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Pistorius pode pegar prisão perpétua (foto: Elvar Freyr/ Creative Commons)
Pistorius pode pegar prisão perpétua (foto: Elvar Freyr/ Creative Commons)

Depois de passar seis dias preso, o atleta olímpico e paralímpico Oscar Pistorius se apresentou ao júri nesta terça-feira (19/2) após ser <a href=http://18.229.158.237/home/n/paralimpico-oscar-pistorius-acusado-de-assassinar-namorada-a-tiros/14471 target=_blankacusado de ter assassinado a namorada, a modelo Reeva Steenkamp na última quinta-feira (14/2). Visivelmente abatido e cabisbaixo, o corredor se apresentou em choque enquanto seu advogado pronunciava sua declaração.

Na versão apresentada por seu representante, Barry Roux, chefe da equipe de defesa, o atleta afirma que não tinha a intenção de matar a parceira e que acreditava que sua casa, em Pretória (capital, África do Sul), estava sendo invadida por um ladrão. A África do Sul tem um dos maiores índices de violência do mundo.

Apesar das alegações, a promotoria do país considera que o esportista cometeu um “assassinato premeditado ao atirar em uma mulher inocente”. Caso seja acusado culpado, Pistorius pode pegar prisão perpétua.

O juiz adiou para esta quarta-feira (20/2) o final da audiência, iniciada nesta terça-feira (19/2).

Defesa– O atleta olímpico afirma que, no dia 13 de fevereiro, Reeva o ligou e sugeriu que o casal passasse a noite juntos em casa e tivessem um jantar tranquilo. Por volta das 22 horas, ela decidiu praticar ioga enquanto o corredor assistia televisão. Mais tarde, ambos foram dormir.

“Ela me deu um presente de dia dos namorados (Valentine’s Day, comemorado no dia 14 de fevereiro em alguns países), mas pediu para eu não abri-lo até o dia seguinte”, diz na declaração. Enquanto sua defesa proferia a história, Pistorius teve uma crise de choro e precisou de alguns minutos para se acalmar.

De acordo com o renomado atleta olímpico, durante a madrugada ele ouviu alguns barulhos que vinham do banheiro e, como estava assustado e sem suas próteses, pegou sua pistola nove milímetros. “Não há trancas na janela do banheiro e eu sabia que alguém tinha entrado na minha casa. Estava muito escuro e eu não tive coragem de acender a luz, pois estava com muito medo e vulnerável. Atirei contra a porta do banheiro e gritei diversas vezes para quem estivesse lá sair”, relata.

Um tiro no escuro– Na versão relatada pelo corredor, ele conta que acreditava que sua namorada estava deitada na cama ao seu lado no momento dos disparos, pois a luz estava apagada. “Eu atirei e pedi para Reeva ligar para a polícia”, diz.

Depois de realizar os disparos, o atleta conta que foi até a porta do banheiro, sem usar suas próteses, e a arrombou com ajuda de um taco de críquete. “Eu sabia que se o(os) assaltante(s) saísse(m) do banheiro eu e minha namorada estaríamos correndo um grande risco. Tinha que me proteger e protegê-la”, alega.

Quando o corredor abriu a porta e descobriu que de fato havia atirado na namorada, conta que tentou reanimá-la sem sucesso e ela acabou falecendo em seus braços. “Eu não sei como posso estar sendo acusado de assassinato. Eu não tinha a intenção de matá-la. Não podíamos estar mais felizes”, finaliza.

Este texto foi escrito por: Webrun