XTerra · 16 mar, 2023
No último final de semana, a paradisíaca Ilha Grande, distrito de Angra dos Reis, reconhecido como patrimônio mundial da Unesco e localizado na costa oeste do Rio de Janeiro, recebeu a primeira etapa de 2023 do XTERRA Brasil – maior […]
No último sábado (13/08) cerca de 100 corredores aceitaram o desafio de participar da primeira edição do The North Face XTerra Endurance, uma prova noturna de 50 quilômetros em Mangaratiba (RJ) que levou os corredores ao limite de suas energias. Entre os homens a vitória ficou com Moisés Livramento e entre as mulheres com Rosália Guarischi após superarem diversos obstáculos em meio à mata fechada.
O palco da competição foi o entorno do Hotel Porto Belo, localizado na Costa Verde do Rio de Janeiro, região de Angra dos Reis. A largada aconteceu às 16h e ninguém sabia ao certo o que viria pela frente por se tratar da primeira edição. Antes do início a expectativa era grande e os corredores tentavam trocar as últimas informações sobre a melhor estratégia a ser adotada.
Alguns nomes conhecidos de ultramaratonas e provas fora de estrada estavam presentes, como o tetracampeão do Ultraman, Alexandre Ribeiro, o representante das corridas de aventura, Rafael Campos e Rosália Guarischi, recém vencedora da maratona de montanha Villa do Farol K42 Bombinhas. O tiro de partida foi autorizado e os primeiros quilômetros foram tranquilos, em longas retas planas.
A prova - Carlos Magno imprimiu um ritmo forte logo de cara e abriu larga vantagem para o segundo pelotão. Na passagem do quilômetro cinco veio a primeira elevação (50 metros), nada que assustasse os mais experientes nesse tipo de prova, mas havia um posto de água para renovar a energia dos que estivessem já fatigados.
Próximo ao quilômetro 20 veio uma subida com elevação a 150 metros de altitude, que pareceu não afetar o ritmo de Carlos, que se mantinha muito à frente dos adversários. Os staffs que estavam ao longo do percurso o apelidaram de motorzinho, visto a rapidez com que ele se locomovia pelas trilhas. Entre as mulheres, Rosália fazia uma prova tranqüila, passando em primeiro a cada posto de controle.
O pior trecho apareceu no quilômetro 33, já que os corredores saíram de 40m de elevação e chegaram a 300, no momento em que o sol dava lugar à lua cheia, encoberta pela copa das árvores em meio à mata fechada. Em alguns trechos a lanterna de cabeça dos atletas era suficiente para iluminar o percurso, outro obstáculo que parecia não incomodar o líder.
A resistência dele foi testada a partir do quilômetro 35, na saída da trilha, ocasião em que Moisés Livramento o ultrapassou e seguiu à frente sem se importar com o que viria pela frente. Ele manteve o ritmo até cruzar com 4h22min26. A prova foi dura, tinha muita lama e a parte mais complicada foi correr no brejo, relata o campeão. Os líderes saíram muito na frente e minha estratégia foi poupar energia no começo para chegar bem ao final, completa.
A segunda colocação ficou com Francisco Santos ao marcar 4h25min46. Essa é uma prova que precisa de uma estratégia para não quebrar no final e a minha foi quase perfeita. Fiquei entre os primeiros durante todo o tempo e estou contente com o resultado, principalmente por chegar inteiro, relata. A parte mais complicada foi o escuro, pois tinham muitas pedras, completa. Ele também elogia a sinalização do percurso. Tinham vários staffs para indicar nas partes que poderíamos nos confundir. Minha única sugestão seria mais um ponto de água entre o quilômetro 30 e o 40, além de isotônico na reta final.
