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Ultra-sonografia pode não diagnosticar uma lesão

Saiba o porquê importantes lesões podem não ser diagnosticadas pelo método da ultra-sonografia.

São Paulo - A versatilidade do trabalho do radiologista envolvido com lesões nos esportes é a possibilidade de dispor de vários métodos de exames de imagem para se obter um diagnóstico definitivo. Dependendo do tipo de lesão suspeita, faremos naquele atleta uma radiografia, ultra-sonografia (US), tomografia computadorizada ou ressonância magnética (RM).

É muito comum realizarmos algum outro exame após as chamadas "radiografias iniciais". A seleção de um ou outro método de diagnóstico por imagem depende da região do corpo a ser estudada e em qual estrutura anatômica há suspeita de lesão. Poderemos usar um exame apenas ou uma combinação de um ou mais deles.

A US é um método que se difundiu enormemente no Brasil, principalmente com a melhoria de seus equipamentos, no final dos anos 80. Enquanto a RM não chegava ao Brasil, a US, por utilizar um equipamento bem mais acessível, e de fácil operação, foi ganhando seu espaço no diagnóstico de várias doenças e também de lesões ortopédicas, traumáticas e do esporte.

Quando a RM chegou, trouxe melhorias inegáveis para o diagnóstico das lesões em articulações, especialmente as que ocorrem com atletas. A grande vantagem que a RM apresentava sobre todos os demais métodos de diagnóstico por imagem é que, basicamente, demonstrava com definição e alta sensibilidade detalhes de estruturas anatômicas intra-articulares (meniscos, cartilagem, ligamentos), além de, naturalmente, também analisar as estruturas estudadas pela US (músculos, tendões).

Ainda hoje a US é um excelente método para algumas avaliações em esportistas: controle de lesão muscular, análise de tendões (tenossinovite, tendinopatia), derrame articular, etc.

Contra-indicações - Porém, a US tem limitações próprias do método, da sua tecnologia: como a US utiliza ondas ultra-sônicas, estas têm um alcance que depende da resistência física das estruturas do corpo. Explicando melhor: tecidos moles deixam o feixe acústico do ultra-som "passar", enquanto que estruturas rígidas, como o osso, "barram" esse feixe.

Aceitando-se as limitações físicas da US, compreende-se que este método seja utilizado para regiões do corpo acessíveis e para o diagnóstico de estruturas superficiais.

Haverá situações em que a US não conseguirá produzir imagens: estruturas intra-articulares (cartilagem, meniscos, alguns ligamentos), ossos (o osso reflete fortemente a onda ultra-sônica e não permite ver seu restante), etc.

Dessa forma, sabe-se que apesar do ótimo poder de diagnóstico da US para alguns tipos de lesão no esporte, este método é insuficiente para se "fechar o diagnóstico" de importantes tipos de lesões, como por exemplo: lesões meniscais e de outras fibrocartilagens (triangular, lábio glenoidal no ombro e do acetábulo no quadril), lesões de cartilagem articular, como condromalácia patelar no joelho e lesões osteocondrais, osteoartrose, lesão dos ligamentos cruzados do joelho e de alguns do tornozelo, instabilidade no ombro, fraturas, etc.

Assim, um resultado de US "normal" é normal para as estruturas que este método é capaz de diagnosticar. Se naquela região examinada, por exemplo, joelho, houver áreas inacessíveis ao feixe do ultra-som, deve-se ter em mente que várias outras lesões podem estar fora da capacidade de diagnóstico da US. Nos casos onde houver dúvida sobre o resultado de uma US, ou que a lesão é de estrutura de características especiais ou de localização difícil, o exame de RM é o mais indicado para complementar o diagnóstico.

Um exame de RM abrange toda a articulação e sua definição de imagem permite a identificação e o diagnóstico de praticamente todas as estruturas intra-articulares. Se ainda assim houver casos de dúvida, consulte sempre o seu médico.


Ultra-sonografia pode não diagnosticar uma lesão

Atletismo · 11 ago, 2008

Saiba o porquê importantes lesões podem não ser diagnosticadas pelo método da ultra-sonografia.

São Paulo - A versatilidade do trabalho do radiologista envolvido com lesões nos esportes é a possibilidade de dispor de vários métodos de exames de imagem para se obter um diagnóstico definitivo. Dependendo do tipo de lesão suspeita, faremos naquele atleta uma radiografia, ultra-sonografia (US), tomografia computadorizada ou ressonância magnética (RM).

É muito comum realizarmos algum outro exame após as chamadas "radiografias iniciais". A seleção de um ou outro método de diagnóstico por imagem depende da região do corpo a ser estudada e em qual estrutura anatômica há suspeita de lesão. Poderemos usar um exame apenas ou uma combinação de um ou mais deles.

A US é um método que se difundiu enormemente no Brasil, principalmente com a melhoria de seus equipamentos, no final dos anos 80. Enquanto a RM não chegava ao Brasil, a US, por utilizar um equipamento bem mais acessível, e de fácil operação, foi ganhando seu espaço no diagnóstico de várias doenças e também de lesões ortopédicas, traumáticas e do esporte.

Quando a RM chegou, trouxe melhorias inegáveis para o diagnóstico das lesões em articulações, especialmente as que ocorrem com atletas. A grande vantagem que a RM apresentava sobre todos os demais métodos de diagnóstico por imagem é que, basicamente, demonstrava com definição e alta sensibilidade detalhes de estruturas anatômicas intra-articulares (meniscos, cartilagem, ligamentos), além de, naturalmente, também analisar as estruturas estudadas pela US (músculos, tendões).

Ainda hoje a US é um excelente método para algumas avaliações em esportistas: controle de lesão muscular, análise de tendões (tenossinovite, tendinopatia), derrame articular, etc.

Contra-indicações - Porém, a US tem limitações próprias do método, da sua tecnologia: como a US utiliza ondas ultra-sônicas, estas têm um alcance que depende da resistência física das estruturas do corpo. Explicando melhor: tecidos moles deixam o feixe acústico do ultra-som "passar", enquanto que estruturas rígidas, como o osso, "barram" esse feixe.

Aceitando-se as limitações físicas da US, compreende-se que este método seja utilizado para regiões do corpo acessíveis e para o diagnóstico de estruturas superficiais.

Haverá situações em que a US não conseguirá produzir imagens: estruturas intra-articulares (cartilagem, meniscos, alguns ligamentos), ossos (o osso reflete fortemente a onda ultra-sônica e não permite ver seu restante), etc.

Dessa forma, sabe-se que apesar do ótimo poder de diagnóstico da US para alguns tipos de lesão no esporte, este método é insuficiente para se "fechar o diagnóstico" de importantes tipos de lesões, como por exemplo: lesões meniscais e de outras fibrocartilagens (triangular, lábio glenoidal no ombro e do acetábulo no quadril), lesões de cartilagem articular, como condromalácia patelar no joelho e lesões osteocondrais, osteoartrose, lesão dos ligamentos cruzados do joelho e de alguns do tornozelo, instabilidade no ombro, fraturas, etc.

Assim, um resultado de US "normal" é normal para as estruturas que este método é capaz de diagnosticar. Se naquela região examinada, por exemplo, joelho, houver áreas inacessíveis ao feixe do ultra-som, deve-se ter em mente que várias outras lesões podem estar fora da capacidade de diagnóstico da US. Nos casos onde houver dúvida sobre o resultado de uma US, ou que a lesão é de estrutura de características especiais ou de localização difícil, o exame de RM é o mais indicado para complementar o diagnóstico.

Um exame de RM abrange toda a articulação e sua definição de imagem permite a identificação e o diagnóstico de praticamente todas as estruturas intra-articulares. Se ainda assim houver casos de dúvida, consulte sempre o seu médico.

Exames podem diagnosticar a dor no calcanhar

Lesões no calcanhar em corredores e atletas em geral podem ter várias origens, porque nesta região há diferentes estruturas (ossos, cartilagem, tendões, ligamentos, músculos). Portanto, vários diagnósticos são possíveis para sintomas parecidos. Nem sempre a história clínica do atleta, seus sintomas e seu exame físico são suficientes para se obter o diagnóstico definitivo. Obviamente, algumas lesões têm características muito peculiares e, nestes casos, os ortopedistas não têm dificuldade alguma em determinar seus diagnósticos.

Ocorre, entretanto, que, devido à proximidade das estruturas anatômicas na região do calcanhar, algumas lesões podem ter sintomas semelhantes e confundir mesmo o ortopedista mais experiente.

