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Janete Mayal: coragem e realização

É com imenso prazer e satisfação que escrevi esse relato para a revista SuperAção, que tem contribuído para o desenvolvimento e divulgação do atletismo nacional.

Iniciei minha carreira esportiva no vôlei, que na época era minha grande paixão. Jogava como federada no C.R.Flamengo, quando fui observada pela treinadora de atletismo Érica Resende, que me convidou à fazer parte de sua equipe e me incentivou a mudar de modalidade. Rapidamente percebi que numa modalidade individual teria maior possibilidade de conseguir êxito, pois não dependeria de um grupo, mas, sim, do meu próprio esforço e dedicação. Passados apenas seis meses no atletismo, fui convocada a participar do CEBs (Pará) e logo a seguir do JEBs (Brasília), eventos que consolidaram a minha decisão de seguir no atletismo.

Apesar de ter tido apoio familiar para a prática esportiva, sempre me foi colocado que meus estudos eram prioritários. Por isso, só me dediquei 100% ao atletismo depois de minha licenciatura em Educação Física, cursada na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, onde fazia parte da equipe que na época foi pentacampeã do Troféu Brasil.

Fui campeã da Maratona de São Paulo em 1986 e como prêmio ganhei uma moto e uma passagem aérea para correr a Maratona de Londres. Como ainda não me encontrava em condições ideais para participar de uma prova como esta, resolvi alterar o roteiro, para um melhor fim, e viajei para Portugal em 1987 com o intuito de fazer um estágio na Escola Portuguesa de Meio-Fundo e Fundo, uma das melhores do mundo. Em boa hora o fiz, porque conheci e convivi com grandes treinadores, tais como Moniz Pereira, Fonseca e Costa, Antonio Campos, Bernardo Manuel, Sameiro Araújo. Hoje grandes amigos meus.

Fiz estágio no Sport Lisboa e Benfica, onde viria a conhecer Rita Borralho, que veio a ser minha treinadora durante toda a minha carreira de alto nível.

Por dificuldades de patrocínio e falta de apoio dos clubes no Brasil, decidi permanecer em Portugal. Alem disso, na Europa o acesso a competições importantes era mais fácil e correr ao lado de atletas de alto nível e grande experiência proporcionava-me vantagens na busca por melhores resultados.
Representei dois clubes em Portugal: o Maratona Clube de Portugal e o C.F. Belenenses, aos quais deixo aqui o meu agradecimento pelo acolhimento e carinho com que fui tratada.

Representei o Brasil na Copa do Mundo de Maratona, Campeonatos Mundiais de 15km e Cross Country, Sul-Americano de pista e o mais almejado por todos os atletas, os Jogos Olímpicos, realizados em Barcelona, em 1992.

Depois de ter alcançado todos os objetivos aos quais me propus, decidi encerrar minha carreira em competições de alto nível em 2002, após ter participado da São Silvestre de Luanda, Angola.

No momento, dedico-me ao projeto que idealizei, JM Global Performance, sobre condicionamento físico e alto rendimento. Pretendo contribuir, de alguma forma, para o crescimento do movimento da corrida e também descobrir novos talentos para o nosso atletismo.


Janete Mayal: coragem e realização

Maratona · 25 out, 2004

É com imenso prazer e satisfação que escrevi esse relato para a revista SuperAção, que tem contribuído para o desenvolvimento e divulgação do atletismo nacional.

Iniciei minha carreira esportiva no vôlei, que na época era minha grande paixão. Jogava como federada no C.R.Flamengo, quando fui observada pela treinadora de atletismo Érica Resende, que me convidou à fazer parte de sua equipe e me incentivou a mudar de modalidade. Rapidamente percebi que numa modalidade individual teria maior possibilidade de conseguir êxito, pois não dependeria de um grupo, mas, sim, do meu próprio esforço e dedicação. Passados apenas seis meses no atletismo, fui convocada a participar do CEBs (Pará) e logo a seguir do JEBs (Brasília), eventos que consolidaram a minha decisão de seguir no atletismo.

Apesar de ter tido apoio familiar para a prática esportiva, sempre me foi colocado que meus estudos eram prioritários. Por isso, só me dediquei 100% ao atletismo depois de minha licenciatura em Educação Física, cursada na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, onde fazia parte da equipe que na época foi pentacampeã do Troféu Brasil.

Fui campeã da Maratona de São Paulo em 1986 e como prêmio ganhei uma moto e uma passagem aérea para correr a Maratona de Londres. Como ainda não me encontrava em condições ideais para participar de uma prova como esta, resolvi alterar o roteiro, para um melhor fim, e viajei para Portugal em 1987 com o intuito de fazer um estágio na Escola Portuguesa de Meio-Fundo e Fundo, uma das melhores do mundo. Em boa hora o fiz, porque conheci e convivi com grandes treinadores, tais como Moniz Pereira, Fonseca e Costa, Antonio Campos, Bernardo Manuel, Sameiro Araújo. Hoje grandes amigos meus.

Fiz estágio no Sport Lisboa e Benfica, onde viria a conhecer Rita Borralho, que veio a ser minha treinadora durante toda a minha carreira de alto nível.

Por dificuldades de patrocínio e falta de apoio dos clubes no Brasil, decidi permanecer em Portugal. Alem disso, na Europa o acesso a competições importantes era mais fácil e correr ao lado de atletas de alto nível e grande experiência proporcionava-me vantagens na busca por melhores resultados.
Representei dois clubes em Portugal: o Maratona Clube de Portugal e o C.F. Belenenses, aos quais deixo aqui o meu agradecimento pelo acolhimento e carinho com que fui tratada.

Representei o Brasil na Copa do Mundo de Maratona, Campeonatos Mundiais de 15km e Cross Country, Sul-Americano de pista e o mais almejado por todos os atletas, os Jogos Olímpicos, realizados em Barcelona, em 1992.

Depois de ter alcançado todos os objetivos aos quais me propus, decidi encerrar minha carreira em competições de alto nível em 2002, após ter participado da São Silvestre de Luanda, Angola.

No momento, dedico-me ao projeto que idealizei, JM Global Performance, sobre condicionamento físico e alto rendimento. Pretendo contribuir, de alguma forma, para o crescimento do movimento da corrida e também descobrir novos talentos para o nosso atletismo.