Ultra Maratona · 14 nov, 2004
Nascido em 05/01/58 em Rio Branco (AC), João Alves de Souza, o Passarinho foi um dos maiores atletas brasileiros nos anos 80/90. Acompanhou a mudança de sua família para Belém (PA) aos 2 anos de idade, onde passou toda a sua infância.
O começo aprendendo a jogar bola - Comecei jogando futebol. Era o último a ser escalado, quando faltava alguém. Passarinho ainda lembra do técnico da escola: Esquece isso de jogar futebol. Você corre demais com a bola e o campo acaba antes de você se livrar dela! Por quê não tenta as corridas?. Foi, então, apresentado a João de Deus, técnico do Clube 7 de Setembro. Venceu sua primeira competição logo na primeira semana. Continuou vencendo e seu talento despertou o interesse do Clube do Remo. Como infanto-juvenil já integrava a equipe e complicava a vida dos adultos. Tudo aconteceu muito rapidamente. Quando ia para a pista me sentia à vontade e tudo vinha naturalmente. Sua primeira grande competição foram os Jogos Estudantis Brasileiros (JEBs) de 74, em Brasília. E em 75 lá estava ele novamente nos JEBs, conquistando o 2o lugar.
João virá Passarinho - Em 76 João competiu e venceu a Volta da Pampulha. Foi lá que ganhei o apelido, recorda. Disseram que eu era muito pequeno e voava como um passarinho... A partir daí começou a receber convites de equipes de todo o Brasil todos recusados. Eu tinha medo de deixar a segurança da minha família. O CR Flamengo insistiu e acabou convencendo o atleta a tentar a sorte. Fiquei lá 2 anos, treinando e competindo, lembra. Seu ídolo era o grande atleta Eloy Schleder, de quem não esconde admiração até hoje, e de quem se tornou um grande amigo. Queria treinar e correr como ele.
Depois do Flamengo, competi pela ADPM de São Paulo e pelo Sesi Santo André a equipe virou Funilense em 90. Competi até 94.
As Conquistas - As principais conquistas de Passarinho foram 7 participações em Campeonatos Mundiais (Cross Country), 3 pódios na São Silvestre (sempre como o melhor brasileiro), vitórias nos 5.000 e 10.000m no Campeonato Brasileiro e Troféu Brasil, conquistas de provas internacionais (Maratona RJ e Meia-Maratona RJ e Maratona de Munique) e dezenas de outras provas. Mas o troféu mais valioso carrego junto comigo a todos os lugares onde vou: os amigos que pude fazer e cultivar ao longo de todos esses anos.
A parada forçada - O excesso de treinos e competições cobrou o seu preço: em 94 foi detectada uma fratura por estresse. Durante 6 longos e difíceis anos, Passarinho teve de aguardar a recuperação. Foram os anos mais difíceis da minha vida. Fiquei longe das competições, mas não abandonei o atletismo. Aproveitou o período para estudar (atualmente é administrador de uma fazenda em Campinas). Não posso deixar de lembrar que, mesmo ausente das competições, a equipe continuou me patrocinando. Só tenho a agradecer à pessoa do Sérgio L. C. Nogueira.
A volta as pistas - Há 3 anos, recuperado da lesão, Passarinho aceitou o convite para Diretor Técnico da CUCA (Corredores Unidos de Campinas) e lá ficou até 2002. Nesse período coloquei como objetivo o treinamento de novos atletas, procurando passar minha experiência. No final de 2002, passou a ser o Diretor Técnico da SERGEL SPORTS, uma equipe amadora de Campinas, na qual permanece até hoje. Meu desejo é poder dar aos novos atletas oportunidades que outros também me deram. Devo confessar que me realizo a cada bom resultado de um dos meus atletas. E não poupa elogios ao patrocinador da sua atual equipe, Sérgio A. Silveira: O Sérgio custeia a sua equipe por amor ao atletismo, mesmo que isso não se reverta em lucro para os seus negócios.
O futuro - O meu tempo de atleta já passou; agora é a vez das novas gerações, afirma Passarinho. Mas não acreditem nisso completamente. O Passarinho treinador colocou seu uniforme de atleta no começo deste ano para vencer a difícil Maratona das Águas. E não se surpreendam se o nome dele ainda aparecer no topo de provas de longas distâncias como Maratonas e Ultramaratonas: ele continua ativo e cada vez mais experiente.