O terceiro lugar ficou com o americano Briam Smith (04h26min), originalmente inscrito no triathlon, mas que foi obrigado a abandonar por conta de problemas mecânicos em sua bicicleta. Foi uma corrida muito difícil, eu nunca havia disputado provas com mais de 25 quilômetros, conta. Ele diz ainda que estava chateado com o problema no triathlon quando veio o convite para os 50 quilômetros. Bernardo [Fonseca, diretor da prova], me chamou no último minuto e resolvi aceitar pelo desafio. A colocação não era o mais importante, mas sim chegar ao final da maior prova de XTerra do mundo.
Para Briam, a lama no meio do percurso foi um dos principais obstáculos a serem superados. Você está correndo rápido o tempo todo e de repente afunda o pé e pisa em algumas pedras. Mas foi muito bom participar de algo assim no Brasil, me diverti bastante.
Carlos Magno, depois de liderar boa parte do trajeto acabou na quarta colocação com o tempo de 4h27min33. Sou corredor de pista e vim aqui para me divertir com o pessoal da minha empresa. Não estou acostumado com esse tipo de prova e sei que errei na estratégia de sair muito forte logo no começo, relata o corredor que já participou de ultramaratonas em pista de atletismo durante 24 horas ininterruptas.
Feminino - Na prova feminina Rosália dominou de ponta a ponta e não deu chances às adversárias após cruzar com 5h31min43. Ela conta que no começo da prova sentiu a musculatura pesada, já que ainda se recuperava da vitória na Vila do Farol K42 Bombinhas e pensou em abandonar. Eu larguei com a sensação de estar no quilômetro 30 e sofri a prova inteira, lembra
Segundo a carioca, que também corre provas de Ironman, a corrida foi muito bem organizada. Essa prova é incrível, ainda mais com a lua cheia linda. A sinalização foi perfeita, totalmente segura e com muitos staffs nos incentivando relata a corredora que costuma ir e voltar do trabalho correndo todos os dias. Cada prova de cross country é diferente da outra, mas essa aqui é fenomenal.
O segundo lugar foi para Andrea Carloni, que cruzou a linha de chegada com o tempo de 6h03min43. Estou muito satisfeita com o resultado, pois é uma corrida sacrificante, mas ao mesmo tempo gratificante, conta. Houve subidas muito dolorosas e à noite o medo era aparecer animais, já que encontramos alguns no meio da trilha.
A terceira colocada, Tatiana Sampaio, endossa a opinião da colega. Foi uma trilha difícil, com muita água, lama, mas muito gratificante no final. Nunca tinha corrido à noite e achei ótima a organização, com pessoas nos motivando o tempo todo e bastante água e isotônico. Ela chegou com o tempo de 6h06min51.
Amadores - Entre os corredores que chegaram no pelotão intermediário, Antônio Carlos de Souza resume a prova como uma superação. Consegui fazer em 6h18 e minha sorte foi encontrar um amigo no caminho com uma lanterna mais potente para me ajudar. A parte mais difícil para ele foi a subida para a trilha fechada. Parece infinito, quando você acha que vai acabar ainda tem mais um trecho.
Já para Sérgio Augusto Santana, o circuito tem um nível de dificuldade bom. O maior problema foi quando anoiteceu, pois era necessário ter cuidado nas subidas e descidas com velocidade reduzida. Segundo ele, a estratégia era acelerar antes do anoitecer. Tentei ganhar tempo enquanto ainda era dia. À noite quando encontrávamos pelotões também foi bom, pois foi possível melhorar a iluminação, completa.
Para Bernardo Fonseca, diretor da X3M Sports Business, empresa que organiza o XTerra no Brasil, o evento foi um sucesso. O dia começou e terminou muito bem. O Xterra é mais do que uma competição, é uma filosofia de vida, uma celebração do esporte, já que temos diferentes provas para agradar a todos.
A próxima edição do Circuito com uma prova de 50 quilômetros será a etapa de Ilhabela (SP), a ser realizada no dia 24 de setembro. Teremos uma grande surpresa para os atletas, já que vamos apagar as luzes da ilha e todos terão que se orientar apenas pela lanterna de cabeça, finaliza Bernardo. Para garantir uma vaga na prova, basta acessar www.xterrabrasil.com.br.