Tanto nos casos mais simples, como nos casos mais difíceis, os métodos de Diagnóstico por Imagem participam no processo de avaliação destas lesões. Todos os exames podem ser úteis de alguma forma nesta avaliação: radiografias, ultra-sonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Em se tratando de lesões no calcanhar, as radiografias podem diagnosticar fraturas ou outras alterações não traumáticas que podem explicar a dor do atleta, como por exemplo, fratura por estresse, osteoartrose, esporões no calcâneo, deformidades congênitas ósseas ou articulares. Mesmo não sendo o método mais indicado para avaliar estruturas de partes moles como, por exemplo, tendões, as radiografias podem diagnosticar calcificações na região dos tendões e assim permitir eventualmente o diagnóstico de tendinopatias crônicas ("tendinites").

Freqüentemente a ultra-sonografia é indicada quando se suspeita de lesões agudas ou crônicas em tendões na região do calcanhar. A ultra-sonografia pode revelar alterações nos tendões flexores do pé e tornozelo, como, por exemplo, o tendão calcâneo (Aquiles), que pode apresentar sinais de tendinopatia crônica, comum em corredores.

Tomografia computadorizada - É um método excelente quando é necessária uma avaliação detalhada dos ossos e articulações. Isso ocorre em determinados casos de fraturas que comprometem a superfície articular, nos casos de lesão osteocondral, coalizão tarsal e deformidades.

Ressonância magnética - É um método do Diagnóstico por Imagem que pode fazer a diferença na avaliação da dor no calcanhar em atletas. Devido à sua excelente definição de imagem, e pela possibilidade de demonstrar detalhes de várias estruturas anatômicas de uma vez só, a ressonância magnética é o exame preferido por muitos especialistas em pé e tornozelo. Como estuda ao mesmo tempo ossos, cartilagens, tendões, ligamentos e músculos, a ressonância é capaz de fazer o diagnóstico diferencial das possíveis lesões do atleta. Como dito anteriormente, não é raro diagnosticarmos alterações bem diferentes daquelas suspeitas pelo ortopedista. Principalmente nos casos duvidosos.

A ressonância magnética tem se revelado o exame mais completo dentro da Radiologia e é muito bem indicada nos casos de suspeita de fratura por estresse, fraturas agudas ocultas às radiografias, lesões condrais (da cartilagem articular) e osteocondrais, roturas ligamentares agudas ou crônicas (devido a entorses), tenossinovites e tendinopatias, roturas tendinosas parciais ou completas, fasceíte plantar, bursite retrocalcaneana, entre outras menos comuns.

Assim, ortopedistas e médicos do esporte têm várias opções de métodos de Diagnóstico por Imagem que podem ser indicados isoladamente ou em conjunto para se obter o diagnóstico preciso e definitivo de uma lesão no calcanhar de atletas.


Exames podem diagnosticar a dor no calcanhar

Atletismo · 13 jun, 2008

Lesões no calcanhar em corredores e atletas em geral podem ter várias origens, porque nesta região há diferentes estruturas (ossos, cartilagem, tendões, ligamentos, músculos). Portanto, vários diagnósticos são possíveis para sintomas parecidos. Nem sempre a história clínica do atleta, seus sintomas e seu exame físico são suficientes para se obter o diagnóstico definitivo. Obviamente, algumas lesões têm características muito peculiares e, nestes casos, os ortopedistas não têm dificuldade alguma em determinar seus diagnósticos.

Ocorre, entretanto, que, devido à proximidade das estruturas anatômicas na região do calcanhar, algumas lesões podem ter sintomas semelhantes e confundir mesmo o ortopedista mais experiente.

Tanto nos casos mais simples, como nos casos mais difíceis, os métodos de Diagnóstico por Imagem participam no processo de avaliação destas lesões. Todos os exames podem ser úteis de alguma forma nesta avaliação: radiografias, ultra-sonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Em se tratando de lesões no calcanhar, as radiografias podem diagnosticar fraturas ou outras alterações não traumáticas que podem explicar a dor do atleta, como por exemplo, fratura por estresse, osteoartrose, esporões no calcâneo, deformidades congênitas ósseas ou articulares. Mesmo não sendo o método mais indicado para avaliar estruturas de partes moles como, por exemplo, tendões, as radiografias podem diagnosticar calcificações na região dos tendões e assim permitir eventualmente o diagnóstico de tendinopatias crônicas ("tendinites").

Freqüentemente a ultra-sonografia é indicada quando se suspeita de lesões agudas ou crônicas em tendões na região do calcanhar. A ultra-sonografia pode revelar alterações nos tendões flexores do pé e tornozelo, como, por exemplo, o tendão calcâneo (Aquiles), que pode apresentar sinais de tendinopatia crônica, comum em corredores.

Tomografia computadorizada - É um método excelente quando é necessária uma avaliação detalhada dos ossos e articulações. Isso ocorre em determinados casos de fraturas que comprometem a superfície articular, nos casos de lesão osteocondral, coalizão tarsal e deformidades.

Ressonância magnética - É um método do Diagnóstico por Imagem que pode fazer a diferença na avaliação da dor no calcanhar em atletas. Devido à sua excelente definição de imagem, e pela possibilidade de demonstrar detalhes de várias estruturas anatômicas de uma vez só, a ressonância magnética é o exame preferido por muitos especialistas em pé e tornozelo. Como estuda ao mesmo tempo ossos, cartilagens, tendões, ligamentos e músculos, a ressonância é capaz de fazer o diagnóstico diferencial das possíveis lesões do atleta. Como dito anteriormente, não é raro diagnosticarmos alterações bem diferentes daquelas suspeitas pelo ortopedista. Principalmente nos casos duvidosos.

A ressonância magnética tem se revelado o exame mais completo dentro da Radiologia e é muito bem indicada nos casos de suspeita de fratura por estresse, fraturas agudas ocultas às radiografias, lesões condrais (da cartilagem articular) e osteocondrais, roturas ligamentares agudas ou crônicas (devido a entorses), tenossinovites e tendinopatias, roturas tendinosas parciais ou completas, fasceíte plantar, bursite retrocalcaneana, entre outras menos comuns.

Assim, ortopedistas e médicos do esporte têm várias opções de métodos de Diagnóstico por Imagem que podem ser indicados isoladamente ou em conjunto para se obter o diagnóstico preciso e definitivo de uma lesão no calcanhar de atletas.

Entenda sobre meniscos e diagnóstico por imagem

Meniscos são fibrocartilagens da articulação do joelho. Temos os meniscos medial e lateral. Eles desempenham algumas funções, principalmente amortecimento e estabilidade. Para que estas funções ocorram satisfatoriamente, é necessário que os meniscos estejam intactos ou preservados. Lesões meniscais podem ocorrer em atletas e não-atletas. Basicamente, dividimos as lesões em degenerativas e traumáticas.

As lesões degenerativas ocorrem de forma lenta e progressiva e podem surgir em pacientes com 30 anos ou mais. Estas lesões podem ser assintomáticas. Roturas meniscais geralmente são traumáticas e agudas. Podem também ocorrer sobre um menisco já com alterações degenerativas prévias. As roturas meniscais ocorrem em uma variedade de situações, como por exemplo, depois de uma entorse do joelho. As roturas são geralmente sintomáticas e levam o paciente a buscar auxílio médico.

Na grande maioria das vezes, a história do atleta e o exame físico realizado pelo médico são suficientes para se fazer o diagnóstico de uma lesão meniscal. Porém mesmo assim, exames de imagem são necessários para fornecer mais informações ao médico.

Radiografias não mostram diretamente os meniscos, mas ajudam ao mostrar se os espaços articulares estão normais ou reduzidos, ou se já há alterações osteoarticulares crônicas que acompanham lesões meniscais.

O melhor exame de imagem para a avaliação dos meniscos é a ressonância magnética (RM). A RM é indicada para diagnosticar o tipo exato da lesão (ex.: alterações degenerativas, roturas radiais, longitudinais, horizontais, complexas, ou tipo "alça de balde") e em que porção do menisco ela ocorreu (corno anterior, corpo ou corno posterior). Dessa forma, não apenas a RM pode diagnosticar detalhes sobre o tipo e a localização da lesão, como também seu tamanho e a sua extensão. Veja vários exemplos de lesões meniscais num corredor, visitando a página http://www.milton.com.br/esporte/casos/caso_66.htm

As informações obtidas pelo exame de RM serão essenciais para que o médico do atleta possa decidir pelo tipo de tratamento (conservador ou cirúrgico). Se optar pelo tratamento cirúrgico, a RM terá revelado informações fundamentais para que o médico escolha a melhor tática operatória para aquela situação específica, como, por exemplo, sutura ou meniscectomia (retirada parcial ou total de um menisco).

Além de revelar diretamente o estado dos meniscos, a RM é importante também para avaliar as demais estruturas do joelho, que podem ou não apresentar alterações associadas às lesões meniscais, como, por exemplo, lesões em cartilagem e osteoartrose, derrame articular, lesões ligamentares ou tendinosas, cistos peri-meniscais, etc. Outro papel da RM é fazer avaliação pós-operatória dos meniscos. Quando a RM convencional não é suficiente para isso, o médico pode indicar a realização de uma artro-RM, que é um exame de RM com contraste intra-articular.