Ultra Maratona · 14 nov, 2004
Nascido em 05/01/58 em Rio Branco (AC), João Alves de Souza, o Passarinho foi um dos maiores atletas brasileiros nos anos 80/90. Acompanhou a mudança de sua família para Belém (PA) aos 2 anos de idade, onde passou toda a sua infância.
O começo aprendendo a jogar bola - Comecei jogando futebol. Era o último a ser escalado, quando faltava alguém. Passarinho ainda lembra do técnico da escola: Esquece isso de jogar futebol. Você corre demais com a bola e o campo acaba antes de você se livrar dela! Por quê não tenta as corridas?. Foi, então, apresentado a João de Deus, técnico do Clube 7 de Setembro. Venceu sua primeira competição logo na primeira semana. Continuou vencendo e seu talento despertou o interesse do Clube do Remo. Como infanto-juvenil já integrava a equipe e complicava a vida dos adultos. Tudo aconteceu muito rapidamente. Quando ia para a pista me sentia à vontade e tudo vinha naturalmente. Sua primeira grande competição foram os Jogos Estudantis Brasileiros (JEBs) de 74, em Brasília. E em 75 lá estava ele novamente nos JEBs, conquistando o 2o lugar.
João virá Passarinho - Em 76 João competiu e venceu a Volta da Pampulha. Foi lá que ganhei o apelido, recorda. Disseram que eu era muito pequeno e voava como um passarinho... A partir daí começou a receber convites de equipes de todo o Brasil todos recusados. Eu tinha medo de deixar a segurança da minha família. O CR Flamengo insistiu e acabou convencendo o atleta a tentar a sorte. Fiquei lá 2 anos, treinando e competindo, lembra. Seu ídolo era o grande atleta Eloy Schleder, de quem não esconde admiração até hoje, e de quem se tornou um grande amigo. Queria treinar e correr como ele.
Depois do Flamengo, competi pela ADPM de São Paulo e pelo Sesi Santo André a equipe virou Funilense em 90. Competi até 94.
As Conquistas - As principais conquistas de Passarinho foram 7 participações em Campeonatos Mundiais (Cross Country), 3 pódios na São Silvestre (sempre como o melhor brasileiro), vitórias nos 5.000 e 10.000m no Campeonato Brasileiro e Troféu Brasil, conquistas de provas internacionais (Maratona RJ e Meia-Maratona RJ e Maratona de Munique) e dezenas de outras provas. Mas o troféu mais valioso carrego junto comigo a todos os lugares onde vou: os amigos que pude fazer e cultivar ao longo de todos esses anos.
A parada forçada - O excesso de treinos e competições cobrou o seu preço: em 94 foi detectada uma fratura por estresse. Durante 6 longos e difíceis anos, Passarinho teve de aguardar a recuperação. Foram os anos mais difíceis da minha vida. Fiquei longe das competições, mas não abandonei o atletismo. Aproveitou o período para estudar (atualmente é administrador de uma fazenda em Campinas). Não posso deixar de lembrar que, mesmo ausente das competições, a equipe continuou me patrocinando. Só tenho a agradecer à pessoa do Sérgio L. C. Nogueira.
A volta as pistas - Há 3 anos, recuperado da lesão, Passarinho aceitou o convite para Diretor Técnico da CUCA (Corredores Unidos de Campinas) e lá ficou até 2002. Nesse período coloquei como objetivo o treinamento de novos atletas, procurando passar minha experiência. No final de 2002, passou a ser o Diretor Técnico da SERGEL SPORTS, uma equipe amadora de Campinas, na qual permanece até hoje. Meu desejo é poder dar aos novos atletas oportunidades que outros também me deram. Devo confessar que me realizo a cada bom resultado de um dos meus atletas. E não poupa elogios ao patrocinador da sua atual equipe, Sérgio A. Silveira: O Sérgio custeia a sua equipe por amor ao atletismo, mesmo que isso não se reverta em lucro para os seus negócios.
O futuro - O meu tempo de atleta já passou; agora é a vez das novas gerações, afirma Passarinho. Mas não acreditem nisso completamente. O Passarinho treinador colocou seu uniforme de atleta no começo deste ano para vencer a difícil Maratona das Águas. E não se surpreendam se o nome dele ainda aparecer no topo de provas de longas distâncias como Maratonas e Ultramaratonas: ele continua ativo e cada vez mais experiente.