deserto

A bandeira Mountain Do chega no Sahara com grande sucesso

Corridas de Rua · 22 nov, 2017

No dia 19 de novembro, cerca de 300 brasileiros atravessaram o maior deserto quente do mundo, o Sahara. A largada foi na Vila de Merzouga, às 8h. Os atletas dos 10 km, 25 km e 42 km encaram uma variação térmica […]

Corridas mais caras do mundo: conheça a maratona Volcano

Corrida de Montanha · 22 fev, 2017

A Volcano Marathon é organizada pela Global Running Adventures que, além de produzir a maior maratona de deserto do mundo, também é responsável pela corrida que acontece no cume do nosso planeta, a Maratona do Pólo Norte, conhecida como a […]

Carlos Dias finaliza prova no Deserto de Gobi

O ultramaratonista brasileiro Carlos Dias completou no último sábado (14) a etapa do Deserto de Gobi (China) da competição Raning the Planet, prova de 250 quilômetros num dos locais mais quentes e úmidos do mundo. Sofrendo com enjôos, altas temperaturas e terreno montanhoso em grandes altitudes, ele fala da emoção de completar mais um desafio.

São Paulo - Os problemas começaram logo nas primeiras duas horas de prova, ocasião em que ele vomitou muito e chegou a imaginar que seria o fim da linha, já que estava muito debilitado. “Senti muito o calor e a altitude. A equipe médica me socorreu no meio do deserto com muita eficiência, mas não aceitei que me dessem soro, pois poderia ser desclassificado, então tomei apenas alguns líquidos”, ressalta Dias, que resolveu seguir em frente num ritmo mais conservador.

Passado o sufoco do primeiro dia de prova, mesmo com o descanso no acampamento, os enjôos permaneceram no dia seguinte, mas ele correu sempre prestando atenção no que acontecia ao seu redor e também nas reações do corpo. “No terceiro dia começaram mais subidas, muitas pedras e espinhos e o sol não aliviou, já que as temperaturas chegavam a 44 graus”, lembra o atleta que continuou a sofrer com os enjôos, mas não desistiu.

Na noite do terceiro para o quarto dia de competição, ele conseguiu se recuperar para encarar as grandes ladeiras e o terreno acidentado da etapa seguinte, já que o percurso passou por cânions e outros locais que chegaram a quase três mil metros de altitude. “Chegamos no ‘Portão do Paraíso’, o ponto mais alto e frio. Durante a descida enfrentei mais pedras, o calor aumentou, meu estômago reclamava muito e completei a etapa exausto e com o corpo todo doído”.

Exaustão - Além do cansaço físico, a exaustão psicológica era outro problema que o afetava durante a prova e, para tentar amenizar a situação, ele conversava muito com o outro brasileiro presente, Fabrizio Giovannini, corredor de aventura e um dos integrantes da equipe Quasar Lontra. “Ele é muito forte em provas de resistência e me deu muito apoio a cada final de etapa”, lembra Carlos.

No penúltimo dia de competição mais uma vez o grande problema foi o estômago e ele permaneceu enjoado durante as seis primeiras horas de corrida. Após a situação normalizada com os enjôos, foi a vez das bolhas atacarem, já que as subidas e descidas tinham muitas pedras, que batiam em seus pés. “Tive que ter muita determinação para esquecer da dor e concluir a etapa”.

Na sexta e última parte do desafio os seus pés estavam inchados e ele sentia muitas dores ao pisar no chão, mas estava determinado a seguir em diante. “Coloquei na minha mente que a dor era algo pequeno diante do que eu estava por conquistar, então corri sempre tentando esquecer da dor que sentia”. Foram 250 quilômetros de puro sofrimento, mas cruzar a linha de chegada foi um momento especial para o paulista que mora em São Bernardo do Campo, no ABC de São Paulo.

Recordações - “Foi algo único ver as crianças chinesas formando um corredor, agitando bandeirinhas e aplaudindo. Tenho a linda emoção de dizer que conquistei o deserto de Gobi March na China e volto muito mais entusiasmado em seguir o meu caminho”, comemora Dias. Ele diz ainda que fez muitos amigos durante a jornada e que nunca esquecerá das honrarias do povo local.