Hoje em dia os exames de RM de joelho estão ficando cada vez mais acessíveis aos atletas e rápidos na sua execução e suas informações têm tido um papel fundamental para a decisão do médico sobre o tratamento a ser adotado.


Entenda sobre meniscos e diagnóstico por imagem

Atletismo · 26 mar, 2008

Meniscos são fibrocartilagens da articulação do joelho. Temos os meniscos medial e lateral. Eles desempenham algumas funções, principalmente amortecimento e estabilidade. Para que estas funções ocorram satisfatoriamente, é necessário que os meniscos estejam intactos ou preservados. Lesões meniscais podem ocorrer em atletas e não-atletas. Basicamente, dividimos as lesões em degenerativas e traumáticas.

As lesões degenerativas ocorrem de forma lenta e progressiva e podem surgir em pacientes com 30 anos ou mais. Estas lesões podem ser assintomáticas. Roturas meniscais geralmente são traumáticas e agudas. Podem também ocorrer sobre um menisco já com alterações degenerativas prévias. As roturas meniscais ocorrem em uma variedade de situações, como por exemplo, depois de uma entorse do joelho. As roturas são geralmente sintomáticas e levam o paciente a buscar auxílio médico.

Na grande maioria das vezes, a história do atleta e o exame físico realizado pelo médico são suficientes para se fazer o diagnóstico de uma lesão meniscal. Porém mesmo assim, exames de imagem são necessários para fornecer mais informações ao médico.

Radiografias não mostram diretamente os meniscos, mas ajudam ao mostrar se os espaços articulares estão normais ou reduzidos, ou se já há alterações osteoarticulares crônicas que acompanham lesões meniscais.

O melhor exame de imagem para a avaliação dos meniscos é a ressonância magnética (RM). A RM é indicada para diagnosticar o tipo exato da lesão (ex.: alterações degenerativas, roturas radiais, longitudinais, horizontais, complexas, ou tipo "alça de balde") e em que porção do menisco ela ocorreu (corno anterior, corpo ou corno posterior). Dessa forma, não apenas a RM pode diagnosticar detalhes sobre o tipo e a localização da lesão, como também seu tamanho e a sua extensão. Veja vários exemplos de lesões meniscais num corredor, visitando a página http://www.milton.com.br/esporte/casos/caso_66.htm

As informações obtidas pelo exame de RM serão essenciais para que o médico do atleta possa decidir pelo tipo de tratamento (conservador ou cirúrgico). Se optar pelo tratamento cirúrgico, a RM terá revelado informações fundamentais para que o médico escolha a melhor tática operatória para aquela situação específica, como, por exemplo, sutura ou meniscectomia (retirada parcial ou total de um menisco).

Além de revelar diretamente o estado dos meniscos, a RM é importante também para avaliar as demais estruturas do joelho, que podem ou não apresentar alterações associadas às lesões meniscais, como, por exemplo, lesões em cartilagem e osteoartrose, derrame articular, lesões ligamentares ou tendinosas, cistos peri-meniscais, etc. Outro papel da RM é fazer avaliação pós-operatória dos meniscos. Quando a RM convencional não é suficiente para isso, o médico pode indicar a realização de uma artro-RM, que é um exame de RM com contraste intra-articular.

Hoje em dia os exames de RM de joelho estão ficando cada vez mais acessíveis aos atletas e rápidos na sua execução e suas informações têm tido um papel fundamental para a decisão do médico sobre o tratamento a ser adotado.

Tendão Patelar: local comum de lesões em atletas

O tendão patelar, que também pode ser chamado de ligamento patelar (ou ligamento da patela, que é o nome atual aceito pelos anatomistas) é local relativamente comum de lesões em atletas. Os esportes mais relacionados às lesões do tendão patelar são aqueles que geralmente envolvem saltos, como voleibol, basquetebol e algumas modalidades do atletismo. Devido à isso, a lesão do tendão patelar por trauma repetitivo recebeu o nome genérico de "joelho do saltador" (ou jumper's knee, em inglês). Mas essas lesões não são exclusividade desses esportes e ocorrem também em outras atividades, como corrida, futebol e tênis.

Para entender um pouco mais, o tendão patelar é a estrutura do joelho que liga a patela à tíbia. Faz parte do que é chamado mecanismo extensor do joelho, juntamente com o músculo anterior da coxa (quadríceps) e seu tendão e a própria patela. Com a contração do quadríceps, e com a integridade de todas essas estruturas, ocorre a extensão da perna.

As lesões do tendão patelar fazem parte de um grupo maior de doenças que causam o que os ortopedistas chamam de "dor anterior do joelho". Dessa forma, o atendimento médico visa o diagnóstico clínico da doença específica responsável pela dor do esportista. Basicamente, as lesões do tendão patelar são as tendinopatias ("tendinites"), com fases diferentes de gravidade, as rupturas parciais e as rupturas totais.

Tendinopatias leves, ou iniciais, podem causar um discreto espessamento do tendão e alteração de sua textura. Na medida em que a doença progride, o espessamento e a alteração da substância do tendão aumentam, e surgem alterações degenerativas (tendinose) acompanhadas ou não de calcificações. Geralmente as lesões ocorrem na porção proximal do tendão, ou seja, logo abaixo da sua origem na patela.

Nas fases mais avançadas dessa doença, surgem rupturas parciais no interior do tendão, que juntamente com as alterações teciduais, enfraquecem-no. Nesta fase o tendão lesionado já não possui a mesma resistência física (mecânica) que um tendão saudável. A maior complicação que pode ocorrer nesta lesão é a ruptura completa do tendão. Nesta situação há descontinuidade total das fibras e a ligação entre a patela e a tíbia se perde e o mecanismo extensor perde a sua função.

Os exames de imagem são excelentes para auxiliar os médicos no diagnóstico diferencial da dor anterior do joelho, especialmente as lesões do tendão patelar. Radiografias podem ter alguma utilidade no diagnóstico nas lesões do tendão patelar se demonstrarem calcificações ou espessamento na sua região e, nos casos de ruptura completa, se demonstrarem a patela deslocada superiormente, com ou sem fratura do seu pólo inferior.

Inegavelmente são a ultra-sonografia (US) e a ressonância magnética (RM) os dois métodos mais indicados para a avaliação desses atletas. Ambas podem detectar um espessamento heterogêneo do tendão, com ou sem focos de rupturas parciais. Pessoalmente, acho que a RM é superior à US na distinção entre áreas de degeneração e pequenas rupturas no interior de um tendão muito alterado e na avaliação da extensão de rupturas parciais. Ambos os métodos são excelentes para fazer um acompanhamento evolutivo da lesão.

O fato de o tendão ser superficial e grande facilita a sua avaliação pela US. Ainda assim, a RM é um exame mais completo. E isso se justifica na capacidade que a RM tem de avaliar a articulação do joelho como um todo. Além de estudar muito bem o tendão patelar, a RM avalia outras estruturas que podem apresentar lesão, provendo informações para o diagnóstico diferencial. Afinal, como mencionado anteriormente, há outras doenças ou lesões que podem simular os sintomas do tendão patelar, como condromalácia patelar, inflamação da gordura infra-patelar (de Hoffa), doença de Osgood-Schlatter, bursites e osteoartrose patelo-femural.

Ao receber um relatório de RM, o médico do atleta terá muitas informações para completar o diagnóstico clínico e iniciar o tratamento específico. E se a lesão já for conhecida, com um exame de controle, ele saberá como está a sua evolução, e poderá orientar o atleta de forma prevenir (ou pelo menos tentar) que a lesão progrida como, por exemplo, para uma ruptura total.

Concluindo, a RM é uma excelente ferramenta a serviço da medicina esportiva para o diagnóstico inicial de doenças do joelho, especialmente a lesão do tendão patelar, porque permitirá diagnosticá-la, graduá-la e diferenciá-la de outras alterações. Ao fazer o acompanhamento da lesão, fornecerá informações úteis para a prevenção de complicações.


Tendão Patelar: local comum de lesões em atletas

Atletismo · 20 fev, 2008

O tendão patelar, que também pode ser chamado de ligamento patelar (ou ligamento da patela, que é o nome atual aceito pelos anatomistas) é local relativamente comum de lesões em atletas. Os esportes mais relacionados às lesões do tendão patelar são aqueles que geralmente envolvem saltos, como voleibol, basquetebol e algumas modalidades do atletismo. Devido à isso, a lesão do tendão patelar por trauma repetitivo recebeu o nome genérico de "joelho do saltador" (ou jumper's knee, em inglês). Mas essas lesões não são exclusividade desses esportes e ocorrem também em outras atividades, como corrida, futebol e tênis.

