fourdeserts

De volta ao deserto

Ah, nem acredito! Estou de volta aos desertos!

Depois de alguns desafios e treinamentos de resistência em áreas de florestas e praias, estou voltando às origens, onde me sinto realmente em casa. Desta vez estou retornando ao Deserto de Atacama, no Chile, onde fiz, há alguns anos, trekkings solitários, mas nenhuma corrida. Agora participarei da competição Atacama Crossing, da qual também sou o representante no Brasil para divulgação e inscrições.

Tal como na Marathon des Sables, no Deserto do Saara, esta prova tem como ponto-chave a auto-suficiência do competidor. Na prática isto significa, nada mais nada menos, que o corredor deve “se virar” sozinho durante os sete dias da prova. Não existe Equipe de Apoio para arrumar sua mochila nas paradas, fazer uma maravilhosa macarronada cheia de carboidratos ou te lembrar de levar algum equipamento para o próximo trecho.

Também não tem, diferente das corridas de aventura sem equipe de apoio, alguém da Organização da prova para carregar seus equipamentos de um acampamento para o outro. Nada disso!

A partir da manhã do dia quatro de julho, indo até a tarde do dia dez, cada participante correrá com sua mochila recheada de TUDO que será necessário para sua sobrevivência (literalmente falando) neste período. Será vedada qualquer ajuda externa, seja de que tipo for.

A comida deverá ser feita isoladamente em seu fogareiro e sua panela, carregados arduamente junto com sua comida, quilômetro após quilômetro, montanha após montanha, duna após duna.

Após cada uma das etapas diárias, que variam entre trinta e oitenta quilômetros, cada competidor deverá fazer seu ritual estratégico: tomar banho com meio litro de água, já que este líquido precioso será racionado em dez litros por competidor, por dia; alongar-se, tentando evitar câimbras causadas pelo excesso de esforço; fazer seu almoço “ajantarado”, normalmente uma quantidade para duas pessoas, graças à “fome de leão” com que chegamos ao final de cada etapa; cuidar das bolhas novas e dos ferimentos de bolhas antigas; enviar e-mails para a família e para as assessorias de imprensa dos patrocinadores; bater papo; e tentar dormir.

Não necessariamente nesta ordem nem todos os itens...

É claro que nem tudo é perfeito. Esta auto-suficiência tem limites práticos que, caso fosse levada aos extremos, com certeza inviabilizaria este período tão longo de atividades, de sete dias. Se pensarmos que a água estará limitada em dez litros por dia, chegamos ao resultado de setenta litros de água utilizada durante a competição. Esta necessidade de hidratação que temos é exatamente o que atrapalha vários projetos de aventuras e expedições que são planejadas mundo afora.

É inviável correr, seja lá quantos quilômetros for, com setenta quilos nas costas somente de água, sem contar a comida, fogareiro, casaco, saco de dormir, e outras cositas más. Para resolver este detalhe a Organização da prova dará, em cada Posto de Controle, uma garrafa de um litro e meio, totalizando os dez litros até o final do dia.

Para termos mais moleza ainda, a Organização também se preocupará em armar, desarmar e transportar de um acampamento ao outro todas as endas que usaremos para dormir. Muita moleza correr estes quase duzentos e cinqüenta quilômetros em dunas, montanhas e areia, né?

Se você quiser conhecer mais detalhes desta prova, seja para ainda se inscrever este ano, ou quem sabe no próximo, ou ainda por pura curiosidade, o site oficial da prova é www.racingtheplanet.com. Existe um link com o site traduzido para o português. Se ainda restarem dúvidas, me escreva.

Carlos Sposito: É colunista do Webventure, portal associado ao WebRun. Tenho como paixão correr por regiões inóspitas do planeta, já tendo deixado as marcas de meu tênis e suor nas areias do Deserto do Saara, no Grand Canyon, no Deserto de Mojave, entre outros lugares pelo mundo afora. Trabalho como preparador físico no Rio de Janeiro e também à distância, via internet. Além disto, ministro palestras em que crio paralelos entre o planejamento de um desafio e o dia-a-dia de uma empresa. Ou, simplesmente, conto deliciosas histórias recheada de lindas imagens. O endereço de meu site é www.sposito.com.br

Apoios: NutriSport e Wöllner.