Ultra Maratona · 16 ago, 2011
No último sábado (13/08) cerca de 100 corredores aceitaram o desafio de participar da primeira edição do The North Face XTerra Endurance, uma prova noturna de 50 quilômetros em Mangaratiba (RJ) que levou os corredores ao limite de suas energias. Entre os homens a vitória ficou com Moisés Livramento e entre as mulheres com Rosália Guarischi após superarem diversos obstáculos em meio à mata fechada.
O palco da competição foi o entorno do Hotel Porto Belo, localizado na Costa Verde do Rio de Janeiro, região de Angra dos Reis. A largada aconteceu às 16h e ninguém sabia ao certo o que viria pela frente por se tratar da primeira edição. Antes do início a expectativa era grande e os corredores tentavam trocar as últimas informações sobre a melhor estratégia a ser adotada.
Alguns nomes conhecidos de ultramaratonas e provas fora de estrada estavam presentes, como o tetracampeão do Ultraman, Alexandre Ribeiro, o representante das corridas de aventura, Rafael Campos e Rosália Guarischi, recém vencedora da maratona de montanha Villa do Farol K42 Bombinhas. O tiro de partida foi autorizado e os primeiros quilômetros foram tranquilos, em longas retas planas.
A prova - Carlos Magno imprimiu um ritmo forte logo de cara e abriu larga vantagem para o segundo pelotão. Na passagem do quilômetro cinco veio a primeira elevação (50 metros), nada que assustasse os mais experientes nesse tipo de prova, mas havia um posto de água para renovar a energia dos que estivessem já fatigados.
Próximo ao quilômetro 20 veio uma subida com elevação a 150 metros de altitude, que pareceu não afetar o ritmo de Carlos, que se mantinha muito à frente dos adversários. Os staffs que estavam ao longo do percurso o apelidaram de motorzinho, visto a rapidez com que ele se locomovia pelas trilhas. Entre as mulheres, Rosália fazia uma prova tranqüila, passando em primeiro a cada posto de controle.
O pior trecho apareceu no quilômetro 33, já que os corredores saíram de 40m de elevação e chegaram a 300, no momento em que o sol dava lugar à lua cheia, encoberta pela copa das árvores em meio à mata fechada. Em alguns trechos a lanterna de cabeça dos atletas era suficiente para iluminar o percurso, outro obstáculo que parecia não incomodar o líder.
A resistência dele foi testada a partir do quilômetro 35, na saída da trilha, ocasião em que Moisés Livramento o ultrapassou e seguiu à frente sem se importar com o que viria pela frente. Ele manteve o ritmo até cruzar com 4h22min26. A prova foi dura, tinha muita lama e a parte mais complicada foi correr no brejo, relata o campeão. Os líderes saíram muito na frente e minha estratégia foi poupar energia no começo para chegar bem ao final, completa.
A segunda colocação ficou com Francisco Santos ao marcar 4h25min46. Essa é uma prova que precisa de uma estratégia para não quebrar no final e a minha foi quase perfeita. Fiquei entre os primeiros durante todo o tempo e estou contente com o resultado, principalmente por chegar inteiro, relata. A parte mais complicada foi o escuro, pois tinham muitas pedras, completa. Ele também elogia a sinalização do percurso. Tinham vários staffs para indicar nas partes que poderíamos nos confundir. Minha única sugestão seria mais um ponto de água entre o quilômetro 30 e o 40, além de isotônico na reta final.
O terceiro lugar ficou com o americano Briam Smith (04h26min), originalmente inscrito no triathlon, mas que foi obrigado a abandonar por conta de problemas mecânicos em sua bicicleta. Foi uma corrida muito difícil, eu nunca havia disputado provas com mais de 25 quilômetros, conta. Ele diz ainda que estava chateado com o problema no triathlon quando veio o convite para os 50 quilômetros. Bernardo [Fonseca, diretor da prova], me chamou no último minuto e resolvi aceitar pelo desafio. A colocação não era o mais importante, mas sim chegar ao final da maior prova de XTerra do mundo.