Para entender um pouco mais, o tendão patelar é a estrutura do joelho que liga a patela à tíbia. Faz parte do que é chamado mecanismo extensor do joelho, juntamente com o músculo anterior da coxa (quadríceps) e seu tendão e a própria patela. Com a contração do quadríceps, e com a integridade de todas essas estruturas, ocorre a extensão da perna.

As lesões do tendão patelar fazem parte de um grupo maior de doenças que causam o que os ortopedistas chamam de "dor anterior do joelho". Dessa forma, o atendimento médico visa o diagnóstico clínico da doença específica responsável pela dor do esportista. Basicamente, as lesões do tendão patelar são as tendinopatias ("tendinites"), com fases diferentes de gravidade, as rupturas parciais e as rupturas totais.

Tendinopatias leves, ou iniciais, podem causar um discreto espessamento do tendão e alteração de sua textura. Na medida em que a doença progride, o espessamento e a alteração da substância do tendão aumentam, e surgem alterações degenerativas (tendinose) acompanhadas ou não de calcificações. Geralmente as lesões ocorrem na porção proximal do tendão, ou seja, logo abaixo da sua origem na patela.

Nas fases mais avançadas dessa doença, surgem rupturas parciais no interior do tendão, que juntamente com as alterações teciduais, enfraquecem-no. Nesta fase o tendão lesionado já não possui a mesma resistência física (mecânica) que um tendão saudável. A maior complicação que pode ocorrer nesta lesão é a ruptura completa do tendão. Nesta situação há descontinuidade total das fibras e a ligação entre a patela e a tíbia se perde e o mecanismo extensor perde a sua função.

Os exames de imagem são excelentes para auxiliar os médicos no diagnóstico diferencial da dor anterior do joelho, especialmente as lesões do tendão patelar. Radiografias podem ter alguma utilidade no diagnóstico nas lesões do tendão patelar se demonstrarem calcificações ou espessamento na sua região e, nos casos de ruptura completa, se demonstrarem a patela deslocada superiormente, com ou sem fratura do seu pólo inferior.

Inegavelmente são a ultra-sonografia (US) e a ressonância magnética (RM) os dois métodos mais indicados para a avaliação desses atletas. Ambas podem detectar um espessamento heterogêneo do tendão, com ou sem focos de rupturas parciais. Pessoalmente, acho que a RM é superior à US na distinção entre áreas de degeneração e pequenas rupturas no interior de um tendão muito alterado e na avaliação da extensão de rupturas parciais. Ambos os métodos são excelentes para fazer um acompanhamento evolutivo da lesão.

O fato de o tendão ser superficial e grande facilita a sua avaliação pela US. Ainda assim, a RM é um exame mais completo. E isso se justifica na capacidade que a RM tem de avaliar a articulação do joelho como um todo. Além de estudar muito bem o tendão patelar, a RM avalia outras estruturas que podem apresentar lesão, provendo informações para o diagnóstico diferencial. Afinal, como mencionado anteriormente, há outras doenças ou lesões que podem simular os sintomas do tendão patelar, como condromalácia patelar, inflamação da gordura infra-patelar (de Hoffa), doença de Osgood-Schlatter, bursites e osteoartrose patelo-femural.

Ao receber um relatório de RM, o médico do atleta terá muitas informações para completar o diagnóstico clínico e iniciar o tratamento específico. E se a lesão já for conhecida, com um exame de controle, ele saberá como está a sua evolução, e poderá orientar o atleta de forma prevenir (ou pelo menos tentar) que a lesão progrida como, por exemplo, para uma ruptura total.

Concluindo, a RM é uma excelente ferramenta a serviço da medicina esportiva para o diagnóstico inicial de doenças do joelho, especialmente a lesão do tendão patelar, porque permitirá diagnosticá-la, graduá-la e diferenciá-la de outras alterações. Ao fazer o acompanhamento da lesão, fornecerá informações úteis para a prevenção de complicações.

10 perguntas e respostas sobre a ressonância magnética

Confira algumas perguntas e respostas sobre a Ressônancia Magnética, exame muitas vezes necessário para diagnosticar as lesões. Veja:

1- Vemos na imprensa muitas notícias sobre atletas que sofrem lesões e precisam de exames de Ressonância Magnética (RM). Só atletas profissionais precisam de exames mais sofisticados?

Não. Atletas profissionais, amadores ou recreacionais precisam sempre de um tratamento adequado. Se para algum deles for necessária a realização de uma RM para diagnóstico, então ele deverá fazê-la. Estes exames estão disponíveis para qualquer pessoa.

2- Por que um exame de RM é tão caro?

Isso se deve ao alto custo do equipamento e de sua manutenção e pela especialização do médico radiologista necessária para a execução e interpretação dos exames. Por outro lado, atualmente a maioria dos convênios médicos dá cobertura para exames de RM, portanto sem custos adicionais para os pacientes.

3- A RM é um bom meio para diagnosticar lesões esportivas?

Sim. A RM é o método de imagem que tem a melhor definição das estruturas anatômicas do sistema músculo-esquelético. Mas não é o único. Radiografias, ultra-sonografia e tomografia computadorizada também têm suas indicações.

4- Se a RM é o melhor exame para lesões músculo-esqueléticas, meu médico não deveria ter solicitado apenas esse exame, e em primeiro lugar?

Não, depende. A melhor forma de fazer diagnóstico por imagem é quando os exames são solicitados numa determinada ordem ou combinados entre si. E isso varia muito, dependendo da lesão, do atleta, e da opção do médico solicitante.

Ou seja, haverá casos em que uma radiografia simples bastará para o diagnóstico, ou casos em que será necessário uma combinação de radiografias, ultra-sonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, não obrigatoriamente todos estes e nem nessa ordem. Da mesma forma, há diagnósticos de não dependem de exames de RM ou mesmo de qualquer outro método de imagem.

5- A ressonância magnética usa radiação?

Não, a RM não usa radiação ionizante, como ocorre nas radiografias e tomografia computadorizadas. É um exame inócuo, que se baseia, simplificadamente, em campo eletromagnético e ondas de rádio. Pacientes grávidas com mais de 12 semanas de gestação já podem fazer este exame.

6- Tenho medo de fazer exame de RM porque acho que sou claustrofóbico.

Já há clínicas que possuem equipamento de alto campo magnético, cujo túnel (onde o paciente fica) é mais curto e mais largo, e que são tolerados pela grande maioria dos pacientes. Quando isso não for suficiente, o paciente poderá fazer seu exame sob sedação.

7-Exames de RM são sempre demorados?

Não. A duração do exame depende da rapidez do equipamento (que varia dependendo da "potência" do campo magnético) e da escolha do número de séries para o exame. Há exames de RM de joelho que duram menos de 20 minutos.

8- Equipamentos de RM de alto campo, baixo campo, campo aberto ou fechado. O que tudo isso significa?

Há equipamentos com campos magnéticos de diferentes "potências": desde 0,2T até 3,0T (T = Tesla). São chamados de baixo campo os de 0,2T e alto campo os de 1,5T, por exemplo. Com relação ao formato do aparelho, dizemos campo aberto para aqueles equipamentos em que o paciente não fica dentro de um túnel, mas sim sob um grande disco e campo fechado, quando o paciente se posiciona dentro de um túnel, aberto nas duas extremidades.

Porém já há equipamentos em que o túnel é tão mais curto e mais amplo de forma que o paciente fica com parte do corpo para fora dele, e com a vantagem de serem ao mesmo tempo equipamentos de alto campo magnético.

9- Por que às vezes é preciso tomar uma injeção de contraste para fazer uma RM? Há perigo nisso?

Em lesões esportivas a injeção intra-venosa de contraste é raramente necessária, mas, ocorrerá em casos onde há suspeita, por exemplo, de infecções, tumores, artrite, sinovite. Já o uso de contraste intra-articular (dentro da articulação) será necessário para artro-RM, que é uma modalidade para diagnosticar lesões intra-articulares especiais, como lesões em cartilagens, fibrocartilagens e osteocondrais. O contraste utilizado em RM não é o mesmo daquele utilizado em exames radiológicos e por tomografia computadorizada. As chances de reação alérgica na RM são muito menores e estatisticamente pouco significativas.

10- Tenho prótese. Posso fazer exame de RM?

Depende. Próteses metálicas ortopédicas, a depender de sua localização, não impedem a realização de uma RM, apesar de poder haver prejuízo na qualidade da imagem. Mas há sim contra-indicações absolutas para esse exame: marca-passo cardíaco, clips metálicos cirúrgicos (dependendo da sua localização), implantes no ouvido (cocleares), entre outros. O melhor é perguntar sobre os riscos para o médico que fez a cirurgia para a colocação da prótese, clip ou implante, ou se informar com a equipe da clínica radiológica.