De volta ao deserto

Ultra Maratona · 22 mar, 2004

Ah, nem acredito! Estou de volta aos desertos!

Depois de alguns desafios e treinamentos de resistência em áreas de florestas e praias, estou voltando às origens, onde me sinto realmente em casa. Desta vez estou retornando ao Deserto de Atacama, no Chile, onde fiz, há alguns anos, trekkings solitários, mas nenhuma corrida. Agora participarei da competição Atacama Crossing, da qual também sou o representante no Brasil para divulgação e inscrições.

Tal como na Marathon des Sables, no Deserto do Saara, esta prova tem como ponto-chave a auto-suficiência do competidor. Na prática isto significa, nada mais nada menos, que o corredor deve “se virar” sozinho durante os sete dias da prova. Não existe Equipe de Apoio para arrumar sua mochila nas paradas, fazer uma maravilhosa macarronada cheia de carboidratos ou te lembrar de levar algum equipamento para o próximo trecho.

Também não tem, diferente das corridas de aventura sem equipe de apoio, alguém da Organização da prova para carregar seus equipamentos de um acampamento para o outro. Nada disso!

A partir da manhã do dia quatro de julho, indo até a tarde do dia dez, cada participante correrá com sua mochila recheada de TUDO que será necessário para sua sobrevivência (literalmente falando) neste período. Será vedada qualquer ajuda externa, seja de que tipo for.

A comida deverá ser feita isoladamente em seu fogareiro e sua panela, carregados arduamente junto com sua comida, quilômetro após quilômetro, montanha após montanha, duna após duna.

Após cada uma das etapas diárias, que variam entre trinta e oitenta quilômetros, cada competidor deverá fazer seu ritual estratégico: tomar banho com meio litro de água, já que este líquido precioso será racionado em dez litros por competidor, por dia; alongar-se, tentando evitar câimbras causadas pelo excesso de esforço; fazer seu almoço “ajantarado”, normalmente uma quantidade para duas pessoas, graças à “fome de leão” com que chegamos ao final de cada etapa; cuidar das bolhas novas e dos ferimentos de bolhas antigas; enviar e-mails para a família e para as assessorias de imprensa dos patrocinadores; bater papo; e tentar dormir.

Não necessariamente nesta ordem nem todos os itens...

É claro que nem tudo é perfeito. Esta auto-suficiência tem limites práticos que, caso fosse levada aos extremos, com certeza inviabilizaria este período tão longo de atividades, de sete dias. Se pensarmos que a água estará limitada em dez litros por dia, chegamos ao resultado de setenta litros de água utilizada durante a competição. Esta necessidade de hidratação que temos é exatamente o que atrapalha vários projetos de aventuras e expedições que são planejadas mundo afora.

É inviável correr, seja lá quantos quilômetros for, com setenta quilos nas costas somente de água, sem contar a comida, fogareiro, casaco, saco de dormir, e outras cositas más. Para resolver este detalhe a Organização da prova dará, em cada Posto de Controle, uma garrafa de um litro e meio, totalizando os dez litros até o final do dia.

Para termos mais moleza ainda, a Organização também se preocupará em armar, desarmar e transportar de um acampamento ao outro todas as endas que usaremos para dormir. Muita moleza correr estes quase duzentos e cinqüenta quilômetros em dunas, montanhas e areia, né?

Se você quiser conhecer mais detalhes desta prova, seja para ainda se inscrever este ano, ou quem sabe no próximo, ou ainda por pura curiosidade, o site oficial da prova é www.racingtheplanet.com. Existe um link com o site traduzido para o português. Se ainda restarem dúvidas, me escreva.

