Esse suplemento famoso na corrida pode ser um grande aliado no desempenho esportivo, mas o uso incorreto pode causar desconforto ou até prejudicar a performance. Entender o momento certo de consumir e a forma ideal de ingestão é essencial para garantir energia extra sem comprometer o ritmo ou a saúde.
De acordo com a nutricionista esportiva e funcional Dra. Thaís Barca, da Clínica CliNutri, o uso do gel de carboidrato depende da duração da corrida e da preparação do atleta. “O consumo de gel de carboidrato é interessante em algumas situações dentro da corrida. No caso de provas com até uma hora de duração, não é necessário, desde que o atleta tenha feito uma alimentação prévia adequada e mantenha a hidratação com água”, explica.
No entanto, para corridas mais longas, o suplemento já se torna necessário. “Em corridas acima de uma hora, o consumo de gel já é indicado, sendo feito a cada 30 a 45 minutos. A primeira dose pode ser iniciada entre 30 e 40 minutos de prova, dependendo também do ritmo do atleta”, orienta a especialista.
A quantidade ideal de carboidrato varia conforme o preparo físico e a distância a ser percorrida. “O ideal é consumir entre 60 e 120 gramas de carboidrato por hora, ajustando de acordo com o quanto o atleta é treinado e com o tipo de prova”, complementa.
Dra. Thaís ainda alerta para um ponto: o gel nunca deve ser ingerido sozinho. “É muito importante consumir o gel com água. Nunca, nunca, nunca só o gel, porque a água vai facilitar a digestão e evitar qualquer desconforto gástrico, como dor abdominal, estufamento, gases e até diarreia”, afirma.
Como evitar problemas gastrointestinais ao ingerir o suplemento?
É importante entender a composição e a forma correta de consumir o gel de carboidrato para evitar efeitos indesejados durante a corrida. “O gel de carboidrato, como o próprio nome já diz, é composto basicamente por carboidratos como maltodextrina, frutose e alguns eletrólitos”, explica Thaís.
Apesar dos benefícios, ela alerta que o consumo pode gerar desconfortos gastrointestinais se o intestino do atleta não estiver bem adaptado. “Se a pessoa não tiver o intestino bem treinado, ou seja, se não tiver testado previamente esse gel em treinos, tanto a frutose quanto a maltodextrina podem causar estufamento, gases, cólicas e até diarreia”, aponta.
Além da adaptação individual, a hidratação correta é essencial. “É fundamental consumir água logo após a ingestão do gel — cerca de 100 a 200 ml. Essa água vai ajudar na diluição do produto e facilitar a digestão, prevenindo o chamado empaixamento gástrico”, orienta.
+ Siga o Webrun no Instagram!
+ Baixe agora o APP Ticket Sports e tenha um calendário de eventos esportivos na palma da sua mão!