.
– A atleta também trabalha 20 horas por semana como secretária jurídica. Não tem o hábito de acordar cedo para treinar e nunca esteve em uma grande maratona como a de Boston.
– Molly conta que antes das corridas ainda fica nervosa, isso acontece desde que tinha 20 anos e ela ainda se pega pensando “Por que estou fazendo isso de novo?
“É muito legal para um treinador montar um plano e fazer o atleta segui-lo trabalhando junto nisso – e não contra você. Molly é uma das minhas atletas menos complicadas. Ela sabe como cuidar de si mesma. Eu apenas aponto o ônibus na direção certa e ela o dirige”, afirma o treinador.