mulher

Estrias: por que elas aparecem e como tratá-las?

O período da puberdade é um momento cheio de estresse emocional e confusões diante de um novo corpo que se forma. Muitas vezes, essas mudanças são acompanhadas por marcas na pele que podem ser permanentes: as estrias.

Estrias vermelhas são mais recentes e normalmente mais fáceis de serem tratadas. Foto: Josephrockz4/ Licença Creative Commons Estrias vermelhas são mais recentes e normalmente mais fáceis de serem tratadas. Foto: Josephrockz4/ Licença Creative Commons

Com os pés na areia: correr na praia faz bem para a saúde?

As fissuras são ocasionadas quando algumas regiões do corpo sofrem um crescimento rápido, como ocorre na adolescência, ou em um ganho de peso repentino. Portanto, elas são distensões da derme (camada mais profunda da pele) e surgem quando ocorre um aumento de tecido muscular ou adiposo.

Isso explica a razão pela qual as mulheres sofrem com o aparecimento das estrias em regiões como nádegas e coxas. “Essas são áreas com o maior ganho de volume durante a adolescência e a vida adulta feminina”, explica a dermatologista Camila Hofbauer.

Cores - De acordo com Camila, a diferença de coloração das marcas tem um significado. “As estrias vermelhas são as estrias mais recentes, em geral com menos de um ano de duração. Já as brancas são as mais antigas”, explica. Normalmente as estrias de coloração avermelhada são mais fáceis de serem tratadas ou removidas.

Aumento muscular também causa estrias. Foto: Taleb247/ Licença Creative Commons Aumento muscular também causa estrias. Foto: Taleb247/ Licença Creative Commons

No esporte - Entre os esportistas, as fissuras costumam surgir em locais em que os músculos são trabalhados. “O treino proporciona um crescimento muito rápido ou excessivo. Então, a pele não consegue acompanhar a hipertrofia muscular e as fibras de colágeno da derme se rompem”, discorre a dermatologista.

Tratamento caseiro - Para diminuir o aspecto das estrias, reduzir sua coloração ou até mesmo removê-las, existem clínicas dermatológicas especializadas em realizar tratamento com laser fracionados, mas o cuidado pode começar em casa. “Hidratantes e cremes com componentes como o ácido retinóico, óleo de rosa mosqueta, colágeno e elastina, receitados por um profissional, também ajudam a evitar o aparecimento das fissuras”, revela Camila.

No caso de mulheres grávidas, manter a barriga sempre hidratada também ajuda a prevenir que as estrias apareçam. “Gestantes devem lembrar que utilizar somente o óleo não é o suficiente, pois ele somente retém a hidratação contida na pele. A sugestão é associar o óleo com um hidratante potente”, conclui a profissional.


Estrias: por que elas aparecem e como tratá-las?

Atletismo · 16 out, 2013

O período da puberdade é um momento cheio de estresse emocional e confusões diante de um novo corpo que se forma. Muitas vezes, essas mudanças são acompanhadas por marcas na pele que podem ser permanentes: as estrias.

Estrias vermelhas são mais recentes e normalmente mais fáceis de serem tratadas. Foto: Josephrockz4/ Licença Creative Commons Estrias vermelhas são mais recentes e normalmente mais fáceis de serem tratadas. Foto: Josephrockz4/ Licença Creative Commons

Com os pés na areia: correr na praia faz bem para a saúde?

As fissuras são ocasionadas quando algumas regiões do corpo sofrem um crescimento rápido, como ocorre na adolescência, ou em um ganho de peso repentino. Portanto, elas são distensões da derme (camada mais profunda da pele) e surgem quando ocorre um aumento de tecido muscular ou adiposo.

Isso explica a razão pela qual as mulheres sofrem com o aparecimento das estrias em regiões como nádegas e coxas. “Essas são áreas com o maior ganho de volume durante a adolescência e a vida adulta feminina”, explica a dermatologista Camila Hofbauer.

Cores - De acordo com Camila, a diferença de coloração das marcas tem um significado. “As estrias vermelhas são as estrias mais recentes, em geral com menos de um ano de duração. Já as brancas são as mais antigas”, explica. Normalmente as estrias de coloração avermelhada são mais fáceis de serem tratadas ou removidas.

