Lesão · 03 mar, 2020
Muitas pessoas têm dúvida sobre tendinite e tendinopatia. Normalmente a pergunta mais freqüente é se os dois são a mesma coisa. Vamos por partes. Os tendões do corpo humano são faixas de tecido conjuntivo compostas por colágeno em sua maior parte, com baixo suprimento sangüíneo e difícil cicatrização, que fazem a conexão entre os músculos e os ossos, responsáveis pelo movimento de nossos membros. A conexão tendão-osso recebe o nome de entésio, e as doenças que afetam esta região são denominadas de entesopatias.
O tendão é o componente principal do conjunto músculo-tendão-osso, sendo um tecido freqüentemente acometido por um grupo de sinais e sintomas que envolvem dor crônica (mais de três semanas) com piora progressiva, inchaço, aumento de espessura, redução da mobilidade, que melhora após o aquecimento, diminuição da força de impulso, calcificações e eventualmente ruptura tendínea. Esta síndrome é chamada de tendinopatia pela literatura médica atual, ao invés de tendinite, termo tradicionalmente utilizado de forma errônea na prática clínica para diagnosticar a dor crônica no tendão.
O termo tendinite implica na formação de um processo inflamatório responsável pelo surgimento da dor, porém, as evidências do estudo microscópico e bioquímico do tendão apontam para a presença de uma lesão no corpo do tendão descrita como tendinose.
Não podemos excluir a ocorrência da inflamação durante os estágios iniciais desta doença, porém, a literatura atual reserva o termo tendinite para processos inflamatórios agudos envolvendo a bainha tendínea (membrana que envolve o tendão), enquanto que tendinopatia é o termo mais adequado para descrever quadros de dor crônica nos tendões, acompanhada dos sinais e sintomas já descritos anteriormente.
Principais causas -Todos os seres humanos começam a apresentar uma redução de elasticidade de seus tecidos a partir dos 25 anos de idade, porém, esta perda começa a se acentuar durante a quarta década de vida (31 a 40 anos). Portanto exercícios de alongamento realizados diariamente auxiliam na manutenção da flexibilidade do sistema músculo-esquelético e na prevenção de tendinopatias.
Diversos fatores são predisponentes a esta condição, incluindo os fatores intrínsecos (relacionados ao atleta) como alterações biomecânicas (ex.: pés cavos ou planos), desalinhamento e/ou discrepância do comprimento de membros inferiores, hipermobilidade articular e déficit de alongamento e/ou fortalecimento muscular. Os fatores extrínsecos (relacionados ao meio ambiente) envolvem erros de treinamento (aumento indevido de volume, frequência, intensidade), deficiências técnicas, uso de tênis inadequado e superfície desfavorável para a corrida.
O diagnóstico das tendinopatias é fundamentalmente clínico, pois os exames de imagem podem detectar alterações anatômicas proporcionais às suas condições técnicas, mas que muitas vezes apresentam apenas limitada correlação com o quadro clínico do paciente.
Seu tratamento envolve diversos aspectos e pode ser bastante trabalhoso e demorado: repouso relativo com ênfase em atividades aeróbicas alternativas à corrida, medicação analgésica e/ou antiinflamatória, medidas fisioterápicas para redução da dor e ganho de amplitude de movimento do local, exercícios de alongamento e programas de fortalecimento muscular normalmente são recomendados.
Lesão · 03 mar, 2020
Muitas pessoas têm dúvida sobre tendinite e tendinopatia. Normalmente a pergunta mais freqüente é se os dois são a mesma coisa. Vamos por partes. Os tendões do corpo humano são faixas de tecido conjuntivo compostas por colágeno em sua maior parte, com baixo suprimento sangüíneo e difícil cicatrização, que fazem a conexão entre os músculos e os ossos, responsáveis pelo movimento de nossos membros. A conexão tendão-osso recebe o nome de entésio, e as doenças que afetam esta região são denominadas de entesopatias.
O tendão é o componente principal do conjunto músculo-tendão-osso, sendo um tecido freqüentemente acometido por um grupo de sinais e sintomas que envolvem dor crônica (mais de três semanas) com piora progressiva, inchaço, aumento de espessura, redução da mobilidade, que melhora após o aquecimento, diminuição da força de impulso, calcificações e eventualmente ruptura tendínea. Esta síndrome é chamada de tendinopatia pela literatura médica atual, ao invés de tendinite, termo tradicionalmente utilizado de forma errônea na prática clínica para diagnosticar a dor crônica no tendão.
O termo tendinite implica na formação de um processo inflamatório responsável pelo surgimento da dor, porém, as evidências do estudo microscópico e bioquímico do tendão apontam para a presença de uma lesão no corpo do tendão descrita como tendinose.
Não podemos excluir a ocorrência da inflamação durante os estágios iniciais desta doença, porém, a literatura atual reserva o termo tendinite para processos inflamatórios agudos envolvendo a bainha tendínea (membrana que envolve o tendão), enquanto que tendinopatia é o termo mais adequado para descrever quadros de dor crônica nos tendões, acompanhada dos sinais e sintomas já descritos anteriormente.
Principais causas -Todos os seres humanos começam a apresentar uma redução de elasticidade de seus tecidos a partir dos 25 anos de idade, porém, esta perda começa a se acentuar durante a quarta década de vida (31 a 40 anos). Portanto exercícios de alongamento realizados diariamente auxiliam na manutenção da flexibilidade do sistema músculo-esquelético e na prevenção de tendinopatias.