10 perguntas e respostas sobre a ressonância magnética

Atletismo · 29 jan, 2008

Confira algumas perguntas e respostas sobre a Ressônancia Magnética, exame muitas vezes necessário para diagnosticar as lesões. Veja:

1- Vemos na imprensa muitas notícias sobre atletas que sofrem lesões e precisam de exames de Ressonância Magnética (RM). Só atletas profissionais precisam de exames mais sofisticados?

Não. Atletas profissionais, amadores ou recreacionais precisam sempre de um tratamento adequado. Se para algum deles for necessária a realização de uma RM para diagnóstico, então ele deverá fazê-la. Estes exames estão disponíveis para qualquer pessoa.

2- Por que um exame de RM é tão caro?

Isso se deve ao alto custo do equipamento e de sua manutenção e pela especialização do médico radiologista necessária para a execução e interpretação dos exames. Por outro lado, atualmente a maioria dos convênios médicos dá cobertura para exames de RM, portanto sem custos adicionais para os pacientes.

3- A RM é um bom meio para diagnosticar lesões esportivas?

Sim. A RM é o método de imagem que tem a melhor definição das estruturas anatômicas do sistema músculo-esquelético. Mas não é o único. Radiografias, ultra-sonografia e tomografia computadorizada também têm suas indicações.

4- Se a RM é o melhor exame para lesões músculo-esqueléticas, meu médico não deveria ter solicitado apenas esse exame, e em primeiro lugar?

Não, depende. A melhor forma de fazer diagnóstico por imagem é quando os exames são solicitados numa determinada ordem ou combinados entre si. E isso varia muito, dependendo da lesão, do atleta, e da opção do médico solicitante.

Ou seja, haverá casos em que uma radiografia simples bastará para o diagnóstico, ou casos em que será necessário uma combinação de radiografias, ultra-sonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, não obrigatoriamente todos estes e nem nessa ordem. Da mesma forma, há diagnósticos de não dependem de exames de RM ou mesmo de qualquer outro método de imagem.

5- A ressonância magnética usa radiação?

Não, a RM não usa radiação ionizante, como ocorre nas radiografias e tomografia computadorizadas. É um exame inócuo, que se baseia, simplificadamente, em campo eletromagnético e ondas de rádio. Pacientes grávidas com mais de 12 semanas de gestação já podem fazer este exame.

6- Tenho medo de fazer exame de RM porque acho que sou claustrofóbico.

Já há clínicas que possuem equipamento de alto campo magnético, cujo túnel (onde o paciente fica) é mais curto e mais largo, e que são tolerados pela grande maioria dos pacientes. Quando isso não for suficiente, o paciente poderá fazer seu exame sob sedação.

7-Exames de RM são sempre demorados?

Não. A duração do exame depende da rapidez do equipamento (que varia dependendo da "potência" do campo magnético) e da escolha do número de séries para o exame. Há exames de RM de joelho que duram menos de 20 minutos.

8- Equipamentos de RM de alto campo, baixo campo, campo aberto ou fechado. O que tudo isso significa?

Há equipamentos com campos magnéticos de diferentes "potências": desde 0,2T até 3,0T (T = Tesla). São chamados de baixo campo os de 0,2T e alto campo os de 1,5T, por exemplo. Com relação ao formato do aparelho, dizemos campo aberto para aqueles equipamentos em que o paciente não fica dentro de um túnel, mas sim sob um grande disco e campo fechado, quando o paciente se posiciona dentro de um túnel, aberto nas duas extremidades.

Porém já há equipamentos em que o túnel é tão mais curto e mais amplo de forma que o paciente fica com parte do corpo para fora dele, e com a vantagem de serem ao mesmo tempo equipamentos de alto campo magnético.

9- Por que às vezes é preciso tomar uma injeção de contraste para fazer uma RM? Há perigo nisso?

Em lesões esportivas a injeção intra-venosa de contraste é raramente necessária, mas, ocorrerá em casos onde há suspeita, por exemplo, de infecções, tumores, artrite, sinovite. Já o uso de contraste intra-articular (dentro da articulação) será necessário para artro-RM, que é uma modalidade para diagnosticar lesões intra-articulares especiais, como lesões em cartilagens, fibrocartilagens e osteocondrais. O contraste utilizado em RM não é o mesmo daquele utilizado em exames radiológicos e por tomografia computadorizada. As chances de reação alérgica na RM são muito menores e estatisticamente pouco significativas.

10- Tenho prótese. Posso fazer exame de RM?

Depende. Próteses metálicas ortopédicas, a depender de sua localização, não impedem a realização de uma RM, apesar de poder haver prejuízo na qualidade da imagem. Mas há sim contra-indicações absolutas para esse exame: marca-passo cardíaco, clips metálicos cirúrgicos (dependendo da sua localização), implantes no ouvido (cocleares), entre outros. O melhor é perguntar sobre os riscos para o médico que fez a cirurgia para a colocação da prótese, clip ou implante, ou se informar com a equipe da clínica radiológica.

Diagnóstico por imagem diferencia canelite de fratura por estresse

Dores nas pernas em corredores podem ser de várias causas: musculares, tendinosas e ósseas. Duas delas são de especial interesse porque têm algumas semelhanças clínicas, porém, com graus de gravidade bem diferentes. Uma delas é a vulgarmente conhecida como "canelite", ou síndrome do estresse tibial medial. A outra é a fratura por estresse. O diagnóstico por imagem é um aliado importante do ortopedista e de seu paciente para se diagnosticar claramente qual das duas lesões o corredor apresenta. Vários são os exames de imagem que podem ajudar a classificar, graduar e, portanto, diagnosticar o problema.

A origem da "canelite", que agora em diante chamaremos de síndrome do estresse tibial medial (SETM), tem algumas teorias. É uma lesão crônica em corredores e em outros esportistas decorrente da sobrecarga no osso da tíbia e da tração excessiva na inserção do músculo sóleo (um músculo flexor do tornozelo) na margem póstero-medial da tíbia. Essa síndrome é classificada em quatro graus de gravidade. Alguns pesquisadores consideram a fratura por estresse como o grau IV da síndrome. Daí a necessidade de um diagnóstico precoce: ou seja, para que uma SETM não se transforme numa fratura por estresse.

Além da história clínica e exame físico da SETM e da fratura por estresse serem um pouco diferentes, o suficiente para o ortopedista suspeitar de uma ou de outra lesão, na maioria das vezes o atleta necessita de um exame de imagem para completar o diagnóstico.

A radiografia convencional é geralmente o primeiro exame a ser solicitado. No caso de uma SETM, o resultado é absolutamente normal. Já a fratura por estresse só é diagnosticada pelas radiografias depois de uns 15 dias de sua instalação, ou seja, o esportista já tem a fratura por estresse, mas a radiografia se atrasa em 15 dias para diagnosticá-la. Neste momento aparecem alterações radiológicas no osso, indicativas de fratura por estresse.

Mas o esportista, profissional, amador ou recreacional, não pode ficar esperando 15 dias pelo seu diagnóstico, pois seu treinamento e suas competições poderão ser alterados, dependendo do diagnóstico e da orientação médica. Então, o diagnóstico por imagem dispõe de mais exames para ajudar o corredor: a cintilografia óssea e a ressonância magnética (RM). Além de diagnosticarem precocemente a fratura por estresse, estes dois métodos vão fazer o diagnóstico diferencial entre a SETM e a fratura por estresse.

O exame de cintilografia óssea em três fases é realizado por meio de uma injeção intra-venosa de uma marcador radioativo (rádio-fármaco), que irá se concentrar em áreas de maior atividade óssea, como por exemplo, ao longo da tíbia, de forma sutil no caso de uma SETM e num formato ovalado, localizado e intenso, no caso de uma fratura por estresse. Variações nestas apresentações ocorrem e o diagnóstico vem da interpretação dos achados pelo médico nuclear e pelo ortopedista.

A ressonância magnética (RM) é o melhor exame de imagem para avaliar lesões crônicas de origem músculo-esquelética em corredores. É tão precoce, ou mais, que a cintilografia óssea para detectar as alterações da SETM e da fratura por estresse, e pode não necessitar de injeção de contraste.

Não precisamos entrar em detalhes aqui sobre os aspectos de imagem que fazem o diagnóstico diferencial entre estas lesões, tão comuns em esportistas, mas podemos explicar que os sinais identificados pela ressonância magnética variam desde alterações inflamatórias em tecidos moles da região ântero-medial da perna (edema em planos gordurosos) até alterações ósseas progressivas na medular óssea (tutano), e fratura na cortical óssea. Ou seja, trata-se de um espectro de alterações, gradativas, que ao serem detectadas pela ressonância magnética, permitem-nos classificar a lesão.

São considerados três estágios de SETM: I, II e III. O grau IV já é a própria fratura por estresse. Assim, fica evidente a importância de um exame de RM para um corredor, pois o tratamento e a orientação médica que se seguirão, poderão ser totalmente diferentes.