Aumento muscular também causa estrias. Foto: Taleb247/ Licença Creative Commons Aumento muscular também causa estrias. Foto: Taleb247/ Licença Creative Commons

No esporte - Entre os esportistas, as fissuras costumam surgir em locais em que os músculos são trabalhados. “O treino proporciona um crescimento muito rápido ou excessivo. Então, a pele não consegue acompanhar a hipertrofia muscular e as fibras de colágeno da derme se rompem”, discorre a dermatologista.

Tratamento caseiro - Para diminuir o aspecto das estrias, reduzir sua coloração ou até mesmo removê-las, existem clínicas dermatológicas especializadas em realizar tratamento com laser fracionados, mas o cuidado pode começar em casa. “Hidratantes e cremes com componentes como o ácido retinóico, óleo de rosa mosqueta, colágeno e elastina, receitados por um profissional, também ajudam a evitar o aparecimento das fissuras”, revela Camila.

No caso de mulheres grávidas, manter a barriga sempre hidratada também ajuda a prevenir que as estrias apareçam. “Gestantes devem lembrar que utilizar somente o óleo não é o suficiente, pois ele somente retém a hidratação contida na pele. A sugestão é associar o óleo com um hidratante potente”, conclui a profissional.

Diferenças entre homens e mulheres no esporte

As diferenças entre os sexos no esporte são muitas, principalmente nas atividades em que determinadas capacidades são decisivas, como força e resistência. O ser humano, independente do sexo, possui sete capacidades físicas: força, resistência, flexibilidade, coordenação motora, agilidade, equilíbrio e velocidade.

Na maioria dos casos o homem será mais alto, mais forte, mais veloz e por estas razões terá vantagem no desempenho físico. O homem possui maior quantidade de massa muscular e menor de gordura corporal. Estes fatores, associados a questões hormonais, colocam o sexo masculino em melhor condição para as práticas esportivas de uma forma geral.

O que nos perguntamos é: será possível mulheres e homens praticarem uma modalidade esportiva no mesmo nível? Dificilmente a mulher conseguirá ter um desempenho físico melhor que o do homem, porém em atividades em que a coordenação motora e concentração são mais importantes que a força e a velocidade, podemos encontrar uma mulher que supere o homem. O que percebemos nos últimos anos é que, em atividades de resistência (longa duração), as diferenças de tempo entre os sexos já vêm caindo. Até onde isso irá chegar só o tempo para nos dizer.

A Adaptação do espaço físico das modalidades esportivas é outra discussão antiga e cada federação esportiva parece ter uma opinião diferente. A necessidade de se adaptar o espaço físico é uma questão individual de cada esporte e deve ser avaliada com bastante cuidado para que possíveis alterações não descaracterizem a atividade e, ao mesmo tempo, tornem a prática mais competitiva para as mulheres.

Em esportes como futebol, basquete e tênis, por exemplo, as dimensões das quadras e campos são as mesmas. Em casos como o vôlei, a altura da rede é mais baixas para as mulheres. No atletismo, o tamanho e a distância em provas de barreiras difere entre masculino e feminino, sendo o primeiro disputado numa raia de 110m com altura do obstáculo de 1,067m e o segundo 100m com 84cm de altura. O mesmo ocorre com os lançamentos, seguindo as regras abaixo:

Disco

  • Prova masculina: o disco mede entre 219 e 221mm de diâmetro e de 44 a 46mm de espessura. Pesa dois quilos.

  • Prova feminina: mede entre 180 e 182mm de diâmetro e de 37 a 39mm de espessura. Pesa um quilo.
  • Dardo

  • Prova masculina: mede 2,7 metros e pesa 800 gramas

  • Prova feminina: mede 2,3 metros e pesa 600 gramas

    Martelo

    O conjunto bola, arame e alça formam uma unidade de comprimento máximo de 1,2m para ambos os sexos.

  • Prova masculina: peso 7,26 quilos.

