Corridas de Rua · 16 dez, 2010
Três atletas brasileiras tentarão acabar com a hegemonia das africanas na Corrida Internacional de São Silvestre no próximo dia 31: Fabiana Cristine da Silva (vice-campeã da edição de 2008), Cruz Nonata (quinta colocada em 2009) e Simone Alves da Silva. As atletas, da BM&F Bovespa, são as três fortes candidatas ao pódio da última corrida de 2010.
Fabiana Cristine da Silva venceu os 5.000m e os 10.000 m do Troféu Brasil, em setembro, disputou mais uma série de competições e foi vice-campeã da Corrida Internacional Cidade de Guarulhos no último domingo (12/12). "Para quem corre na rua é importante competir o ano todo para manter o ritmo. Neste ano consegui os resultados que esperava em todas as provas que disputei e não tive lesões", diz entusiasmada.
Para ganhar mais força, Fabiana também vem fazendo treinos mais longos. "A São Silvestre é uma prova muito dura. É preciso controlar o desespero de cruzar logo a linha de chegada", acrescenta a atleta que está confiante em melhorar o tempo conquistado em 2008. "Naquele ano tinha feito um treinamento todo focado na prova e uma semana antes comecei a me sentir mal. Tive que mudar toda a estratégia, pois tudo depende de como você estará no dia", reflete.
Assim como Fabiane, Cruz Nonata também vive uma ótima fase, foi vice-campeã nos 5.000m e nos 10.000m do Troféu Brasil e também conquistou três vitórias sobre as quenianas nesta temporada: se consagrou como bicampeã da 10K Brasil, em São Paulo, superando Dorcas Jepchirchir Kiptarus; depois conquistou uma medalha de ouro na 10K da Virada Esportiva (chegou à frente de Ednah Mukhwa), e também venceu a 10K Rio Corrida Pan-Americana, no Rio de Janeiro, onde bateu o recorde da prova em 34min13 e deixou para trás a corredora Bornes Jepkirui Kitur .
Perspectivas - Para José Alessandro da Silva, orientador de Cruz na cidade de Ceilândia, em Brasília, a atleta está fazendo um trabalho de base, focando principalmente a resistência e a força. Mesmo com esse treinamento ela vem conseguindo correr bem, o que traz perspectivas de melhorar o resultado na São Silvestre", analisa. "Mas a São Silvestre é uma prova traiçoeira. Vai depender de vários fatores, como o clima, o ritmo das adversárias e as condições da própria Cruz.
Já de acordo com Adauto Domingues, técnico das fundistas, a prova feminina é sempre mais complicada, porque há mais equilíbrio entre as competidoras. Mas, se a situação atual se mantiver, com a participação das quenianas que já estão aqui, tanto a Fabiana, Cruz e Simone têm grandes chances de ir ao pódio.
Sobre a corredora Simone Alves da Silva, que completa o trio feminino da equipe azul e branca, Adauto Domingues afirma que ela também vem treinando bem, embora esteja sem ritmo de competição por estar três meses sem participar de provas. A Simone fez uma boa temporada em sua estreia na pista e pode brigar pelo pódio". A última brasileira a vencer a São Silvestre foi Lucélia Peres, em 2006. Antes dela, Marizete Rezende (2002), Maria Zeferina Baldaia (2001), Roseli Machado (1996) e Carmem Oliveira (1995) representaram o Brasil no topo do pódio.
Lesão · 17 jan, 2025
Corrida · 14 jan, 2025