Diversos fatores são predisponentes a esta condição, incluindo os fatores intrínsecos (relacionados ao atleta) como alterações biomecânicas (ex.: pés cavos ou planos), desalinhamento e/ou discrepância do comprimento de membros inferiores, hipermobilidade articular e déficit de alongamento e/ou fortalecimento muscular. Os fatores extrínsecos (relacionados ao meio ambiente) envolvem erros de treinamento (aumento indevido de volume, frequência, intensidade), deficiências técnicas, uso de tênis inadequado e superfície desfavorável para a corrida.
O diagnóstico das tendinopatias é fundamentalmente clínico, pois os exames de imagem podem detectar alterações anatômicas proporcionais às suas condições técnicas, mas que muitas vezes apresentam apenas limitada correlação com o quadro clínico do paciente.
Seu tratamento envolve diversos aspectos e pode ser bastante trabalhoso e demorado: repouso relativo com ênfase em atividades aeróbicas alternativas à corrida, medicação analgésica e/ou antiinflamatória, medidas fisioterápicas para redução da dor e ganho de amplitude de movimento do local, exercícios de alongamento e programas de fortalecimento muscular normalmente são recomendados.
Caminhada · 19 jan, 2011
A tendinopatia (tendinite) do tendão de Aquiles, ou tendão calcâneo segundo a nova nomenclatura, é bastante comum no meio dos praticantes de corrida de longa distância e se trata de um quadro clínico de degeneração e caracterizada por um processo de desgaste do corpo do tendão. Ele pode ser visualizado por exames de imagem como a ressonância magnética.
Esta condição é difícil de ser tratada, pois o tecido acometido é pouco vascularizado e, portanto, com limitada capacidade de recuperação. As medidas fisioterápicas para analgesia (melhora da dor) estão bem indicadas, assim como uso de gelo e a elevação da parte posterior do pé através do uso de uma calcanheira de silicone.
Na minha experiência no tratamento de inúmeros casos de tendinopatia de Aquiles, constatei que os exercícios de contração excêntrica da panturrilha são mais eficazes. Este tipo de exercício é aquele no qual os músculos da panturrilha são alongados enquanto fazem força.
Em casos crônicos o uso de medicação anti-inflamatória não está indicado, pois não existe mais um processo inflamatório, mas sim uma degeneração tecidual.
Caminhada · 19 jan, 2011
A tendinopatia (tendinite) do tendão de Aquiles, ou tendão calcâneo segundo a nova nomenclatura, é bastante comum no meio dos praticantes de corrida de longa distância e se trata de um quadro clínico de degeneração e caracterizada por um processo de desgaste do corpo do tendão. Ele pode ser visualizado por exames de imagem como a ressonância magnética.
Esta condição é difícil de ser tratada, pois o tecido acometido é pouco vascularizado e, portanto, com limitada capacidade de recuperação. As medidas fisioterápicas para analgesia (melhora da dor) estão bem indicadas, assim como uso de gelo e a elevação da parte posterior do pé através do uso de uma calcanheira de silicone.
Na minha experiência no tratamento de inúmeros casos de tendinopatia de Aquiles, constatei que os exercícios de contração excêntrica da panturrilha são mais eficazes. Este tipo de exercício é aquele no qual os músculos da panturrilha são alongados enquanto fazem força.
Em casos crônicos o uso de medicação anti-inflamatória não está indicado, pois não existe mais um processo inflamatório, mas sim uma degeneração tecidual.
Caminhada · 29 jun, 2010
Nome: João Batista
Idade: 48
Dúvida: Qual o melhor tratamento para tendinopatia do supraespinhoso, algum exercício é recomendável para alivio da dor? Há algum tratamento ou cura, pois isso dói muito e deixa a gente irritadíssimo. Chego até perder o sono.
Resposta: O tratamento é feito após uma ressonância magnética para saber qual é a causa desta tendinite, ou seja, se é de origem mecânica ou estrutural. Evitar carregar muito peso e erguer o braço acima da linha do ombro ajuda que a não aumentar a dor. Procure orientação medica e faça um tratamento com um profissional especializado.
Resposta concedida pelo fisioterapeuta David Homsi. Especialista em fisioterapia esportiva e RPG, hoje ministra palestras e é responsável pelo centro de estudos e projeto running da clínica Dr. Osmar de Oliveira: www.davidhomsi.com.br
Caminhada · 29 jun, 2010
Nome: João Batista
Idade: 48
Dúvida: Qual o melhor tratamento para tendinopatia do supraespinhoso, algum exercício é recomendável para alivio da dor? Há algum tratamento ou cura, pois isso dói muito e deixa a gente irritadíssimo. Chego até perder o sono.
Resposta: O tratamento é feito após uma ressonância magnética para saber qual é a causa desta tendinite, ou seja, se é de origem mecânica ou estrutural. Evitar carregar muito peso e erguer o braço acima da linha do ombro ajuda que a não aumentar a dor. Procure orientação medica e faça um tratamento com um profissional especializado.
Resposta concedida pelo fisioterapeuta David Homsi. Especialista em fisioterapia esportiva e RPG, hoje ministra palestras e é responsável pelo centro de estudos e projeto running da clínica Dr. Osmar de Oliveira: www.davidhomsi.com.br