Maratona · 06 maio, 2008
Confira a história da atleta, além da análise de seu treinador, Cláudio Castilho, sobre a fase de preparação, o que deu errado na prova e os prognósticos para o futuro.
São Paulo - Aos 35 anos, Maria Zeferina Baldaia, natural de Nova Mônica, interior de Minas Gerais, desponta no cenário brasileiro do atletismo. Conhecida como a atleta de Sertãozinho (SP), local onde foi morar com os pais e os nove irmãos aos dois anos de idade, a atleta revela que já trabalhou como bóia fria e cortadora de cana na lavoura, época em que não imaginava que seria atleta profissional.
Sua primeira corrida veio cedo, aos 12 anos, numa gincana escolar, na qual correu quatro quilômetros de calça jeans e descalça. Depois da corrida jurei que nunca mais ia correr porque doía tudo. Hoje sei que foi pela falta de experiência, conta.
Durante 10 anos ela disputou provas na região até ser contratada pela Prefeitura de Ribeirão Preto para integrar o projeto Adote um Atleta, ocasião em que conheceu o treinador Cláudio Ribeiro. Porém, em 1996, ela saiu do Projeto e voltou para a lavoura, onde treinava apenas no fim da tarde.
Com algumas idas e vindas no esporte, Baldaia se firmou no atletismo em 2000, ocasião em que perdeu o emprego e resolveu se dedicar exclusivamente às corridas. Na época ela conseguiu patrocínio de uma companhia energética e já começava a obter bons resultados nas competições. Em 2001, Baldaia ficou conhecida nacionalmente após vencer a Sargento Gonzaguinha, a Volta da Pampulha e a tradicional São Silvestre.
Novos rumos - Em 2003, após uma série de contusões, trocou de técnico e se tornou pupila do Dr. Henrique Viana, da equipe mineira Pé de Vento e já mirava os Jogos Olímpicos de Pequim como um dos principais objetivos. Já em 2006 começou a treinar pelo Esporte Clube Pinheiros, sob orientação de Cláudio Castilho, seu atual técnico, que preparou um plano especial visando a conquista da vaga olímpica.
Desde setembro do ano passado estabelecemos como meta a tentativa de obter o índice A. Sabíamos dos riscos e procurei minimizá-los, realizando uma programação de treinos e competições bastante concentrada e dividida basicamente em duas temporadas, comenta Cláudio. Segundo ele, a primeira parte foi nacional, com a disputa da Volta da Pampulha do ano passado, os 10 quilômetros pan-americanos, São Silvestre, Cuiabá e a São Sebastião no Rio de Janeiro.
Já a segunda metade dos treinos foi dedicada à competições internacionais como a Copa Brasil de Cross Country, com o objetivo de se classificar para o Mundial, fato que se confirmou, e a participação na Meia Maratona de São Paulo. A ida para o Mundial já contemplava a permanência na Europa para uma breve adaptação (um mês no Centro de Alto rendimento do Jamor, em Portugal); ao clima e às competições internacionais, ressalta o treinador.
Tudo estava bem e tínhamos a convicção de que seria possível concretizar uma boa marca, porém, infelizmente aquele não foi o nosso dia e os últimos quilômetros mostraram que na maratona os prognósticos muitas vezes não se confirmam, lamenta o treinador, que afirma ainda ter feito junto com sua pupila o possível para que o objetivo fosse alcançado.
Ela passou a marca da meia maratona com 1h16min56, nos 40 quilômetros marcou 2h29min39 e finalmente completou a prova em 2h38min34. O tempo não foi suficiente para conseguir o índice A (2h37min) exigido pela Confederação Brasileira de Atletismo.
Passado o trauma psicológico, Castilho a incentiva todo momento a erguer a cabeça, seguir em frente e permanecer no topo. A Maria, no auge da sua maturidade, assimilou bem tudo que aconteceu e no momento não lamentamos mais, pois estamos olhando o futuro e os anos que ainda podem ser produtivos na carreira dela.
Futuro - O treinador comenta que a busca do sonho olímpico proporcionou um excelente intercâmbio internacional para a atleta e abriu novos horizontes para que haja outras temporadas como esta. Já apareceram muitos convites, lembra.
A lição que Baldaia tira de toda essa fase de preparação é mais uma superação na vida de uma atleta que corria descalça e não tinha dinheiro para se alimentar adequadamente. Após um ano e sete meses tratando de lesões, o que para muitos poderia indicar o fim da carreira dela, hoje indica exatamente o contrário, um novo panorama e com muitas vitórias e bons resultados pela frente, finaliza Cláudio.
Maratona · 06 maio, 2008
Confira a história da atleta, além da análise de seu treinador, Cláudio Castilho, sobre a fase de preparação, o que deu errado na prova e os prognósticos para o futuro.
São Paulo - Aos 35 anos, Maria Zeferina Baldaia, natural de Nova Mônica, interior de Minas Gerais, desponta no cenário brasileiro do atletismo. Conhecida como a atleta de Sertãozinho (SP), local onde foi morar com os pais e os nove irmãos aos dois anos de idade, a atleta revela que já trabalhou como bóia fria e cortadora de cana na lavoura, época em que não imaginava que seria atleta profissional.