  • Prova feminina: peso quatro quilos

    Arremesso de Peso (bronze ou ferro fundido e chumbo)

  • Prova masculina: mede entre 11 e 12cm de diâmetro e pesa 7,26 quilos

  • Prova feminina: mede 9,5 11cm e pesa quatro quilos

    Um outro ponto importante a ser colocado é o ciclo menstrual. As alterações hormonais durante o período menstrual podem influenciar de diferentes maneiras dependendo da fase e do tipo de atividade que é praticada. Na maioria dos casos as mulheres não sentem influência em seu desempenho físico. Quando o rendimento é afetado, percebemos com maior intensidade nas atividades de longa duração, enquanto as atividades de caráter explosivo em muitos casos até melhoram. O melhor rendimento físico da mulher geralmente é atingido no período pós-menstrual pela maior concentração hormonal de estrógeno, o que aumenta a secreção de noroadrenalina.

    Homens e mulheres possuem suas diferenças e similaridades dentro do mundo esportivo. O que vale é sempre estar satisfeito com seu esporte, independente da comparação de desempenho com seu colega, seja ele homem ou mulher. O benefício da atividade física está na satisfação de quem a pratica, atingindo sua meta e superando o seu próprio limite.


  • Diferenças entre homens e mulheres no esporte

    Atletismo · 15 maio, 2012

    As diferenças entre os sexos no esporte são muitas, principalmente nas atividades em que determinadas capacidades são decisivas, como força e resistência. O ser humano, independente do sexo, possui sete capacidades físicas: força, resistência, flexibilidade, coordenação motora, agilidade, equilíbrio e velocidade.

    Na maioria dos casos o homem será mais alto, mais forte, mais veloz e por estas razões terá vantagem no desempenho físico. O homem possui maior quantidade de massa muscular e menor de gordura corporal. Estes fatores, associados a questões hormonais, colocam o sexo masculino em melhor condição para as práticas esportivas de uma forma geral.

    O que nos perguntamos é: será possível mulheres e homens praticarem uma modalidade esportiva no mesmo nível? Dificilmente a mulher conseguirá ter um desempenho físico melhor que o do homem, porém em atividades em que a coordenação motora e concentração são mais importantes que a força e a velocidade, podemos encontrar uma mulher que supere o homem. O que percebemos nos últimos anos é que, em atividades de resistência (longa duração), as diferenças de tempo entre os sexos já vêm caindo. Até onde isso irá chegar só o tempo para nos dizer.

    A Adaptação do espaço físico das modalidades esportivas é outra discussão antiga e cada federação esportiva parece ter uma opinião diferente. A necessidade de se adaptar o espaço físico é uma questão individual de cada esporte e deve ser avaliada com bastante cuidado para que possíveis alterações não descaracterizem a atividade e, ao mesmo tempo, tornem a prática mais competitiva para as mulheres.

    Em esportes como futebol, basquete e tênis, por exemplo, as dimensões das quadras e campos são as mesmas. Em casos como o vôlei, a altura da rede é mais baixas para as mulheres. No atletismo, o tamanho e a distância em provas de barreiras difere entre masculino e feminino, sendo o primeiro disputado numa raia de 110m com altura do obstáculo de 1,067m e o segundo 100m com 84cm de altura. O mesmo ocorre com os lançamentos, seguindo as regras abaixo:

    Disco

  • Prova masculina: o disco mede entre 219 e 221mm de diâmetro e de 44 a 46mm de espessura. Pesa dois quilos.

  • Prova feminina: mede entre 180 e 182mm de diâmetro e de 37 a 39mm de espessura. Pesa um quilo.
  • Dardo

  • Prova masculina: mede 2,7 metros e pesa 800 gramas

  • Prova feminina: mede 2,3 metros e pesa 600 gramas

    Martelo

    O conjunto bola, arame e alça formam uma unidade de comprimento máximo de 1,2m para ambos os sexos.

  • Prova masculina: peso 7,26 quilos.

