Corridas de Rua · 03 nov, 2011
Aconteceu no feriado de dois de novembro, com largada às 7h em frente às escadarias da TV Gazeta, um treino protesto no tradicional percurso de 15 quilômetros da Corrida de São Silvestre. O evento reuniu cerca de 300 corredores em defesa da manutenção da chegada da corrida na Avenida Paulista e não no Obelisco do Ibirapuera, como estão anunciando os organizadores do evento, indo contra a manutenção de uma das principais tradições da cidade de São Paulo.
O treino foi organizado por um grupo denominado São Silvestre na Paulista, formado por diversos jornalistas/corredores e treinadores e contou com o importantíssimo apoio da Polícia Militar, representada pelo 1º Tenente da CPA M1, Sr. André Zandonadi, um dos mais experientes da cidade na coordenação da polícia em eventos de massa. Além disso, também houve apoio da CET e da SPTRANS. Foram várias motos e viaturas distribuídas pelo trajeto que garantiram a integridade física dos manifestantes e colaboraram para que o trânsito não fosse prejudicado.
Entre o grupo de corredores que protestaram e fizeram o percurso estava o Senador da República Eduardo Suplicy, José João da Silva, bicampeão da São Silvestre, diversos treinadores, jornalistas de esportes e corredores apaixonados. Esteve também no evento o Dr. Henrique Cabrita, médico ortopedista, que reforçou o grande risco que correm os participantes com a inclusão da descida íngreme da Brigadeiro no quilômetro 13,5, sobretudo aqueles que não contam com a orientação de um profissional de Educação Física na preparação e acompanhamento nos treinos.
Antes do protesto houve sem sucesso diversas tentativas de conversas com os organizadores e responsáveis pela prova. Mas, após o anúncio do treino na Revista Veja São Paulo, cobertura do evento pelas TVs SBT, Cultura, ESPN e Record, Rádio Jovem Pan, Rádio Bandeirantes, Jornal Folha de São Paulo e outros veículos, o que prova a importância e a força da manifestação, finalmente a organização do evento resolveu se pronunciar à Folha de São Paulo.
Eles alegaram que o problema maior é a entrega de medalhas e lanche na dispersão dos corredores, que conflita com a festa da virada do ano. Justificativa esta inaceitável, já que isso pode facilmente ser resolvido com o desvio dos corredores pós-chegada para uma das diversas travessas da Avenida Paulista e com a contratação de mais estafes, podendo inclusive a organização contar com o apoio voluntariado do próprio grupo de jornalistas/treinadores e corredores, minimizando os custos.
O ponto curioso é que o crescimento do movimento de corrida no país é algo cada vez mais notável, que nas principais provas do mundo, mesmo com uma ou outra mudança, as chegadas são sempre realizadas em locais históricos e tradicionais. Mas estão querendo ir contra isso em nossa mais tradicional corrida de rua do país, sem consultar e ouvir a voz de quem realmente devem contemplar: os próprios corredores. É como se resolvessem de uma hora para outra abolir o bolo de aniversário da festa das crianças ou o vestido de noiva dos casamentos. Lamentável.
O clímax do treino foi poder estar junto com o grande grupo de apaixonados por corrida, que ao vencerem a tão temida subida da Avenida Brigadeiro Luis Antonio e cruzarem a Avenida Paulista como acontece na prova há anos, ainda teve fôlego de sobra para gritar o coro em uníssono: São Silvestre com chegada na Paulista. São Silvestre é tradição. São Silvestre com chegada na Paulista!.
Corridas de Rua · 03 nov, 2011
Aconteceu no feriado de dois de novembro, com largada às 7h em frente às escadarias da TV Gazeta, um treino protesto no tradicional percurso de 15 quilômetros da Corrida de São Silvestre. O evento reuniu cerca de 300 corredores em defesa da manutenção da chegada da corrida na Avenida Paulista e não no Obelisco do Ibirapuera, como estão anunciando os organizadores do evento, indo contra a manutenção de uma das principais tradições da cidade de São Paulo.
O treino foi organizado por um grupo denominado São Silvestre na Paulista, formado por diversos jornalistas/corredores e treinadores e contou com o importantíssimo apoio da Polícia Militar, representada pelo 1º Tenente da CPA M1, Sr. André Zandonadi, um dos mais experientes da cidade na coordenação da polícia em eventos de massa. Além disso, também houve apoio da CET e da SPTRANS. Foram várias motos e viaturas distribuídas pelo trajeto que garantiram a integridade física dos manifestantes e colaboraram para que o trânsito não fosse prejudicado.
Entre o grupo de corredores que protestaram e fizeram o percurso estava o Senador da República Eduardo Suplicy, José João da Silva, bicampeão da São Silvestre, diversos treinadores, jornalistas de esportes e corredores apaixonados. Esteve também no evento o Dr. Henrique Cabrita, médico ortopedista, que reforçou o grande risco que correm os participantes com a inclusão da descida íngreme da Brigadeiro no quilômetro 13,5, sobretudo aqueles que não contam com a orientação de um profissional de Educação Física na preparação e acompanhamento nos treinos.
Antes do protesto houve sem sucesso diversas tentativas de conversas com os organizadores e responsáveis pela prova. Mas, após o anúncio do treino na Revista Veja São Paulo, cobertura do evento pelas TVs SBT, Cultura, ESPN e Record, Rádio Jovem Pan, Rádio Bandeirantes, Jornal Folha de São Paulo e outros veículos, o que prova a importância e a força da manifestação, finalmente a organização do evento resolveu se pronunciar à Folha de São Paulo.
Eles alegaram que o problema maior é a entrega de medalhas e lanche na dispersão dos corredores, que conflita com a festa da virada do ano. Justificativa esta inaceitável, já que isso pode facilmente ser resolvido com o desvio dos corredores pós-chegada para uma das diversas travessas da Avenida Paulista e com a contratação de mais estafes, podendo inclusive a organização contar com o apoio voluntariado do próprio grupo de jornalistas/treinadores e corredores, minimizando os custos.
O ponto curioso é que o crescimento do movimento de corrida no país é algo cada vez mais notável, que nas principais provas do mundo, mesmo com uma ou outra mudança, as chegadas são sempre realizadas em locais históricos e tradicionais. Mas estão querendo ir contra isso em nossa mais tradicional corrida de rua do país, sem consultar e ouvir a voz de quem realmente devem contemplar: os próprios corredores. É como se resolvessem de uma hora para outra abolir o bolo de aniversário da festa das crianças ou o vestido de noiva dos casamentos. Lamentável.
O clímax do treino foi poder estar junto com o grande grupo de apaixonados por corrida, que ao vencerem a tão temida subida da Avenida Brigadeiro Luis Antonio e cruzarem a Avenida Paulista como acontece na prova há anos, ainda teve fôlego de sobra para gritar o coro em uníssono: São Silvestre com chegada na Paulista. São Silvestre é tradição. São Silvestre com chegada na Paulista!.