Sua primeira corrida veio cedo, aos 12 anos, numa gincana escolar, na qual correu quatro quilômetros de calça jeans e descalça. Depois da corrida jurei que nunca mais ia correr porque doía tudo. Hoje sei que foi pela falta de experiência, conta.
Durante 10 anos ela disputou provas na região até ser contratada pela Prefeitura de Ribeirão Preto para integrar o projeto Adote um Atleta, ocasião em que conheceu o treinador Cláudio Ribeiro. Porém, em 1996, ela saiu do Projeto e voltou para a lavoura, onde treinava apenas no fim da tarde.
Com algumas idas e vindas no esporte, Baldaia se firmou no atletismo em 2000, ocasião em que perdeu o emprego e resolveu se dedicar exclusivamente às corridas. Na época ela conseguiu patrocínio de uma companhia energética e já começava a obter bons resultados nas competições. Em 2001, Baldaia ficou conhecida nacionalmente após vencer a Sargento Gonzaguinha, a Volta da Pampulha e a tradicional São Silvestre.
Novos rumos - Em 2003, após uma série de contusões, trocou de técnico e se tornou pupila do Dr. Henrique Viana, da equipe mineira Pé de Vento e já mirava os Jogos Olímpicos de Pequim como um dos principais objetivos. Já em 2006 começou a treinar pelo Esporte Clube Pinheiros, sob orientação de Cláudio Castilho, seu atual técnico, que preparou um plano especial visando a conquista da vaga olímpica.
Desde setembro do ano passado estabelecemos como meta a tentativa de obter o índice A. Sabíamos dos riscos e procurei minimizá-los, realizando uma programação de treinos e competições bastante concentrada e dividida basicamente em duas temporadas, comenta Cláudio. Segundo ele, a primeira parte foi nacional, com a disputa da Volta da Pampulha do ano passado, os 10 quilômetros pan-americanos, São Silvestre, Cuiabá e a São Sebastião no Rio de Janeiro.
Já a segunda metade dos treinos foi dedicada à competições internacionais como a Copa Brasil de Cross Country, com o objetivo de se classificar para o Mundial, fato que se confirmou, e a participação na Meia Maratona de São Paulo. A ida para o Mundial já contemplava a permanência na Europa para uma breve adaptação (um mês no Centro de Alto rendimento do Jamor, em Portugal); ao clima e às competições internacionais, ressalta o treinador.
Tudo estava bem e tínhamos a convicção de que seria possível concretizar uma boa marca, porém, infelizmente aquele não foi o nosso dia e os últimos quilômetros mostraram que na maratona os prognósticos muitas vezes não se confirmam, lamenta o treinador, que afirma ainda ter feito junto com sua pupila o possível para que o objetivo fosse alcançado.
Ela passou a marca da meia maratona com 1h16min56, nos 40 quilômetros marcou 2h29min39 e finalmente completou a prova em 2h38min34. O tempo não foi suficiente para conseguir o índice A (2h37min) exigido pela Confederação Brasileira de Atletismo.
Passado o trauma psicológico, Castilho a incentiva todo momento a erguer a cabeça, seguir em frente e permanecer no topo. A Maria, no auge da sua maturidade, assimilou bem tudo que aconteceu e no momento não lamentamos mais, pois estamos olhando o futuro e os anos que ainda podem ser produtivos na carreira dela.
Futuro - O treinador comenta que a busca do sonho olímpico proporcionou um excelente intercâmbio internacional para a atleta e abriu novos horizontes para que haja outras temporadas como esta. Já apareceram muitos convites, lembra.
A lição que Baldaia tira de toda essa fase de preparação é mais uma superação na vida de uma atleta que corria descalça e não tinha dinheiro para se alimentar adequadamente. Após um ano e sete meses tratando de lesões, o que para muitos poderia indicar o fim da carreira dela, hoje indica exatamente o contrário, um novo panorama e com muitas vitórias e bons resultados pela frente, finaliza Cláudio.
Maratona · 29 set, 2007
Cláudio Castilho, treinador pela Iaaf e diretor técnico da Assessoria Esportiva Sáude & Performance, está em Berlim para acompanhar a Maratona que acontece neste domingo. Confira algumas informações .
No período da tarde aconteceram as provas infantis e a maratona in-line, com a vitória de um suíço com o tempo de 1h12min31. Choveu o dia inteiro com uma temperatura de 12°C aproximadamente.
Favorito ao título, Haile Gebrselassie falou muito sério nas entrevistas por aqui e promete correr a prova para 2h03min. A largada da prova acontece a partir das 8h35 (hora local), com a largada dos cadeirantes.
Maratona · 29 set, 2007
Cláudio Castilho, treinador pela Iaaf e diretor técnico da Assessoria Esportiva Sáude & Performance, está em Berlim para acompanhar a Maratona que acontece neste domingo. Confira algumas informações .
No período da tarde aconteceram as provas infantis e a maratona in-line, com a vitória de um suíço com o tempo de 1h12min31. Choveu o dia inteiro com uma temperatura de 12°C aproximadamente.
Favorito ao título, Haile Gebrselassie falou muito sério nas entrevistas por aqui e promete correr a prova para 2h03min. A largada da prova acontece a partir das 8h35 (hora local), com a largada dos cadeirantes.
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