  • Prova feminina: peso quatro quilos

    Arremesso de Peso (bronze ou ferro fundido e chumbo)

  • Prova masculina: mede entre 11 e 12cm de diâmetro e pesa 7,26 quilos

  • Prova feminina: mede 9,5 11cm e pesa quatro quilos

    Um outro ponto importante a ser colocado é o ciclo menstrual. As alterações hormonais durante o período menstrual podem influenciar de diferentes maneiras dependendo da fase e do tipo de atividade que é praticada. Na maioria dos casos as mulheres não sentem influência em seu desempenho físico. Quando o rendimento é afetado, percebemos com maior intensidade nas atividades de longa duração, enquanto as atividades de caráter explosivo em muitos casos até melhoram. O melhor rendimento físico da mulher geralmente é atingido no período pós-menstrual pela maior concentração hormonal de estrógeno, o que aumenta a secreção de noroadrenalina.

    Homens e mulheres possuem suas diferenças e similaridades dentro do mundo esportivo. O que vale é sempre estar satisfeito com seu esporte, independente da comparação de desempenho com seu colega, seja ele homem ou mulher. O benefício da atividade física está na satisfação de quem a pratica, atingindo sua meta e superando o seu próprio limite.

  • Maggi conquista primeiro ouro feminino do Brasil em Olimpíada

    Atletismo · 22 ago, 2008

    Na noite dessa sexta-feira (22) em Pequim, ainda manhã no Brasil, a saltadora Maurren Maggi conquistou o ouro no salto em distância. Essa foi a primeira vez que uma mulher brasileira angariou a medalha dourada individual no atletismo.

    O feito histórico teve a marca de 7m04cm, um centímetro a mais que o salto da segunda colocada, a russa Tatyana Lebedeva (7m03cm). O bronze ficou com a atleta do Nigéria Blessing Akgbare (6m91cm).

    Na história do atletismo brasileiro, até agora o país só havia conquistado três medalhas de ouro. Duas delas com Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo (1952 e 1956) e uma com Joaquim Cruz, nos 800 metros em 1984.

    Mulheres ainda sofrem com diferença de premiação

    Em pleno século XXI, com o grande número de mulheres que se inseriram no mercado de trabalho, que até então era exclusivo para homens, ainda existem certas diferenças. Algumas competições insistem em oferecer valores menores para o tal “sexo frágil”; confira o depoimento de atletas e organizadores de prova sobre esse assunto.

    São Paulo - “Ainda hoje existe essa discriminação entre homens e mulheres, não é em todo lugar, mas em alguns lugares da Bahia, por exemplo, ainda há”, comenta a atleta Marily dos Santos. Porém, em São Paulo esse problema também acontece como na São Silveira de Barueri, uma das seletivas para a tradicional São Silvestre.

    “Corri uma vez essa prova, que teve premiação de R$ 5.000 para os homens e R$ 1.500 para as mulheres”, lamenta Marily. “Nós tivemos o mesmo esforço que os homens e merecíamos a mesma coisa”, completa a atleta, que diz não participar mais de eventos que tem essa prática.

    Oswaldo Felippe Júnior, da TH5 eventos, se diz totalmente contra essa discriminação. “Apesar do número de mulheres em provas ser menor do que o de homens, sempre premiamos igual. Eu acho justo, não dá para fazer essa diferenciação”, diz o responsável pelo Circuito das Praias, Maratona de Revezamento do Guarujá, circuito Biathlon Series, entre outros.

    Mesma visão - Já José João da Silva, bicampeão da São Silvestre e responsável pela JJS Eventos, partilha da mesma opinião. “Nós seguimos a norma de igualdade para todos, que é aplicada em nível mundial, que a IAAF utiliza. Ou premiamos igual ou não damos nada”, ressalta. “Infelizmente ainda existem algumas corridas que fazem essa diferenciação, não as de expressão mundial, mas as menores”.

    “Apesar de a participação feminina não ser tão grande quanto a masculina, cada mulher representa mais de três homens, pois ela, num certo momento da vida, leva uma criança. Elas deveriam até receber mais”, brinca Zé João.

    Entre as triathletas, Carla Moreno afirma que não chegou a pegar a época em que havia premiação diferenciada. “Hoje as competições pagam a mesma coisa, pelo menos para o primeiro lugar, mas o que acontece às vezes, como no Long Distance, é ter premiação para três mulheres e cinco homens”. Isso acontece, segundo ela, pois o número de mulheres é muito menor, às vezes são 50 concorrentes do sexo masculino contra 10 do sexo feminino.

