Cris Carvalho encarará o Cruce 2013 com uma nova dupla (foto: Alexandre Koda/ webrun.com.br)
Já são cinco participações no Cruce de los Andes e quatro vitórias. Mesmo assim, a paulista Cristina Carvalho afirma não encarar as trilhas andinas com o foco no lugar mais alto do pódio. Em nenhum momento eu entrei nessa prova para ganhar e eu não vou correr esse ano pensando em ganhar. Esse é o tipo de coisa que não dá para saber. Vou lá para dar o melhor!, é o que afirma a ultramaratonista de montanha.
Apesar de se reconhecer bem competitiva, Cris, que no ano passado venceu o percurso ao lado de <a href=/outros/n/rosalia-decide-encarar-o-percurso-do-cruce-de-los-andes-sozinha/14430 target=_blankRosália Camargo, não vê como contratempo a constante troca de duplas. Em 2013 a tetracampeã encara seu sexto Cruce com a sexta dupla diferente. Eu ganhei essa prova com pessoas diferentes, então esse é o tipo de coisa que eu não me preocupo, mas não dá para saber o que vai acontecer, fala.
Para a edição deste ano, Cris terá como companheira a também ultramaratonista Cilene Sophya, vice-campeã da K42 Bombinhas. Além de dividirem os 100 quilômetros de trilhas que levarão competidores do Chile até a Argentina, Cris e Cilene são colegas de trabalho, o que facilita o entrosamento entre a dupla.
A Cilene já tem experiência para caramba e em dupla o corpo é um só, ninguém pode melindrar. Normalmente no segundo dia tudo está funcionando bem e no terceiro está tudo perfeito, aponta a experiente atleta.
Sem atalhos– A cada edição a organização do Cruce traça novos percursos pelos Andes, misturando trechos técnicos e outros mais planos, em que os competidores conseguem desenvolver relativa velocidade. De acordo com Cris, essa é a hora em que não se devem medir esforços e ganhar tempo.
Não existe atalho. Um bom trabalho em equipe, para nivelar a resistência das duas pessoas, e correr em áreas mais planas e abertas, independentemente da dupla estar muito ou pouco cansada, é a única estratégia para a prova. Não dá para ser conservador, porque o cenário se impõe contra você, pontua.
Montanhas no nosso quintal– Um dos principais motivos que tornam o Cruce uma prova tão atrativa para Cris é a beleza natural das montanhas e a proximidade com o Brasil. Segundo a ultramaratonista, os Andes fazem parte do quintal do Brasil.
Existem mais de 24 “cruces” entre o Chile e a Argentina, então eu nunca passei por um mesmo lugar em todos esses anos que corro. Fora isso, a exuberância das paisagens, a facilidade de acesso e o custo são atraentes, conta.
Além do aspecto visual, Cris acredita que a data em que o Cruce acontece é perfeita para o início da temporada. Essa prova logo no começo do ano serve de base para o resto da temporada. Eu fiz treinos focados para ela, o que já valeram como base para as próximas competições, encerra.
Este texto foi escrito por: Renato Aranda