Hnrique Viana

Veja as dicas para baixar seu tempo na São Silvestre

Corridas de Rua · 30 nov, 2007

Doutor Henrique Viana, treinador de Franck Caldeira (atual campeão da São Silvestre e da Maratona nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro 2007), dá algumas dicas para os atletas veteranos que pretendem fazer um bom tempo na tradicional competição paulista do dia 31 de dezembro. As informações se referem ao período pré-prova e à competição em si, confira.

São Paulo - Antes de colocar o tênis no pé e ir para a São Silvestre, o Dr. Henrique Viana, que além de técnico é especialista em medicina esportiva, faz um alerta: "o corredor, seja ele veterano ou iniciante, deve sempre fazer um check-up com especialistas na área". Mas depois de estar com tudo em dia, aí sim o atleta pode se preocupar com as outras dicas básicas para aprimorar a corrida, no caso, a São Silvestre.

Realizada no último dia do ano, a corrida paulista geralmente é disputada sob um forte calor, mas como ninguém pode ter 100% de certeza sobre a temperatura do dia “x”, o clima pode pregar algumas peças, como no ano passado, por exemplo, em que um dilúvio assolou a cidade no meio da competição masculina. Por esse motivo, cada competidor deve estar preparado para qualquer tipo de condição climática.

De acordo com o treinador mineiro, para estabelecer um bom tempo na competição, além do clima (quente ou frio), é necessário se preocupar também com a altimetria do percurso, pois há muito sobe e desce na São Silvestre. "Por isso o atleta deve treinar em várias condições de temperatura e também de terreno”, conta.

Mas isso não significa que se a previsão for de calor, a pessoa deva treinar apenas sob essas condições, pelo contrário, ela deve intercalar os dias para a adaptação e estar sujeita a diversas condições climáticas. Já para ganhar ritmo nas subidas e descidas, os atletas devem treinar esse tipo de percurso duas vezes por semana. Com isso ele consegue estimular a musculatura em diferentes partes do corpo e conseqüentemente melhorar a velocidade e reduzir o impacto.

Calçado – Outra dica importante para ganhar tempo na São Silvestre é a escolha correta do tênis. Muitos atletas acreditam que correr com um tênis mais baixo possibilita mais velocidade. Mas isso é um erro. Para o médico e treinador o melhor é correr com um tênis mais alto, feitos para maratona, já que esses modelos absorvem mais o impacto.

“As pessoas acham que com tênis baixo há um rendimento melhor, mas é um engano, pois há mais impacto, principalmente nas descidas. Nesses casos, o impacto prejudica a perna, a coluna e pode até causar dores de cabeça”, revela.

Para que tudo saia como planejado, ele ainda lembra os corredores sobre a alimentação. “O ideal é almoçar cerca de 4h30 antes da prova e fazer um pequeno lanche duas horas antes da largada. Com isso o atleta consegue adequar a glicemia”, conta.

Além disso, na hora de largar o mais importante é se posicionar de acordo com o ritmo que pretende fazer a prova, já que a organização coloca baias para separar os grupos conforme o tempo estimado de finalização. “Muitas vezes um atleta com potencial larga no meio do povão e finaliza a prova com 52min, 51min. Isso acaba prejudicando o desempenho do atleta, que se largasse mais à frente certamente faria um tempo melhor.”

Qualidade de vida - Segundo Dr. Henrique Viana, quem não usar um tênis adequado; ou quem resolver sair muito forte, como se cada trecho fosse uma chegada e não dosar as energias nas descidas, “vai sentar na Brigadeiro”, referência à gíria usada para aqueles que chegam na temida subida da avenida Brigadeiro Luis Antônio sem fôlego.

“Até o quilômetro 10 a corrida é muito rápida e depois vira muito questão de raça, pois o atleta tem um dos lados do cérebro dizendo que ele não vai agüentar e outro dizendo que ele precisa completar”.

Porém, mais importante do que chegar é se conscientizar sobre o principal objetivo da prova, que para grande maioria dos participantes, é a qualidade de vida. Com esse pensamento o mais racional é fazer uma corrida dentro das condições de treinamento e sem exagerar na dose. “Quem corre dentro de recordes é a elite, então o ideal é praticar o esporte para adicionar ânimo à vida e vida ao ânimo”, finaliza o médico e treinador.