    “O número de mulheres ainda é pequeno, mas vem crescendo e acredito que isso reflete nas academias, por exemplo. Antigamente academia era coisa para homens e hoje em dia tem muito mais mulheres treinando”.

    Uma das atletas que durante muito tempo brigou com os organizadores para que houvesse premiações iguais para ambos os sexos foi Fernanda Keller. Ela compete em provas de Ironman há 20 anos e conta que quando chegava num evento onde a premiação era diferente, ela arrumava as malas e ia embora.

    “Eu me espelhei em atletas de fora do Brasil, que faziam a mesma coisa e sempre levantavam o esporte. Não tem porque ser diferente, não há menos brilhantismo no esporte para mulher, pelo contrário, ela dá um charme ao esporte”, comenta a triathleta.

    Fernanda conta que uma vez foi participar de uma prova no Espírito Santo e, ao chegar, os organizadores já avisaram que a premiação seria menor, pois havia menos mulheres do que homens inscritos. “Eu disse para eles ficarem com os homens, que eu ia embora. Naquele momento nenhuma mulher ficou do meu lado, pois como eu era favorita, queriam que eu desistisse. Depois, quando eu mudei a premiação, todas me agradeceram”.

    Apesar de brigar por valores iguais na hora de receber um prêmio, Fernanda diz não gostar quando a mulher tenta competir de igual para igual com os homens, tanto na forma de pensar, como na hora de competir. “A mulher nunca vai ser igual, ela não tem que competir. Ela perde a razão, porque tem um jeito de pensar feminino que nunca vai ser igual ao do homem, além de ter uma fisiologia diferente”.

    Diferença ainda continua - Já faz alguns anos que as premiações foram igualadas nas competições oficiais, mas algumas pessoas ainda insistem em organizar eventos com premiações diferenciadas. Nesse caso, Keller diz que as atletas precisam se mobilizar e promover um boicote para tentar mudar essa questão.

    “Não tem porque ser diferente, a gente pedala, nada e corre o mesmo percurso e ainda por cima tem premiação menor, não é justo. Ainda por cima nós é que carregamos os homens na barriga, temos que trabalhar, ser atleta, sou fã das meninas. Não que sejamos melhores, mas sou fã da força da mulher”, deixa o aviso.


    Mulheres ainda sofrem com diferença de premiação

    Mulheres · 08 mar, 2007

    Em pleno século XXI, com o grande número de mulheres que se inseriram no mercado de trabalho, que até então era exclusivo para homens, ainda existem certas diferenças. Algumas competições insistem em oferecer valores menores para o tal “sexo frágil”; confira o depoimento de atletas e organizadores de prova sobre esse assunto.

    São Paulo - “Ainda hoje existe essa discriminação entre homens e mulheres, não é em todo lugar, mas em alguns lugares da Bahia, por exemplo, ainda há”, comenta a atleta Marily dos Santos. Porém, em São Paulo esse problema também acontece como na São Silveira de Barueri, uma das seletivas para a tradicional São Silvestre.

    “Corri uma vez essa prova, que teve premiação de R$ 5.000 para os homens e R$ 1.500 para as mulheres”, lamenta Marily. “Nós tivemos o mesmo esforço que os homens e merecíamos a mesma coisa”, completa a atleta, que diz não participar mais de eventos que tem essa prática.

    Oswaldo Felippe Júnior, da TH5 eventos, se diz totalmente contra essa discriminação. “Apesar do número de mulheres em provas ser menor do que o de homens, sempre premiamos igual. Eu acho justo, não dá para fazer essa diferenciação”, diz o responsável pelo Circuito das Praias, Maratona de Revezamento do Guarujá, circuito Biathlon Series, entre outros.

