Você já se perguntou por que algumas pessoas são mais flexíveis que outras? A hipermobilidade é o aumento da amplitude nos movimento articulares, costuma acontecer em pessoas que apresentam uma flexibilidade acima do normal, por isso, conseguem realizar movimentos que a maioria não consegue como encostar o polegar no antebraço ou colocar as palmas das mãos no chão, sem flexionar os joelhos. Assim, há quatro fatores que podem contribuir para a hipermobilidade articular existir. São eles:
1. A estrutura do colágeno
Se ela for alterada, pode não ser tão forte e os tecidos que contêm colágeno serão mais frágeis. Isso pode levar a ligamentos enfraquecidos ou facilmente esticados. “A maioria dos casos tem origem genética, devido a alteração das fibras”, afirma Dr. Fellipe Savioli, médico do esporte e ortopedista.
2. A forma das extremidades dos ossos
Uma articulação é a junção entre dois ossos e a forma deles determina quão longe você pode mover os braços e pernas. Os membros serão mais flexíveis se o encaixe do osso que se move ao redor, como o ombro ou o encaixe do quadril, for mais superficial.
3. O tônus muscular
Crianças com hipermobilidade articular podem ter um baixo tônus de músculo, o que significa que a criança é capaz de dobrar as articulações mais do que o habitual.
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4. O senso de movimentos conjuntos (propriocepção)
Você deve ser capaz de perceber a posição e o movimento das articulações. Por exemplo, mesmo com os olhos fechados, sabe se o braço está dobrado ou em linha reta. O termo médico para este sentido é propriocepção. No entanto, algumas pessoas com hipermobilidade articular tem uma sensação anormal de movimento comum e são incapazes de sentirem quando uma articulação é sobrecarregada, dando um conjunto maior de movimento. Além disso, melhorar a propriocepção pode aumentar a estabilidade, diminuindo o risco de desequilíbrios e quedas.
Existe cura?
Não há cura para a hipermobilidade, mas é possível minimizar os riscos de lesão, melhorando a corrida através de uma série de cuidados. “O tratamento deve envolver uma equipe multidisciplinar (fisioterapeutas, médicos, psicólogos), com foco no aumento da força muscular e consequentemente na força associada à correção de alterações, no padrão da marcha do paciente”, explica o ortopedista.
Se o problema maior forem lesões frequentes e demora na recuperação, vale a pena verificar o que pode estar acontecendo. Se precisar de uma resposta definitiva, consulte um fisioterapeuta, ele será capaz de oferecer um diagnóstico mais preciso e elaborado com base nos sintomas e histórico de lesões.