Veja as dicas para baixar seu tempo na São Silvestre

Corridas de Rua · 30 nov, 2007

Doutor Henrique Viana, treinador de Franck Caldeira (atual campeão da São Silvestre e da Maratona nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro 2007), dá algumas dicas para os atletas veteranos que pretendem fazer um bom tempo na tradicional competição paulista do dia 31 de dezembro. As informações se referem ao período pré-prova e à competição em si, confira.

São Paulo - Antes de colocar o tênis no pé e ir para a São Silvestre, o Dr. Henrique Viana, que além de técnico é especialista em medicina esportiva, faz um alerta: "o corredor, seja ele veterano ou iniciante, deve sempre fazer um check-up com especialistas na área". Mas depois de estar com tudo em dia, aí sim o atleta pode se preocupar com as outras dicas básicas para aprimorar a corrida, no caso, a São Silvestre.

Realizada no último dia do ano, a corrida paulista geralmente é disputada sob um forte calor, mas como ninguém pode ter 100% de certeza sobre a temperatura do dia “x”, o clima pode pregar algumas peças, como no ano passado, por exemplo, em que um dilúvio assolou a cidade no meio da competição masculina. Por esse motivo, cada competidor deve estar preparado para qualquer tipo de condição climática.

De acordo com o treinador mineiro, para estabelecer um bom tempo na competição, além do clima (quente ou frio), é necessário se preocupar também com a altimetria do percurso, pois há muito sobe e desce na São Silvestre. "Por isso o atleta deve treinar em várias condições de temperatura e também de terreno”, conta.

Mas isso não significa que se a previsão for de calor, a pessoa deva treinar apenas sob essas condições, pelo contrário, ela deve intercalar os dias para a adaptação e estar sujeita a diversas condições climáticas. Já para ganhar ritmo nas subidas e descidas, os atletas devem treinar esse tipo de percurso duas vezes por semana. Com isso ele consegue estimular a musculatura em diferentes partes do corpo e conseqüentemente melhorar a velocidade e reduzir o impacto.

Calçado – Outra dica importante para ganhar tempo na São Silvestre é a escolha correta do tênis. Muitos atletas acreditam que correr com um tênis mais baixo possibilita mais velocidade. Mas isso é um erro. Para o médico e treinador o melhor é correr com um tênis mais alto, feitos para maratona, já que esses modelos absorvem mais o impacto.

“As pessoas acham que com tênis baixo há um rendimento melhor, mas é um engano, pois há mais impacto, principalmente nas descidas. Nesses casos, o impacto prejudica a perna, a coluna e pode até causar dores de cabeça”, revela.

Para que tudo saia como planejado, ele ainda lembra os corredores sobre a alimentação. “O ideal é almoçar cerca de 4h30 antes da prova e fazer um pequeno lanche duas horas antes da largada. Com isso o atleta consegue adequar a glicemia”, conta.

Além disso, na hora de largar o mais importante é se posicionar de acordo com o ritmo que pretende fazer a prova, já que a organização coloca baias para separar os grupos conforme o tempo estimado de finalização. “Muitas vezes um atleta com potencial larga no meio do povão e finaliza a prova com 52min, 51min. Isso acaba prejudicando o desempenho do atleta, que se largasse mais à frente certamente faria um tempo melhor.”

Qualidade de vida - Segundo Dr. Henrique Viana, quem não usar um tênis adequado; ou quem resolver sair muito forte, como se cada trecho fosse uma chegada e não dosar as energias nas descidas, “vai sentar na Brigadeiro”, referência à gíria usada para aqueles que chegam na temida subida da avenida Brigadeiro Luis Antônio sem fôlego.

“Até o quilômetro 10 a corrida é muito rápida e depois vira muito questão de raça, pois o atleta tem um dos lados do cérebro dizendo que ele não vai agüentar e outro dizendo que ele precisa completar”.

Porém, mais importante do que chegar é se conscientizar sobre o principal objetivo da prova, que para grande maioria dos participantes, é a qualidade de vida. Com esse pensamento o mais racional é fazer uma corrida dentro das condições de treinamento e sem exagerar na dose. “Quem corre dentro de recordes é a elite, então o ideal é praticar o esporte para adicionar ânimo à vida e vida ao ânimo”, finaliza o médico e treinador.