Corridas de Rua · 03 dez, 2007
No último domingo a capital mineira Belo Horizonte foi placo da nona edição da Volta da Pampulha, competição que a cada ano ganha mais adeptos e mais atletas fantasiados. Assim como na São Silvestre, cada um quer passar a sua mensagem com faixas, adereços, pinturas e outras formas de expressão
Belo Horizonte - A largada da categoria geral foi dada às 10h e a arena só teve o último atleta passando depois de cerca de 14 minutos. Além daqueles que pretendiam fazer bons tempos ou usar a prova como forma de condicionamento físico, muitos estavam fantasiados.
É o caso de Marcos Cascon Henrique, que não estava exatamente com uma fantasia, mas sim caracterizado com o uniforme de seu time de coração, o Fluminense, do Rio de Janeiro. Aumentei três minutos o meu tempo em relação ao ano passado, achei a prova um pouco mais puxada.
Já sobre a homenagem ao tricolor das laranjeiras, ele comenta: ano passado paguei uma promessa, pois o time não caiu para a segunda divisão e esse ano vim pelo fato de o time ter sido campeão da Copa do Brasil.
Entre as mulheres, Joana Angélica Silva não vestia uma fantasia, apenas uma peruca colorida, que segundo ela faz sucesso entre adultos e crianças. Essa é minha quarta vez, sempre corro assim para animar as pessoas na rua e já virou uma marca, o pessoal sempre aplaude quando eu passo. De acordo com ela, a peruca possui uns furos para amenizar o calor durante a corrida.
Diferentes - Quem também esteve presente foi José Geraldo da Silva, mais conhecido como Homem Natureza, por vestir uma roupa totalmente revestida de folhas artificiais e animais de mentira. Essa é a minha forma de prestigiar o maior patrimônio da humanidade e trazer um pouco de descontração para mim e para os corredores, comenta José que sempre corre a Pampulha.
É sempre um prazer correr em volta deste espelho dágua maravilhoso, mesmo com o calor. Pela natureza vale qualquer sacrifício, ressalta o atleta que pretende correr a São Silvestre no final do mês.
Uma das fantasias que certamente dificultou muito a performance foi a do corredor que se intitula Palhaço Marmelada. Com uma bandeira escrita Paz em uma das mãos, ele diz que corre para acabar com a violência em Belo Horizonte e no país. Chega de violência, viva a Paz de Jesus Cristo, enfatiza. Segundo ele, a roupa e a maquiagem não pesam tanto, pois as pessoas dão força para ele no trajeto e isso o incentiva. Corro há 18 anos e sempre participo de provas em Belo Horizonte.
Todos os que cruzavam a linha de chegada recebiam água, podiam passar por uma ducha de água gelada para se refrescar e ainda recebiam um kit pós-prova, com frutas e isotônico, antes de trocar o chip pela medalha de participação.
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