Além da adequada avaliação destas lesões, a ressonância magnética acaba sendo muito útil, pois pode fazer diagnóstico de lesões em outras estruturas, no mesmo exame, que poderiam causar dor e quadro clínico semelhantes aos da SETM e fratura por estresse, como algumas tendinopatias e lesões musculares crônicas.

A tomografia computadorizada pode ser indicada nos casos já diagnosticados de fratura por estresse, quando o objetivo for analisar detalhes da fratura e da região acometida.


Diagnóstico por imagem diferencia canelite de fratura por estresse

Atletismo · 18 dez, 2007

Dores nas pernas em corredores podem ser de várias causas: musculares, tendinosas e ósseas. Duas delas são de especial interesse porque têm algumas semelhanças clínicas, porém, com graus de gravidade bem diferentes. Uma delas é a vulgarmente conhecida como "canelite", ou síndrome do estresse tibial medial. A outra é a fratura por estresse. O diagnóstico por imagem é um aliado importante do ortopedista e de seu paciente para se diagnosticar claramente qual das duas lesões o corredor apresenta. Vários são os exames de imagem que podem ajudar a classificar, graduar e, portanto, diagnosticar o problema.

A origem da "canelite", que agora em diante chamaremos de síndrome do estresse tibial medial (SETM), tem algumas teorias. É uma lesão crônica em corredores e em outros esportistas decorrente da sobrecarga no osso da tíbia e da tração excessiva na inserção do músculo sóleo (um músculo flexor do tornozelo) na margem póstero-medial da tíbia. Essa síndrome é classificada em quatro graus de gravidade. Alguns pesquisadores consideram a fratura por estresse como o grau IV da síndrome. Daí a necessidade de um diagnóstico precoce: ou seja, para que uma SETM não se transforme numa fratura por estresse.

Além da história clínica e exame físico da SETM e da fratura por estresse serem um pouco diferentes, o suficiente para o ortopedista suspeitar de uma ou de outra lesão, na maioria das vezes o atleta necessita de um exame de imagem para completar o diagnóstico.

A radiografia convencional é geralmente o primeiro exame a ser solicitado. No caso de uma SETM, o resultado é absolutamente normal. Já a fratura por estresse só é diagnosticada pelas radiografias depois de uns 15 dias de sua instalação, ou seja, o esportista já tem a fratura por estresse, mas a radiografia se atrasa em 15 dias para diagnosticá-la. Neste momento aparecem alterações radiológicas no osso, indicativas de fratura por estresse.

Mas o esportista, profissional, amador ou recreacional, não pode ficar esperando 15 dias pelo seu diagnóstico, pois seu treinamento e suas competições poderão ser alterados, dependendo do diagnóstico e da orientação médica. Então, o diagnóstico por imagem dispõe de mais exames para ajudar o corredor: a cintilografia óssea e a ressonância magnética (RM). Além de diagnosticarem precocemente a fratura por estresse, estes dois métodos vão fazer o diagnóstico diferencial entre a SETM e a fratura por estresse.

O exame de cintilografia óssea em três fases é realizado por meio de uma injeção intra-venosa de uma marcador radioativo (rádio-fármaco), que irá se concentrar em áreas de maior atividade óssea, como por exemplo, ao longo da tíbia, de forma sutil no caso de uma SETM e num formato ovalado, localizado e intenso, no caso de uma fratura por estresse. Variações nestas apresentações ocorrem e o diagnóstico vem da interpretação dos achados pelo médico nuclear e pelo ortopedista.

A ressonância magnética (RM) é o melhor exame de imagem para avaliar lesões crônicas de origem músculo-esquelética em corredores. É tão precoce, ou mais, que a cintilografia óssea para detectar as alterações da SETM e da fratura por estresse, e pode não necessitar de injeção de contraste.

Não precisamos entrar em detalhes aqui sobre os aspectos de imagem que fazem o diagnóstico diferencial entre estas lesões, tão comuns em esportistas, mas podemos explicar que os sinais identificados pela ressonância magnética variam desde alterações inflamatórias em tecidos moles da região ântero-medial da perna (edema em planos gordurosos) até alterações ósseas progressivas na medular óssea (tutano), e fratura na cortical óssea. Ou seja, trata-se de um espectro de alterações, gradativas, que ao serem detectadas pela ressonância magnética, permitem-nos classificar a lesão.

São considerados três estágios de SETM: I, II e III. O grau IV já é a própria fratura por estresse. Assim, fica evidente a importância de um exame de RM para um corredor, pois o tratamento e a orientação médica que se seguirão, poderão ser totalmente diferentes.

Além da adequada avaliação destas lesões, a ressonância magnética acaba sendo muito útil, pois pode fazer diagnóstico de lesões em outras estruturas, no mesmo exame, que poderiam causar dor e quadro clínico semelhantes aos da SETM e fratura por estresse, como algumas tendinopatias e lesões musculares crônicas.

A tomografia computadorizada pode ser indicada nos casos já diagnosticados de fratura por estresse, quando o objetivo for analisar detalhes da fratura e da região acometida.

Como identificar lesões nos tendões pela imagem?

Atletas podem apresentar lesões agudas ou crônicas em tendões. As primeiras são freqüentemente rupturas - parciais ou totais, relacionadas a um trauma, e as últimas surgem por sobrecarga.

Em corredores, por exemplo, essas lesões ocorrem com certa freqüência na região do pé e tornozelo, especialmente no tendão calcâneo (aquiles), no tendão tibial posterior e nos tendões fibulares, que se localizam, respectivamente nas regiões posterior, medial e lateral do tornozelo.

Os métodos de Diagnóstico por Imagem são excelentes aliados dos ortopedistas e médicos do esporte para o diagnóstico destas lesões. Embora as radiografias não possam produzir imagens nítidas de estruturas de partes moles, como os tendões, elas são usualmente realizadas inicialmente na investigação da dor do esportista. E serão muito úteis caso diagnostiquem calcificação na região de um tendão, ou um esporão ósseo (no caso do calcâneo), ou mesmo um aumento do volume das partes moles, significando indícios de lesões a serem investigadas.

O exame de ultra-sonografia (US), realizado prontamente como primeiro exame ou após a realização de radiografias, destaca-se pela capacidade de poder analisar com qualidade os tendões. Ao se realizar um exame de US, o médico ultra-sonografista avalia se os tendões estão normais ou alterados. Resumidamente, as alterações possíveis de serem encontradas nos exames de US são: tendão espessado (com ou sem heterogeneidade de sua textura), presença de calcificações, rupturas parciais ou totais de suas fibras, e líquido em quantidade anormal em sua bainha sinovial (membrana que envolve o tendão).

Tendões com bainha sinovial, como o tendão tibial posterior e os tendões fibulares, que apresentarem aumento anormal de líquido na bainha, são diagnosticados como tenossinovite, fundamentalmente uma alteração inflamatória. Essa foi a lesão que pode ter acometido o maratonista Marílson Gomes antes da Maratona de Nova York.

Tendões que não têm bainha sinovial, como o tendão calcâneo, que se apresentarem com espessamento heterogêneo de suas fibras, são diagnosticados como tendinopatia crônica ou tendinose, que são alterações degenerativas. Estas alterações podem ou não ser acompanhadas de alterações na região ao redor do tendão, como bursite ou processo inflamatório em planos gordurosos (edema). Eventualmente, caso se detecte a presença de calcificações em tendões, o diagnóstico é de tendinopatia crônica calcárea. Tendões que apresentam tendinopatia crônica/tendinose estão mais sujeitos a rupturas.

Em caso de rupturas, o médico ultra-sonografista deve avaliar a extensão da lesão, principalmente classificando-a em ruptura parcial ou total, uma vez que isso determinará o tratamento a ser adotado pelo médico do atleta.

Ressonância -A ressonância magnética (RM) é, dentre todos os exames de imagem, a que produz melhor definição e diferenciação entre as estruturas do sistema músculo-esquelético. Além disso, é capaz de produzir imagens de toda a articulação e não se limitar aos planos superficiais, que é uma desvantagem da ultra-sonografia.

Dessa forma, além de a RM poder fazer os diagnósticos ao alcance da ultra-sonografia, acima descritos, permite que se demonstre outras possíveis causas de dor no tornozelo, como por exemplo: lesões ligamentares crônicas, fratura por estresse, lesões condrais (de cartilagem). Estas lesões podem, em alguns casos, causar sintomas semelhantes às de lesões tendinosas, ou acompanharem as tendinopatias. Assim, o médico obterá ainda mais informações fundamentais para iniciar o tratamento do esportista.

A tomografia computadorizada, apesar de ser muito útil na radiologia das lesões nos esportes, não tem um papel decisivo no diagnóstico de lesões em tendões. Por fim, a combinação racional dos exames de imagem solicitados pelo médico especialista poderá diagnosticar e graduar adequadamente vários tipos de lesão em atletas, e isso será ponto de partida fundamental para um bom tratamento.