Carlos contou com o apoio da empresa de calçados Crocs, além do Grupo Foco, onde trabalha atualmente. Ele diz que a medalha é linda e que em todos os momentos difíceis pensou em sua mãe Neli e em seu filho Vinicius, sua maior fonte de energia para encarar as adversidades. “Que venha o deserto do Saara”, finaliza o ultramaratonista sobre a próxima etapa da Racing the Planet.


Carlos Dias finaliza prova no Deserto de Gobi

Ultra Maratona · 16 jun, 2008

O ultramaratonista brasileiro Carlos Dias completou no último sábado (14) a etapa do Deserto de Gobi (China) da competição Raning the Planet, prova de 250 quilômetros num dos locais mais quentes e úmidos do mundo. Sofrendo com enjôos, altas temperaturas e terreno montanhoso em grandes altitudes, ele fala da emoção de completar mais um desafio.

São Paulo - Os problemas começaram logo nas primeiras duas horas de prova, ocasião em que ele vomitou muito e chegou a imaginar que seria o fim da linha, já que estava muito debilitado. “Senti muito o calor e a altitude. A equipe médica me socorreu no meio do deserto com muita eficiência, mas não aceitei que me dessem soro, pois poderia ser desclassificado, então tomei apenas alguns líquidos”, ressalta Dias, que resolveu seguir em frente num ritmo mais conservador.

Passado o sufoco do primeiro dia de prova, mesmo com o descanso no acampamento, os enjôos permaneceram no dia seguinte, mas ele correu sempre prestando atenção no que acontecia ao seu redor e também nas reações do corpo. “No terceiro dia começaram mais subidas, muitas pedras e espinhos e o sol não aliviou, já que as temperaturas chegavam a 44 graus”, lembra o atleta que continuou a sofrer com os enjôos, mas não desistiu.

Na noite do terceiro para o quarto dia de competição, ele conseguiu se recuperar para encarar as grandes ladeiras e o terreno acidentado da etapa seguinte, já que o percurso passou por cânions e outros locais que chegaram a quase três mil metros de altitude. “Chegamos no ‘Portão do Paraíso’, o ponto mais alto e frio. Durante a descida enfrentei mais pedras, o calor aumentou, meu estômago reclamava muito e completei a etapa exausto e com o corpo todo doído”.

Exaustão - Além do cansaço físico, a exaustão psicológica era outro problema que o afetava durante a prova e, para tentar amenizar a situação, ele conversava muito com o outro brasileiro presente, Fabrizio Giovannini, corredor de aventura e um dos integrantes da equipe Quasar Lontra. “Ele é muito forte em provas de resistência e me deu muito apoio a cada final de etapa”, lembra Carlos.

No penúltimo dia de competição mais uma vez o grande problema foi o estômago e ele permaneceu enjoado durante as seis primeiras horas de corrida. Após a situação normalizada com os enjôos, foi a vez das bolhas atacarem, já que as subidas e descidas tinham muitas pedras, que batiam em seus pés. “Tive que ter muita determinação para esquecer da dor e concluir a etapa”.

Na sexta e última parte do desafio os seus pés estavam inchados e ele sentia muitas dores ao pisar no chão, mas estava determinado a seguir em diante. “Coloquei na minha mente que a dor era algo pequeno diante do que eu estava por conquistar, então corri sempre tentando esquecer da dor que sentia”. Foram 250 quilômetros de puro sofrimento, mas cruzar a linha de chegada foi um momento especial para o paulista que mora em São Bernardo do Campo, no ABC de São Paulo.

Recordações - “Foi algo único ver as crianças chinesas formando um corredor, agitando bandeirinhas e aplaudindo. Tenho a linda emoção de dizer que conquistei o deserto de Gobi March na China e volto muito mais entusiasmado em seguir o meu caminho”, comemora Dias. Ele diz ainda que fez muitos amigos durante a jornada e que nunca esquecerá das honrarias do povo local.

Carlos contou com o apoio da empresa de calçados Crocs, além do Grupo Foco, onde trabalha atualmente. Ele diz que a medalha é linda e que em todos os momentos difíceis pensou em sua mãe Neli e em seu filho Vinicius, sua maior fonte de energia para encarar as adversidades. “Que venha o deserto do Saara”, finaliza o ultramaratonista sobre a próxima etapa da Racing the Planet.