Carlos Sposito: É colunista do Webventure, portal associado ao WebRun. Tenho como paixão correr por regiões inóspitas do planeta, já tendo deixado as marcas de meu tênis e suor nas areias do Deserto do Saara, no Grand Canyon, no Deserto de Mojave, entre outros lugares pelo mundo afora. Trabalho como preparador físico no Rio de Janeiro e também à distância, via internet. Além disto, ministro palestras em que crio paralelos entre o planejamento de um desafio e o dia-a-dia de uma empresa. Ou, simplesmente, conto deliciosas histórias recheada de lindas imagens. O endereço de meu site é www.sposito.com.br

Apoios: NutriSport e Wöllner.

Comece a se preparar para o Four Deserts

Desde a minha ida ao Deserto do Sahara, quando corri a Marathon des Sables, tenho conversado com muitos corredores que sonham em participar de um desafio como este, mas colocam a distância ao Marrocos como o grande impedimento. Pois bem. Se você se inclui neste grupo de desportistas aventureiros, pode começar a treinar e preparar a mochila!

Acabo de ser convidado por Mary Gadams, ex-Marathon des Sables, para representar a Racing the Planet, Inc no Brasil. Assim, a partir de agora, os brasileiros terão um canal muito mais fácil para participar dos desafios conhecidos como Four Deserts:<ül>

  • Atacama Crossing, no Deserto do Atacama, Chile, o local mais seco do planeta;
  • Gobi March, no Deserto de Gobi, China, o deserto com o inverno mais frio;
  • Sahara Race, no Deserto do Sahara, Egito, o local mais quente da Terra; e
  • Antarctica, o deserto polar mais frio e com os mais fortes ventos.
  • As corridas seguem um padrão parecido com o da Marathon des Sables: seis etapas em sete dias de corridas; auto-suficiência do competidor, correndo com todo o equipamento em uma mochila, inclusive alimentação para os sete dias; uma das etapas com uma corrida noturna.

    Pela proximidade com o Brasil, imagino que o desafio Atacama Crossing seja o mais viável para você colocar como o seu grande desafio de 2004. Entre no site oficial da corrida, www.racingtheplanet.com, e leia todos os detalhes.

    Lembre-se que, por ser um evento internacional, existe uma grande expectativa entre os corredores americanos e europeus, já acostumados a este tipo de prova. Porém, por questões práticas, o número de vagas é bastante limitado.


    Comece a se preparar para o Four Deserts

    Ultra Maratona · 25 nov, 2003

    Desde a minha ida ao Deserto do Sahara, quando corri a Marathon des Sables, tenho conversado com muitos corredores que sonham em participar de um desafio como este, mas colocam a distância ao Marrocos como o grande impedimento. Pois bem. Se você se inclui neste grupo de desportistas aventureiros, pode começar a treinar e preparar a mochila!

    Acabo de ser convidado por Mary Gadams, ex-Marathon des Sables, para representar a Racing the Planet, Inc no Brasil. Assim, a partir de agora, os brasileiros terão um canal muito mais fácil para participar dos desafios conhecidos como Four Deserts:<ül>

  • Atacama Crossing, no Deserto do Atacama, Chile, o local mais seco do planeta;
  • Gobi March, no Deserto de Gobi, China, o deserto com o inverno mais frio;
  • Sahara Race, no Deserto do Sahara, Egito, o local mais quente da Terra; e
  • Antarctica, o deserto polar mais frio e com os mais fortes ventos.
  • As corridas seguem um padrão parecido com o da Marathon des Sables: seis etapas em sete dias de corridas; auto-suficiência do competidor, correndo com todo o equipamento em uma mochila, inclusive alimentação para os sete dias; uma das etapas com uma corrida noturna.

    Pela proximidade com o Brasil, imagino que o desafio Atacama Crossing seja o mais viável para você colocar como o seu grande desafio de 2004. Entre no site oficial da corrida, www.racingtheplanet.com, e leia todos os detalhes.

    Lembre-se que, por ser um evento internacional, existe uma grande expectativa entre os corredores americanos e europeus, já acostumados a este tipo de prova. Porém, por questões práticas, o número de vagas é bastante limitado.

