Corte rigoroso de carboidratos é solução (foto: Pixaio/ Stock.Xchng)

Ou o porquê de, quando o assunto é emagrecimento, eu não acreditar nem em Nutricionista e nem em Médico.

No reencontro anual da minha sala do Bacharelado em Esporte (EEFE-USP) tive duas gratas surpresas. Vi que um dos meus melhores amigos estava magro como nunca o havia visto antes.

Ele perdeu 16kg depois de ler o livro de Gary Taubes (Why we get fat) que recomendei. Outro colega me disse no mesmo evento que perdeu 8kg em um mês fazendo a mesma coisa! O mais interessante: eles são dois dos melhores preparadores físicos do país em suas respectivas modalidades e não treinaram nada a mais. Nada.

Controvérsias– Tenho certo cuidado e rigor quando afirmo algumas coisas neste espaço. Tenho certa obsessão por metodologia científica ao sairmos por aí recomendando alongamento antes de correr ou desaquecimento depois de correr. Não faço nenhum dos dois porque o primeiro se provou inútil ou contraprodutivo enquanto o segundo não tem suporte algum na ciência.

Carboidratos– Por isso que faz quase dois anos que venho advogando em outra causa, a do corte rigoroso do consumo de carboidratos e de alimentos refinados em nossa dieta. Tudo o que eu escrevi antes disso, simplesmente não consigo reconhecer.

Após sair estudando o tema cheguei a uma conclusão: tudo, absolutamente tudo o que me ensinaram na faculdade (a de Esporte na EEFE-USP e a de Nutrição na FSP-USP) é simplesmente empirismo mambembe e mal feito. Assim como Taubes não chama nenhum profissional da área de cientista, não consigo enxergar a Nutrição “convencional” como ciência, é no máximo um achismo, curandeirismo, um flerte com a picaretagem.

Receita batida– A Nutrição e a Medicina há décadas lutam contra a obesidade crescente no mundo com uma solução que é bem convincente: para emagrecermos, precisaríamos consumir menos calorias do que gastamos.

O problema é que essa tese carece de todo e qualquer suporte. Para piorar, existem inúmeras evidências que vão indicando que o peso está relacionado a uma disfunção hormonal e outros tantos exemplos mostrando que déficit calórico não gera emagrecimento.

E o que fazem médicos e nutricionistas? Mesmo aplicando o mesmo “remédio” há décadas e o problema da obesidade apenas se agravando, os profissionais se fecham ainda mais em uma solução que nunca foi provada. Eu faço um convite: pergunte a um profissional destes qual a recomendação para diabéticos, hipertensos e obesos.

Ou então, mais simples, procure em portais quais as recomendações nutricionais. Em todos estará a “dica” de consumir menos gordura. Essa é a obsessão pelo corte de gordura!

Novas abordagens– Aos olhos do leigo, a Nutrição para quem quer perder peso se transformou na prática do bom senso. Você tem médico e nutricionistas dando recomendações que não encontram nenhum suporte que não seja teórico ou suposição.

O pior, é que mais e mais trabalhos vêm mostrando que não só são inúteis como vão na contramão do que pode ser a melhor das recomendações, a redução drástica no consumo de carboidratos com a absolvição imediata da gordura.

A minha recomendação por enquanto é: seja receptivo a novas teorias porque é muito capaz que o profissional que você escolheu para orientá-lo não faça a menor ideia do que está falando.

Este texto foi escrito por: Danilo Balu