Maratona · 13 out, 2009
No último domingo (11) aconteceu a edição 2009 da Maratona de Chicago, competição que este ano foi marcada pelas baixas temperaturas (perto dos zero graus) e contou com vitória do queniano Samuel Wanjiru (com direito a recorde do percurso). No feminino a russa Lilya Shobukhova surpreendeu a todos e faturou a vitória.
A prova masculina começou com a liderança de três coelhos e, logo de cara, cinco quenianos assumiram a liderança num ritmo de 4min40 nos primeiros quilômetros. A marca da meia maratona foi atingida com 1h02min, momento em que um dos coelhos já tinha abandonado a disputa e outro tinha dificuldade em manter o ritmo.
Na altura do quilômetro 25, o último coelho, o campeão de Chicago 2007 Patrick Ivuti, não resistiu à pressão e foi ultrapassado pelos líderes. Neste momento Wanjiru olhou para trás e verificou que seus compatriotas ainda o perseguiam, mas resolveu que não era hora ainda de acelerar.
No quilômetro 35 ele fez o movimento decisivo e abriu uma pequena vantagem sobre Vincent Kipruto e Charles Munyeki e a vitória estava certa, a única questão seria a quebra ou não do antigo recorde de Khalid Khannouchi. A organização oferecia um bônus extra de 100 mil dólares caso a marca fosse atingida.
Ao se aproximar da linha de chegada, Wanjiru acenava e sorria para o público, gestos que poderiam comprometer sua concentração e até o recorde, mas ele conseguiu cruzar a linha de chegada a tempo de deixar seu nome na história. Ele fechou em 2h05min41 e levou o bônus, já que foi um segundo mais rápido do que a antiga marca.
Perguntado se sabia da premiação extra pelo feito, o queniano disse que não se preocupou com isso, queria apenas vencer e que estava muito feliz por ter conseguido. Eu sabia que o recorde mundial estava longe, então me concentrei apenas em vencer, relata o campeão de 22 anos. A segunda posição ficou com Abderrahim Goumri ao marcar 2h06min04 e a terceira com Vincent Kipruto com o tempo de 2h06min08.
Campeão olímpico e vencedor das quatro primeiras maratonas que disputou na carreira, ele é apontado pelos concorrentes como grande favorito a quebrar a marca mundial de 2h03min59 de Haile Gebrselassie. Ele é um grande corredor, mas para quebrar o recorde precisa mudar suas táticas, relata o vice-campeão em Chicago Abderrahim Goumri, do Marrocos.
Recentemente muitos especialistas têm discutido a possibilidade de algum atleta quebrar a marca das duas horas na maratona, algo a que Wanjiru prefere não se apegar. Ele comentou após a vitória, porém, que acredita ser possível correr em 2h02.
Feminino - No feminino, a vitória foi o objetivo da maioria das competidoras, que também não se preocuparam em estabelecer marcas fortes na prova americana. Até a passagem pela meia maratona seis atletas se revezavam na liderança, até que a três quilômetros do final a russa Liliya Shobukhova apertou o passo para cruzar em primeiro com 2h25min56.
Assim como Wanjiru, ela olhou para trás, estudou as concorrentes e percebeu que tinha plenas condições de vencer. Sabíamos que seria uma prova lenta no começo devido ao frio. No momento em que eu olhei para as meninas, vi que a Irina Mikitenko respirava com dificuldade, então pensei que era o momento de dar o meu melhor, relata a campeã. Ao ser perguntada sobre o que faria depois da prova, ela nem pestanejou: vamos para a Disneylândia.
Eu deveria ter corrido rápido um pouco antes, lamenta a vice Mikitenko, que fechou com 2h26min31. Na Rússia faz frio a maior parte do tempo, mas estava demais aqui. As russas gostam de calor, enfatiza a terceira colocada Lidiya Grigoryeva que marcou 2h26min47.
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