    Atacama será a primeira prova do Four Deserts

    Depois de dez anos trabalhando na organização da Marathon des Sables, no Deserto do Sahara, e na Desert Cup, no Mali, Mary Gadams fundou a Racing the Planet para administrar o mega-evento Four Deserts, evento que o WebRun fará a cobertura.

    Concebido nos moldes da Marathon des Sables, em que a auto-suficiência do competidor é a marca forte durante os sete dias de corrida, os competidores poderão ter a oportunidade de correr nos quatro mais famosos desertos do mundo: Deserto do Atacama, no Chile, o local mais seco do planeta; Deserto de Gobi, na China, o deserto com o inverno mais frio; Deserto do Sahara, no Egito, o local mais quente da Terra; e Antártica, o deserto polar mais frio e com os mais fortes ventos do planeta.

    As corridas são independentes, não sendo necessário que o competidor participe dos quatro eventos. Cada corrida possui seis etapas, totalizando cerca de duzentos e cinqüenta quilômetros corridos e/ou caminhados em sete dias. A primeira e a segunda etapas medem em torno de trinta quilômetros cada uma. A distância da terceira e da quarta etapas giram em torno de quarenta quilômetros cada uma. A quinta etapa perfaz cerca de oitenta quilômetros, incluindo um trecho noturno, e a sexta e última, quinze quilômetros.

    Cada competidor deve ser auto-suficiente, levando todo o seu equipamento, além da alimentação para os sete dias, em uma mochila durante as corridas. Equipes de Apoio não são permitidas. Uma cota racionada de dez litros de água é fornecida diariamente. Esta quantidade deve ser administrada pelo competidor para uso na confecção dos alimentos, na hidratação antes, durante e após cada corrida, além de seu asseio pessoal.

    As corridas no Deserto de Atacama - Atacama Crossing - e no Deserto de Gobi -Gobi March - já estão com as inscrições abertas.

    Os brasileiros residentes no país devem fazer contato com o representante no Brasil, Carlos Sposito, através do e-mail [email protected]


    Atacama será a primeira prova do Four Deserts

    Ultra Maratona · 21 nov, 2003

    Depois de dez anos trabalhando na organização da Marathon des Sables, no Deserto do Sahara, e na Desert Cup, no Mali, Mary Gadams fundou a Racing the Planet para administrar o mega-evento Four Deserts, evento que o WebRun fará a cobertura.

    Concebido nos moldes da Marathon des Sables, em que a auto-suficiência do competidor é a marca forte durante os sete dias de corrida, os competidores poderão ter a oportunidade de correr nos quatro mais famosos desertos do mundo: Deserto do Atacama, no Chile, o local mais seco do planeta; Deserto de Gobi, na China, o deserto com o inverno mais frio; Deserto do Sahara, no Egito, o local mais quente da Terra; e Antártica, o deserto polar mais frio e com os mais fortes ventos do planeta.

    As corridas são independentes, não sendo necessário que o competidor participe dos quatro eventos. Cada corrida possui seis etapas, totalizando cerca de duzentos e cinqüenta quilômetros corridos e/ou caminhados em sete dias. A primeira e a segunda etapas medem em torno de trinta quilômetros cada uma. A distância da terceira e da quarta etapas giram em torno de quarenta quilômetros cada uma. A quinta etapa perfaz cerca de oitenta quilômetros, incluindo um trecho noturno, e a sexta e última, quinze quilômetros.

    Cada competidor deve ser auto-suficiente, levando todo o seu equipamento, além da alimentação para os sete dias, em uma mochila durante as corridas. Equipes de Apoio não são permitidas. Uma cota racionada de dez litros de água é fornecida diariamente. Esta quantidade deve ser administrada pelo competidor para uso na confecção dos alimentos, na hidratação antes, durante e após cada corrida, além de seu asseio pessoal.

    As corridas no Deserto de Atacama - Atacama Crossing - e no Deserto de Gobi -Gobi March - já estão com as inscrições abertas.

    Os brasileiros residentes no país devem fazer contato com o representante no Brasil, Carlos Sposito, através do e-mail [email protected]