Para Briam, a lama no meio do percurso foi um dos principais obstáculos a serem superados. Você está correndo rápido o tempo todo e de repente afunda o pé e pisa em algumas pedras. Mas foi muito bom participar de algo assim no Brasil, me diverti bastante.
Carlos Magno, depois de liderar boa parte do trajeto acabou na quarta colocação com o tempo de 4h27min33. Sou corredor de pista e vim aqui para me divertir com o pessoal da minha empresa. Não estou acostumado com esse tipo de prova e sei que errei na estratégia de sair muito forte logo no começo, relata o corredor que já participou de ultramaratonas em pista de atletismo durante 24 horas ininterruptas.
Feminino - Na prova feminina Rosália dominou de ponta a ponta e não deu chances às adversárias após cruzar com 5h31min43. Ela conta que no começo da prova sentiu a musculatura pesada, já que ainda se recuperava da vitória na Vila do Farol K42 Bombinhas e pensou em abandonar. Eu larguei com a sensação de estar no quilômetro 30 e sofri a prova inteira, lembra
Segundo a carioca, que também corre provas de Ironman, a corrida foi muito bem organizada. Essa prova é incrível, ainda mais com a lua cheia linda. A sinalização foi perfeita, totalmente segura e com muitos staffs nos incentivando relata a corredora que costuma ir e voltar do trabalho correndo todos os dias. Cada prova de cross country é diferente da outra, mas essa aqui é fenomenal.
O segundo lugar foi para Andrea Carloni, que cruzou a linha de chegada com o tempo de 6h03min43. Estou muito satisfeita com o resultado, pois é uma corrida sacrificante, mas ao mesmo tempo gratificante, conta. Houve subidas muito dolorosas e à noite o medo era aparecer animais, já que encontramos alguns no meio da trilha.
A terceira colocada, Tatiana Sampaio, endossa a opinião da colega. Foi uma trilha difícil, com muita água, lama, mas muito gratificante no final. Nunca tinha corrido à noite e achei ótima a organização, com pessoas nos motivando o tempo todo e bastante água e isotônico. Ela chegou com o tempo de 6h06min51.
Amadores - Entre os corredores que chegaram no pelotão intermediário, Antônio Carlos de Souza resume a prova como uma superação. Consegui fazer em 6h18 e minha sorte foi encontrar um amigo no caminho com uma lanterna mais potente para me ajudar. A parte mais difícil para ele foi a subida para a trilha fechada. Parece infinito, quando você acha que vai acabar ainda tem mais um trecho.
Já para Sérgio Augusto Santana, o circuito tem um nível de dificuldade bom. O maior problema foi quando anoiteceu, pois era necessário ter cuidado nas subidas e descidas com velocidade reduzida. Segundo ele, a estratégia era acelerar antes do anoitecer. Tentei ganhar tempo enquanto ainda era dia. À noite quando encontrávamos pelotões também foi bom, pois foi possível melhorar a iluminação, completa.
Para Bernardo Fonseca, diretor da X3M Sports Business, empresa que organiza o XTerra no Brasil, o evento foi um sucesso. O dia começou e terminou muito bem. O Xterra é mais do que uma competição, é uma filosofia de vida, uma celebração do esporte, já que temos diferentes provas para agradar a todos.
A próxima edição do Circuito com uma prova de 50 quilômetros será a etapa de Ilhabela (SP), a ser realizada no dia 24 de setembro. Teremos uma grande surpresa para os atletas, já que vamos apagar as luzes da ilha e todos terão que se orientar apenas pela lanterna de cabeça, finaliza Bernardo. Para garantir uma vaga na prova, basta acessar www.xterrabrasil.com.br.
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