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Outros · São Paulo, SP

2020-02-08 -
Brasileiro tem dificuldade e termina prova em 95º (foto: Thiago Diz/ Asics)
Brasileiro tem dificuldade e termina prova em 95º (foto: Thiago Diz/ Asics)

Depois de muito esforço e treino para encarar os 87 quilômetros da Maratona Comrades, Adriano Bastos se deparou com uma prova acima de suas expectativas. O atleta brasileiro teve câimbras durante todo o percurso e cruzou a linha em 95º, com tempo de 6h52min37.

A ultramaratona é conhecida por ser uma das mais difíceis do mundo e por ter seu percurso dividido em duas partes. A cada ano é realizado um trecho, denominados “up run”, de 87 quilômetros, em que os atletas percorrem uma subida entre as cidades de Durnban e Pietermaritzburg , e “down up”, com o percurso invertido e uma distância de 89 quilômetros.

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Neste ano, o trecho foi o “up run” e Adriano conta que foram 50 quilômetros de subida, intercalados por pequenas descidas, não suficientes para poupar os músculos. “Depois do quilômetro 37 começaram uma série de subidas e descidas em sequência, seguidos por uma descida enorme, que parece sem fim. Quando parecia que o percurso iria amenizar, comecei uma subida pesadíssima, com quase três quilômetros de extensão”, relata Adriano em sua página pessoal no Facebook.

O atleta também conta que teve que parar diversas vezes para poder esticar os músculos e alongar e tentar se livrar das câimbras, que começaram a incomodar a partir do quilômetro 35. “Cheguei a gritar de dor em um ponto de apoio e dois médicos vieram subir a minha bermuda e massagear as pernas com pomada e gelo para aliviar as contrações”, descreve.

Depois de muitas câimbras, Adriano preferiu caminhar e terminar a prova. Foto: Thiago Diz/ Asics
Depois de muitas câimbras, Adriano preferiu caminhar e terminar a prova. Foto: Thiago Diz/ Asics

Mais difícil que o Ironman– Em uma das declarações feitas na rede social, Adriano afirma que sofreu mais nas seis horas de prova na África do Sul do que encarando o Ironman. “Depois de vivenciar esta prova, posso afirmar com toda a certeza que o Ironman não é nada em comparação. Só quem correu a Comrades consegue entender o grau de dificuldade e desumanidade desta prova”, enfatiza.

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Nos comentários, o maratonista explicou que não desmerece a prova de triathlon, mas queria enfatizar como a prova foi desgastante. “O que eu quero ressaltar é que sofri muito para conseguir completar os 87 quilômetros”, afirma.

Futuro – Apesar de ser uma prova anual, Bastos não está certo de que competirá no ano que vem. “Depois do que passei, diria que esta possibilidade está em 0%. Abri mão de muitas competições no Brasil neste primeiro semestre para concentrar meus treinos para esta prova. Chegar aqui e não fazer nem metade do que eu esperava fazer e conquistar é frustrante”, diz.

Além disso, o atleta quer se concentrar para conseguir levar para casa o nono troféu Mickey, na Maratona da Disney, que ocorre em janeiro de 2014.

Este texto foi escrito por: Webrun