Como identificar lesões nos tendões pela imagem?

Atletismo · 16 nov, 2007

Atletas podem apresentar lesões agudas ou crônicas em tendões. As primeiras são freqüentemente rupturas - parciais ou totais, relacionadas a um trauma, e as últimas surgem por sobrecarga.

Em corredores, por exemplo, essas lesões ocorrem com certa freqüência na região do pé e tornozelo, especialmente no tendão calcâneo (aquiles), no tendão tibial posterior e nos tendões fibulares, que se localizam, respectivamente nas regiões posterior, medial e lateral do tornozelo.

Os métodos de Diagnóstico por Imagem são excelentes aliados dos ortopedistas e médicos do esporte para o diagnóstico destas lesões. Embora as radiografias não possam produzir imagens nítidas de estruturas de partes moles, como os tendões, elas são usualmente realizadas inicialmente na investigação da dor do esportista. E serão muito úteis caso diagnostiquem calcificação na região de um tendão, ou um esporão ósseo (no caso do calcâneo), ou mesmo um aumento do volume das partes moles, significando indícios de lesões a serem investigadas.

O exame de ultra-sonografia (US), realizado prontamente como primeiro exame ou após a realização de radiografias, destaca-se pela capacidade de poder analisar com qualidade os tendões. Ao se realizar um exame de US, o médico ultra-sonografista avalia se os tendões estão normais ou alterados. Resumidamente, as alterações possíveis de serem encontradas nos exames de US são: tendão espessado (com ou sem heterogeneidade de sua textura), presença de calcificações, rupturas parciais ou totais de suas fibras, e líquido em quantidade anormal em sua bainha sinovial (membrana que envolve o tendão).

Tendões com bainha sinovial, como o tendão tibial posterior e os tendões fibulares, que apresentarem aumento anormal de líquido na bainha, são diagnosticados como tenossinovite, fundamentalmente uma alteração inflamatória. Essa foi a lesão que pode ter acometido o maratonista Marílson Gomes antes da Maratona de Nova York.

Tendões que não têm bainha sinovial, como o tendão calcâneo, que se apresentarem com espessamento heterogêneo de suas fibras, são diagnosticados como tendinopatia crônica ou tendinose, que são alterações degenerativas. Estas alterações podem ou não ser acompanhadas de alterações na região ao redor do tendão, como bursite ou processo inflamatório em planos gordurosos (edema). Eventualmente, caso se detecte a presença de calcificações em tendões, o diagnóstico é de tendinopatia crônica calcárea. Tendões que apresentam tendinopatia crônica/tendinose estão mais sujeitos a rupturas.

Em caso de rupturas, o médico ultra-sonografista deve avaliar a extensão da lesão, principalmente classificando-a em ruptura parcial ou total, uma vez que isso determinará o tratamento a ser adotado pelo médico do atleta.

Ressonância -A ressonância magnética (RM) é, dentre todos os exames de imagem, a que produz melhor definição e diferenciação entre as estruturas do sistema músculo-esquelético. Além disso, é capaz de produzir imagens de toda a articulação e não se limitar aos planos superficiais, que é uma desvantagem da ultra-sonografia.

Dessa forma, além de a RM poder fazer os diagnósticos ao alcance da ultra-sonografia, acima descritos, permite que se demonstre outras possíveis causas de dor no tornozelo, como por exemplo: lesões ligamentares crônicas, fratura por estresse, lesões condrais (de cartilagem). Estas lesões podem, em alguns casos, causar sintomas semelhantes às de lesões tendinosas, ou acompanharem as tendinopatias. Assim, o médico obterá ainda mais informações fundamentais para iniciar o tratamento do esportista.

A tomografia computadorizada, apesar de ser muito útil na radiologia das lesões nos esportes, não tem um papel decisivo no diagnóstico de lesões em tendões. Por fim, a combinação racional dos exames de imagem solicitados pelo médico especialista poderá diagnosticar e graduar adequadamente vários tipos de lesão em atletas, e isso será ponto de partida fundamental para um bom tratamento.

Ressonância magnética pode ajudar na prevenção de uma lesão?

Já se perguntou se a Radiologia pode ser utilizada como método de prevenção de lesões esportivas? Em essência, os exames de imagem se prestam para o diagnóstico das lesões. Porém, realmente há algo para se considerar em termos de prevenção de lesões em esportistas e pessoas com atividade física em geral, como veremos em dois exemplos, mais adiante.

Na medicina atual, ainda não há sentido realizar exames de imagem em atletas assintomáticos para se fazer rastreamento de lesões, como se faz com câncer de mama e mamografias periódicas. Mas recomenda-se que qualquer pessoa que sinta dores osteoarticulares, ou musculares, busque auxílio médico. Alguns critérios para reforçar isso: dor por tempo prolongado, ou decorrente de trauma, ou que impeça a pessoa de exercer suas atividades.

Consideremos um exemplo hipotético em que um atleta, com dor no tornozelo, passe em consulta com seu médico. Este, após colher a história do paciente e realizar os testes clínicos, fará hipóteses diagnósticas e poderá ou não encaminhar o esportista para exames de imagem, como uma ressonância magnética. Esse último é um excelente método e tem a capacidade de realizar uma avaliação global da articulação. Se o exame diagnosticar uma tendinopatia crônica do tendão de Aquiles (tendinite), revelará informações preciosíssimas ao médico do paciente, pois essa alteração no tendão é considerada um fator de risco para rupturas, sejam elas parciais ou totais. Neste caso, a Radiologia (ou Diagnóstico por Imagem) terá um papel fundamental ao fazer o diagnóstico inicial, mas também por fornecer informações que serão utilizadas pelo médico, que orientará clinicamente o paciente (tratamento, treinamento, etc) a fim de evitar uma ruptura no futuro, uma condição obviamente mais séria que a tendinopatia.

Tomemos outro exemplo: vamos supor que um corredor sinta dores na canela. Após passar em consulta com seu médico, ele poderá ou não solicitar exames de imagem (radiografias, cintilografia óssea ou ressonância magnética). Caso uma ressonância magnética da perna diagnostique Síndrome do estresse tibial medial, que os atletas chamam de "canelite", mais uma vez a Radiologia, além de diagnosticar, terá ajudado na prevenção de lesões mais sérias. Isso porque no caso das "canelites", o exame de ressonância magnética revela a graduação da lesão, que vai de I a III. Essa lesão pode culminar com a indesejável fratura por estresse, que alguns consideram ser o grau IV da síndrome. Ao tomar conhecimento do diagnóstico de grau I, II ou III o médico orientará o esportista de forma a prevenir que a lesão se torne uma fratura por estresse.

Os exames de diagnóstico por imagem e os radiologistas músculo-esqueléticos estão aí para contribuir com a medicina esportiva e os atletas, no momento do diagnóstico de uma lesão e ao longo do seu tratamento. Na dúvida, em caso de dor na prática de esporte, consulte seu médico!


Ressonância magnética pode ajudar na prevenção de uma lesão?

Atletismo · 02 out, 2007

Já se perguntou se a Radiologia pode ser utilizada como método de prevenção de lesões esportivas? Em essência, os exames de imagem se prestam para o diagnóstico das lesões. Porém, realmente há algo para se considerar em termos de prevenção de lesões em esportistas e pessoas com atividade física em geral, como veremos em dois exemplos, mais adiante.

Na medicina atual, ainda não há sentido realizar exames de imagem em atletas assintomáticos para se fazer rastreamento de lesões, como se faz com câncer de mama e mamografias periódicas. Mas recomenda-se que qualquer pessoa que sinta dores osteoarticulares, ou musculares, busque auxílio médico. Alguns critérios para reforçar isso: dor por tempo prolongado, ou decorrente de trauma, ou que impeça a pessoa de exercer suas atividades.

Consideremos um exemplo hipotético em que um atleta, com dor no tornozelo, passe em consulta com seu médico. Este, após colher a história do paciente e realizar os testes clínicos, fará hipóteses diagnósticas e poderá ou não encaminhar o esportista para exames de imagem, como uma ressonância magnética. Esse último é um excelente método e tem a capacidade de realizar uma avaliação global da articulação. Se o exame diagnosticar uma tendinopatia crônica do tendão de Aquiles (tendinite), revelará informações preciosíssimas ao médico do paciente, pois essa alteração no tendão é considerada um fator de risco para rupturas, sejam elas parciais ou totais. Neste caso, a Radiologia (ou Diagnóstico por Imagem) terá um papel fundamental ao fazer o diagnóstico inicial, mas também por fornecer informações que serão utilizadas pelo médico, que orientará clinicamente o paciente (tratamento, treinamento, etc) a fim de evitar uma ruptura no futuro, uma condição obviamente mais séria que a tendinopatia.