    Mesma visão - Já José João da Silva, bicampeão da São Silvestre e responsável pela JJS Eventos, partilha da mesma opinião. “Nós seguimos a norma de igualdade para todos, que é aplicada em nível mundial, que a IAAF utiliza. Ou premiamos igual ou não damos nada”, ressalta. “Infelizmente ainda existem algumas corridas que fazem essa diferenciação, não as de expressão mundial, mas as menores”.

    “Apesar de a participação feminina não ser tão grande quanto a masculina, cada mulher representa mais de três homens, pois ela, num certo momento da vida, leva uma criança. Elas deveriam até receber mais”, brinca Zé João.

    Entre as triathletas, Carla Moreno afirma que não chegou a pegar a época em que havia premiação diferenciada. “Hoje as competições pagam a mesma coisa, pelo menos para o primeiro lugar, mas o que acontece às vezes, como no Long Distance, é ter premiação para três mulheres e cinco homens”. Isso acontece, segundo ela, pois o número de mulheres é muito menor, às vezes são 50 concorrentes do sexo masculino contra 10 do sexo feminino.

    “O número de mulheres ainda é pequeno, mas vem crescendo e acredito que isso reflete nas academias, por exemplo. Antigamente academia era coisa para homens e hoje em dia tem muito mais mulheres treinando”.

    Uma das atletas que durante muito tempo brigou com os organizadores para que houvesse premiações iguais para ambos os sexos foi Fernanda Keller. Ela compete em provas de Ironman há 20 anos e conta que quando chegava num evento onde a premiação era diferente, ela arrumava as malas e ia embora.

    “Eu me espelhei em atletas de fora do Brasil, que faziam a mesma coisa e sempre levantavam o esporte. Não tem porque ser diferente, não há menos brilhantismo no esporte para mulher, pelo contrário, ela dá um charme ao esporte”, comenta a triathleta.

    Fernanda conta que uma vez foi participar de uma prova no Espírito Santo e, ao chegar, os organizadores já avisaram que a premiação seria menor, pois havia menos mulheres do que homens inscritos. “Eu disse para eles ficarem com os homens, que eu ia embora. Naquele momento nenhuma mulher ficou do meu lado, pois como eu era favorita, queriam que eu desistisse. Depois, quando eu mudei a premiação, todas me agradeceram”.

    Apesar de brigar por valores iguais na hora de receber um prêmio, Fernanda diz não gostar quando a mulher tenta competir de igual para igual com os homens, tanto na forma de pensar, como na hora de competir. “A mulher nunca vai ser igual, ela não tem que competir. Ela perde a razão, porque tem um jeito de pensar feminino que nunca vai ser igual ao do homem, além de ter uma fisiologia diferente”.

    Diferença ainda continua - Já faz alguns anos que as premiações foram igualadas nas competições oficiais, mas algumas pessoas ainda insistem em organizar eventos com premiações diferenciadas. Nesse caso, Keller diz que as atletas precisam se mobilizar e promover um boicote para tentar mudar essa questão.

    “Não tem porque ser diferente, a gente pedala, nada e corre o mesmo percurso e ainda por cima tem premiação menor, não é justo. Ainda por cima nós é que carregamos os homens na barriga, temos que trabalhar, ser atleta, sou fã das meninas. Não que sejamos melhores, mas sou fã da força da mulher”, deixa o aviso.

    Pretinha volta às competições depois de lesão

    Corridas de Rua · 30 set, 2005

    Depois de ficar quase um ano longe das competições, devido uma inflamação na vesícula e uma distensão na virilha, a atleta Ednalva Laureano, mais conhecida como Pretinha, volta às provas neste domingo. Ela participa da Corrida Integração 2005, que acontece em Campinas, São Paulo.

    Para voltar às provas ela treinou bastante. “Além de a Corrida Integração ser a principal competição do interior paulista, ela será a prova da minha recuperação. Como estou afastada há meses, tenho de pegar ritmo para enfrentar o alto nível das atletas. Quero, em breve, buscar mais um pódio na carreira e voltar a sentir a alegria das vitórias”, conta.

    Além da Integração, Pretinha tem em seu calendário a participação nos 8 Km AT Revista Guarujá, a Volta Internacional da Pampulha e a Corrida Internacional de São Silvestre.

