Maratona · 06 mar, 2012
Adriana Aparecida da Silva bateu o duro índice brasileiro para a Maratona olímpica. Com a vaga garantida, a fundista declara não acreditar em medalha nos Jogos de Londres.
A corredora Adriana Aparecida da Silva entrou para o rol de maratonistas brasileiras mais rápidas de todos os tempos ao completar a Maratona de Tóquio (26/02) em 2h29min17. A marca a deixa atrás apenas de Carmen de Oliveira, que fez 2h27min41, há quase duas décadas.
De quebra, Adriana conquistou a vaga para os Jogos Olímpicos de Londres, que tem como critério de classificação no Brasil o tempo de 2h30min07. Toda a minha preparação mostrou que eu estava pronta para correr em 2h29min, 2h28min. Eu e o Cláudio [Castilho, técnico do Pinheiros] estabelecemos o ritmo de 3min33 por quilômetro e corri em cima disso, explica a atleta.
Seu treinamento foi tão positivo que a corredora conseguiu ser ainda mais rápida depois da metade da prova. Foi uma sensação de superação muito boa. Os treinamentos foram muito duros, o índice é muito forte, então o resultado deu o sentimento de missão cumprida, celebra.
Preparação para Olimpíada- Adriana deve competir provas mais curtas nos próximos dois meses, inclusive na Europa. Vou correr a Meia Maratona de Lisboa (25/03) e depois vou fazer provas mais rápidas, de dez quilômetros, para pegar velocidade. O treinamento para a Maratona deve começar em maio, revela.
A tradicional preparação em altitude como feito antes do Ouro no Pan e antes da vaga olímpica deve ser realizada novamente. Não devemos mudar isso, conta Adriana. Eu respondo bem na altitude e isso rendeu bons resultados nas provas, reconhece.
Chances nos Jogos- A corredora é realista ao falar sobre seus objetivos na Maratona dos Jogos Olímpicos. É a oportunidade de melhorar mais ainda minha marca. Desde 2010, quando fiz 2h32min, o próximo objetivo era 2h30min e sempre trabalhei para isso, independente do índice. Agora consegui 2h29min e já tracei 2h27min como meta.
Adriana não alimenta esperança de conquistar medalha a recordista mundial com 2h15min, Paula Radcliffe, estará presente, assim como Liliya Shobukhova (que tem 2h18min) e todo o forte time de etíopes e quenianas. A maratona nos últimos anos está com um nível bastante forte. Não acho que eu vá brigar por medalha. É claro que se tiver uma oportunidade (ao longo da prova) eu vou abraçar, mas o objetivo é baixar a minha marca e tentar correr em 2h27min lá, encerra.
Corridas de Rua · 24 dez, 2011
A fundista Adriana Aparecida da Silva conquistou em 2011 a maior glória de sua carreira, a medalha de ouro na Maratona dos Jogos Pan-Americanos. Apesar da vitória em outubro no México, a temporada ainda não terminou para a atleta.
No último dia do ano, a medalhista de ouro vai disputar a Corrida de São Silvestre, em São Paulo, ao lado de 25 mil corredores. A decisão faz parte da preparação para conquistar seu maior objetivo em 2012, uma vaga nos Jogos Olímpicos de Londres.
Para se classificar, Adriana vai correr a Maratona de Tóquio (26/02) em busca de um tempo abaixo de 2h30min07, o índice olímpico. O recorde pessoal da maratonista é de 2h32min30, obtido em 2010 na capital alemã, Berlim.
Estou em uma época de muito treinamento de base, força, musculação e treinando em subidas, explica a corredora. Com ladeiras em diferentes trechos, a São Silvestre se encaixa perfeitamente no cronograma de Adriana. Pela característica que a prova tem de ser um percurso bem variado, acaba fazendo parte da preparação, completa.
Apesar do foco na classificação para os Jogos Olímpicos, a maratonista confessa que a prova paulistana é atraente por si só. É um estilo que eu gosto, com variação no percurso", diz a corredora, que já foi terceira colocada na Corrida.
Todo atleta sonha em ganhar a São Silvestre. Ser parte da minha preparação para Tóquio não exclui a possibilidade de tentar conseguir um pódio ou até uma vitória, esclarece.
Equilíbrio no favoritismo - Desde 2006, quando Lucélia Peres venceu, a categoria feminina da São Silvestre não tem uma campeã brasileira. Foram três vitórias do Quênia e uma da Etiópia no período. O grupo das quenianas sempre vem forte, mas as brasileiras estão com chances de brigar pela vitória, confia Adriana.
Para a corredora, o Brasil tem pelo menos mais duas mulheres além dela que podem conquistar a vitória em São Paulo. Tem a Cruz Nonata e a Sueli Pereira, que está correndo muito bem, aponta. Acho que podemos pensar em conseguir uma vitória para o Brasil.
Novo percurso - A maratonista lamenta a mudança do local da chegada, tradicionalmente na Avenida Paulista, para o Obelisco do Parque do Ibirapuera. Um ponto que marcou muito a prova para todos os atletas, profissionais e amadores, foi o final, subir a Brigadeiro e chegar na Paulista. Agora vai ser diferente, com a chegada depois de uma descida, comenta.
A fundista reconhece o risco de lesões com as mudanças implementadas. Vou ter que tomar muito cuidado. Quem estiver disputando colocação corre o risco de se machucar se não tiver cautela, encerra.
Atletas do Esporte Clube Pinheiros - Além de Adriana, o Clube Pinheiros um dos maiores expoentes do atletismo paulista será representado na São Silvestre por Sirlene Sousa de Pinho, Rosângela Raimunda Faria, Valdilene dos Santos Silva e Rafael Santos de Novais.
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