Tomemos outro exemplo: vamos supor que um corredor sinta dores na canela. Após passar em consulta com seu médico, ele poderá ou não solicitar exames de imagem (radiografias, cintilografia óssea ou ressonância magnética). Caso uma ressonância magnética da perna diagnostique Síndrome do estresse tibial medial, que os atletas chamam de "canelite", mais uma vez a Radiologia, além de diagnosticar, terá ajudado na prevenção de lesões mais sérias. Isso porque no caso das "canelites", o exame de ressonância magnética revela a graduação da lesão, que vai de I a III. Essa lesão pode culminar com a indesejável fratura por estresse, que alguns consideram ser o grau IV da síndrome. Ao tomar conhecimento do diagnóstico de grau I, II ou III o médico orientará o esportista de forma a prevenir que a lesão se torne uma fratura por estresse.

Os exames de diagnóstico por imagem e os radiologistas músculo-esqueléticos estão aí para contribuir com a medicina esportiva e os atletas, no momento do diagnóstico de uma lesão e ao longo do seu tratamento. Na dúvida, em caso de dor na prática de esporte, consulte seu médico!

O que é o diagnóstico por imagem?

A partir desse mês o Webrun ganha um novo colunista: o médico especialista em radiologia, Milton Miszputen. Comandando a seção Radiologia do Esporte no Webrun, ele irá falar como um diagnóstico de imagem pode ser visto e avaliado para uma boa recuperação da lesão. O assunto ainda é pouco difundido para a população, mas no seu primeiro artigo, Milton explica o que é esse diagnóstico da imagem. Confira!

São Paulo - Diagnóstico por imagem, também conhecido como Radiologia, é uma especialidade médica como qualquer outra, assim como ginecologia, pediatria, ortopedia, etc. Ainda hoje alguns têm dúvida sobre a atuação do radiologista, por exemplo, se é a pessoa que realiza uma radiografia ou ressonância magnética (na verdade é aquele que interpretará estes exames), ou aquele que vai tratar de uma lesão ortopédica (na verdade é aquele que realizará um laudo médico sobre a lesão, auxiliando o ortopedista do paciente).

Para exercer esta especialidade, primeiramente a pessoa tem que se formar médico, após seis anos de faculdade de Medicina. Ao término do curso, o médico presta concurso de Residência Médica para Radiologia, da mesma forma que ocorre com outros especialistas. A residência médica de Diagnóstico por Imagem, atualmente no Brasil, dura três anos, e é exercida em hospitais universitários, na maioria dos casos.

Antigamente conhecida apenas por Radiologia, hoje a especialidade é chamada de Diagnóstico por Imagem, porque nas últimas décadas surgiram métodos de exames bastante diferentes da radiologia convencional (RX). Foram inventados os aparelhos/métodos de ultra-sonografia (US), tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). E todos esses métodos fazem parte do aprendizado, especialização e trabalho do radiologista contemporâneo.

Durante a residência médica, o radiologista em formação irá aprender as diferentes técnicas desses exames e como estes são utilizados a fim de se obter diagnósticos médicos. Nos estágios da residência, não apenas o médico passará por estágios de RX, US, TC e RM, como também por sub-especialidades da radiologia, como, neurorradiologia, radiologia abdominal ou pediátrica, radiologia músculo-esquelética.

Ao término dos três anos da residência médica, o radiologista poderá optar em seguir no mercado de trabalho, ou manter vínculo no hospital escola, ligado ao departamento de radiologia, para fazer um complemento em uma das sub-especialidades da radiologia, acima descritas. Dessa forma, o radiologista tomará conhecimento de aspectos diretamente ligados às especialidades médicas, por exemplo, ortopedia e traumatologia, e suas respectivas doenças e lesões.

Em algumas cidades brasileiras, como São Paulo, a depender da filosofia do hospital ou clínica radiológica, o serviço de diagnóstico por imagem é feito por radiologistas especialistas. Ou seja, se o exame é da área de músculo-esquelético, o seu laudo médico (relatório) será produzido por um radiologista dessa especialidade. Isso ocorre devido à grande ampliação progressiva do conhecimento médico, mas traz vantagens, porque gera confiança para muitos dos médicos solicitantes e benefício direto ao paciente.

Portanto, o radiologista é o médico que realizará o laudo de um exame de imagem de um paciente (exame este realizado por um técnico ou biomédico). O radiologista presta assim um serviço ao paciente e seu médico, uma vez que o paciente, ao levar o exame e seu laudo ao seu médico, este sim dará a orientação ou tratamento necessários ao paciente, mediante sua experiência profissional.

Deve-se salientar que o diagnóstico por imagem, como o próprio nome já diz, é apenas mais um exame subsidiário na medicina, ainda que altamente sofisticado e muitas vezes específico. O diagnóstico definitivo de uma doença ou lesão poderá ser obtido pela história clínica, exames clínicos, outros exames (laboratório, anátomo-patológico, etc), analisados conjuntamente pelo médico do paciente.


O que é o diagnóstico por imagem?

Atletismo · 14 set, 2007

A partir desse mês o Webrun ganha um novo colunista: o médico especialista em radiologia, Milton Miszputen. Comandando a seção Radiologia do Esporte no Webrun, ele irá falar como um diagnóstico de imagem pode ser visto e avaliado para uma boa recuperação da lesão. O assunto ainda é pouco difundido para a população, mas no seu primeiro artigo, Milton explica o que é esse diagnóstico da imagem. Confira!

São Paulo - Diagnóstico por imagem, também conhecido como Radiologia, é uma especialidade médica como qualquer outra, assim como ginecologia, pediatria, ortopedia, etc. Ainda hoje alguns têm dúvida sobre a atuação do radiologista, por exemplo, se é a pessoa que realiza uma radiografia ou ressonância magnética (na verdade é aquele que interpretará estes exames), ou aquele que vai tratar de uma lesão ortopédica (na verdade é aquele que realizará um laudo médico sobre a lesão, auxiliando o ortopedista do paciente).

Para exercer esta especialidade, primeiramente a pessoa tem que se formar médico, após seis anos de faculdade de Medicina. Ao término do curso, o médico presta concurso de Residência Médica para Radiologia, da mesma forma que ocorre com outros especialistas. A residência médica de Diagnóstico por Imagem, atualmente no Brasil, dura três anos, e é exercida em hospitais universitários, na maioria dos casos.

Antigamente conhecida apenas por Radiologia, hoje a especialidade é chamada de Diagnóstico por Imagem, porque nas últimas décadas surgiram métodos de exames bastante diferentes da radiologia convencional (RX). Foram inventados os aparelhos/métodos de ultra-sonografia (US), tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). E todos esses métodos fazem parte do aprendizado, especialização e trabalho do radiologista contemporâneo.

Durante a residência médica, o radiologista em formação irá aprender as diferentes técnicas desses exames e como estes são utilizados a fim de se obter diagnósticos médicos. Nos estágios da residência, não apenas o médico passará por estágios de RX, US, TC e RM, como também por sub-especialidades da radiologia, como, neurorradiologia, radiologia abdominal ou pediátrica, radiologia músculo-esquelética.

Ao término dos três anos da residência médica, o radiologista poderá optar em seguir no mercado de trabalho, ou manter vínculo no hospital escola, ligado ao departamento de radiologia, para fazer um complemento em uma das sub-especialidades da radiologia, acima descritas. Dessa forma, o radiologista tomará conhecimento de aspectos diretamente ligados às especialidades médicas, por exemplo, ortopedia e traumatologia, e suas respectivas doenças e lesões.

Em algumas cidades brasileiras, como São Paulo, a depender da filosofia do hospital ou clínica radiológica, o serviço de diagnóstico por imagem é feito por radiologistas especialistas. Ou seja, se o exame é da área de músculo-esquelético, o seu laudo médico (relatório) será produzido por um radiologista dessa especialidade. Isso ocorre devido à grande ampliação progressiva do conhecimento médico, mas traz vantagens, porque gera confiança para muitos dos médicos solicitantes e benefício direto ao paciente.

Portanto, o radiologista é o médico que realizará o laudo de um exame de imagem de um paciente (exame este realizado por um técnico ou biomédico). O radiologista presta assim um serviço ao paciente e seu médico, uma vez que o paciente, ao levar o exame e seu laudo ao seu médico, este sim dará a orientação ou tratamento necessários ao paciente, mediante sua experiência profissional.

Deve-se salientar que o diagnóstico por imagem, como o próprio nome já diz, é apenas mais um exame subsidiário na medicina, ainda que altamente sofisticado e muitas vezes específico. O diagnóstico definitivo de uma doença ou lesão poderá ser obtido pela história clínica, exames clínicos, outros exames (laboratório, anátomo-patológico, etc), analisados conjuntamente pelo médico do paciente.