    Run Like A Girl: filme retrata história de corredoras

    Corrida de Montanha · 02 jun, 2005

    A cineasta americana Charlotte Lettis Richardson lançou nos Estados Unidos o documentário “Run Like a Girl” (Corra como Menina). O filme é história de três mulheres de diferentes gerações que praticam a corrida de longa distância.

    Uma delas é Doris Brown Heritage, que nos anos 50 integra a equipe olímpica de atletismo e vence por cinco vezes o Mundial de Cross-Country. Outra é a própria cineasta, Charlotte Lettis Richardson. Ela começou a correr nos anos 70 e retrata no filme mudanças comportamentais da mulher daquela década. Para finalizar a americana conta a história da estudante Camille Connelly.

    Segundo a cineasta, a motivação do filme veio por causa das dificuldades que ela enfrentava nos anos 70 para participar de provas de longa distância. “Os organizadores sempre deixavam eu participar da competição só que meu tempo não era oficial”. A partir disso ela resolveu comparar a sua história de corrida com mulheres corredoras de outras épocas.

    O documentário pode ser adquirido através do site: www.runlikeagirlfilm.com. Este custa U$20,00.

    Triathleta pode fazer camp de treinamento nos EUA

    Triathlon · 27 jan, 2005

    A companhia americana TriChic, responsável por treinar apenas triathletas, organiza o primeiro encontro anual de treinamento para mulheres. O público feminino que busca um alto rendimento no esporte contará com aulas de natação, corrida, bike, além de treinos personalizados, assistências de técnicos e seminários.

    Tudo isso acontecerá entre os dias 26 e 29 de maio, na cidade americana de Santa Helena, Califórnia. Segundo os organizadores, as triathletas treinarão em um belo local e terão assistência de profissionais renomados. O pacote que inclui três noites e quatro dias custa U$ 549,00 para membros do TriChic e U$699,00 para não membros. Para mais informações www.trichic.com

    Tóquio faz 26ª edição da Maratona para Mulheres

    Maratona · 09 nov, 2004

    Neste mês o Japão promove a Maratona Internacional de Tóquio para mulheres. A prova está na 26ª edição e contará com algumas atletas convidadas como a chinesa Yingjie Sun. A melhor marca dela foi de 2:19:39 no ano passado, em Benjing.

    A largada da maratona será dada no dia 21 de novembro por volta do meio dia, horário local. Em 2003 a grande vencedora da prova foi a etíope Elfenesh Alemu. Ela completou os 42km de prova em 2:24:47. A maratonista estará na disputa pelo bicampeonato e carregará o número um no peito.

    Programa de corrida treina meninas americanas

    Corridas de Rua · 19 out, 2004

    Segundo médicos e especialistas, as crianças americanas estão cada vez mais sedentárias. Por isso algumas associações dos Estados Unidos criaram programas de incentivo ao esporte. Um exemplo é o Girls on the Run de Chicago. Este é um programa de corrida para as meninas da terceira e quinta série do colégio, que tem como objetivo preparar as garotas para uma vida mais saudável.

    Durante oito semanas do outono e do inverno o programa faz um treinamento intensivo de corrida para as meninas. Para isso o Girls on the Run vai duas vezes por semana nos colégios, bairros e clubes de Chicago. E nesses encontros supervisiona o treino da criançada.

    No final das oito semanas todas as meninas participam de uma prova de cinco quilômetros junto com adultos. Para os organizadores do programa ao cruzar a linha de chegada as garotas ficam felizes e muitas delas continuam praticando o esporte.

    No ano passado o Girls on the Run treinou 600 crianças. Vale lembrar que o programa não tem fins lucrativos.

    1ª mulher a competir em Olímpia é americana

    Atletismo · 18 ago, 2004

    Depois de três mil anos uma mulher compete em Olímpia na Grécia. O feito foi realizado pela atleta americana Kristin Heaston que abriu as eliminatórias do arremesso de peso nesta quarta-feira. Ela não conquistou nenhuma medalha, mas ficou com o título honroso.

    Isto porque na antiguidade a mulher não podia participar das Olimpíadas. Os jogos eram exclusivos para homens e aconteciam em Olímpia.